sábado, 27 de novembro de 2010

39- Medicamentos ou Tratamento Alternativo para o TDAH?

Decidir pode ser difícil… Considere este conselho de um especialista quando for decidir se o melhor para o seu filho com TDAH é o medicamento ou o tratamento alternativo.
by Edward Hallowell, M.D.

Depois que uma criança é diagnosticada como portadora do TDAH, uma das decisões mais difíceis que um pai tem de tomar é se vai usar ou não a medicação. Eu já passei por isso. Dois dos meus três filhos têm TDAH, e, embora eu e minha mulher tenhamos decidido pela medicação – que, por sinal, ajudou imensamente a ambos, sem efeitos colaterais – chegar a essa decisão necessitou de uma cuidadosa reflexão.

Quando foi sugerido que meus filhos usassem a medicação, eu tive minhas dúvidas. Eu sabia que os medicamentos para o TDAH são seguros e eficientes, mas eu me preocupei que talvez, por alguma razão desconhecida, eles pudessem prejudicar a saúde dos meus filhos. Embora a medicação estimulante esteja sendo utilizada por mais de 60 anos, eu me perguntava se algum efeito colateral novo poderia aparecer.

Enfrentei essas preocupações com os possíveis efeitos colaterais de não tomar a medicação: principalmente a luta que meus filhos travavam para se manterem focalizados, e a sua frustração quando não conseguiam. Depois de imaginar este cenário, a decisão ficou muito menos difícil.

Utilize o seu tempo

Cada pai – e criança – enfrenta a questão da medicação com diferentes preconceitos. Meu forte conselho é que você gaste o tempo que for preciso, respeite os seus sentimentos, e encontre um médico que permaneça calmo, um profissional que lhe dê informação – não ordens apressadas – enquanto você luta com sua decisão.

Do ponto de vista médico, a decisão é óbvia. Medicação é de longe o tratamento mais comprovado, seguro e eficiente para o TDAH. Estudos cuidadosos e controlados estabeleceram que um teste de medicamento faz sentido, após o diagnóstico ter sido feito. Lembre que um teste de medicamento é somente isto – um teste. Diferente de uma cirurgia, ele pode ser revertido. Se o medicamento não funcionar ou se ele produzir efeitos colaterais, o médico pode reduzir a dosagem ou interrompê-lo. Nenhum prejuízo acontece. Mas a não ser que seu filho experimente o medicamento, você nunca saberá se ele poderá beneficiá-lo, como tem acontecido com outras crianças e adultos.

Pesquise os fatos

Entretanto, de um ponto de vista pessoal e paterno, a decisão é tudo menos fácil. Leva tempo e requer conversar com seu médico e outros especialistas. Você poderá querer pesquisar a medicação na internet e encontrar o que os últimos estudos concluíram sobre ela. Obtenha todos os fatos, e tome uma decisão científica, em vez de supersticiosa. Mas eu recomendo que você nunca comece a dar medicação para o seu filho antes de estar bem seguro disso. Não pense que esteja desafiando a paciência do seu médico ou que suas dúvidas são bobas. Nada que você faz com amor por seu filho é bobagem.

Entretanto, eu recomendo que você não rejeite a medicação totalmente. Muitos pais ouviram tantas coisas más sobre os medicamentos para o TDAH que eles prefeririam viajar até o Tibete para descobrir um tratamento alternativo, antes de dar uma chance para a medicação. É muito importante que você faça seu trabalho de casa e separe os fatos dos mitos antes de descartar o tratamento.

Honre os seus sentimentos

Quando eu dou aulas, as pessoas frequentemente me perguntam se eu acredito na medicação para as crianças e adultos com TDAH. Minha resposta é que o medicamento não é um princípio religioso; é um tratamento médico. Meus sentimentos sobre os medicamentos para o TDAH são os mesmos que sobre os demais medicamentos em geral. Eles são ótimos quando utilizados corretamente, e são perigosos quando não são.

Às vezes demora meses ou até mesmo anos antes que os pais decidam utilizar medicação para seus filhos. Cada pai tem o seu tempo. Fique com o seu.

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