segunda-feira, 21 de novembro de 2011

164- Encontrando a alegria no trabalho, com TDAH adulto (3a. Parte)

Glen
Tendo tudo em Honolulu
Nos últimos três anos, Glen P. viveu bem como massagista. Residente em Honolulu, diz que o trabalho atual é mais gratificante do que todos os anteriores, os quais incluíram garçom e diretor de uma imobiliária. “Quando eu faço massagem, tenho cem por cento de retorno positivo de cada interação com o cliente”, diz ele.
Glen sempre gostou de fazer massagem, desde que tentou pela primeira vez há 15 anos. Mas, até recentemente, sua vida fora do trabalho era uma bagunça. “Quando não estava fazendo massagem, tudo desmoronava”, lembra-se. “Eu perdia coisas – meu livro de compromissos, telefone, carteira de dinheiro – e isso acabava sendo muito perturbador”.
Glen tinha medo de que tivesse um tumor cerebral. Mas um médico identificou o problema dele como sendo TDAH. “O diagnóstico me deu esperança”, diz. “Eu tinha a energia para fazer alguma coisa a respeito”. Ele começou a tomar um estimulante, e, embora tenha sentimentos conflitantes sobre o tratamento medicamentoso, ele chama o remédio de “uma ferramenta que me permite aprender e exercer novos comportamentos”.
Um problema que Glen enfrentou foi o burnout: Ele estava de plantão dia e noite por 27 dias no mês – e não tinha férias há anos. Glen também estava metido em uma situação financeira desesperadora. “Eu tinha um jeito de ser explosivo”, diz. “Estava com quase 12 meses de atraso nos meus reembolsos, e não tinha nada para depositar no banco depois de ter feito seis massagens por dia. Isso era desencorajador”.
Com o auxílio da minha coach de Nova Iorque, Jennifer Koretsky (ADDManagement.com), Glen reorganizou sua agenda e seu sistema de cobrança. Seis meses mais tarde, ele se sentia menos estressado e seus reembolsos tinham subido 50 por cento. Devido ao aumento da renda, ele teve segurança para tirar umas férias e ir à praia e a lições de Yoga. Ele até mesmo tirou um mês de passeio dos sonhos na Itália – uma gratificação que ele continua a se proporcionar uma vez ao ano. “Agora sei que se eu mando um cartão postal da Itália para os meus clientes, meu negócio estará de novo “bombando” quando eu voltar”.
“Eu tinha um calendário de papel” explica, “mas nunca conseguia encontrá-lo quando o telefone tocava”. Para resolver o problema, ele comprou um PDA e começou a fazer uso contínuo do seu calendário, codificando seus compromissos com cores para que pudesse num relance quais sessões seriam no seu local de trabalho e quais iriam requerer seu deslocamento. O PDA provou ser útil de outro modo: para gravar os frequentes relâmpagos de inspiração que ele tem. “Antes, quando eu conseguia encontrar a caneta ou o papel, os pensamentos já tinham sumido. Então, comecei a escrever no meu Palm Pilot, que sempre tenho em mão.”
As mudanças ajudaram Glen a ter a sensação que ele dá aos seus clientes: felicidade. “Na massagem, cliente e terapeuta focalizam na mesma coisa por uma hora – isso cria uma sinergia maravilhosa”, ele diz. “Agora, eu tenho ainda mais energia emocional ao final do dia do que tinha no começo”.
Publicado em ADDitude

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