sábado, 23 de abril de 2011

75- Crianças e adolescentes desafiadores e violentos: Um treinamento de disciplina para refrear comportamento violento e desafiador.

ANTES: Você pega seu filho na casa de um amigo e diz “Está na hora de irmos. Por favor, você pode pôr o brinquedo de volta na caixa?” Seu filho continua a brincar. Você fala de novo, um pouco mais alto. Ele continua a brincar. Você diz “Vou contar até três, e, se este brinquedo não estiver na caixa, você não poderá brincar com o Joãozinho novamente.”. Seu filho agarra o brinquedo com mais força. Você toma o brinquedo e o coloca na caixa, e o seu filho começa a chorar, gritar e espernear.
Você fica embaraçado, e, para acalmá-lo, diz: “Ok, você pode brincar por mais dois minutos, depois temos de ir”. Você se vira para a mãe do Joãozinho e combina o encontro dele com seu filho da próxima semana. Em menos de um minuto você ensinou a seu filho que se ele fizer um escândalo, ele obtém o que quiser. Por não estabelecer uma consequência, você perdeu sua autoridade.

DEPOIS: Você diz: “Está na hora de irmos. Por favor, ponha o brinquedo de volta na caixa”. Você espera cinco segundos para ele obedecer, mas ele não se mexe. Você diz: “Se você não puser o brinquedo de volta na caixa, terá de ficar sentado de castigo”. Espera mais cinco segundos. Nada. Você diz: “Porque você não fez o que eu mandei, vai ter de ficar de castigo”. Seu filho corre para pôr o brinquedo na caixa. Você toma o brinquedo das mãos dele, põe de volta no chão e repete o que disse: “Porque você não fez o que eu mandei, vai ter de ficar sentado de castigo”. Então você leva seu filho a um lugar conveniente para o castigo e diz: “Fique aqui até que eu lhe diga para se levantar”.

Três minutos mais tarde, você pergunta ao seu filho: “Você está pronto para pôr o brinquedo de volta na caixa?”. Se ele disser que sim e o fizer, o castigo termina. Se não, o castigo continua até que ele esteja disposto a obedecer. Quando, finalmente, ele fizer isso, você diz: “Ótimo”, ou “OK”, mas não o elogie por isso. Imediatamente após isso, dê uma ordem que seja fácil de cumprir, tal como: “OK, agora peque o seu casaco”. Se ele fizer isso sem ter de ser mandado novamente – como a maioria das crianças fará nessa situação – diga: “Obrigado por obedecer de primeira. Estou muito orgulhoso de você”. Então, dê-lhe uma atenção positiva, para que ele perceba que o relacionamento de vocês não foi prejudicado.

O castigo deve terminar com a mesma ordem pela qual começou, para que seu filho saiba que ele tem de fazer o que você eventualmente mandar.

Por Laura Flynn McCarthy – ADDitude – spring 2011

74- Levando a sério o controle dos sintomas do TDAH

A terapia cognitiva comportamental (TCC) pode melhorar significativamente o controle dos sintomas do TDAH. Você já pensou em acrescentar a TCC ao seu plano de tratamento? Por Wayne Kalyn

Uma leitora recentemente nos enviou um e-mail e suas palavras desenhavam um quadro rabiscado, mas correto, um Rauschenberg se você preferir, da hiperatividade e da insegurança:

“Eu me sinto um fracasso. Por que não consigo fazer meu trabalho? E por que eu sempre me meto em apuros por perguntar. Por quê?”. “Tinha ficado entusiasmada com o emprego no início. Agora, parece que não consigo me focar nele por mais de um segundo. Estou tendo muita dificuldade para permanecer ativa. Quero chorar, quero correr. Não consigo ficar sentada aqui no meu canto. Quero apertar botões, girar em minha cadeira, arrumar minha roupa, e correr, mas não tenho tempo porque estou atrasada novamente, muito atrasada. Quero me esconder debaixo da minha mesa de todos os que me veem como tal fracasso. Preciso trabalhar, droga!”

Tenho perguntas. Ela está tomando remédio? Ela está sendo orientada por um coach? Ela está falando de suas dificuldades para um conselheiro? Ela está meditando sobre sua ansiedade antes do trabalho? Ela está se exercitando depois do trabalho? Ela está experimentando neurofeedback ou fazendo treinamento de memória de trabalho? Ela está fazendo terapia cognitiva comportamental (TCC)? E, se ela não está fazendo alguma – ou nenhuma dessas coisas – por que não?

Pergunte a um especialista sobre o tratamento do TDAH e suas primeiras palavras serão previsíveis e também muito verdadeiras: Certifique-se de tratar bem todos os seus sintomas. Você consegue levar a vida com o TDAH, mas somente quando leva a sério o compromisso de controlar seus sintomas.

O que me traz de volta à terapia cognitiva comportamental, que não é mencionada suficientemente nos círculos do TDAH. Um estudo importante publicado por Steve Safren, Ph. D., e pelo Massachusetts General Hospital durante o verão, mostrou que participantes portadores de TDAH que usaram essa técnica - adquirindo habilidades para lidar com os desafios da vida e/ou desafiar e vencer os pensamentos positivos – viram uma melhora de 30% no controle dos sintomas do TDAH. Isto é significante

A TCC poderia ensinar aos nossos amigos derrotados e inseguros mais do que a usar eficientemente calendários e listas, a resolver problemas e a lidar preventivamente com as distrações antes que eles fiquem girando em suas cadeiras.

Se você ainda não pensou em acrescentar a TCC ao seu tratamento, leia na ADDitude a história sobre a técnica. Pode mudar sua mente.

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