segunda-feira, 9 de maio de 2011

91- O que as crianças necessitam para aprender e crescer?

O eminente psicólogo Erik Erikson acreditava que as atitudes das crianças sobre si mesmas e sobre o mundo em torno delas dependiam largamente de como eram tratadas pelos adultos conforme cresciam. Abaixo, está um resumo do que Erikson acreditava que as crianças mais necessitavam de suas famílias em cada estágio do seu desenvolvimento.
Confiança básica (do nascimento até 1 ano): Os bebês ganham um senso de confiança básica quando as interações com os adultos são prazerosas e gratificantes. Bebês necessitam de pais que sejam calorosos, atenciosos, previsíveis e sensíveis às suas necessidades. Se os bebês têm de regularmente esperar um longo tempo para o conforto ou se são manuseados grosseira e insensivelmente, a descrença nos outros será promovida.

Autonomia (1 a 3 anos): A confiança na capacidade de fazer escolhas e decisões se desenvolve conforme as crianças exercitam as habilidades exploratórias de andar, correr, subir e manejar objetos. Crianças e pré-escolares necessitam de pais que os deixem escolher uma de várias atividades seguras. Se as crianças são muito restringidas, sempre forçadas a fazer as coisas da maneira dos seus pais, ou se são envergonhadas por cometer erros conforme exploram, a autodesconfiança crescerá em vez da autoconfiança.

Iniciativa (3 a 6 anos): Os pré-escolares aprendem sobre si mesmos e suas culturas por meio de jogos de simulação; conforme eles atuam em papéis diferentes, eles começam a pensar em que tipo de pessoas eles querem se tornar. Os pais que apoiam o senso emergente de propósito e direção das crianças neste estágio, ajudam-nas a desenvolver a iniciativa, ambição e a responsabilidade social. Se os pais são exageradamente controladores e exigentes, as crianças podem se tornar culpadas e reprimidas.

Diligência (6 anos até a puberdade): Durante seus anos escolares, as crianças desenvolvem suas capacidades de trabalho produtivo, aprendem a trabalhar em cooperação com outros e descobrem um senso de orgulho em fazer as coisas direito. As crianças de idade escolar necessitam de pais que encorajem seu senso de competência e de domínio, dando-lhes responsabilidade e oportunidades de usar suas capacidades e conhecimento. Jovens que não têm esse encorajamento podem desenvolver um senso de inferioridade e acreditar que nunca serão bons em nada.

Identidade (adolescência): Adolescentes integram o que ganharam dos estágios prévios em um senso duradouro de identidade; eles desenvolvem um entendimento do seu lugar na sociedade e formam expectativas para o futuro. Adolescentes necessitam respeito para sua independência emergente. Crianças que não tenham tido suas necessidades supridas nesse e nos estágios anteriores, são propensas a terem incerteza sobre o que são e onde querem chegar.

Fonte: Learning Disabilities: A to Z – Corinne Smith & Lisa Strick (1997)

90- MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TDAH

MEDICAMENTOS RECOMENDADOS EM CONSENSOS DE ESPECIALISTAS
Nome Químico - Nome Comercial - Dosagem - Duração Aproximada do Efeito

PRIMEIRA ESCOLHA: ESTIMULANTES (em ordem alfabética)

Lis-dexanfetamina - Venvanse - 30, 50 ou 70mg pela manhã - 12 horas
Metilfenidato (ação curta) - Ritalina - 5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia - 3 a 5 horas
Metilfenidato (ação prolongada) - Concerta - 18, 36 ou 54mg pela manhã - 12 horas
Ritalina LA - 20, 30 ou 40mg pela manhã - 8 horas

SEGUNDA ESCOLHA: caso o primeiro estimulante não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tentar o segundo estimulante

TERCEIRA ESCOLHA

Atomoxetina - Strattera 10,18,25,40 e 60mg - 1 vez ao dia - 24 horas

QUARTA ESCOLHA: antidepressivos

Imipramina (antidepressivo) - Tofranil 2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2 doses
Nortriptilina (antidepressivo) - Pamelor 1 a 2,5mg por kg de peso divididos em 2 doses
Bupropiona (antidepressivo) - Wellbutrin SR 150mg 2 vezes ao dia

QUINTA ESCOLHA: caso o primeiro antidepressivo não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tentar o segundo antidepressivo

SEXTA ESCOLHA: alfa-agonistas

Clonidina (medicamento anti-hipertensivo) - Atensina 0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao dia - 12 a 24 horas

OUTROS MEDICAMENTOS

Modafinila - (medicamento para distúrbio do sono) Stavigile 100 a 200mg por dia, no café

Outros medicamentos que ainda não existem no Brasil:

Focalin – um “derivado” do metilfenidato (na verdade, uma parte da própria molécula)
Daytrana – um adesivo (para colocar na pele) de metilfenidato
Dexedrine – uma anfetamina (Dextroanfetamina); existe a formulação de ação curta e de ação prolongada
Adderall – uma mistura de anfetaminas; existe a formulação de ação curta e de ação prolongada

89- O Tratamento do TDAH

O Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é parte muito importante do tratamento.

A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH.

O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado nos casos onde existe simultaneamente Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia). O TDAH não é um problema de aprendizado, como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos. É necessário que os professores conheçam técnicas que auxiliem os alunos com TDAH a ter melhor desempenho (Obs: A ABDA oferece cursos anuais para professores). Em alguns casos é necessário ensinar ao aluno técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades
Fonte: ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) http://www.tdah.org.br/

88- Uso do computador ainda assusta professores

Pesquisa em escolas municipais do Rio mostra que 53% dos docentes têm dificuldades de lidar com tecnologia - Ruben Berta, O Globo
Em pleno século XXI, o mundo virtual ainda é um território que causa medo em muitos professores.

Uma pesquisa realizada em parceria pela Secretaria municipal de Educação do Rio, pelo Instituto Oi Futuro e pelo Ibope com 5.505 docentes revela que mais da metade deles (53%) admitiu ter dificuldades em lidar com tecnologia na escola por várias razões. Entre 1.532 diretores de colégios entrevistados, a porcentagem também foi de 53%.

O levantamento ouviu 25.145 alunos: 40% disseram ter problemas para usar a informática nas unidades de ensino.

— Até há pouco tempo, havia uma relação de poder onde o professor era o detentor da informação. Era uma via de mão única. O que estamos notando agora é que os alunos estão um pouco à frente dos docentes, mais familiarizados com tecnologia. E os professores ainda não estão preparados para a aplicação pedagógica. Esse descompasso revela a necessidade de um processo de treinamento e acompanhamento dos profissionais — comentou o vice-presidente do Instituto Oi Futuro, George Moraes.

Publicado no blog do Noblat, em 09/05/2011

  Terapias emergentes para a doença de Alzheimer precoce Michael Rafii, MD, PhD O início da doença de Alzheimer (DA) é caracterizado po...