domingo, 28 de agosto de 2011

133- Adultos TDAH: Sentindo-se antissocial?

Três estratégias para superar os problemas de amizade no TDAH – incluindo encontrar amigos, arrumar tempo para os amigos, e sentir-se antissocial – e assim poder socializar-se em seus termos!

Manter amizades é um trabalho difícil para muitos adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH/TDA). Isso significa fazer compromissos e cumpri-los, o que não exige muito esforço nosso. Se começamos a cancelar ou, pior, nos esquecer de um encontro para um café da manhã ou um cinema à noite, nos sentiremos culpados, frustrados e pior do que se não tivéssemos aceitado o encontro.
Então, há o fato de que os portadores de TDAH precisam de mais tempo sozinhos do que as outras pessoas, para dar aos seus cérebros acelerados um descanso, o que acaba parecendo ser antissocial. Às vezes, penso que o TDAH deveria ser chamado de Transtorno de Sobrecarga de Atenção. Depois de um dia estimulante no trabalho, atolado em listas de coisas a fazer e a lembretes para permanecer na tarefa, decidir se vamos ver um amigo ou nos dar um tempo fica difícil. Alguns clientes me dizem que eles frequentemente se esforçam para sair com amigos, mas a um custo: Eles acabam se sentindo ressentidos e exaustos, porque sacrificaram o tempo de descanso que precisavam.
Um modo de tornar a socialização mais agradável é fazer amizade com aqueles que têm interesses em comum e que aceitem fazer planos para tentativas ou fazer algo de acordo com o momento. Ter amigos é a chave para ter uma vida feliz, mas o que funciona para muitas pessoas pode não funcionar bem para alguém com TDAH/TODA. Três leitores de ADDitude nos falaram sobre os seus desafios com amizade, e eu desenvolvi estratégias para enfrentar esses desafios:
Problema de Amizade: “Acho que não tenho muitos amigos”
Parei de fazer planos com amigos, porque odeio faltar a encontros. Sair para jantar parece bom quando estou combinando isso, mais já não me sinto igual depois de cinco minutos, sem falar em cinco dias. Além disso, meus melhores amigos são meu marido e meu vizinho, com quem eu falo por cima da cerca. Não preciso fazer planos para vê-los. O mesmo vale para os meus colegas de trabalho. Nós nos damos muito bem no trabalho. De quantos amigos eu preciso?
A qualidade de nossa amizade é mais importante do que a quantidade. Aceitação e entendimento são o que fazem as amizades fortes e valiosas.
Nem todo mundo é suficientemente espontâneo para sair de acordo com o momento ou entende nossa hesitação para aceitar compromissos sociais. Um amigo que nos aceite sem ressentimentos, porque não gostamos de planejar as coisas com antecedência, vale mais que uma dúzia que não.
Problema de Amizade: “Não tenho tempo para entrar em contato”
Recebo voice-mails raivosos de minha família e de amigos porque não consigo responder no meu telefone celular. Prefiro falar cara a cara ou por texto. Geralmente desligo o telefone da minha casa quando estou ocupado, porque detesto ser incomodado quando estou organizando minhas coisas ou fazendo a lista de coisas a fazer.  Quero sair mais, mas não tenho o tempo e a energia para isso. Tenho dois melhores amigos, que conheci no terceiro e quarto grau, e que me aceitaram como sou.
Fale aos amigos e familiares sobre suas preferências para se comunicar, e explicar as razões para elas. Eles podem ser capazes de fazer uma rápida chamada e voltar logo ao trabalho, mas você não. As interrupções tiram você da tarefa. Quando você está trabalhando, é bom desligar o telefone. Faça os amigos saberem que você o desliga quando está ocupado, e que você escreverá um e-mail para eles quando fizer um intervalo ou for almoçar. Em sua mensagem de saída, peça que eles lhe escrevam.
Se você gostaria de sair mais, mas não tem tempo para isso, tente amizade com alguém para algo que você já está planejando fazer, como ir à academia. Se você planeja levar seus filhos ao zoológico, convide outra mãe e o filho dela para ir junto.
Problema de Amizade: “Eu me sinto antissocial”
Eu me sinto antissocial. Um grupo de mulheres no meu serviço se junta para uma noite chique uma vez ao mês. Eu prefiro ficar em casa. Gosto delas, e elas gostam de mim, mas eu prefiro ficar perdida em meus próprios pensamentos. Sou feliz gastando o tempo com meu marido e filha em casa. Uma camiseta que comprei diz tudo: “Estou no meu pequeno mundo, mas está tudo bem. Eles me conhecem aqui”.
Ficar perdido em seus próprios pensamentos tem seus benefícios. Permite que você explore seu lado criativo e processe as emoções que de outro modo não teria tempo para sentir. Entretanto, há um lado ruim em ter muito tempo sozinho: Você pode pensar demais nas coisas e começar a se preocupar quando não tiver o apoio dos amigos. Ver amigos nos tira de nossos problemas.
Como alguns dos nossos desafios são relacionados à família, é bom ter um ou dois amigos íntimos fora da família, para socializar com eles. Lembre-se de que dividir seus problemas pode cortá-los pela metade, e dividir nossa alegria pode duplicá-la.
Amizades não requerem gastar muito tempo juntos. Confiança, respeito e amor podem fazer uma amizade crescer e durar. Há algo que todos temos para dar, mesmo se nossas habilidades de socialização não forem tão boas como queríamos que fossem.
Sandy Maynard

  Terapias emergentes para a doença de Alzheimer precoce Michael Rafii, MD, PhD O início da doença de Alzheimer (DA) é caracterizado po...