domingo, 6 de outubro de 2013

300- O TDAH não é uma desculpa – Nunca.


 
O déficit de atenção pode explicar o mau comportamento do meu filho de oito anos – mas, agora, embora a medicação ajude a controlar seus impulsos, ela não o livra de apuros. Por Samantha Hines.

Meu filho de oito anos, Edgar, nem sempre se comporta bem. Seus irmãos também não, mas ele tem TDAH e eles não, assim, seus comportamentos e ações estão sob observação mais rigorosa do que os dos seus irmãos. Embora eu pudesse inicialmente gostar de bater o pé e dizer “Isso não é correto”, eu acho que realmente seja. Com professora e mãe – como ser humano – tenho aderido à noção de que o correto não é todos terem o mesmo tratamento, mas todos terem o que precisam.

O comportamento dos irmãos de Edgar geralmente não está sob o microscópio de ninguém porque eles não estão atravessando um processo de desaprender e aprender. Antes do diagnóstico de TDAH do Edgar, e o subsequente tratamento médico, suas transgressões não respondiam às correções. Você podia dizer para ele na segunda-feira que ele não podia se comportar daquele modo em certos locais. Na quarta-feira, ele já teria esquecido a conversa ou repetiria impulsivamente o comportamento indesejável.

Depois que a medicação foi iniciada, repentinamente Edgar, pela primeira vez, parecia entender seu comportamento e como ele atingia os outros. Ele usava palavras tais como “reação exagerada” para explicar por que ele atirava longe o lápis quando ficava sabendo que teríamos frango, em vez de macarrão, no jantar. Ele, finalmente, parecia entender o propósito por trás das consequências.

A despeito do sucesso do tratamento medicamentoso, sua prescrição está longe de ser uma panaceia. É errado pensarmos, nós e Edgar, que seja. A medicação é uma ferramenta que abre as portas para ele, mas isso não livra, ele e seus pais, do trabalho que tem de ser feito.

Recentemente, um membro da família pediu a Edgar que parasse de jogar um videogame que tomava sua atenção a ponto de fazê-lo ignorar a existência de todos os outros. Foi solicitado que ele arrumasse a bagunça que havia deixado em outro cômodo. Era um pedido simples, razoável, mas naquele instante Edgar não entendeu assim. Ele explodiu verbalmente, e, em vez de arrumar a bagunça, tornou-a pior.

Eu o tirei da situação, arrumei a bagunça eu mesma, e me despedi. No carro, expliquei a Edgar as consequências do seu comportamento. Enquanto eu fazia isso, seu irmão de quatro anos disse, em um momento de solidariedade fraternal, “Mas, mãe, Edgar tem TDAH”. Minha resposta foi simples: “O TDAH do Edgar é uma explicação, mas nunca uma desculpa”.

Edgar cumpriu sua consequência, e, por causa da medicação que usa, foi capaz de entender por que seu comportamento não era aceitável. Haverá transgressões no futuro – talvez outra amanhã? Claro que sim. Mas ele, assim como todos nós, está aprendendo.

ADDitude.

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