sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

259- Como os meninos com TDAH se relacionam com novos colegas


 
Problemas de relacionamento com colegas são consistentemente encontrados como sinal de resultados negativos no desenvolvimento. Crianças rejeitadas (particularmente as que agem agressivamente com os colegas) se saem significativamente pior na adolescência e na vida adulta do que crianças com relações de amizade mais harmoniosas. Isso pode ocorrer porque as crianças rejeitadas geralmente gravitam uma em torno da outra durante a adolescência e reforçam ou pioram o comportamento antissocial uma da outra. A rejeição pelos colegas também pode ter um efeito negativo na autoestima das crianças e contribuir para o desenvolvimento de solidão e depressão.

Infelizmente, muitas crianças com TDAH têm dificuldade em suas relações com colegas e geralmente se tornam não queridas ou rejeitadas pelas outras depois de alguns poucos contatos. Por que isso ocorre? O que elas fazem de errado quando tentam negociar a importante tarefa social de se unir a um novo grupo social? Há diferenças importantes em como elas tentam se integrar com os novos colegas sem TDAH? Essa foi uma questão interessante pesquisada em um estudo publicado há dois anos no Journal of Abnormal Child Psychology [Ronk et al,. (2011). Avaliação da competência social de meninos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Aceitação problemática pelos colegas, respostas e avaliações dos anfitriões. Journal of Abnormal Child Psychology, 39, 829-840.]

Ser capaz de se juntar com sucesso a novos colegas é um importante primeiro passo para desenvolver relações positivas de amizade. Todos nós tivemos a experiência de tentar se juntar a outros que ainda não conhecemos, mas que já eram amigos entre si. É uma tarefa desafiadora e requer a habilidade de usar comportamentos verbais e não verbais. É uma tarefa importante porque se unir com sucesso a um novo grupo dá às crianças a oportunidade de desenvolver novos amigos; crianças que consistentemente têm dificuldade de enfrentar o processo de entrada no grupo têm menos oportunidades subsequentes para interações positivas.

Quais os tipos de comportamento associados à entrada competente no grupo? Pesquisas anteriores sugerem que as crianças socialmente competentes empregam um espectro de comportamentos de entrada que vão do baixo risco ao alto risco. Comportamentos de baixo risco são os que têm menor probabilidade de provocar reações positivas ou negativas dos colegas aos quais uma criança esteja tentando se unir.
Por exemplo, uma estratégia de baixo risco seria ficar por perto de colegas que estejam brincando juntos e somente observar sua atividade. Usando essa abordagem, a criança poderia gradualmente ter uma noção de quais sejam as atividades e as normas do grupo, e eventualmente comentar sobre o que acontecia, por exemplo, “parece um jogo divertido – vocês se importam se eu ficar olhando um pouco?”. Com esse tipo de ação, a criança competente age para gradualmente misturar-se ao grupo.
Crianças socialmente menos competentes nunca vão além do estágio de ficar observando, ou se envolvem em estratégias de alto risco, que podem produzir reações positivas ou negativas. Isso inclui comentários e perguntas que tirem a atenção dos colegas do que eles estão fazendo e chamem a atenção sobre si mesmo. Crianças menos habilidosas têm dificuldade de casar sua atividade com a escala de referência do grupo e de se unir de modo não incomodativo.
O foco desse estudo foi observar como os meninos com e sem TDAH lidavam com a admissão ao grupo de colegas. Os participantes foram 1.477 meninos de 12 anos de idade recrutados de vários locais da comunidade. Quarenta e nove serviram de “indivíduos de entrada”, isto é, os meninos que tinham de tentar entrar para o grupo. Vinte e seis deles tinham TDAH e vinte e três não. Todos os meninos com TDAH preenchiam os critérios para os subtipos combinado ou hiperativo/impulsivo; meninos com somente os sintomas de desatenção não foram incluídos. O restante dos meninos – nenhum dos quais tinha TDAH – era do grupo anfitrião, isto é, colegas aos quais os “meninos de entrada” teriam de se unir.
O paradigma experimental foi o seguinte: meninos eram levados ao laboratório em grupos de 3. Dois meninos – anfitriões – já eram amigos um do outro, e o “menino de entrada” não conhecia nenhum deles. Os anfitriões eram levados a uma sala e instruídos a brincar com um dos vários jogos até que o pesquisador voltasse. Minutos mais tarde, a “criança de entrada” era trazida sem ter recebido nenhuma instrução específica sobre o que fazer. Desse ponto em diante, as interações das crianças eram filmadas. Depois de vários minutos, a “criança de entrada” era retirada pelo pesquisador. A criança era trazida novamente um pouco mais tarde para que fosse observada uma segunda tentativa de entrada. Todo o procedimento levava cerca de uma hora.
Meninos com TDAH que estavam medicados não tomavam a medicação no dia do estudo; isso permitia que seu comportamento não medicado fosse observado.
Codificando o comportamento de entrada dos meninos.
Vídeos das interações foram codificados para captar as tentativas de entradas dos meninos e as reações dos anfitriões às tentativas.
Os códigos para os comportamentos de entrada competentes das crianças eram:
Esperar e andar – aproximando-se dos anfitriões e observando seu comportamento sem falar.

Comportamento sincronizado – aproximando-se dos anfitriões e imitando o que eles estavam fazendo sem falar ou brincar com eles.

Declaração dirigida ao grupo – uma declaração verbal relevante dirigida diretamente aos anfitriões ou sobre a brincadeira.

Pergunta – uma pergunta relevante dirigida aos anfitriões.

Comportamentos considerados como reflexos de entrada incompetente eram:

Declaração pessoal – uma declaração descrevendo-se a si mesmo, que não era relacionada com a atividade corrente dos anfitriões.

Chamar a atenção – um comportamento verbal ou não verbal com a intenção de chamar a atenção dos anfitriões.

Interferência – um comportamento verbal ou não verbal aversivo.

Autoelogio – fazer declarações descrevendo habilidades próprias.

Codificando os comportamentos dos anfitriões

O comportamento dos anfitriões em relação às “crianças de entrada” foi codificado como segue:

Iniciação – comportamento não solicitado convidando a “criança de entrada” para brincar.

Positivo – resposta à “criança de entrada” que fosse positiva ou neutra.

Negativo – resposta à “criança de entrada” que fosse de rejeição ou desfavorável.

Ignorar – nenhuma resposta de aceitação da “criança de entrada”.

Os codificadores também classificaram quão bem a “criança de entrada” parecia se relacionar com os anfitriões, assim como a habilidade da criança em manter o padrão de referência do grupo, isto é, se adequar ao jeito de falar e ao comportamento do grupo nas atividades correntes.

RESULTADOS

Comportamento da “criança de entrada”

Comportamento de entrada competente – nenhuma diferença foi encontrada na quantidade de comportamento de entrada que os meninos com e sem TDAH mostraram.

Comportamento de entrada incompetente – Meninos com TDAH mostraram mais comportamento de chamar a atenção, mais comportamento perturbador, mais comentários pessoais e mais autoelogios. Diferenças nesses comportamentos entre meninos com e sem TDAH foram geralmente grandes em magnitude. Meninos com TDAH também foram classificados como menos hábeis para manter o padrão do grupo, e suas tentativas de conversação foram julgadas menos relevantes para a atividade corrente.

Comportamento favorável dos anfitriões e pontos da “criança de entrada”.

Meninos com TDAH receberam menos respostas para entrada do que os meninos de comparação. Embora não houvesse nenhuma diferença de grupo nas respostas negativas dos anfitriões durante o primeiro episódio de entrada, meninos com TDAH tenderam a receber mais reações negativas no segundo episódio. De modo semelhante, meninos com TDAH não eram menos queridos pelos anfitriões depois do primeiro episódio de entrada, mas eram menos queridos depois do segundo episódio.

RESUMO E IMPLICAÇÕES

Os resultados desse estudo indicam claramente que meninos com TDAH são menos hábeis do que os outros na importante tarefa social de se juntar a colegas não conhecidos. Como tal, eles têm menos oportunidades de desenvolver relacionamentos novos e positivos do que os outros.

Foi notável que, no segundo episódio de entrada, meninos com TDAH já haviam se tornado menos queridos pelos outros meninos. Isso não parece relacionado com a ausência de comportamento competente de entrada; de fato, eles mostraram tantos comportamentos competentes como os outros. Na verdade, isso é mais bem explicado pelos graus significativamente mais altos de comportamentos incompetentes que eles exibem. Isso incluía mais declarações para chamar a atenção, mais autoelogios, mais comportamento de chamar a atenção e mais comportamento perturbador. Em vez de dominar a situação, mantendo o padrão de referência e silenciosamente se misturar, eles tendem a se intrometer nas atividades dos anfitriões de um jeito que os colegas não gostam. Assim, a entrada no grupo de colegas é provavelmente um aspecto da interação social habilidosa em que os meninos com TDAH precisam de ajuda.

Como os meninos não estavam medicados durante o estudo, seria interessante saber se taxas elevadas de comportamento incompetente seriam significativamente reduzidas pela medicação. É possível, mas não se sabe. Seria também interessante saber se as dificuldades de entrada exibidas pelos meninos com TDAH seriam da mesma forma exibidas pelas meninas com TDAH. Meninas com TDAH podem não mostrar déficits comparáveis, ou, podem mostrar padrão diferente de comportamento de entrada incompetente.

Essas questões, junto com os esforços de melhorar o comportamento de entrada no grupo de colegas de meninos com TDAH, seriam todas interessantes para se verificar em pesquisa subsequente.

Novamente, obrigado por seu interesse continuado em nosso boletim. Espero que você tenha apreciado o artigo acima e o achado útil. Sinceramente,

David Rabiner, Ph.D. – Research Professor, Dept. of Psychology & Neuroscience, Duke University, Durham, NC 27708 - USA

 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

258- Dicas para adultos com TDAH perderem peso


 
Para adultos com TDAH, tentar perder peso pode parecer impossível. Ou você mergulha em uma nova dieta e rotinas de exercícios – para abandonar três semanas mais tarde – ou não tem a motivação para dar o início. Mas, se você estiver a fim, desta vez, este plano de ação o ajudará a atingir suas metas e a ficar mais sadio.

Por Nancy Ratey e Bob Seay (ADDitude)

Muitas pessoas têm dificuldade em perder peso. Porém, de acordo com alguns especialistas, isso pode ser mais difícil para adultos com TDAH, que podem brigar com seu peso porque têm dificuldade de entender o que seu corpo está querendo lhes dizer – assim como têm dificuldade de entender o que os outros estão falando em uma conversa e em encontros sociais. Adultos com déficit de atenção podem confundir estar incomodado com estar com fome, ou podem comer exageradamente em tentativa subconsciente de aliviar sentimentos negativos.
Outro desafio para perder peso para os adultos com TDAH é ficar atento por tempo o bastante para aderir a uma dieta e a uma rotina eficiente de exercícios. Ser facilmente distraído e impulsivo pode tornar difícil aderir a qualquer tipo de projeto – incluindo perda de peso e exercícios.
A boa notícia é a de que os especialistas encontraram resultados preliminares que mostram, em muitos casos, que os pacientes podem controlar seu peso com o tratamento do seu TDAH e dos sintomas relacionados a ele, tal como a depressão. Combinado com dieta e exercícios, o sobrepeso dos adultos com TDAH pode estar a caminho de dias mais leves.
Eis aqui dicas de como ser auxiliado na perda de peso
Exercício
É uma equação simples: Energia Consumida – Energia Queimada = Peso. Consumir energia (calorias e carboidratos) sem queimá-la é igual a encher o tanque de gasolina do seu carro sem nunca ligar o motor. Uma hora o tanque vai ficar cheio. Se ele não vazar por cima, ele pode arrebentar.
Além do mais, o exercício pode ajudar a controlar alguns sintomas do TDAH pelo aumento da dopamina e norepinefrina no cérebro. Esses neurotransmissores desempenham papéis importantes na regulação do sistema de atenção. Com atividade física regular, adultos com TDAH podem aumentar os níveis básicos de dopamina e norepinefrina por facilitar a criação de novos receptores em certas áreas cerebrais, regulando melhor a atenção.

Se você tem sido sedentário por algum tempo, você vai precisar aumentar gradualmente o tônus muscular, a flexibilidade e a determinação. Fale com seu médico para saber se você pode realizar atividade física intensa, mas saiba que mesmo caminhadas podem ser um grande exercício. Conforme perca peso, você será capaz de caminhadas mais longas.

Esteiras, bicicletas estacionárias e outros aparelhos propiciam grande atividade cardiovascular, mas também podem muito rapidamente ficar entediantes. Treinos com intervalos é a solução perfeita para manter seu interesse. O treino com intervalos alterna um curto período de exercícios intensos com períodos mais longos de atividade de baixa intensidade, queimando mais gordura em 20 minutos do que exercícios normais mais longos.
Eis aqui como fazer isso:

Faça aquecimento por 5 a 10 minutos em bicicleta estacionária, esteira ou corrida.
Então, pedale, caminhe ou corra tão rápido quanto puder, por 20 a 30 segundos, seguidos por 1 minuto ou 2 de atividade de baixa intensidade.

Acelere novamente, então se deite de costas. Faça 5 ou 6 alternâncias em 20 minutos.
Estabeleça metas realistas e positivas.

Você não engorda 2, 3 ou 10 quilos da noite para o dia, e eles também não sumirão assim tão rapidamente. Demora um tempo para reverter os efeitos de anos de exagero de alimentação e de inatividade, então, fale com seu médico sobre o estabelecimento de metas realistas de perda de peso.
Quando se trata de exercícios, muitos adultos com TDAH estabelecem metas que são irrealisticamente altas, que já aprontam a cena para o fracasso. Por exemplo, se você diz que irá se exercitar por 30 minutos, mas consegue apenas 15, você se sentirá tão desencorajado que faltará à sua próxima sessão de exercícios.

Uma ideia melhor: Primeiro, decida sobre a quantidade mínima absoluta de exercício que você acha ser aceitável – por exemplo, 15 minutos duas vezes por semana. Então, estabeleça uma meta máxima e fácil de exercícios – que seja, por exemplo, 30 minutos duas vezes ao dia. É provável que você não tenha dificuldade de atingir a meta mínima – a há uma boa chance de que você alcance e supere a meta máxima também.
Atingir suas metas faz com que se sinta bem e encorajado a aderir aos seus exercícios. Lembre-se de aumentar suas metas mínimas e máximas periodicamente para não cair na rotina.

Tenha um plano
Como muitos portadores de TDAH, você provavelmente odeia estrutura – especialmente quando relacionada com exercícios e outras “obrigações”. Assim, sinta-se livre para adicionar alguma flexibilidade á sua estrutura por meio da escalação de não somente um porém vários exercício num período de 24 horas. Por exemplo, você pode escalar seu exercício de final de semana para as 10 da manhã, as 13 horas e as 15 horas aos sábados, e 11 horas, 14 horas e 17 horas aos domingos. São 6 chances. É provável que você faça ao menos um desses horários.

Se você prometeu a si mesmo fazer exercícios antes do final do dia, não permita faltas. Mesmo se já for tarde, você ainda tem tempo. Se for impossível sair ou ir à academia, corra em casa ou pule corda e faça flexões. Sua meta é terminar o dia e dizer: “Fiz o que disse que faria”.
Aprenda sobre nutrição

Torne-se um consumidor bem informado sobre alimentos, em vez de um provador que come sem pensar. A pesquisa em perda de peso mostra que os que fazem dieta e entendem a importância da boa nutrição são mais aptos a perder peso e menos destinados a voltar a ganhar peso.
Entenda que dietas drásticas ou truques para perder peso geralmente produzem um efeito bumerangue que pode deixá-lo pesando mais do que quando começou. Tente ver sua perda de peso como parte de um plano maior para melhorar sua saúde física e mental. Uma mudança mantida de peso requer mudanças permanentes em sua dieta e em seu comportamento. Você realmente quer viver só com laranjada e ovos cozidos para o resto de sua vida? Se não – e que vai querer? -  você precisa comer refeições equilibradas e fazer mudanças em sua dieta, mudanças que possam ser mantidas ao longo do tempo.
Verifique o seu progresso
Arrume um calendário e marque com X os dias dos seus exercícios. Mantenha-o simples – não há necessidade de marcar o tempo de exercício, as repetições, as voltas, a frequência cardíaca etc. Uma vez ao mês, reveja o que você conquistou para ter noção do seu progresso.
Tente escrever tudo que comeu durante o dia. Você pode incluir o número de calorias ou de carboidratos que cada item contém, mas não fique muito dependente dos números. Em vez disso, pense nos números como um total de pontos em um jogo que você quer ganhar.
Apanhe algumas roupas que sejam de tamanho um pouco menor do que o seu atual e as use como um objetivo a ser alcançado. Você se sentirá encorajado pelo seu progresso e motivado a continuar em direção à sua meta final.
Continue motivado
Perder peso é mais fácil com um parceiro que o mantenha no jogo e que divida com você as dores e o progresso. Assim, arrume amigos para seguir em sua jornada de perda de peso. Você pode até querer fazer coisas mais interessantes, como uma aposta para ver quem consegue atingir a meta primeiro. Dinheiro é um grande motivador, e mesmo o perdedor ganha com a perda de peso dele.
Amigos também podem ajudar quando você precisar de um empurrão. Muitos adultos com TDAH iniciam um programa de exercícios com tremendo entusiasmo, somente para perder interesse em alguma poucas semanas. Se isso se parece com o que lhe acontece, escreva para você mesmo uma carta de encorajamento. Dê-a a um amigo no início do programa de exercícios e peça a ele que a mande de volta quando seu entusiasmo começas a se enfraquecer.
É difícil desenvolver hábitos regulares de exercício se uma voz dentro de você ficar falando, “Por que não pular o dia de hoje e fazer os exercícios amanhã?”. Com os portadores de TDAH quase sempre existe essa voz. Não dê ouvidos a ela. Diga a ela para que desapareça, e você logo estará a caminho da boa forma física.
 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

257- Sete maneiras de aumentar o sentimento de posse dos estudantes


Sete maneiras de aumentar o sentimento de posse dos estudantes

Jennifer Barnett – Teacher magazine.org

Ouvimos isso todo dia. “Os estudantes devem cuidar de sua escola”. Mas, como fazemos isso acontecer?

Na última primavera, eu e meus colegas começamos o processo de transformação da Childersburg High School (CHS), que atende aproximadamente 500 estudantes de Talladega County, Alabama, com um agudo foco na faculdade e aptidão para a carreira. Muitas mudanças foram principalmente em pedagogia e nas ferramentas de aprendizagem: a mudança de instrução para um currículo de aprendizagem com base em um projeto; a adoção de cursos avançados sobre colocação e estímulos honoríficos para aumentar o rigor acadêmico; a adição de computadores desktops, lousas inteligentes e impressoras em rede para todas as classes; e um sistema de gerenciamento de curso para facilitar o novo meio digital. Coisas boas.

Mas, a melhor parte dessa transformação foi a dramática mudança na cultura escolar. É verdade: Estudantes da nossa escola demonstram a posse de sua comunidade de aprendizado todos os dias. Eu às vezes me belisco para ter certeza de que não estou sonhando. A seguir, algumas estratégias que funcionaram conosco – e que podem funcionar com você.

1- Desafie os estudantes para sonhar

Nossa equipe de liderança de estudantes visitou escolas com programas acadêmicos progressistas e forte cultura escolar – e encontrou-se com os estudantes líderes dessas escolas. Essas trocas foram realmente importantes.

Quando os estudantes estavam processando o que viram e ouviram, eu os provoquei com perguntas no início. Mas logo os estudantes se ligaram, descobrindo que nós estávamos realmente querendo que eles imaginassem as possibilidades!

De volta à escola, os estudantes compilaram uma lista de tudo o que gostaram e uma lista separada do que se aplicaria à sua escola. Neste ponto, eles tinham de decidir o que mais precisavam de sua escola. (Dica: Tome bastante tempo para fazer isso. Isso não é uma atividade de dez minutos para o final do dia!)

Em seguida, os estudantes compartilharam suas ideias com a faculdade, apresentando uma lista de coisas prioritárias a serem mudadas, que poderiam fazer de sua escola o que eles precisavam. Frequentemente revisitamos essa lista – ela serve como um catalizador para o progresso contínuo.

2- Convide os estudantes para falar sobre a nova identidade de sua escola.

O próximo passo foi para os estudantes líderes criarem documentos fundamentais. Nossos estudantes líderes criaram dois: o CHS Tiger Creed (descrevendo em suas próprias palavras no que eles acreditavam como estudantes) e o CHS Tiger Testimony (ilustrando exatamente o que os estudantes podem esperar de si mesmos na escola). Isso tomou o dia todo. (E o fato de que foi um dia inteiro de suas férias de verão fala do quanto eles estavam se comprometendo!)

Eles compartilharam esses princípios com a faculdade e ofereceram insights sobre o modo como a crença e o testemunho podem funcionar com todos os estudantes quando a escola reabrir no outono.

3- Dê boas vindas aos visitantes.

Nos últimos cinco meses, tenho frequentemente rido para mim mesma ao ver nossos estudantes receber visitantes em sua escola. Você pensaria que eles estariam mostrando um novo carro esportivo – você não pode deixar de ver o orgulho em suas vozes.

Quem visita? Líderes da comunidade, líderes de negócios, professores ativos e aposentados, estudantes, administradores de outras escolas, administradores de distritos, membros  de bancas escolares, pais, membros de clubes de apoio e escolas provedoras. Você teve a ideia. Os estudantes só precisaram de uma audiência.

Para ajudar, criei “notas de visita” para nossos guias praticarem. Eles melhoraram as notas e gostam de treinar novos recrutas para liderar as visitas. Minha parte é infinitesimal. Sou, basicamente, uma coordenadora logística – eles fazem o resto.

Os estudantes se beneficiam com esse tipo de programa: Os guias de visita têm oportunidades autênticas de lapidar suas habilidades de comunicação e o estudante comum descobre que a escola é merecedora de admiração. (Um bônus: Receber visitantes é um grande ponto de honra para sua escola!)

4- Errem por excesso de informação

Manter os estudantes informados é um dos modos mais importantes de manter o clima positivo. Use a tecnologia (Twitter, Facebook, a página da escola na Web, et) para informar os estudantes  sobre as coisas acadêmicas, notícias sobre atletismo, eventos próximos e outros anúncios importantes para a escola. Nós constantemente lembramos aos nossos estudantes para se manterem informados via Moodle (nosso sistema de gerenciamento de curso), e os professores gastam regularmente poucos minutos durante as aulas para rever as informações escolares. É desafiador ter certeza de que estudantes estejam cientes do que acontece – mas é uma parte crítica para ajudá-los a se sentir conectados.

5- Peça retorno – e, então, inclua os estudantes na realização

Gostamos de avaliar nossos estudantes. Perguntamos sobre as iniciativas da escola, atividades extracurriculares, culturais e mais. Você pode mostrar aos estudantes que os está ouvindo ao usar os resultados para fazer as mudanças e melhorias. Peça aos estudantes para ajudar na feitura das mudanças que eles pediram – em muitos casos, eles podem ajudar a iniciar novos programas e atividades.

6- Envolva os estudantes no processo de contratação

Faça os estudantes participarem do painel de entrevistas de contratação de novos funcionários. Empregar alguém é um dos aspectos mais importantes de uma escola, então, dar aos estudantes a oportunidade de participar do processo assinala algo significativo. Depois do treinamento deles nas leis básicas que governam o processo de entrevista, permita que os estudantes façam perguntas e propiciem opinião aos administradores. Estudantes têm ideias muito interessantes e podem trazer novas perspectivas no processo de contratação.

7- Inicie um programa de assessoria por pares

Um programa de assessoramento é outro do tipo ganha-ganha. Meus colegas e eu estamos atualmente trabalhando em uma iniciativa para utilizar uma soma enorme de conhecimento e experiência: nossos estudantes veteranos.

Muitos veteranos já fizeram exames vestibulares, se inscreveram em faculdades e já escolheram um campo de interesse e de estudos, já solicitaram ajuda financeira e bolsas de estudos, e já visitaram vários campi. Mesmo em escolas pequenas, será difícil para um conselheiro escolar (mais de um, se você tiver sorte) ter uma conversa do tipo um a um com os estudantes sobre todos esses tópicos, além das outras obrigações. Então, por que não encorajar os veteranos a dividir suas experiências com os não graduados antes de sua formatura? Estou empolgada para desenvolver um curso para os programas Student College e Career Library Assistant que iniciaremos no outono.

Na Childersburg High School, nossos estudantes não estão estudando liderança. Eles estão praticando a liderança por meio da criação da escola que eles querem e que precisam. Temos muito mais a fazer para nos tornarmos a escola que nossos estudantes imaginaram na última primavera. Mas eu sei que estamos no caminho certo. Conforme você e seus colegas trabalhem para criar a escola o mais eficaz possível, não se esqueça de dividir com seus melhores aliados que você tem: seus estudantes.

domingo, 6 de janeiro de 2013

256- Sobre o TDAH adulto – Faça este autoteste.


 
Habitualmente desorganizado? Sempre atrasado? Tem dificuldade para cuidar do dinheiro e dos relacionamentos? Faça este teste e aprenda mais sobre seus sintomas de TDAH.

Para aprender mais sobre o TDAH do adulto e seus sintomas, marque cada uma das afirmações que se aplicam a você...

1- Tenho dificuldade para me organizar.

2- Quando recebo uma tarefa, geralmente procrastino em vez de fazê-la em seguida.

3- Trabalho em um monte de projetos mas não completo a maior parte deles.

4- Tenho a tendência de tomar decisões e de agir impulsivamente – como gastar dinheiro, me envolver sexualmente com alguém, mergulhar em novas atividades e mudar de planos.

5- Fico entediado facilmente.

6- Não importa quanto eu faça ou quanto me aplique, parece que nunca atinjo minhas metas.

7- Geralmente fico distraído quando as pessoas estão falando; simplesmente desligo ou devaneio.

8- Me envolvo tanto com algumas coisas que faço que dificilmente paro para um descanso ou para fazer outra coisa.

9- Tenho a tendência de exagerar em coisas mesmo que elas não sejam boas para mim – como comprar compulsivamente, beber muito, trabalhar demais e comer exageradamente.

10- Facilmente fico frustrado e me torno impaciente quando as coisas estão indo muito devagar.

11- Minha autoestima não é tão grande como a das pessoas que conheço.

12- Preciso de muito estímulo de coisas como filmes de ação e vídeo games, novas compras, estar entre amigos animados, dirigir rápido ou me envolver com esportes extremos.

13- Digo ou faço coisas sem pensar e algumas vezes isso me causa problemas.

14- Prefiro fazer as coisas do meu jeito a seguir as regras e os procedimentos dos outros.

15- Geralmente me descubro brincando com o lápis, balançando minha perna ou fazendo alguma coisa para dissipar a energia nervosa.

16- Posso me sentir repentinamente deprimido quando fico longe das pessoas, projetos ou coisas com as quais gosto de me envolver.

17- Me vejo diferente de como os outros me veem e, quando alguém fica bravo comigo por ter feito algo que os magoou, fico muito surpreso.

18- Embora eu me preocupe muito sobre coisas perigosas que dificilmente me acontecerão, tenho a tendência de ser descuidado e propenso a acidentes.

19- Embora tenha muitos medos, as pessoas me descrevem como uma pessoa que assume riscos.

20- Cometo um monte de erros por descuido.

21- Tenho parentes de sangue que sofrem de TDAH, depressão, transtorno bipolar ou de abuso de substância.

Se você concordou com 15 destas afirmações, é provável que você tenha o transtorno de déficit de atenção (TDAH ou TDA). Entretanto, você ainda pode ter o TDAH mesmo que tenha respondido sim a menos do que 15 destas afirmações. Este teste informal é destinado somente a servir como um guia.

Adultos que achem que tenham o TDAH devem consultar um médico especializado no assunto. Há tratamentos que podem ajudar a reduzir substancialmente esses sintomas.

ADDitude

sábado, 5 de janeiro de 2013

255- A Guerra do açúcar – Usando a dieta para tratar os sintomas de TDAH nas crianças.


 

Pode ser que você venha a ter a seguinte conversa com o médico do seu filho com TDAH- provavelmente até antes das festas de fim de ano...

“Toda vez que o João come muito coisas açucaradas, seus sintomas de TDAH pioram, e ele se torna irritado e hiperativo. Odeio essa estação porque João a torna dias infelizes para todos”.

Seu médico se ajeita na cadeira de couro dele e diz: “O que o seu filho come não tem nada a ver com seu comportamento! Não há nenhuma pesquisa que apoie esta ideia.”.

Pense de novo. Enquanto alguns estudos não tenham encontrado nenhuma correlação entre açúcar e aumento da hiperatividade em crianças com TDAH, outros estudos sobre nutrição sugerem que algumas crianças com TDAH são “ligadas” pelas quantidades elevadas de comida doce.

Um estudo conduzido pela Universidade do Sul da Califórnia concluiu que quanto mais açúcar as crianças hiperativas consumiam, mais destrutivas e inquietas elas se tornavam. Um estudo da Universidade de Yale indicou que dietas com alto conteúdo de açúcar podem aumentar a desatenção em algumas crianças com TDAH.

Então, onde isso o deixa, no meio de bolos de aniversário, extravagâncias dos feriados e sorvetes no verão? Não entre em pânico. A primeira coisa a fazer é determinar se o açúcar afeta o seu filho do jeito que afetou as crianças naqueles estudos. Comece por remover todo o açúcar que puder da dieta dele por dez dias – uma tarefa difícil, mas factível.

No décimo primeiro dia, faça um teste de açúcar com ele, misturando uma colher de sopa de açúcar em um copo de suco de fruta puro. Isso faz ele dar um salto em sua hiperatividade? Ele fica com menor capacidade de prestar atenção? Se a resposta for sim, você já tem a sua resposta.

Feriados saudáveis

Estabeleça um bom exemplo no dia das bruxas, dando chicletes sem açúcar – ou coisas não comestíveis, como lápis de cor, medalhas ou moedas. Se o açúcar for indispensável, então procure pastilhas de hortelã adoçadas com sorbitol.

Controlar os doces que seu filho come ou traz para casa evita a mentira e as discussões. Você pode fazer um acordo antes, sobre quantos doces ele pode consumir a cada dia. Ou você pode comprar o doce do seu filho, para que ele possa comprar outra coisa que ele realmente deseja.

Substitua por castanhas, um prato de vegetais ou de frutas coloridas, os chocolates cobertos com cereja ou os biscoitos adocicados servidos nessas festas.

Em vez de biscoitos açucarados, tente alguns produtos comercializados que são de baixo conteúdo de açúcar e livres de corantes.

Sirva sucos gelados, feitos com suco de pura fruta, em copos de festas. Evite as bebidas artificiais que são ricas em açúcar. Quando servir sucos, acompanhe-os com sanduíches feitos de carne ou frango em pão integral. A proteína da carne e as fibras do grão integral ajudam a manter estáveis os níveis de açúcar sanguíneos.

Parece que dá muito trabalho, e dá. Mas se o seu filho ficar menos hiperativo e menos desatento, todos se beneficiarão!

ADDitude

254- Dicas dos Leitores de ADDitude – Mantendo as decisões de começo de ano (para quem tem TDAH)


Dicas dos Leitores de ADDitude – Mantendo as decisões de começo de ano (para quem tem TDAH)

Visualize o sucesso

Lembretes visuais são muito úteis. Pendure quadros do que sejam suas metas, ou assine um contrato consigo mesmo. Lisa Wermetz -Murrieta, California.

Invista em si mesmo

Eu escolho somente metas nas quais tenha investido muito. Se a resolução não é tão importante para ser cuidada todos os dias, ela não faz parte da lista. Pamela Bryson – Houston, Texas.

Programa para o sucesso

Eu esqueço coisas que não ponho no meu PDA, que está sincronizado com o calendário do meu computador. Para me ajudar a manter minhas resoluções, eu as ponho na minha agenda de coisas a fazer ou em minha lista, junto com um lembrete que aparece na tela do meu computador. Gina Padgett – Cookeville, Tennessee.

Faça um plano

Escolha  uma resolução específica, escreva um plano para realizá-la, e tente por uma semana. Se o plano não funcionar, revise-o. Melody Lowman – San Francisco, California.

Começe em setembro

Para mim, o ano novo se inicia em setembro, quando começam as aulas. Cada membro da família faz seu próprio esquema detalhado para se manter na linha pelo resto do ano. Um leitor de ADDitude, por e-mail.

Não faça resoluções de ano novo.

Primeiro de janeiro é o pior dia para começar algo novo; traz grandes expectativas. Qualquer outro dia do ano é melhor para mudanças. Julie Madison – Germantown, Tennessee.

Vá aos poucos.

Em vez de uma meta anual, eu somente me obrigo a me lembrar de fazer tudo, um dia de cada vez. Pensar em longo prazo é muito difícil. Anita Berenyi – Doylestown, Ohio.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

253- Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH - (ABDA)


Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH:
Atenção, memória sustentada:
Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas

1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.
2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.
3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.
4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.
4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.
5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.
7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco das atividades.
8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.
9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova.

Tempo e processamento das informações

1 – Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o trabalho escrito e facilitar a compreensão da tarefa. Clique aqui para ver um exemplo.
2 – Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais, trabalhos manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade do aluno.
3 – Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim como outras tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no foco e motivação.
4 – Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos. Permitir a digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao aluno.
5 – Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas. Exemplo: propor um trabalho em dupla antes de uma discussão sobre o tema com a turma inteira.
6 – Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma dificuldade para escrever.
7 – Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade. Dar tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele possa terminar no seu próprio tempo.

Organização e técnicas de estudo

1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações, lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua organização.
2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.
3 – Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.
4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a eventual perda do material.
5 – Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre o professor e os pais. É extremamente importante que os pais façam observações diárias sobre o que observam no comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o professor poderá fazer o mesmo em relação às questões relacionadas à escola.
6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30 dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas e monitorar se cada uma delas está sendo cumprida. Alunos com TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo prazo.
7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num prazo de 24 horas.

Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas

1 – Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de aprendizado que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e demonstrar na prática como usar as fontes, materiais de referência, anotações, notícias de jornal, trechos de livro, etc.
2 – Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua autoavaliação nas tarefas e nos projetos. Este procedimento permite que o aluno faça uma reflexão sobre o seu aprendizado e desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de aprender.
3 – Usar organizador gráfico (clique aqui para ver) para ajudar no planejamento, organização e compreensão da leitura ou escrita.

Inibição e autocontrole

1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais são os piores elementos distratores (situações que provocam maior desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível deles e, consequentemente, focado o maior tempo possível na tarefa em sala de aula.
2 – Utilizar técnicas auditivas e visuais para sinalizar transições ou mudanças de atividades. Exemplo: falar em voz alta e fazer sinais com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra, ou do término da mesma.
3 – Dar frequentemente feedback (reforço) positivo. Assinale os pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa. Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em busca da sua própria superação.
4 – Permitir que o aluno se levante em alguns momentos, previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá ao quadro (lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a coordenação buscar algum material, etc., ou mesmo permitir que vá rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este procedimento é extremamente útil para diminuir a atividade motora e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças muito agitadas.

Escrito por  ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) Qui, 20 de Dezembro de 2012 16:18

sábado, 29 de dezembro de 2012

252- “Ele não admite que tenha TDAH”


 
Meu marido não quer procurar aconselhamento ou tomar remédios para seu déficit de atenção, mesmo tendo dois de nossos filhos diagnosticados com o transtorno. Seus esquecimentos, sua procrastinação e a incapacidade de cumprir as promessas para nossas crianças irritam a todos nós. Socorro! – Por Melissa Orlov.

Muitos adultos que vivem com TDAH não diagnosticado não entendem o impacto que seus sintomas causam em quem está à sua volta. O melhor jeito de lidar com isso é iniciar uma campanha gentil e paciente, mas firme, para ajudá-lo a entender como suas ações – ou falta de ação, em alguns casos – afetam você e sua família. É importante que você aborde o assunto de um jeito sem críticas e sem julgamentos. Se não for assim, você o tornará defensivo e não disposto a levar a sério sua preocupação.
Fale cuidadosamente com seu marido. Aborde o assunto dizendo: “Fiquei triste por nos atrasarmos para a festa de aniversário da minha irmã”, em vez de “Fiquei com raiva porque você nos fez chegar atrasados na festa de aniversário da minha irmã”. Diga, “Eu te amo, mas sinto que não estou tendo a atenção que preciso de você para me sentir feliz”, em vez de “Você nunca presta atenção em mim!”.

Como seus filhos foram diagnosticados com TDAH, pode ser mais fácil o seu marido pensar no assunto, já que isso está ligado a ele. Muitos adultos, depois de ler livros para aprender como ajudar seus filhos, veem seus sintomas com mais clareza e pensam a respeito dos seus problemas com uma nova perspectiva. Não cometa o erro de assumir sozinha a responsabilidade de cuidar dos desafios do TDAH dos seus filhos. Você perderá uma oportunidade de discutir as coisas com ele.

 O tratamento do autismo se distancia do “conserto” da condição Existem diferentes maneiras de ser feliz e funcionar bem, mesmo que seu cér...