Diagnóstico tardio é dureza. Muitas mulheres com TDAH nem
sabem que são portadoras até atingir seus 30 ou 40 anos. Mas nunca é muito
tarde para uma vida bem aproveitada. Zoe Kessler, uma adulta com TDAH, por
exemplo, está tirando proveito de sua vida após o diagnóstico.
“Antes do meu recente diagnóstico, o déficit de atenção
fazia eu me sentir insegura e inepta. Mas, finalmente me descobri – estou vivendo
a vida adulta do jeito certo.” Por Zoe Kessler
Ser diagnosticada com TDAH aos 47 anos significa ter um
monte de coisas para corrigir. Recentemente, tentei me colocar no papel de
garota crescida, quando sai para comprar minha primeira casa própria que não
vinha com cavalinhos de miniatura nem com Barbies de cabelos cheios de bobs.
Estar repentinamente em meio à terra estranha do mundo da
corretagem me deixou um pouco insegura. Viver com o TDAH não diagnosticado me
treinou para me sentir inepta. Em situações importantes, nunca esperei que me
levassem a sério. Sempre tinha medo de que todos ficassem me criticando pelas
costas.
O medo estava todo na minha mente. O advogado e o corretor
ficaram admirados com as perguntas que eu fiz. Finalmente, aqui estavam pessoas
que não achavam incomodativo meu excesso de perguntas. Embora tivesse encontrado
a casa dos meus sonhos, pedi conselhos ao meu corretor e visitei várias outras
casas para me certificar. Isso não é pouca coisa para alguém com impulsividade.
O corretor disse, “Quase ninguém procura o suficiente antes
de comprar”.
Surpresa de me sentir tão bem no papel de gente grande,
tentei minimizar o cumprimento do meu corretor dizendo, “Isso é porque eles têm
mais dinheiro do que eu para gastar”. Agora percebo que eu estava tão
desconfortável com o elogio que diminui seu cumprimento.
Não vou fazer isso outra vez. É bom ter um jeito que
costumava criar exasperação transformado em uma luz positiva.
Ainda é difícil me sentir como uma adulta já formada porque
estou fazendo tantas coisas pela primeira vez em minha vida. Mas me sinto bem
porque as estou fazendo direito.
Este artigo foi publicado no número de inverno/2012 de ADDitude
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