O eminente psicólogo Erik
Erikson acreditava
que as atitudes das crianças sobre si mesmas e sobre o mundo em torno delas
dependiam largamente de como eram tratadas pelos adultos conforme cresciam.
Abaixo, está um resumo do que Erikson acreditava que as crianças mais
necessitavam de suas famílias em cada estágio do seu desenvolvimento.
Confiança
básica (do nascimento até 1 ano):
Os bebês ganham um senso de
confiança básica quando as interações com os adultos são prazerosas e
gratificantes. Bebês necessitam de pais que sejam calorosos, atenciosos,
previsíveis e sensíveis às suas necessidades. Se os bebês têm de regularmente
esperar um longo tempo para o conforto ou se são manuseados grosseira e
insensivelmente, a descrença nos outros será promovida.
Autonomia
(1 a 3 anos):
A confiança na capacidade de
fazer escolhas e decisões se desenvolve conforme as crianças exercitam as
habilidades exploratórias de andar, correr, subir e manejar objetos. Crianças e
pré-escolares necessitam de pais que os deixem escolher uma de várias
atividades seguras. Se as crianças são muito restringidas, sempre forçadas a
fazer as coisas da maneira dos seus pais, ou se são envergonhadas por cometer
erros conforme exploram, a autodesconfiança crescerá em vez da autoconfiança.
Iniciativa
(3 a 6 anos):
Os pré-escolares aprendem sobre
si mesmos e suas culturas por meio de jogos de simulação; conforme eles atuam
em papéis diferentes, eles começam a pensar em que tipo de pessoas eles querem
se tornar. Os pais que apoiam o senso emergente de propósito e direção das
crianças neste estágio, ajudam-nas a desenvolver a iniciativa, ambição e a
responsabilidade social. Se os pais são exageradamente controladores e
exigentes, as crianças podem se tornar culpadas e reprimidas.
Diligência
(6 anos até a puberdade):
Durante seus anos escolares, as
crianças desenvolvem suas capacidades de trabalho produtivo, aprendem a trabalhar
em cooperação com outros e descobrem um senso de orgulho em fazer as coisas
direito. As crianças de idade escolar necessitam de pais que encorajem seu
senso de competência e de domínio, dando-lhes responsabilidade e oportunidades
de usar suas capacidades e conhecimento. Jovens que não têm esse encorajamento
podem desenvolver um senso de inferioridade e acreditar que nunca serão bons em
nada.
Identidade
(adolescência):
Adolescentes integram o que
ganharam dos estágios prévios em um senso duradouro de identidade; eles
desenvolvem um entendimento do seu lugar na sociedade e formam expectativas
para o futuro. Adolescentes necessitam respeito para sua independência
emergente. Crianças que não tenham tido suas necessidades supridas nesse e nos
estágios anteriores, são propensas a terem incerteza sobre o que são e onde
querem chegar.
Fonte: Learning Disabilities: A to Z – Corinne Smith & Lisa Strick
(1997)