quinta-feira, 12 de abril de 2012

196- TDAH. Impulsividade: Quem fala demais morde a língua


TDAH. Impulsividade: Quem fala demais morde a língua

Sandy Maynard

Se você tem o TDAH do Adulto, ou se vive com alguém que tem, você sabe que ser espontâneo é parte do pacote. Na maior parte do tempo, isso é uma coisa boa. É o que nos ajuda a pensar por nós mesmos e a inventar soluções originais para os problemas difíceis.

Entretanto, em relação ao que falamos, a espontaneidade é um precipício. Lembro-me de uma recente sessão de treinamento (coaching). Ao entrar na minha sala, uma cliente viu meu novo corte  e tonalidade de cabelo. “Que legal o seu cabelo”, ela disse. “esconde bem os fios brancos”. Depois de um silêncio constrangido, nós duas explodimos em gargalhadas. Eu disse a ela: “Você deveria dizer: `Que cabelo legal. Você está linda´”.

Nem todo caso de fala impulsiva é engraçado. Você já perguntou a alguma mulher para quando é o parto – para, em seguida, descobrir que ela não está grávida? Nunca criticou um prato, em uma festa de amigo secreto, para, em seguida, descobrir que foi a pessoa com quem você está falando que fez aquele prato? Uma vez eu estraguei uma festa surpresa (nem pergunte) ao mencioná-la, por acidente, ao convidado de honra! Você já sabe que não se deve falar de política e de religião em encontros sociais. Aqui estão outras maneiras de cuidar do que você fala:

Tenha certeza de que sabe do assunto antes de entrar numa conversa. Quando você começa com “Sei o que você quer dizer” e, então, vai dizendo o oposto do que acabou de ser dito, cria-se um momento de constrangimento. Não fale, ou fale lentamente, até que saiba exatamente o que você quer dizer.

Não tenha pressa de compartilhar informações íntimas. Como dizia a minha avó, “Se você não quer ver o que vai dizer estampado na primeira página do jornal, não diga nada”.

Se você estiver com raiva, espere até ter se acalmado, antes de iniciar uma discussão. Para evitar gritos quando estiver nervoso, respire fundo e tente falar bem baixinho, em vez de gritar.

Se você ofendeu alguém, peça logo desculpas. Lembre-se, um bom pedido de desculpas não vem com uma explicação. Diga simplesmente: “Isto foi mal. Por favor, me desculpe”. O modo errado seria: “Me desculpe ter falado isso. É que estou sem dormir direito. Nem sei como ainda consigo pensar direito”.

Leve papel e lápis para reuniões importantes. Escreva seus comentários e compartilhe com seus colaboradores depois. Se os seus e-mails o estão metendo em apuros, guarde-os na pasta de arquivos por 24 horas, antes de manda-los.

Quando pedirem sua opinião, diga, “Me dê um instante para pensar a respeito disso”. O tempo extra de um ou dois segundos lhe dará chance de dizer a resposta correta.

Evite a fofoca. Uma amiga pregou na porta da sua sala um cartaz que dizia “Novidades sobre netos, boas notícias e piadas engraçadas são bem benvindas! Fofocas, queixas e piadas de mau gosto não!”

Finalmente, se você for a uma festa surpresa... boa sorte!
ADDitude.

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