segunda-feira, 19 de novembro de 2012

241- TDAH na Mulher - "Velha Destrambelhada"



Diagnóstico tardio é dureza. Muitas mulheres com TDAH nem sabem que são portadoras até atingir seus 30 ou 40 anos. Mas nunca é muito tarde para uma vida bem aproveitada. Zoe Kessler, uma adulta com TDAH, por exemplo, está tirando proveito de sua vida após o diagnóstico.

“Antes do meu recente diagnóstico, o déficit de atenção fazia eu me sentir insegura e inepta. Mas, finalmente me descobri – estou vivendo a vida adulta do jeito certo.” Por Zoe Kessler

Ser diagnosticada com TDAH aos 47 anos significa ter um monte de coisas para corrigir. Recentemente, tentei me colocar no papel de garota crescida, quando sai para comprar minha primeira casa própria que não vinha com cavalinhos de miniatura nem com Barbies de cabelos cheios de bobs.
Estar repentinamente em meio à terra estranha do mundo da corretagem me deixou um pouco insegura. Viver com o TDAH não diagnosticado me treinou para me sentir inepta. Em situações importantes, nunca esperei que me levassem a sério. Sempre tinha medo de que todos ficassem me criticando pelas costas.

O medo estava todo na minha mente. O advogado e o corretor ficaram admirados com as perguntas que eu fiz. Finalmente, aqui estavam pessoas que não achavam incomodativo meu excesso de perguntas. Embora tivesse encontrado a casa dos meus sonhos, pedi conselhos ao meu corretor e visitei várias outras casas para me certificar. Isso não é pouca coisa para alguém com impulsividade.

O corretor disse, “Quase ninguém procura o suficiente antes de comprar”.

Surpresa de me sentir tão bem no papel de gente grande, tentei minimizar o cumprimento do meu corretor dizendo, “Isso é porque eles têm mais dinheiro do que eu para gastar”. Agora percebo que eu estava tão desconfortável com o elogio que diminui seu cumprimento.

Não vou fazer isso outra vez. É bom ter um jeito que costumava criar exasperação transformado em uma luz positiva.

Ainda é difícil me sentir como uma adulta já formada porque estou fazendo tantas coisas pela primeira vez em minha vida. Mas me sinto bem porque as estou fazendo direito.

Este artigo foi publicado no número de inverno/2012 de ADDitude

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