quinta-feira, 21 de julho de 2011

116- Segredos do Ensino: Ensinando os alunos (com e sem TDAH-ADHD) a aprender

Por Cossondra George
Bons professores não têm somente um firme domínio do conteúdo, mas também são excelentes em ajudar diversos estudantes a dominar os conceitos e habilidades. Pode ser muita coisa para dar conta, e os professores iniciantes, às vezes, perdem de vista outro aspecto importante do nosso papel: guiar os alunos para que se tornem responsáveis pelo próprio aprendizado.
Mesmo professores veteranos alguma vezes dizem aos alunos para “tomar notas” ou para “estudar”, sem ao menos discutir com eles as estratégias para fazer o recomendado. O ensino de técnicas de leitura, de tomar notas, e de estudar pode consumir tempo, mas é um investimento que vale a pena. Encorajando os estudantes a terem a intenção de aprender, você pode equipá-los com as ferramentas necessárias para terem sucesso em sua classe e no futuro.
O conhecimento das armadilhas comuns e das estratégias eficazes pode suportar seus esforços para ajudar o aluno “a aprender a aprender” ao longo dos anos escolares:
Armadilha No.1: Achar que os alunos serão capazes de identificar a informação importante e tomar notas com propriedade. A atividade de tomar notas pode ser atrapalhada por problemas, particularmente se o texto estiver acima do nível de leitura do aluno. Geralmente os estudantes começam a escrever imediatamente, fazendo julgamentos atabalhoados sobre o que pode ser importante. Cegamente juntam dados e pedaços sem um senso de como os fatos se relacionam uns com os outros.
Evitando a armadilha: Trabalhe com os alunos para demonstrar a leitura eficaz e as estratégias de anotar. Leia as seções em voz alta. Ensine (e discuta com os alunos) como selecionar a informação relevante para a inclusão nas anotações. Demonstre técnicas como a leitura prévia, o exame de palavras em negrito e dos cabeçalhos, a colocação das ideias principais em palavras próprias, e a prestar atenção aos títulos.
Explore os diferentes estilos de fazer anotações, e discuta como adaptar os estilos de anotação ao conteúdo em causa. Por exemplo, ajude os alunos a aprender a reconhecer quando será apropriado o uso de um diagrama Venn para comparar e contrastar dois tópicos, ou quando um esquema com estrutura hierárquica ajudará a organizar o estudo de eventos cronológicos. Introduza um conjunto de ferramentas de anotação (incluindo marca-texto, etiquetas autocolantes e cartões de indexação) que preencham as várias necessidades de todos os aprendizes. Pratique a tomada de notas em grupo, engajando os alunos em discussões sobre o que é importante e como anotá-lo.
Armadilha No.2: Achar que os estudantes sabem como “estudar”. A verdade é que muitos alunos não sabem como enfrentar o material de aprendizagem por sua própria conta.
Evitando a armadilha: Depois que os alunos tenham aprendido a ler cuidadosamente e a tomar notas com significado, você pode guiá-los no uso dessas ferramentas para estudar eficazmente.
Separe uma pequena parte da aula, a cada dia, para ensinar os alunos sobre as estratégias para estudar. Demonstre que a repetição é muito importante para reter material novo. Introduza modos diversos de usar suas anotações: perguntando entre si com os cartões de anotação, praticando jogos de revisão, e criando testes de questões de um para o outro. Pratique o vocabulário com eles a cada dia. Trabalhe com métodos mnemônicos para as sequências difíceis. Ajude os alunos a entenderem que aprender é um processo, não uma atividade de memorização na noite anterior à prova.
Armadilha No.3: Achar que os alunos entendem a ligação entre o estudo e o desempenho acadêmico. Alunos que nunca aprenderam a identificar as ideias importantes, a tomar notas com significado, e a estudar eficazmente podem não “acreditar” que estudar aumenta seu desempenho acadêmico. Eles podem até mesmo achar que os alunos com alto desempenho são apenas “muito sabidos”.
Evitando a armadilha: Arrume as condições para expor aos alunos os dividendos que eles receberão por seus esforços. Conforme você os guie no aprendizado de tomar notar e de estudar eficientemente, dê a eles as oportunidades de avaliar e de refletir sobre essas técnicas.
Peça aos alunos para que eles estabeleçam metas de aprendizado para a sua classe (talvez baseados em provas anteriores, se você as fez). Reveja regularmente as metas de aprendizado e faça os alunos refletirem sobre o seu próprio progresso. Faça com que eles descubram o que ainda precisam alcançar para serem bem sucedidos. Conforme você monitora o progresso individual de cada aluno, faça os ajustes em suas aulas e ajude-os a planejar como alcançar suas próprias necessidades de aprendizado.
Depois de uma prova ou outra avaliação da classe, faça os estudantes refletirem sobre o seu próprio progresso desde antes da prova até o resultado final. Como esse processo de estudar os levou ao sucesso? Quais ferramentas de estudo eles acharam ser mais úteis? Em que áreas eles precisam encontrar mais ferramentas para ajudá-los a aprender? Pedir aos alunos que pensem como eles aprendem (e fazer os ajustes necessários) os ajudará a se sentirem mais com o controle do seu próprio progresso acadêmico.
Conforme você trabalha nesse processo ao longo do ano escolar, “aprender a aprender” vai se tornar cada vez mais rápido e mais automático para os alunos. E você terá compartilhado um dom valioso com eles: a habilidade de descobrir, organizar e internalizar novos conceitos em sua vida acadêmica e profissional.
Cossondra George é uma veterana professora de matemática e professora de educação especial em Newberry, Michigan, e membro da Teacher Leaders Network. Ela tem um blog sobre a vida de professor na Middle School, Day by Day.

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