quarta-feira, 21 de novembro de 2012

243- Você tem TDAH Adulto – Eis Aqui a Ajuda!



Acabou de receber o diagnóstico de TDA do adulto? Eis aqui os próximos passos para obter ajuda e tratamento para o TDAH. Por Maureen Connolly.

As pesquisas mostram que o transtorno de déficit de atenção do adulto é tratado com sucesso por uma combinação de medicamento e terapia comportamental. Porém, nem todos os adultos diagnosticados com o déficit de atenção aceitam ajuda e procuram tratamento. Muitos veem seus traços relacionados ao TDA, de criatividade, capacidade de multitarefa e energia empreendedora, como apropriados ao que eles são e ligados ao seu sucesso na vida.

“As pessoas acham que o tratamento do TDAH mudará seu modo de trabalhar e como os outros as veem – e têm medo das mudanças que poderão acontecer consigo mesmas”, diz Dr. David Fassler, professor associado de psicologia clínica na Faculdade de Medicina da Universidade de Vermont, em Burlington, USA.

Como nos contou o fundador da companhia Jet Blue Airways e pensador livre David Neeleman, em nossa última edição de ADDitude, “Se alguém me dissesse que eu poderia ser normal ou continuar a ter meu TDA adulto, eu preferiria continuar com o TDA.”

Assim como aconteceu para milhares de americanos que vivenciaram esta situação neste anos, um diagnóstico de TDA no adulto raramente chega como uma completa surpresa, e geralmente traz um misto de emoções. Misto, porque muitos sabem que o TDA não é só problemas. Chamada de “condição maravilhosa” pelo especialista Dr. Ned Hallowell, ele próprio portador de TDA, ela produz pensadores originais, criativos, cheios de energia, alguns dos quais são grandes empreendedores dos nossos dias.
(Nota do tradutor: Dr Russel Barkley diz que isso não é por causa do TDAH, e sim porque eles são portadores de inteligência muito acima da média. Para ele, Dr. Barkley, o TDAH não é uma benção, mas uma sina. Dr. Menegucci)

Ao mesmo tempo, muitos adultos com TDA sabem que terão mais dificuldades do que os outros com organização, foco e produtividade. “Tanto quanto posso me lembrar, sempre me senti fora de compasso com a sociedade”, diz Debora Brooks, de 48 anos, consultora de negócios em Portland e mãe de três filhos, que foi diagnosticada em fevereiro de 2004. “Eu não sabia que havia um nome para isso”.

Os que são diagnosticados geralmente sentem um alívio por saber por que são o que são, mas isso pode ser manchado pelo remorso pelas lutas passadas, e pelo que poderia ter sido se eles tivessem sido diagnosticados mais cedo em suas vidas.

“Amo meus pais”, diz Thomas Snodgrass, de 23 anos, de Forest Hill, Maryland, que foi diagnosticado com TDAH em 2004. “Mas fiquei indignado por eles não terem visto os sinais do meu TDAH quando eu era criança”.

Hoje, ele se lembra dos anos escolares cheios de angústia por causa de sua incapacidade de prestar atenção. “Eu ficava na classe mais avançada, mas tinha as notas mais baixas”, diz. Os professores lhe diziam repetidas vezes que ele não estava utilizando todo o seu potencial.

De fato, é o diagnóstico de uma criança que geralmente leva um pai a ser testado para o TDAH. Um pai pode ver seu filho amado, ou filha, a ter dificuldades na escola de um jeito que lhe faz lembrar-se dos próprios anos escolares. Se o seu filho for diagnosticado com TDA, o pai saberá provavelmente que o transtorno é hereditário, com 40% de probabilidade de que um ou os dois pais também tenha o TDA. Sua própria dificuldade com a atenção, organização e esquecimentos poderá leva-lo ao desejo de ser avaliado também.

Outros adultos recentemente diagnosticados dom TDA podem estar carregando um peso ainda maior. “A pesquisa mostra que adultos com TDAH são mais susceptíveis do que adultos sem TDAH a ter repetições de anos escolares, a ganhar menos dinheiro, a fumar, e a depender de álcool e de drogas”, diz o Dr. Lenard Adler, professor associado de psiquiatria e neurologia e diretor do programa TDAH adulto da Universidade de Nova Iorque. De fato, um diagnóstico de TDAH adulto às vezes ocorre quando uma pessoa está fazendo avaliação psicológica para determinar as causas de uma depressão continuada, um casamento fracassado ou problemas no trabalho.

Mesmo se não há áreas com grandes problemas em sua vida, um diagnóstico de TDAH pode tirar o equilíbrio de um adulto, porque a condição na vida adulta ainda é pouco conhecida. Especialistas estimam que cerca de 80% dos adultos com o transtorno – cerca de 5 milhões de pessoas – não foram oficialmente diagnosticados, principalmente porque o TDAH não era visto como uma condição que persiste na vida adulta até 20 anos atrás. “Os médicos costumavam pensar que o TDAH afetasse somente crianças”, explica Dr. Adler. “Mas agora sabemos que, embora a hiperatividade desapareça, os sintomas de desatenção e impulsividade continuam pela vida adulta”.

Diz Debra Brooks: “Embora meu diagnóstico fizesse sentido, eu não podia ou não queria acreditar nele. Perguntava a todo mundo – meu marido, meus filhos e amigos – se eles achavam que eu tinha TDAH. Todos eles diziam que sim. Ficava assustada sabendo que todos tinha alguma suspeita a meu respeito”.

ADDitude, fevereiro/março 2005

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