sexta-feira, 29 de outubro de 2010

34- Como falar com uma criança ou adolescente sobre o TDAH?

Mais cedo ou mais tarde, esta é uma situação delicada que os pais têm que enfrentar. Deve-se falar para a criança que ela tem um problema? Isso não pode fazer com que ela se sinta "diferente", "doente", "incapacitada", "louca"?... Bom, será que ela, no íntimo, já não se sente assim mesmo? Ou os outros não fazem com que se pergunte se isso tudo não é mesmo verdade?
Muito antes de haver um diagnóstico, o comportamento diferenciado da criança com TDAH já chamou sua atenção para essa diferença. É de grande importância que ela aprenda a aceitar o fato que tem realmente um problema - específico, identificável. Guiá-la nesse difícil processo é papel amoroso dos pais.
Os especialistas recomendam que se esclareça o portador a respeito do transtorno, seja ele criança, adolescente ou adulto. Só é possível programar um tratamento com alguma perspectiva de sucesso se a pessoa envolvida se dispuser a colaborar. O primeiro passo para garantir essa colaboração é dar o máximo de informação possível sobre o TDAH, suas implicações e conseqüências.
A compreensão de si próprio, um diagnóstico correto e informações sobre o transtorno trazem, leva a uma reestruturação interna e externa da vida de um portador. Na maioria das vezes, há uma profunda sensação de alívio em saber o porquê de determinadas incapacidades e entender que o comportamento tem justificativa independente da vontade. A culpa também diminui e há um aumento real na possibilidade de superar as dificuldades e alcançar o sucesso.
Hallowell e Ratey, autores do livro Tendência à Distração, oferecem dez dicas para pais e professores sobre como explicar o TDAH para crianças:

1 - contar a verdade: este é o princípio central. Primeiro, aprender tudo o que estiver disponível sobre o assunto. Depois, falar com suas próprias palavras o que aprendeu, para que a criança possa compreender. Não deixar esse trabalho para a simples leitura de um livro ou para uma explicação do profissional especializado. Fazer você mesmo, com clareza e honestidade.

2 - usar um vocabulário preciso: não criar palavras sem significado nem utilizar palavras inadequadas. A criança vai aceitar sua explicação e carregá-la consigo sempre.

3 - metáfora da miopia: comparar o TDAH a um problema visual é muito útil ao explicar a dificuldade - é um problema congênito, não cura mas pode ser controlado, precisa de um auxiliar externo, ninguém é responsável por ele. Além disso, é uma explicação precisa e não emotiva.

4 - responder as perguntas: e provocar perguntas. Lembrar-se que as crianças fazem perguntas que não sabemos responder; não ter medo de dizer que não sabe mas que vai se informar. Ler todo o material que já está disponível (página BIBLIOGRAFIA), freqüentar assiduamente este site, conversar com profissionais especializados.

5 - falar do que o TDAH não é: retardo mental, loucura, falta de inteligência, defeito de caráter, preguiça, falta de vontade, família desestruturada etc.

6 - dar exemplos positivos de pessoas que têm TDAH: pessoas conhecidas, como Michael Johnson, Robin Williams, Whoopie Goldberg, ou pessoas da família (pai, mãe, primos, tios?).

7 - prevenir para a criança não usar o TDAH como desculpa: a maioria delas, no início, tende a usar a dificuldade como desculpa para tudo. O TDAH é uma explicação, não uma justificativa. Elas devem saber que continuam responsáveis por seus atos.

8 - ensinar a criança a responder perguntas sobre as dúvidas dos outros: sobretudo as dos colegas. A atitude é a mesma: contar a verdade. Dramatizar uma possível situação de provocação com a criança e mostrar como ela deve enfrentá-la.

9 - falar para os outros a respeito do TDAH da criança: com o consentimento dela, conversar sobre a situação com os colegas da escola e com outros membros da família. A mensagem a ser passada é que não existe nada do que se envergonhar, nada a esconder, mas muito a ajudar.

10 - educar os outros: a escola, os pais dos amigos da criança, os amigos da família. A arma mais forte que temos para conseguir que a criança seja tratada de maneira adequada é o conhecimento. Espalhar esse conhecimento o mais que puder , pois ainda há muita ignorância e preconceito ligados ao TDAH.

Rebeca Naparstek, psicóloga

33- TDAH - Sugestões para Intervenções do Professor:

Há uma grande variedade de intervenções específicas que o professor pode fazer para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula:

1. Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).

2. Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo.

3. Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente.

4. Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas. Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.

5. Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.

6. Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.

7. Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.

8. Comunicar-se com os pais. Geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.

9. Ir devagar com o trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.

10. Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.

11. Favorecer oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.

12. Adaptar suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula.

13. Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.

14. Proporcionar exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.

15. Favorecer freqüente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre a criança com TDAH, ajuda-a a começar e continuar a tarefa, permite um auxílio adicional e mais significativo, além de possibilitar oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado.

16. Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.

17. Assegurar que as instruções sejam claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.

18. Evitar segregar a criança que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações; fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.

19. Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos.

20. Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.

21. Reparar se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.

22. Preparar com antecedência a criança para as novas situações. Ela é muito sensível em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.

23. Desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente irá precisar de tempo extra para completar sua tarefa.

24. Não ser mártir! Reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer traz ressentimento e frustração.

25. Permanecer em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

Rebeca Naparstek, psicóloga.

32- Para os pais de crianças com TDAH

1. Aprender o que é TDAH:

* Os pais devem compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações.

2. Incapacidade de compreensão versus rebeldia:
* Os pais devem desenvolver a capacidade de distinguir entre problemas que resultam de incapacidade e problemas que resultam de recusa ativa em obedecer ordens. Os primeiros devem ser tratados através da educação e desenvolvimento de habilidades. Os outros são resolvidos de maneira satisfatória através de manipulação das conseqüências.

3. Dar instruções positivas:
* Pais devem cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao invés de negativa. Uma indicação positiva mostra para a criança o que deve começar a ser feito e evita que ela focalize em parar o que está fazendo.

4. Recompensar:
* Os pais devem recompensar amplamente o comportamento adequado. Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, freqüentes, previsíveis e coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Da mesma maneira, necessitam de mais tentativas para aprender corretamente. Quando a criança consegue completar uma tarefa ou realiza alguma coisa corretamente, deve ser recompensada socialmente ou com algo tangível mais freqüentemente que o normal.

5. Escolher as batalhas:
* Os pais deveriam escolher quando e como gastar suas energias numa batalha, sempre reforçando o positivo, aplicando conseqüências imediatas para comportamentos que não podem ser ignorados e usando o sistema de créditos ou pontos. É essencial que os pais estejam sempre um passo a frente.

6. Usar técnicas de “custo de resposta”:
* Os pais devem entender bem o que seja “custo de resposta”, uma técnica de punição em que se pode perder o que se ganhou.

7. Planejar adequadamente:
* Os pais devem aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de fazer modificações no ambiente da criança. A rotina deve ser consistente e raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa. Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou cuidadosamente planejadas.

8. Punir adequadamente:
* Os pais devem compreender que a punição sozinha não irá reduzir os sintomas de TDAH. Punir deve ser uma atitude diretamente relacionada apenas a um comportamento declaradamente desobediente. No entanto, a punição só trará modificação de comportamento para crianças com TDAH se acompanhada de uma estratégia de controle.

9. Construir ilhas de competência:
* O que realmente importa para o sucesso dessa criança na vida é o que existe de certo com ela e não o que está errado. Cada vez mais, a área da saúde mental focaliza seu trabalho em aumentar os pontos fortes em vez de tentar diminuir os pontos fracos. Uma das melhores maneiras de criar pontos fortes é uma boa relação dos pais com seu filho.

Sete Conselhos para os Pais:

1. Se uma professora ou um vizinho sugere que seu filho parece ter TDAH, procure seu pediatra e discuta com ele os sintomas. Se o médico pensa que há motivos para avaliar a criança, peça que ele recomende um profissional especializado como um neurologista, psiquiatra infantil ou psicólogo.

2. Se a criança for submetida a uma avaliação, certifique-se que seja uma avaliação integral. Seu filho deve ser observado na escola e em casa. É possível que você e os professores da criança tenham que responder questionários, que incluem perguntas sobre outros casos de TDAH na família.

3. Certifique-se que o avaliador descarte outras condições médicas, neurológicas ou psicológicas cujos sintomas são parecidos com os sintomas de TDAH.

4. Levar em consideração o que acontece em casa. Muitas crianças desenvolvem sintomas parecidos com o TDAH como uma reação a problemas familiares.

5. Informe-se em fontes científicas sobre o TDAH, distúrbios semelhantes e seus tratamentos. Procure o grupo local da organização Crianças e Adultos com Déficit de Atenção/Hiperatividade, e compareça às reuniões.

6. Se seu filho está recebendo medicação, não pense que esse é o fim do caminho. Sozinhos, os medicamentos não são a solução. A família e a criança necessitam terapia e ajuda de um profissional que os oriente em casa e na escola.

7. Todas as crianças precisam de amor. Fale com seus filhos com carinho e respeito e refira-se aos outros da mesma forma. Lembre-se que eles estão sempre observando e ouvindo!

Rebeca Naparstek, psicóloga (com base em livro de Goldstein e Goldstein)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

31- Dicas de Comportamento Escolar: Controle do Impulso Para Crianças Com TDAH

Ajude as crianças com TDAH a pensar antes de agir, por meio do estabelecimento de expectativas claras, de incentivos positivos e de conseqüências previsíveis para o bom ou o mau comportamento escolar.         by ADDitude Editors

Para as crianças com TDAH, que são regidas por seus impulsos, gritar na sala de aula ou tornar-se inconvenientes acontece naturalmente. Estas crianças vivem o momento, não sendo detidas por regras ou conseqüências.

A falta de controle do impulso pode ser o sintoma do TDAH mais difícil de mudar. A medicação pode auxiliar, mas as crianças também precisam de claras expectativas, de incentivos positivos e de conseqüências previsíveis se elas forem aprender a regular o seu comportamento.

Lidere seus alunos para compilar uma lista das regras de classe. Inclua algumas que sejam difíceis para os portadores de TDAH, tais como “Sempre erga sua mão para pedir ajuda”. Tenha certeza de definir cada regra: O que significa “Use o material corretamente”?

Exija Disciplina na Escola

Em geral, a punição deve ser imediata.

Se um aluno empurra o outro no recreio, por exemplo, faça-o sentar em sua carteira em parte do intervalo. Uma conseqüência atrasada – como uma detenção ao final da jornada – não funciona para as crianças que têm dificuldade de antecipar os resultados.

Providencie lembretes visuais para manter as crianças colaborantes.

Para livrar uma criança do constrangimento das repreensões freqüentes, combine um gesto secreto que você usará como sinal para ela ficar no seu assento ou para parar de gritar. Algumas crianças se beneficiam de uma etiqueta colada na sua carteira. Isto também deve ser sigiloso; ninguém precisa saber que “N.P.” significa “Não Perturbe”.

Encoraje o bom comportamento com elogios e prêmios.

Isto é especialmente importante para os portadores de TDAH, os quais ganham muita atenção negativa por seu mau comportamento. Elogie o bom comportamento com afirmações específicas, tais como “Eduardo, gosto do modo rápido e silencioso com que você arruma a sua carteira.”

Algumas crianças maiores podem ficar embaraçadas pelos cumprimentos, então, dê sinais de positivo com o polegar ou uma tapinha carinhosa no ombro.

Torne Claras as Expectativas

Escreva o programa do dia na lousa e apague os itens conforme eles sejam completados.
Isto dá aos portadores de TDAH uma impressão de ter o controle do seu dia. Forneça antecipadamente avisos de qualquer mudança da rotina usual.

Faça freqüentes alertas conforme se aproxime o final da atividade.

Dê um aviso à classe com cinco minutos de antecedência, depois, com dois minutos antes do final, para suavizar a transição de uma atividade para outra. Elabore um plano para alunos que tenham dificuldades mais intensas. Engaje-os em uma atividade especial, tal como recolher os trabalhos dos colegas, para ajudá-los a manter o autocontrole.

Use uma folha de relatório diário.

Esta ferramenta permite ao professor e aos pais da criança monitorarem as metas acadêmicas e de comportamento – e dá a ela a chance de ganhar recompensas. A cada dia, o professor anota quais metas foram atingidas e a criança leva o relatório para casa, para mostrar aos seus pais.

Então, o que os pais podem fazer em casa para reforçar os comportamentos corretos na escola?

Recompensando o Comportamento Positivo

Seja explícito sobre como sua criança deve se comportar.

Em vez de dizer a ela “seja boazinha” no recreio, diga a ela “aguarde na fila para a merenda e não empurre.”

Mantenha seu filho responsável por suas ações.

Mantenha as punições curtas e apropriadas, mas deixe que elas lembrem ao seu filho que ele é o responsável por seu próprio comportamento. Uma boa regra para o castigo é um minuto para cada ano de idade da criança.

Desencoraje um problema de comportamento pela “cobrança” por cada infração.

Esta estratégia premia seu filho por não se engajar em comportamento impróprio, tal como interromper suas chamadas telefônicas.

Como isso funciona?

1. Determine, rigorosamente, quantas vezes por semana seu filho o interrompe durante uma chamada telefônica, e coloque algumas moedas num cofrinho.

2. Diga ao seu filho que isto é para ele e que poderá tomar posse no final da semana, mas que você irá retirar uma moeda a cada vez que ele interromper uma chamada.

3. Conforme o comportamento comece a diminuir, reduza o número de moedas que você coloca no cofrinho ao início de cada semana.

Regras Especiais para Ocasiões Especiais

Releve os pequenos deslizes

Se o seu filho derrama o leite porque ele está enchendo o copo muito rapidamente, ajude-o a limpar a sujeira e fale sobre a importância de ser cuidadoso, e siga em frente.

Antecipe as situações potencialmente explosivas.

Crianças com TDAH necessitam de consistência e de rotina, mas o imprevisível algumas vezes acontece.

Prepare sua criança para as ocasiões especiais: Explique onde estão indo, quem estará lá, quais as atividades que estão programadas e como ela deve comportar-se. Planeje um modo para ela avisar você se ela estiver ficando oprimida, tal como por as mãos dela nas suas. (Você poderá fazer o mesmo se perceber que ela está ficando incomodada durante as atividades.)

Uma versão deste artigo apareceu no número do outono de 2009 de ADDitude.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

30- Risco de depressão e suicídio no TDAH adolescente

Um estudo recente mostra que crianças diagnosticadas com TDAH entre os 4 e 6 anos de idade têm maior risco de depressão e de ações e pensamentos de suicídio entre os 9 e 18 anos de idade, mesmo após o controle para história de depressão materna e outros facilitadores desses resultados adversos.

O estudo mostra “mais uma razão poderosa para concluir que criança com TDAH não é algo para ser descuidado; é um problema com consequências graves de curto e longo prazo”, diz Benjamin B. Lahey, PhD, professor de epidemiologia, psiquiatria e neurociência do comportamento da Universidade de Chicago.

O estudo, publicado no número de outubro do Archives of General Psychiatry, ajuda a apontar quais as crianças com TDAH que parecem ter maior risco. Meninas com TDAH entre 4 e 6 anos de idade, segundo os pesquisadores, tinham risco maior de depressão na adolescência e de tentativas de suicídio do que meninos com TDAH.

Problemas emocionais e de comportamento entre os 4 e 6 anos de idade e depressão materna também predizem maior risco de depressão e de comportamento suicida na adolescência, em crianças com TDAH.

Estes achados sugerem que é possível identificar crianças com TDAH em idades muito precoces que estão em risco muito elevado para depressão e comportamento suicida mais tarde.

Crianças e adolescentes com TDAH têm mais de 550% de risco de se envolver em ideação suicida concreta do que os indivíduos controle.

Arch Gen Psychiatry. 2010;67:1044-1051. Abstract

terça-feira, 5 de outubro de 2010

29- Vinte e Sete (27) Acomodações que funcionam para o TDAH

Alunos com TDAH podem beneficiar-se muito com as acomodações adequadas que a escola fizer. Aprenda aqui algo sobre acomodações acadêmicas específicas e como elas podem beneficiar seu filho com TDAH ou com dificuldades de aprendizagem. por Bob Seay
Crianças com TDAH freqüentemente se beneficiam com as acomodações acadêmicas estabelecidas por professores e pais, que gastam um tempo pensando nos sintomas problemáticos do TDAH e construindo acomodações para a sala de aula, que podem solucionar aqueles sintomas.

A seguir, uma lista dos desafios comuns enfrentados pelos alunos com TDAH e as acomodações que podem ajudar a trazer o sucesso na escola.

Soluções para a sala de aula

1- Se o seu aluno: é facilmente distraído pela atividade da sala de aula ou por atividades vistas pelas janelas ou portas
Tente: Sentar o aluno na frente e no meio, longe das distrações

2- Se o seu aluno: Age em classe para chamar atenção negativa
Tente: Sentá-lo perto de um colega que seja bom exemplo

3- Se o seu aluno: Não tem noção do espaço pessoal; caminha entre as carteiras para ir falar ou mexer com os outros alunos
Tente: Aumentar o espaço entre as carteiras

Tarefas

4- Se o seu aluno: For incapaz de terminar uma tarefa no tempo permitido
Tente: Permitir um tempo extra para terminar a tarefa dada

5- Se o seu aluno: Se sai bem no início de uma tarefa, mas a qualidade diminui próximo ao final
Tente: Dividir as tarefas longas em partes menores; encurtar as tarefas ou os períodos de trabalho

6- Se o seu aluno: Tem dificuldade de seguir instruções
Tente: Combinar instruções por escrito com as instruções faladas

Distração

7- Se o seu aluno: For incapaz de acompanhar as discussões em classe e as anotações
Tente: Providenciar ajuda de um colega para tomar notas e perguntar ao aluno questões que o encorajem a participar das discussões

8- Se o seu aluno: Queixa-se de que as aulas são chatas
Tente: Procurar envolver o aluno na apresentação da aula

9- Se o seu aluno: Distrai-se facilmente
Tente: Estimular seu aluno a prestar atenção na tarefa por meio de um sinal combinado com ele

10- Se o seu aluno: Entrega trabalhos com erros por falta de atenção
Tente: Reservar período de cinco minutos para conferir o trabalho ou tarefa de casa antes de entregá-los

Comportamento

11- Se o seu aluno: Exibir constantemente um comportamento para chamar a atenção
Tente: Ignorar os comportamentos impróprios menores

12- Se o seu aluno: Falha em descobrir o objetivo da aula ou da atividade
Tente: Aumentar o imediatismo dos prêmios e das conseqüências

13- Se o seu aluno: Responde intempestivamente ou interrompe os outros
Tente: Admitir as respostas corretas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado

14- Se o seu aluno: Necessitar de reforço
Tente: Enviar relatórios diários ou semanais para seus pais

15- Se o seu aluno: Necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento
Tente: Estabelecer um contrato de comportamento

Organização/Planejamento

16- Se o seu aluno: Não guardar seus papéis corretamente
Tente: Recomendar pastas com divisores e arquivos

17- Se o seu aluno: Tiver problemas em se lembrar dos trabalhos de casa
Tente: Providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a anotação das obrigações

18- Se o seu aluno: Perde os livros
Tente: Permitir que o aluno tenha um conjunto de livros em casa

19- Se o seu aluno: É inquieto e necessita de se andar na sala
Tente: Permitir que o aluno ande pela sala ou que fique de pé enquanto faz as tarefas

20- Se o seu aluno: Tem dificuldade de manter a atenção por longos períodos de tempo
Tente: Fazer curtas pausas entre os trabalhos

Humor/Socialização

21- Se o seu aluno: Estiver confuso sobre os comportamentos sociais corretos
Tente: Estabelecer metas de comportamento social com o estudante e faça um programa de premiações

22- Se o seu aluno: Não trabalha bem com os outros
Tente: Encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado

23- Se o seu aluno: Não é respeitado pelos colegas
Tente: Atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do grupo de colegas

24- Se o seu aluno: Tem baixa autoconfiança
Tente: Elogiar o comportamento e o trabalho positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança

25- Se o seu aluno: Parece solitário e distante
Tente: Encorajar as interações sociais com os colegas de classe; planejar atividades de grupo sob a direção do professor

26- Se o seu aluno: Frustra-se facilmente
Tente: Elogiar o comportamento apropriado e o bom trabalho freqüentemente

27- Se o seu aluno: Fica enraivecido facilmente
Tente: Encorajar o estudante a sair de situações que provocam a raiva; usar tempo para conversar com o aluno

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