sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cães entendem as palavras ditas a eles, diz estudo (375)


Uma nova pesquisa traz evidências de que os cachorros entendem o que é dito, e não apenas a entonação do dono, na hora de responder a comandos.
Cachorros são capazes de responder a diversos comandos feitos por seus donos, mas estes muitas vezes se perguntam se eles entendem o que é dito ou apenas a entonação ou alguma “dica” do que foi falado, respondendo de forma automática. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira oferece as primeiras respostas para essa questão e indica que o melhor amigo do homem é capaz de processar a fala humana de forma mais sofisticada do que se imaginava.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Orienting Asymmetries in Dogs’ Responses to Different Communicatory Components of Human Speech
Onde foi divulgada: periódico Current Biology
Quem fez: Victoria F. Ratcliffe e David Reby
Instituição: Universidade da Sussex, Inglaterra


Resultado: Os pesquisadores mostraram que as palavras que são ditas influenciam a capacidade do cão entender ou não um comando, e não apenas a forma como são ditas

O estudo, publicado no periódico Current Biology, traz evidências de que os cães são capazes de entender tanto componentes subjetivos da fala, como a entonação e o teor emocional, quando as palavras propriamente ditas.  

“Apesar de não podermos dizer quanto ou de que forma os cães entendem informações da fala humana, podemos afirmar que os cães reagem tanto a informações verbais quanto a elementos relacionados à pessoa que fala e que esses componentes parecem ser processados em regiões distintas do cérebro deles”, afirma Victoria Ratcliffe, da Escola de Psicologia da Universidade de Sussex, na Inglaterra, e uma das autoras do estudo.
A pesquisa mostrou ainda que os cães processam a fala humana em um hemisfério do cérebro, e as informações adicionais no outro. Estudos anteriores já haviam mostrado essa tendência quando eles processam informações sonoras emitidas por outros cães.
Observando as reações — Para realizar o teste, os pesquisadores reproduziram uma série de comandos diferentes para os cães, e observaram suas reações. Nesses sons, eles misturaram as variáveis do sentido da fala e as informações adicionais, criando palavras com sentido e sem entonação alguma, palavras sem sentido e sem entonação, com sentido e com entonação e assim em diante. 

Os sons foram emitidos a partir de ambos os lados do animal, para que cada ouvido recebesse o estímulo ao mesmo tempo e com a mesma amplitude, e os pesquisadores observavam para que lado os cães viravam a cabeça após escutar cada comando. “O conteúdo que chega a cada ouvido é transmitido principalmente ao hemisfério oposto do cérebro. Se um hemisfério é mais especializado em processar certas informações do som, esses dados devem vir da orelha oposta”, explica Victoria.
Assim, quando o cachorro se virava para a esquerda, indicava que a informação no som reproduzido foi captada mais proeminentemente pela orelha esquerda, o que sugere que o hemisfério direito é mais especializado em processar esse tipo de informação.
“Se nós temos um comando ao qual eles estão acostumados a responder, é familiar para eles, eles reagem de uma forma. Mas se nós misturamos as sílabas, formando algo que soa similar mas não tem sentido, o comando perde o sentido para eles também e eles reagem de forma diferente”, explica Victoria.
Quando eram apresentados comandos falados familiares, os cães mostraram uma tendência de processar principalmente no hemisfério esquerdo (ou seja, se viravam para a direita), porém quando a entonação e outras características da fala eram mais exageradas, era o hemisfério direito que agia principalmente.
“Isso sugere que o processamento dos componentes da fala no cérebro do cachorro é dividido entre os dois hemisférios de forma muito similar ao que acontece no cérebro humano”, afirma David Reby, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Sussex.
Os pesquisadores ressaltam que essa descoberta não significa que os cães entendem tudo o que os humanos dizem ou que eles possuem uma habilidade em linguagem semelhante à do homem, mas, de acordo com Victoria, os resultados confirmam a teoria de que esses animais prestam atenção “não apenas em quem somos e como dizemos as coisas, mas também no que dizemos”.

veja.abril.com.br/noticia/ciencia/caes

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Transtorno de Ansiedade Social não é timidez (374)


Algumas pessoas acreditam que o Transtorno de Ansiedade Social seja sinônimo de timidez. Outros, incluindo alguns médicos, não creem que ele exista de verdade. Mas, para os que vivem com o TAS, ele é muito real.

Se você tem TAS, você estará constantemente preocupado em ser julgado negativamente pelas outras pessoas. Você poderá achar difícil comer ou falar em público, ou em usar banheiros públicos. Poderá descobrir que é impossível comparecer a eventos sociais. Assim como acontece com outros transtornos de ansiedade, você poderá ter consciência de que seus medos são irracionais, mas se sentirá sem poder para eliminá-los.

O Transtorno de Ansiedade Social não é raro. Os estudos mostram que de 2 a 13% da população dos Estados Unidos sofre de uma ansiedade social, em alguma época de suas vidas, em grau tal que seria tida como TAS. É o tipo mais comum de transtorno de ansiedade em adolescentes. É mais comum nas mulheres e geralmente se inicia na infância ou no começo da adolescência.

A ansiedade social não é um traço da personalidade. TAS e timidez não são a mesma coisa. A timidez é considerada um traço da personalidade. As pessoas tímidas sentem nervosismo ou ansiedade quando enfrentam situação social ou interpessoal, mas aceitam que serem tímidas é parte do que são. As pessoas com ansiedade social podem ser tímidas ou extrovertidas, mas elas sentem que o TAS é uma coisa negativa e geralmente se culpam por sentirem o que sentem.

Sintomas do TAS. A seguir, todos são sintomas de TAS, embora nem todos sejam sentidos por uma pessoa. Algumas pessoas podem ter os sintomas em somente um tipo de situação, enquanto outras podem sentir múltiplos sintomas em várias situações sociais.

• Autocrítica na frente de outras pessoas

• Medo exagerado de que os outros o julguem

• Preocupação por dias ou semanas antes de um acontecimento

• Evitação de situações que necessitem de interação social

• Intensamente desconfortável frente a uma situação social

• Mantém no mínimo a conversação com os outros

• Dificuldade de fazer e de manter amizades

• Ataques de pânico, incluindo tremores, ruborização, náuseas ou   
  sudorese, quando em situação social

• Dificuldade para conversar com outras pessoas

Nem todas as pessoas com TAS são apenas figurantes. Enquanto algumas pessoas com TAS podem permanecer na retaguarda, outras são mais ativas em situações que não exijam delas ações que desencadeiem os problemas. Por exemplo, alguém que fique ansioso por comer em público, pode não ter dificuldade de falar em público. Os sintomas do TAS aparecem somente quando os gatilhos de uma pessoa são ativados.

O TAS é grave. Ele pode interferir com sua capacidade de fazer amigos e de participar das atividades sociais. Mas ele também pode causar problemas de relacionamento, fazer com que você não vá à escola ou ao trabalho, ou fazer com que você tenha notas mais baixas por causa do seu medo de responder questões ou de falar em classe.

O TAS aumento o risco de depressão. Adolescentes com ansiedade social geralmente também sofrem de depressão. Algumas pesquisas descobriram que se você tem TAS, você terá seis vezes mais risco de sofrer de depressão, distimia ou transtorno bipolar. Você também terá maior risco de abusar de drogas. o tratamento precoce poderá reduzir o risco de desenvolver depressão ou outras condições coexistentes.


Existem tratamentos eficazes. Tal como outros transtornos de ansiedade, há ajuda se você tiver fobia social. A terapia cognitiva comportamental (TCC) ajuda as pessoas a entender os gatilhos para a ansiedade e ensina técnicas, tais como "paradas do pensamento" (thought logs), auto-instrução (mindfulness) e exercícios de relaxamento, para ajudar a controlar sentimentos ansiosos. Algumas pessoas usam medicamentos para ajudar a controlar a ansiedade. Isso pode ser especialmente eficaz quando começar primeiro a TCC.

ADDitude

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