Garantindo o melhor diagnóstico e tratamento do TDAH
O médico que trata dos sintomas de TDAH do seu filho deve fazer mais do que dar receitas de medicamentos para o TDAH. Ele deve ser minucioso, simpático e conhecedor do transtorno de déficit de atenção. Como é o médico da sua família? - por Edward Hallowell, M.D.- Publicado em ADDitudeMag.com
Se você tem se perguntado se o seu filho está recebendo a atenção médica correta para o transtorno de atenção dele, você não está sozinho.
Muitos profissionais e clínicas não levam o tempo certo para fazer um diagnóstico correto ou para estabelecer um plano de tratamento. Por “correto”, não quero somente dizer usar as ferramentas e técnicas adequadas. Digo estabelecer uma ligação pessoal com você e com seu filho.
Você tem de ser compreendido e ouvido ao longo do árduo processo de diagnóstico e tratamento do TDAH. Atualmente muitos profissionais de saúde mental ignoram a pessoa, enquanto tentam fazer um plano de tratamento para o paciente. E ele fica desnorteado.
O bom médico - Encontre uma ligação
O médico de TDAH da sua família deve ser mais do que uma enciclopédia clínica. Ele deve ser capaz de rir de uma piada e de rir de si mesmo, e deve querer conhecer melhor você. Ele tem de perguntar-lhe sobre coisas que não tenham nada a ver com o que o trouxe ao consultório.
Os psiquiatras dizem que atualmente a profissão é baseada mais nas evidências do que era no passado, e que nossos critérios de diagnóstico para o déficit de atenção são baseados em sintomas e comportamentos objetivos, e não na intuição subjetiva. Mas enquanto a ciência progride, nossa aplicação dela tem sido cada vez mais impessoal.
Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento do TDAH levam por si mesmos a este modelo mecanicista. O diagnóstico depende da identificação de seis ou mais sintomas de uma ou duas listas. Para piorar o problema, muitas pessoas com TDAH querem evitar a pesquisa, querem pegar a sua receita e cair fora.
Então, se o seu médico diz “Ei! calma!”, isto é ótimo. Outro bom sinal é um médico que lhe faz perguntas, que conversa com você sobre o dia-a-dia da vida do seu filho, e estabelece um plano de tratamento que inclua várias abordagens simultâneas – medicação combinada com a terapia, por exemplo.
O médico deve lhe dar tempo para fazer perguntas sobre a medicação, se ela for recomendada, e encorajá-lo a falar com ele se você notar efeitos colaterais ou outros problemas.
O mau médico – Mostre-lhe a porta
Será que você deve dispensar seu médico se não estiver obtendo o nível de atenção em relação ao seu filho? Talvez. Se você não consegue estabelecer uma ligação pessoal, mude de médico. Seu médico deve ser seu parceiro, não um deus a quem você adore. Outros sinais importantes que indicam a hora de parar e procurar outro profissional incluem:
- Ele não dá bola para as suas preocupações com os sérios efeitos colaterais que o seu filho está sofrendo. A meta dele deve ser encontrar um tratamento que funcione sem efeitos colaterais, não tratar o TDAH a qualquer custo.
- Ele não lhe dá a informação adequada sobre os possíveis efeitos colaterais ou sobre as maneiras específicas de avaliar a eficácia do tratamento.
- Ele não lhe oferece outras opções se a primeira foi infrutífera. Tratar o TDAH geralmente envolve tentativa e erro para encontrar o que funciona.
- Ele reclama que você ou que seu filho faz muitas perguntas.
- Ele lhe diz que não tem experiência com o TDAH.
Crie um novo modo de tratar
Se você deu um bilhete azul para o seu médico, eis aqui como encontrar um substituto. Procure um psiquiatra ou neurologista que tenha se especializado no TDAH e nas dificuldades de aprendizagem.
[A ABDA tem um cadastro de médicos e psicólogos que podem ser procurados. Um grupo de apoio em sua cidade ou região será outra fonte de importantes recursos e de troca de experiências. (Nota do tradutor)]
É muito fácil para um médico, e para você também, rebaixar o tratamento a um rápido diagnóstico e medicação. O melhor plano de tratamento começa com uma forte ligação com o seu médico, o que é essencial para o sucesso.
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Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
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