Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
49- A instabilidade na carreira mostra o pior do meu TDAH
Tentando combater minha própria instabilidade provocada pelo TDAH, como posso encontrar um modo de ser útil para o meu excêntrico patrão ?
by Jane D.
Nos últimos dez dias estive viajando pela Ásia. Estou aqui em parte pelo destino e em parte porque eu sou uma louca. Sou, apesar de tudo, o tipo de pessoa que ainda acredita nas cartomantes e nos biscoitos da sorte. Também estou começando a ficar resignada com o fato de que sou destinada a ter uma vida cheia de aventuras. Uma mulher que eu conheci há alguns anos atrás tem um programa de jornalismo na Ásia e leu uma atualização de e-mail minha: Tenho 34 anos de idade, mais uma vez sem emprego, e eu adoro trabalhar. Ela respondeu com um convite de uma linha: Por que você não vem até aqui para conversarmos? Então, aqui estou, num café em Hong Kong. Tenho uma passagem de volta como plano B. Espero ficar aqui um par de meses e esquecer o drama que foi o ano passado. Vou ganhar mais experiência na Ásia e, talvez, a dor do passado vá embora lentamente.
Na véspera de fazer 35 anos, sinto-me um pouco deslocada por ser essa nômade. Vivo ao lado de uma mala, não tenho número de telefone permanente. Estou sempre deixando meus pertences para trás, fazendo mudanças e jogando coisas fora, dizendo adeus e sempre partindo. Minha forma de estabilidade é a mudança. A estrada é minha casa. O TDAH me segue até a Ásia e se manifesta imediatamente no meu novo emprego. Meu novo chefe é uma mulher baixinha, que tem pouco menos de 1 metro e 65 de altura. Ela tem o dobro da minha idade e fala e anda duas vezes mais rápido que eu, fazendo minha cabeça girar. Ela tem muita experiência acumulada, mas até agora, tem me deixado maluca com suas idéias e projetos mirabolantes, todos eles com muitas promessas e possibilidades, mas com falta de planos de execução sólidos. Aqui, como sua convidada, não tenho nem mesmo um trabalho determinado, conforme eu a sigo, tentando encontrar meu lugar.
Este é o tipo de oportunidade maluca que só eu para aceitar. Tenho vivido ao lado da minha maleta Samsonite vermelha e adquiri três telefones celulares usados com três números diferentes. A umidade e as multidões estão começando a me afetar. Depois de viajar por três diferentes cidades chinesas, fiquei esgotada e liguei para o meu pai e minha madrasta em lágrimas. "Por que eu sempre termino trabalhando para gente estranha que também tem TDAH?" Queixei-me. "Todas essas pessoas são criativas e bem sucedidas, mas o que elas não têm é a habilidade de controlar-se a si mesmas e ao seu tempo”.
Meu pai disse que 80 por cento da população têm os pés no chão e o que eu disse é sobre abelhas operárias. “Essas pessoas são chatas”, eu lamentei, mas comparando a confiabilidade delas com meu senso de aventura, posso ver que eu tenho sorte de estar aqui. Uma chefa como a minha não precisa de mais gente excêntrica e indisciplinada à sua volta. Mas, comigo, foi justamente o que ela ganhou.
“Não tenho certeza se posso ser útil aqui,” Disse antes de terminar a chamada internacional.
“Não focalize nas coisas pequenas,” disse o meu pai, me encorajando. “Se você focar em moedinhas, é isso que vai ter no final do dia.”
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved.
by Jane D.
Nos últimos dez dias estive viajando pela Ásia. Estou aqui em parte pelo destino e em parte porque eu sou uma louca. Sou, apesar de tudo, o tipo de pessoa que ainda acredita nas cartomantes e nos biscoitos da sorte. Também estou começando a ficar resignada com o fato de que sou destinada a ter uma vida cheia de aventuras. Uma mulher que eu conheci há alguns anos atrás tem um programa de jornalismo na Ásia e leu uma atualização de e-mail minha: Tenho 34 anos de idade, mais uma vez sem emprego, e eu adoro trabalhar. Ela respondeu com um convite de uma linha: Por que você não vem até aqui para conversarmos? Então, aqui estou, num café em Hong Kong. Tenho uma passagem de volta como plano B. Espero ficar aqui um par de meses e esquecer o drama que foi o ano passado. Vou ganhar mais experiência na Ásia e, talvez, a dor do passado vá embora lentamente.
Na véspera de fazer 35 anos, sinto-me um pouco deslocada por ser essa nômade. Vivo ao lado de uma mala, não tenho número de telefone permanente. Estou sempre deixando meus pertences para trás, fazendo mudanças e jogando coisas fora, dizendo adeus e sempre partindo. Minha forma de estabilidade é a mudança. A estrada é minha casa. O TDAH me segue até a Ásia e se manifesta imediatamente no meu novo emprego. Meu novo chefe é uma mulher baixinha, que tem pouco menos de 1 metro e 65 de altura. Ela tem o dobro da minha idade e fala e anda duas vezes mais rápido que eu, fazendo minha cabeça girar. Ela tem muita experiência acumulada, mas até agora, tem me deixado maluca com suas idéias e projetos mirabolantes, todos eles com muitas promessas e possibilidades, mas com falta de planos de execução sólidos. Aqui, como sua convidada, não tenho nem mesmo um trabalho determinado, conforme eu a sigo, tentando encontrar meu lugar.
Este é o tipo de oportunidade maluca que só eu para aceitar. Tenho vivido ao lado da minha maleta Samsonite vermelha e adquiri três telefones celulares usados com três números diferentes. A umidade e as multidões estão começando a me afetar. Depois de viajar por três diferentes cidades chinesas, fiquei esgotada e liguei para o meu pai e minha madrasta em lágrimas. "Por que eu sempre termino trabalhando para gente estranha que também tem TDAH?" Queixei-me. "Todas essas pessoas são criativas e bem sucedidas, mas o que elas não têm é a habilidade de controlar-se a si mesmas e ao seu tempo”.
Meu pai disse que 80 por cento da população têm os pés no chão e o que eu disse é sobre abelhas operárias. “Essas pessoas são chatas”, eu lamentei, mas comparando a confiabilidade delas com meu senso de aventura, posso ver que eu tenho sorte de estar aqui. Uma chefa como a minha não precisa de mais gente excêntrica e indisciplinada à sua volta. Mas, comigo, foi justamente o que ela ganhou.
“Não tenho certeza se posso ser útil aqui,” Disse antes de terminar a chamada internacional.
“Não focalize nas coisas pequenas,” disse o meu pai, me encorajando. “Se você focar em moedinhas, é isso que vai ter no final do dia.”
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved.
48- Seis maneiras para o adulto com TDAH interromper a procrastinação
Veja como iniciar aquele temido projeto que você tem adiado no trabalho ou em casa. por Sandy Maynard
Imagine isto. É manhã de sábado e você se senta em frente ao computador para fazer um relatório sobre o seu trabalho.
Com uma pilha de papéis e uma xícara de café ao lado, você começa a datilografar seus pensamentos sobre o sucesso em potencial do lançamento de um novo produto. Não é o que você queria fazer num sábado, mas você continua a fazer e termina em uma hora.
OK, agora você pode acordar. Adultos com TDAH gostariam de ser tão ligados a tarefas difíceis que não despertam seu interesse. Minha dificuldade é escrever.
Quando digo que vou entregar um trabalho para um editor na sexta-feira, ele sabe que isso significa segunda-feira. Não é que eu não tenha tempo de entregá-lo na sexta-feira, é que eu tenho muita dificuldade em iniciá-lo. Ligo meu computador, escrevo o título, salvo o documento num arquivo, e fico sentado olhando a página em branco. Estou entediado.
Então ligo para um amigo escritor e pergunto como vai indo o seu artigo, ou apanho um monte de roupa para lavar ou vou dar uma volta. Faço meu imposto de renda numa tarde em que tinha de estar trabalhando num outro projeto.
Se você tem vontade de fugir para uma ilha remota quando pensa que precisa começar um novo projeto, a seguinte lista de estratégias, muitas das quais fizeram meus clientes destravarem, poderá ajudar a terminar com a sua procrastinação.
1. Esteja preparado
É muito mais fácil parar na academia depois do trabalho se sua sacola de esportes estiver arrumada e no porta-malas do seu carro. Quando eu tenho dificuldade de voltar à rotina de corridas, vou para a cama vestindo meu uniforme de exercício. É uma forma de me lembrar, logo ao acordar, que a corrida é o primeiro item de minha agenda.
Se você pensa em iniciar um projeto pela manhã, junte toda a informação de que vai precisar – artigos, gráficos, ordens do chefe – e coloque tudo numa caixa ou numa pasta que você pode deixar na sua cadeira na noite anterior.
2. Comece do começo
Você já ouviu isso antes: Divida cada projeto em tarefas pequenas e defina o primeiro passo que precisa ser feito. Então, fique ligado até que a primeira tarefa seja terminada. Geralmente, isso é tudo que é preciso para ficar motivado para o resto do projeto.
Para mim, dar um título a um documento em branco não é o suficiente para o primeiro passo, mas escrever um parágrafo já é. Descubra qual é o seu primeiro passo, e complete o restante.
3. Relaxe
Meu cliente Stephen, um advogado, faz uma deliciosa xícara de chá de maçã vermelha e põe um CD de música havaiana antes de arquivar seus documentos ou de escrever suas cartas. Outros clientes fazem exercícios respiratórios ou curtos períodos de meditação antes de começar um projeto opressivo.
4. Torne as coisas engraçadas
Ponha os fones de ouvido e dance enquanto passa o aspirador pela casa. Cante enquanto lava as janelas, ou pule quando for levar o lixo para fora de casa. Em vez de passar o pano molhado no piso da cozinha, um dos meus clientes molha suas meias com um detergente e desliza pelo piso da cozinha, fingindo que é um esquiador olímpico. Quando os detritos ficam empilhados num canto, ele os destrói com um canhão de raios laser interplanetário – um aspirador de pó.
5. Elimine as distrações.
Muitos estudantes de faculdade com TDAH acham mais fácil começar seu trabalho de casa se forem diretamente à biblioteca após as aulas, em vez de irem para seus dormitórios movimentados. Se o barulho for um problema – e se você não tiver um lugar tranquilo para estudar – tente usar protetores de ouvido. Eles realmente funcionam – em qualquer lugar.
Se os seus pensamentos estiverem provocando distração, escreva-os numa caderneta para tirá-los de sua mente e passá-los para o papel. No trabalho, deixe os colegas saberem que, quando a porta da sua sala estiver fechada, você está trabalhando em algo muito importante. Se você não tem um escritório, pegue um laptop e vá para uma sala de reuniões.
6. Cuidado com as multitarefas
Minha regra é ter em minha mesa somente as coisas em que estou trabalhando. Fora da visão, for a da mente, é uma boa abordagem – mas tenha certeza de colocar o trabalho não terminado na sua lista de coisas a fazer.
Estudos têm mostrado que os que têm TDAH se dão bem trabalhando em duas coisas que sejam familiares e simples, mas são menos eficientes quando enfrentam projetos que são complexos não conhecidos. Para aliviar a transição de um projeto para outro, pare o primeiro projeto num ponto que seja fácil de ser retomado.
No meu desespero para terminar este trabalho, eu pulei outra estratégia: peça a um amigo para chamá-lo numa hora em que ele tenha certeza de que você esteja fazendo o trabalho. Quando meu editor me perguntou mais uma vez quando eu lhe enviaria uma cópia, eu lhe dei uma data e entrei em pânico. Chamei um amigo, que também tem TDAH, e disse, “Você me chama em duas horas para ter certeza de que eu ainda estou fazendo este artigo?”.
Quando ele ligou, eu orgulhosamente disse-lhe que tinha escrito os primeiros dois parágrafos. Tudo bem em pedir ajuda, e será meu prazer retornar o favor algum dia. Não é para isso que existem os amigos? Para ajudar a tocar nossas vidas de vez em quando?
Este artigo apareceu no número de outono de 2008 de ADDitude.
Imagine isto. É manhã de sábado e você se senta em frente ao computador para fazer um relatório sobre o seu trabalho.
Com uma pilha de papéis e uma xícara de café ao lado, você começa a datilografar seus pensamentos sobre o sucesso em potencial do lançamento de um novo produto. Não é o que você queria fazer num sábado, mas você continua a fazer e termina em uma hora.
OK, agora você pode acordar. Adultos com TDAH gostariam de ser tão ligados a tarefas difíceis que não despertam seu interesse. Minha dificuldade é escrever.
Quando digo que vou entregar um trabalho para um editor na sexta-feira, ele sabe que isso significa segunda-feira. Não é que eu não tenha tempo de entregá-lo na sexta-feira, é que eu tenho muita dificuldade em iniciá-lo. Ligo meu computador, escrevo o título, salvo o documento num arquivo, e fico sentado olhando a página em branco. Estou entediado.
Então ligo para um amigo escritor e pergunto como vai indo o seu artigo, ou apanho um monte de roupa para lavar ou vou dar uma volta. Faço meu imposto de renda numa tarde em que tinha de estar trabalhando num outro projeto.
Se você tem vontade de fugir para uma ilha remota quando pensa que precisa começar um novo projeto, a seguinte lista de estratégias, muitas das quais fizeram meus clientes destravarem, poderá ajudar a terminar com a sua procrastinação.
1. Esteja preparado
É muito mais fácil parar na academia depois do trabalho se sua sacola de esportes estiver arrumada e no porta-malas do seu carro. Quando eu tenho dificuldade de voltar à rotina de corridas, vou para a cama vestindo meu uniforme de exercício. É uma forma de me lembrar, logo ao acordar, que a corrida é o primeiro item de minha agenda.
Se você pensa em iniciar um projeto pela manhã, junte toda a informação de que vai precisar – artigos, gráficos, ordens do chefe – e coloque tudo numa caixa ou numa pasta que você pode deixar na sua cadeira na noite anterior.
2. Comece do começo
Você já ouviu isso antes: Divida cada projeto em tarefas pequenas e defina o primeiro passo que precisa ser feito. Então, fique ligado até que a primeira tarefa seja terminada. Geralmente, isso é tudo que é preciso para ficar motivado para o resto do projeto.
Para mim, dar um título a um documento em branco não é o suficiente para o primeiro passo, mas escrever um parágrafo já é. Descubra qual é o seu primeiro passo, e complete o restante.
3. Relaxe
Meu cliente Stephen, um advogado, faz uma deliciosa xícara de chá de maçã vermelha e põe um CD de música havaiana antes de arquivar seus documentos ou de escrever suas cartas. Outros clientes fazem exercícios respiratórios ou curtos períodos de meditação antes de começar um projeto opressivo.
4. Torne as coisas engraçadas
Ponha os fones de ouvido e dance enquanto passa o aspirador pela casa. Cante enquanto lava as janelas, ou pule quando for levar o lixo para fora de casa. Em vez de passar o pano molhado no piso da cozinha, um dos meus clientes molha suas meias com um detergente e desliza pelo piso da cozinha, fingindo que é um esquiador olímpico. Quando os detritos ficam empilhados num canto, ele os destrói com um canhão de raios laser interplanetário – um aspirador de pó.
5. Elimine as distrações.
Muitos estudantes de faculdade com TDAH acham mais fácil começar seu trabalho de casa se forem diretamente à biblioteca após as aulas, em vez de irem para seus dormitórios movimentados. Se o barulho for um problema – e se você não tiver um lugar tranquilo para estudar – tente usar protetores de ouvido. Eles realmente funcionam – em qualquer lugar.
Se os seus pensamentos estiverem provocando distração, escreva-os numa caderneta para tirá-los de sua mente e passá-los para o papel. No trabalho, deixe os colegas saberem que, quando a porta da sua sala estiver fechada, você está trabalhando em algo muito importante. Se você não tem um escritório, pegue um laptop e vá para uma sala de reuniões.
6. Cuidado com as multitarefas
Minha regra é ter em minha mesa somente as coisas em que estou trabalhando. Fora da visão, for a da mente, é uma boa abordagem – mas tenha certeza de colocar o trabalho não terminado na sua lista de coisas a fazer.
Estudos têm mostrado que os que têm TDAH se dão bem trabalhando em duas coisas que sejam familiares e simples, mas são menos eficientes quando enfrentam projetos que são complexos não conhecidos. Para aliviar a transição de um projeto para outro, pare o primeiro projeto num ponto que seja fácil de ser retomado.
No meu desespero para terminar este trabalho, eu pulei outra estratégia: peça a um amigo para chamá-lo numa hora em que ele tenha certeza de que você esteja fazendo o trabalho. Quando meu editor me perguntou mais uma vez quando eu lhe enviaria uma cópia, eu lhe dei uma data e entrei em pânico. Chamei um amigo, que também tem TDAH, e disse, “Você me chama em duas horas para ter certeza de que eu ainda estou fazendo este artigo?”.
Quando ele ligou, eu orgulhosamente disse-lhe que tinha escrito os primeiros dois parágrafos. Tudo bem em pedir ajuda, e será meu prazer retornar o favor algum dia. Não é para isso que existem os amigos? Para ajudar a tocar nossas vidas de vez em quando?
Este artigo apareceu no número de outono de 2008 de ADDitude.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
47- Simplifique sua vida com o TDAH aprendendo a dizer “não”
Independente do convite, adultos com TDAH têm dificuldade de recusá-los. Descubra, aqui, como os adultos com TDAH podem evitar a sobrecarga de compromissos e a exaustão, aprendendo a gentilmente dizer “não”.
by Sandy Maynard
Como um adulto com TDAH, você já se pegou dizendo, “O que eu estava pensando?” depois de ter aceitado fazer alguma coisa que você realmente não queria ou que não tivesse tempo para fazer? Há coisas sobre adultos com TDAH que tornam difícil para nós dizermos “não”. Em primeiro lugar, freqüentemente dizemos sim a algo que parece bom antes de pensarmos no assunto. Em segundo lugar, nosso interesse é tão variado que não podemos escolher – então dizemos sim a tudo.
E, então, há a impaciência. Não queremos esperar até que terminem as nossas oito semanas de aulas de salsa antes de nos inscrevermos em aulas de teatro. Entupimos nossa agenda com coisas importantes, interessantes e engraçadas a fazer, mas ficamos também exaustos para aproveitar qualquer uma delas.
Christina conhece bem esse sentimento. Ela tem TDAH e admite que adora o lado H do seu diagnóstico de TDAH. Ela tem uma reserva inesgotável de energia, e está sempre disposta desde o nascer até o por do sol. É a primeira pessoa que a família e os amigos pensam em chamar quando precisam de um favor. Ela tem dificuldade em dizer não e tem tendência a se comprometer em excesso.
Christina veio me procurar depois de que sua vida ficou fora de controle. Ela estava dormindo seis horas e, no auge de sua escala atarefada, estava ajudando sua mãe a se mudar para um asilo. Tudo parecia igualmente importante e urgente. A seguir, algumas sugestões que eu fiz para ajudar Christina a aprender a dizer não e a dominar novamente sua vida – para não mencionar oito horas de sono reparador.
Estabeleça prioridades e pratique o dizer “não”
1. Espere para tomar uma decisão. A impulsividade e a hiperatividade fazem dois segundos parecerem a eternidade. Inspire profundamente, espere, e responda: “Gostaria de pensar sobre a oferta e depois te ligar”. Se necessário, pense demoradamente no assunto.
2. Liste suas prioridades — em ordem de importância. Para muitos de nós, tudo parece ser importante, e estabelecer prioridades pode ser tão doloroso quanto tentar prestar atenção a uma aula chata. Entretanto, para Christina, era fácil. Ela adora sua mãe e valoriza seu relacionamento acima de tudo o mais. Colocar isto no alto de sua lista fez com que as coisas abaixo ficassem mais fáceis de serem rejeitadas.
3. Pratique o dizer não para as coisas fáceis. Um bom começo seria dizer, aos que lhe solicitam por telefone, que você não quer mais ser chamada. Trabalhe o seu modo de dizer não, civilizadamente, é claro, para o seu esposo ou o seu chefe.
Como dizer não
4. Seja breve. Uma ordem difícil para quem tem mentes que correm como fogo em uma floresta seca, mas pode ser feito se você diminuir todos aqueles pensamentos que dançam em seu cérebro. Em vez de explicar porque você não pode ir à festa, tarde da noite, para um colega que está se mudando, apenas diga: "Sinto muito, mas tenho de estar em casa cedo”. Quanto mais razão você der a alguém do porque não pode fazer alguma coisa, mais ainda a pessoa vai tentar convencê-la de que você pode.
5. Seja afirmativo quando disser não. Usar as palavras “talvez”, “mas”, e “se” não ajudará. Isso acontece quando pensamos alto. Melhor pensar, decidir e falar – nessa ordem.
E lembre-se
6. Não diga sim apenas para ser gentil. Alguns de nós sentem que temos de correr mais um quilometro para dar conta de fazer as coisas quando tudo sai de controle e ficamos como bobos. Você não deve. Quando lhe pedirem para vender rifas, diga, "Não, eu não gosto de fazer isso, mas vou comprar alguns bilhetes". Isso é dizer não sem ofender ninguém.
7. Você não é indispensável. O mundo não vai acabar se você não assumir algumas responsabilidades cada vez que for requisitado. Embora seja tentador assumir novas responsabilidades para manter as coisas excitantes, resista à pressa em fazer isso. Mesmo sabendo que você fará melhor, deixe alguém fazer as coisas ao menos uma vez.
8. Você pode mudar seu pensamento. E se você disse sim, e agora quer dizer não? Tudo bem em arrepender-se. Christina já tinha concordado em compartilhar a direção de um importante evento da comunidade quando responsabilidades inesperadas envolveram seus cuidados maternos. Quando ela conseguiu ter a coragem de dizer aos outros membros do comitê sobre abandonar a tarefa, eles entenderam sem problemas – e várias pessoas se apresentaram como voluntárias para assumir seu posto.
Serei o primeiro a concordar que não é fácil dizer não. Entretanto, eu aprendi uma coisa: é que a honestidade e a integridade são sempre respeitadas quando se aceita ou se recusa um convite. Quando você alinha suas decisões com esses valores, os resultados nunca são desapontadores – nem para você, nem para sua família ou seus amigos.
12 Modos inteligentes de recusar
1. Estou no meio de vários projetos
2. Não me sinto à vontade com isso
3. Não estou assumindo nenhuma nova responsabilidade
4. Não sou a pessoa mais qualificada para esse trabalho
5. Não gosto desse tipo de trabalho
6. Não tenho mais nenhuma data no meu calendário
7. Odeio dividir minha atenção entre vários projetos
8. Sei que você mesmo fará um trabalho maravilhoso
9. Tenho necessidade de um tempo livre para mim mesmo
10. Vou ajudá-lo m um próximo trabalho
11. Não tenho nenhuma experiência nisso
12. Tenho outro compromisso
ADDitude 12/2010
by Sandy Maynard
Como um adulto com TDAH, você já se pegou dizendo, “O que eu estava pensando?” depois de ter aceitado fazer alguma coisa que você realmente não queria ou que não tivesse tempo para fazer? Há coisas sobre adultos com TDAH que tornam difícil para nós dizermos “não”. Em primeiro lugar, freqüentemente dizemos sim a algo que parece bom antes de pensarmos no assunto. Em segundo lugar, nosso interesse é tão variado que não podemos escolher – então dizemos sim a tudo.
E, então, há a impaciência. Não queremos esperar até que terminem as nossas oito semanas de aulas de salsa antes de nos inscrevermos em aulas de teatro. Entupimos nossa agenda com coisas importantes, interessantes e engraçadas a fazer, mas ficamos também exaustos para aproveitar qualquer uma delas.
Christina conhece bem esse sentimento. Ela tem TDAH e admite que adora o lado H do seu diagnóstico de TDAH. Ela tem uma reserva inesgotável de energia, e está sempre disposta desde o nascer até o por do sol. É a primeira pessoa que a família e os amigos pensam em chamar quando precisam de um favor. Ela tem dificuldade em dizer não e tem tendência a se comprometer em excesso.
Christina veio me procurar depois de que sua vida ficou fora de controle. Ela estava dormindo seis horas e, no auge de sua escala atarefada, estava ajudando sua mãe a se mudar para um asilo. Tudo parecia igualmente importante e urgente. A seguir, algumas sugestões que eu fiz para ajudar Christina a aprender a dizer não e a dominar novamente sua vida – para não mencionar oito horas de sono reparador.
Estabeleça prioridades e pratique o dizer “não”
1. Espere para tomar uma decisão. A impulsividade e a hiperatividade fazem dois segundos parecerem a eternidade. Inspire profundamente, espere, e responda: “Gostaria de pensar sobre a oferta e depois te ligar”. Se necessário, pense demoradamente no assunto.
2. Liste suas prioridades — em ordem de importância. Para muitos de nós, tudo parece ser importante, e estabelecer prioridades pode ser tão doloroso quanto tentar prestar atenção a uma aula chata. Entretanto, para Christina, era fácil. Ela adora sua mãe e valoriza seu relacionamento acima de tudo o mais. Colocar isto no alto de sua lista fez com que as coisas abaixo ficassem mais fáceis de serem rejeitadas.
3. Pratique o dizer não para as coisas fáceis. Um bom começo seria dizer, aos que lhe solicitam por telefone, que você não quer mais ser chamada. Trabalhe o seu modo de dizer não, civilizadamente, é claro, para o seu esposo ou o seu chefe.
Como dizer não
4. Seja breve. Uma ordem difícil para quem tem mentes que correm como fogo em uma floresta seca, mas pode ser feito se você diminuir todos aqueles pensamentos que dançam em seu cérebro. Em vez de explicar porque você não pode ir à festa, tarde da noite, para um colega que está se mudando, apenas diga: "Sinto muito, mas tenho de estar em casa cedo”. Quanto mais razão você der a alguém do porque não pode fazer alguma coisa, mais ainda a pessoa vai tentar convencê-la de que você pode.
5. Seja afirmativo quando disser não. Usar as palavras “talvez”, “mas”, e “se” não ajudará. Isso acontece quando pensamos alto. Melhor pensar, decidir e falar – nessa ordem.
E lembre-se
6. Não diga sim apenas para ser gentil. Alguns de nós sentem que temos de correr mais um quilometro para dar conta de fazer as coisas quando tudo sai de controle e ficamos como bobos. Você não deve. Quando lhe pedirem para vender rifas, diga, "Não, eu não gosto de fazer isso, mas vou comprar alguns bilhetes". Isso é dizer não sem ofender ninguém.
7. Você não é indispensável. O mundo não vai acabar se você não assumir algumas responsabilidades cada vez que for requisitado. Embora seja tentador assumir novas responsabilidades para manter as coisas excitantes, resista à pressa em fazer isso. Mesmo sabendo que você fará melhor, deixe alguém fazer as coisas ao menos uma vez.
8. Você pode mudar seu pensamento. E se você disse sim, e agora quer dizer não? Tudo bem em arrepender-se. Christina já tinha concordado em compartilhar a direção de um importante evento da comunidade quando responsabilidades inesperadas envolveram seus cuidados maternos. Quando ela conseguiu ter a coragem de dizer aos outros membros do comitê sobre abandonar a tarefa, eles entenderam sem problemas – e várias pessoas se apresentaram como voluntárias para assumir seu posto.
Serei o primeiro a concordar que não é fácil dizer não. Entretanto, eu aprendi uma coisa: é que a honestidade e a integridade são sempre respeitadas quando se aceita ou se recusa um convite. Quando você alinha suas decisões com esses valores, os resultados nunca são desapontadores – nem para você, nem para sua família ou seus amigos.
12 Modos inteligentes de recusar
1. Estou no meio de vários projetos
2. Não me sinto à vontade com isso
3. Não estou assumindo nenhuma nova responsabilidade
4. Não sou a pessoa mais qualificada para esse trabalho
5. Não gosto desse tipo de trabalho
6. Não tenho mais nenhuma data no meu calendário
7. Odeio dividir minha atenção entre vários projetos
8. Sei que você mesmo fará um trabalho maravilhoso
9. Tenho necessidade de um tempo livre para mim mesmo
10. Vou ajudá-lo m um próximo trabalho
11. Não tenho nenhuma experiência nisso
12. Tenho outro compromisso
ADDitude 12/2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
46- Estatísticas relacionadas ao TDAH em crianças e adolescentes sem tratamento
• Entre 30 e 50% repetirão ao menos um ano na escola
• 35% não completarão a faculdade.
• Mais de 25% serão expulsos do colégio por má-conduta
• 4 vezes mais acidentes de carro e mais graves; 3 vezes mais multas por excesso de velocidade
• 20 a 60% dos adolescentes com TDAH se envolvem em comportamento antissocial com consequências judiciais, contra 3 a 4% da população normal
• 35% são suspensos da escola, contra 8 a 10% da população normal
• Na faculdade, 80% estão atrasados em ao menos uma disciplina básica
• 65% dos adolescentes com TDAH mostram sinais de Transtorno Desafiador de Oposição
• Têm maior incidência de uso de álcool e drogas
• Têm maior índice de desemprego
• Têm maior índice de divórcio
• Têm mais frequentemente baixa autoestima
• Têm menos habilidades sociais
• Têm mais isolamento social
• Têm maior incidência de tentativas de suicídio
• Têm maior incidência de vários problemas neuropsiquiátricos, em especial depressão e ansiedade.
Dá para acreditar que ainda tem gente que acha que TDAH não existe? Que é falta de limites impostos pelos pais? Que é invenção da indústria farmacêutica para vender remédio? Que pode ficar sem tratamento?
A ignorância dos pais deve ser perdoada. A dos médicos não. Mas, tanto os pais quanto os médicos ignorantes devem ser esclarecidos. As crianças, adolescentes e os adultos com TDAH merecem todos os esforços para que tenham um futuro feliz.
Dr. José Antonio Menegucci.
• 35% não completarão a faculdade.
• Mais de 25% serão expulsos do colégio por má-conduta
• 4 vezes mais acidentes de carro e mais graves; 3 vezes mais multas por excesso de velocidade
• 20 a 60% dos adolescentes com TDAH se envolvem em comportamento antissocial com consequências judiciais, contra 3 a 4% da população normal
• 35% são suspensos da escola, contra 8 a 10% da população normal
• Na faculdade, 80% estão atrasados em ao menos uma disciplina básica
• 65% dos adolescentes com TDAH mostram sinais de Transtorno Desafiador de Oposição
• Têm maior incidência de uso de álcool e drogas
• Têm maior índice de desemprego
• Têm maior índice de divórcio
• Têm mais frequentemente baixa autoestima
• Têm menos habilidades sociais
• Têm mais isolamento social
• Têm maior incidência de tentativas de suicídio
• Têm maior incidência de vários problemas neuropsiquiátricos, em especial depressão e ansiedade.
Dá para acreditar que ainda tem gente que acha que TDAH não existe? Que é falta de limites impostos pelos pais? Que é invenção da indústria farmacêutica para vender remédio? Que pode ficar sem tratamento?
A ignorância dos pais deve ser perdoada. A dos médicos não. Mas, tanto os pais quanto os médicos ignorantes devem ser esclarecidos. As crianças, adolescentes e os adultos com TDAH merecem todos os esforços para que tenham um futuro feliz.
Dr. José Antonio Menegucci.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
45- Memória de Trabalho e Memória de Curto Prazo
A memória de trabalho (MT) é o sistema cognitivo responsável pelo armazenamento temporário e pela manipulação da informação e tem um papel importante no aprendizado e na focalização da atenção. Muitas pesquisas têm documentado que muitas crianças e adultos com TDAH têm déficits de memória de trabalho e que isso contribui para as dificuldades associadas ao transtorno. Para uma excelente introdução ao papel dos déficits da memória de trabalho no TDAH, visite o site:
http://research.aboutkidshealth.ca/teachadhd/abc/chapter3#SUBTITLE3
Um exemplo simples ilustra a importância da MT para determinadas tarefas acadêmicas. Tente somar 3 e 9 na sua mente. Provavelmente isto é fácil para você. Agora, tente somar 33 e 99. Provavelmente isto será mais difícil. Finalmente, tente somar 333 e 999. Isso será muito desafiador para muitos adultos, mesmo que cada cálculo requerido seja trivialmente fácil. A dificuldade ocorreu porque você precisou guardar a informação – a soma de 3+9 na coluna das unidades e, então, na coluna das dezenas – conforme você processava a parte restante do problema, isto é, 3+9 na coluna das centenas, e isso sobrecarregou sua MT. Se a sua capacidade de MT for excedida, você não poderá completar o problema com sucesso.
Este problema simples também ilustra a diferença entre memória de curto prazo (MCP) e MT. A memória de curto prazo simplesmente envolve a retenção da informação na mente por curto período de tempo, por exemplo, lembrar-se de que o problema que você precisa resolver é 333 + 999. A memória de trabalho, em contraste, envolve a manipulação mental – ou o trabalhar com - da informação retida e começa a funcionar numa série de atividades de aprendizagem. Por exemplo, para responder questões sobre um capítulo de ciências, uma criança não somente tem de reter corretamente a informação factual, mas precisa trabalhar mentalmente com aquela informação para responder perguntas sobre ela. Então, quando a capacidade de MT de uma criança é baixa em comparação com a dos seus colegas, o desempenho acadêmico provavelmente será comprometido em múltiplas áreas.
Como os déficits de MT têm um papel importante nas dificuldades sentidas por muitos indivíduos com TDAH, é importante considerar como as diferentes intervenções corrigem este aspecto do transtorno. Neste estudo, os autores estavam interessados em comparar o impacto do treinamento da MT e o tratamento com medicação estimulante no desempenho da MT de crianças com o diagnóstico de TDAH.
Os participantes eram 25 crianças de 8 a 11 anos de idade, com TDAH (21 meninos e 4 meninas) que estavam sendo tratados com medicação estimulante. O desempenho da memória das crianças foi avaliado em 4 ocasiões, usando o AWMA (Automated Working Memory Assessment – Avaliação Automatizada da Memória de Trabalho) que é um teste computadorizado que mede a memória verbal de curto prazo, a memória verbal de trabalho, a memória visuoespacial de curto prazo e a memória visuoespacial de trabalho.
No primeiro tempo, a avaliação foi conduzida enquanto as crianças estavam sem medicação por ao menos 24 horas. A segunda avaliação ocorreu em media 5 meses mais tarde, quando as crianças estavam tomando a medicação. A terceira avaliação ocorreu após as crianças terem completado 5 semanas de Cogmed Working Memory Training (Treinamento Cogmed da Memória de Trabalho) usando o protocolo padrão de treinamento (veja a seguir). A avaliação final ocorreu aproximadamente 6 meses depois do término do treinamento. O planejamento permitiu aos pesquisadores as seguintes comparações:
- desempenho da MT sob medicação vs. sem medicação (T1 vs T2)
- desempenho da MT sob medicação vs. após treinamento (T2 vs. T3)
- desempenho da MT imediatamente após final do treinamento vs. 6 meses em seguida ao treinamento (T3 vs. T4)
Esta comparação final forneceu informação sobre a permanência de algum benefício que o treinamento tivesse proporcionado.
Além de medir a MCP e a MT a cada tempo, foram feitas medidas do QI nos tempos 1, 2 e 3.
- Treinamento da Memória de Trabalho -
O treinamento da MT foi conduzido utilizando-se o protocolo Cogmed padrão de treinamento, com cada criança completando 20-25 sessões de treinamento num período de 25 dias. O treinamento requer a armazenagem e manipulação de seqüências verbais, por exemplo, repetir de trás para frente uma seqüência de números e/ou informação visuoespacial, como lembrar a localização de objetos em diversas partes da tela do computador.
O nível de dificuldade foi calibrado com base em vários testes, de modo que a criança sempre trabalhasse em nível que fosse o mais próximo do seu desempenho. Por exemplo, se uma criança lembrasse com sucesso de três números na ordem inversa, no próximo teste ela tinha de lembrar-se de quatro números. Quando um teste falhasse, o próximo era feito de modo mais fácil pela redução do número de itens que teriam de ser lembrados. Este método de treinamento adaptativo é tido como um elemento chave porque requer o espichamento da memória de trabalho da criança, para continuar a seguir no programa.
Resultados
- Impacto na Memória de Curto Prazo e na Memória de Trabalho
Medicação vs. nenhuma medicação – quando testadas sob medicação, as crianças mostraram melhor MT visuoespacial em relação a quando foram testadas sem nenhuma medicação. Entretanto, nenhuma melhora foi encontrada na MCP verbal, na MT verbal ou na MCP visuoespacial.
Desempenho sob medicação vs. desempenho após treinamento da MT – O treinamento Cogmed da MT levou a ganhos significativos em todos os quatro resultados das memórias. Assim, houve evidência de que o treinamento da MT levou a maiores ganhos na MT do que o tratamento isolado com medicação. Em todas as áreas de memória avaliadas, a pontuação media dos participantes aumentou de abaixo da média para dentro da faixa média.
Desempenho 6 meses depois do término do treinamento – Os ganhos do treinamento em 3 dos 4 componentes da memória – todos exceto a memória visuoespacial de curto prazo (MCP) – permaneceram significativos 6 meses após o fim do treinamento e houve poucos indícios de declínio no desempenho das crianças. Então, os benefícios evidentes imediatamente em seguida ao tratamento foram largamente persistentes.
- Impacto no QI -
Os resultados do QI com e sem medicação foram equivalentes. Do mesmo modo, não houve nenhuma indicação de que o treinamento da MT estava associado a algum aumento nos resultados de QI das crianças. Assim, os benefícios do treinamento foram restritos ao desempenho das crianças nas tarefas de memória.
- Resumo e Implicações -
Os resultados desse estudo indicam que o treinamento da MT promove maiores benefícios na MT para crianças com TDAH do que os promovidos pelo tratamento com medicação estimulante. Além disso, os ganhos de memória seguintes ao treinamento persistem por um período significativo. Como o funcionamento adequado da MT é criticamente importante para o sucesso acadêmico das crianças, esses achados são encorajadores porque eles sugerem que o treinamento intensivo pode melhorar os déficits nesta importante função executiva. A ausência de benefícios do treinamento no QI sugere que os benefícios do treinamento podem estar limitados especificamente à memória de trabalho (MT), embora deva ser notado que outros estudos de treinamento da MT relataram benefícios em aspectos particulares da inteligência. Então, o impacto do treinamento da MT no QI requer novos estudos.
Entretanto, é importante não exagerar na interpretação dos resultados desse estudo. Embora seja tentador ver isso como uma comparação entre o tratamento medicamentoso e o treinamento da MT para o TDAH, e ver os resultados como indicativos da superioridade do último, isso seria interpretação errada. A constelação de dificuldades que compreende o TDAH para muitas crianças vai muito além dos déficits de MT, e esse estudo não examina vários outros importantes resultados.
Por exemplo, ele não fornece nenhuma informação sobre os benefícios relativos da medicação e do treinamento da MT na atenção, hiperatividade e outros problemas de comportamento, e no desempenho acadêmico das crianças. Embora outros estudos tenham encontrado benefícios em várias dessas áreas, o acréscimo de avaliação desses resultados importantes ao estudo corrente teria produzido um reforço dele. Essa crítica não tem a intenção de diminuir os importantes resultados obtidos, mas, em vez disso, propiciar um contexto apropriado para avaliar esses achados interessantes e não seria surpresa se o tratamento medicamentoso tivesse um maior impacto em outras áreas importantes.
Também é o caso de o estudo ter sido limitado pela restrição da avaliação da MT a medidas computadorizadas dessa capacidade, embora estejam disponíveis escalas validadas de avaliação da MT por pais e professores. Incorporar tais medidas ao estudo proporcionaria uma melhor compreensão do funcionamento da memória das crianças a cada ponto de avaliação.
Embora essas limitações sejam importantes, os resultados proporcionam evidência adicional de que o treinamento intensivo da MT pode acrescentar benefícios duradouros nessa importante função executiva. Como os benefícios proporcionados pelo treinamento aumentam os proporcionados pela medicação, também é sugerido que o treinamento da MT pode ser de utilidade como complemento às intervenções existentes baseadas em evidência para o TDAH, particularmente para crianças cujo funcionamento da MT seja difícil de começar.
ADDitude Magazine – Inverno 2010
http://research.aboutkidshealth.ca/teachadhd/abc/chapter3#SUBTITLE3
Um exemplo simples ilustra a importância da MT para determinadas tarefas acadêmicas. Tente somar 3 e 9 na sua mente. Provavelmente isto é fácil para você. Agora, tente somar 33 e 99. Provavelmente isto será mais difícil. Finalmente, tente somar 333 e 999. Isso será muito desafiador para muitos adultos, mesmo que cada cálculo requerido seja trivialmente fácil. A dificuldade ocorreu porque você precisou guardar a informação – a soma de 3+9 na coluna das unidades e, então, na coluna das dezenas – conforme você processava a parte restante do problema, isto é, 3+9 na coluna das centenas, e isso sobrecarregou sua MT. Se a sua capacidade de MT for excedida, você não poderá completar o problema com sucesso.
Este problema simples também ilustra a diferença entre memória de curto prazo (MCP) e MT. A memória de curto prazo simplesmente envolve a retenção da informação na mente por curto período de tempo, por exemplo, lembrar-se de que o problema que você precisa resolver é 333 + 999. A memória de trabalho, em contraste, envolve a manipulação mental – ou o trabalhar com - da informação retida e começa a funcionar numa série de atividades de aprendizagem. Por exemplo, para responder questões sobre um capítulo de ciências, uma criança não somente tem de reter corretamente a informação factual, mas precisa trabalhar mentalmente com aquela informação para responder perguntas sobre ela. Então, quando a capacidade de MT de uma criança é baixa em comparação com a dos seus colegas, o desempenho acadêmico provavelmente será comprometido em múltiplas áreas.
Como os déficits de MT têm um papel importante nas dificuldades sentidas por muitos indivíduos com TDAH, é importante considerar como as diferentes intervenções corrigem este aspecto do transtorno. Neste estudo, os autores estavam interessados em comparar o impacto do treinamento da MT e o tratamento com medicação estimulante no desempenho da MT de crianças com o diagnóstico de TDAH.
Os participantes eram 25 crianças de 8 a 11 anos de idade, com TDAH (21 meninos e 4 meninas) que estavam sendo tratados com medicação estimulante. O desempenho da memória das crianças foi avaliado em 4 ocasiões, usando o AWMA (Automated Working Memory Assessment – Avaliação Automatizada da Memória de Trabalho) que é um teste computadorizado que mede a memória verbal de curto prazo, a memória verbal de trabalho, a memória visuoespacial de curto prazo e a memória visuoespacial de trabalho.
No primeiro tempo, a avaliação foi conduzida enquanto as crianças estavam sem medicação por ao menos 24 horas. A segunda avaliação ocorreu em media 5 meses mais tarde, quando as crianças estavam tomando a medicação. A terceira avaliação ocorreu após as crianças terem completado 5 semanas de Cogmed Working Memory Training (Treinamento Cogmed da Memória de Trabalho) usando o protocolo padrão de treinamento (veja a seguir). A avaliação final ocorreu aproximadamente 6 meses depois do término do treinamento. O planejamento permitiu aos pesquisadores as seguintes comparações:
- desempenho da MT sob medicação vs. sem medicação (T1 vs T2)
- desempenho da MT sob medicação vs. após treinamento (T2 vs. T3)
- desempenho da MT imediatamente após final do treinamento vs. 6 meses em seguida ao treinamento (T3 vs. T4)
Esta comparação final forneceu informação sobre a permanência de algum benefício que o treinamento tivesse proporcionado.
Além de medir a MCP e a MT a cada tempo, foram feitas medidas do QI nos tempos 1, 2 e 3.
- Treinamento da Memória de Trabalho -
O treinamento da MT foi conduzido utilizando-se o protocolo Cogmed padrão de treinamento, com cada criança completando 20-25 sessões de treinamento num período de 25 dias. O treinamento requer a armazenagem e manipulação de seqüências verbais, por exemplo, repetir de trás para frente uma seqüência de números e/ou informação visuoespacial, como lembrar a localização de objetos em diversas partes da tela do computador.
O nível de dificuldade foi calibrado com base em vários testes, de modo que a criança sempre trabalhasse em nível que fosse o mais próximo do seu desempenho. Por exemplo, se uma criança lembrasse com sucesso de três números na ordem inversa, no próximo teste ela tinha de lembrar-se de quatro números. Quando um teste falhasse, o próximo era feito de modo mais fácil pela redução do número de itens que teriam de ser lembrados. Este método de treinamento adaptativo é tido como um elemento chave porque requer o espichamento da memória de trabalho da criança, para continuar a seguir no programa.
Resultados
- Impacto na Memória de Curto Prazo e na Memória de Trabalho
Medicação vs. nenhuma medicação – quando testadas sob medicação, as crianças mostraram melhor MT visuoespacial em relação a quando foram testadas sem nenhuma medicação. Entretanto, nenhuma melhora foi encontrada na MCP verbal, na MT verbal ou na MCP visuoespacial.
Desempenho sob medicação vs. desempenho após treinamento da MT – O treinamento Cogmed da MT levou a ganhos significativos em todos os quatro resultados das memórias. Assim, houve evidência de que o treinamento da MT levou a maiores ganhos na MT do que o tratamento isolado com medicação. Em todas as áreas de memória avaliadas, a pontuação media dos participantes aumentou de abaixo da média para dentro da faixa média.
Desempenho 6 meses depois do término do treinamento – Os ganhos do treinamento em 3 dos 4 componentes da memória – todos exceto a memória visuoespacial de curto prazo (MCP) – permaneceram significativos 6 meses após o fim do treinamento e houve poucos indícios de declínio no desempenho das crianças. Então, os benefícios evidentes imediatamente em seguida ao tratamento foram largamente persistentes.
- Impacto no QI -
Os resultados do QI com e sem medicação foram equivalentes. Do mesmo modo, não houve nenhuma indicação de que o treinamento da MT estava associado a algum aumento nos resultados de QI das crianças. Assim, os benefícios do treinamento foram restritos ao desempenho das crianças nas tarefas de memória.
- Resumo e Implicações -
Os resultados desse estudo indicam que o treinamento da MT promove maiores benefícios na MT para crianças com TDAH do que os promovidos pelo tratamento com medicação estimulante. Além disso, os ganhos de memória seguintes ao treinamento persistem por um período significativo. Como o funcionamento adequado da MT é criticamente importante para o sucesso acadêmico das crianças, esses achados são encorajadores porque eles sugerem que o treinamento intensivo pode melhorar os déficits nesta importante função executiva. A ausência de benefícios do treinamento no QI sugere que os benefícios do treinamento podem estar limitados especificamente à memória de trabalho (MT), embora deva ser notado que outros estudos de treinamento da MT relataram benefícios em aspectos particulares da inteligência. Então, o impacto do treinamento da MT no QI requer novos estudos.
Entretanto, é importante não exagerar na interpretação dos resultados desse estudo. Embora seja tentador ver isso como uma comparação entre o tratamento medicamentoso e o treinamento da MT para o TDAH, e ver os resultados como indicativos da superioridade do último, isso seria interpretação errada. A constelação de dificuldades que compreende o TDAH para muitas crianças vai muito além dos déficits de MT, e esse estudo não examina vários outros importantes resultados.
Por exemplo, ele não fornece nenhuma informação sobre os benefícios relativos da medicação e do treinamento da MT na atenção, hiperatividade e outros problemas de comportamento, e no desempenho acadêmico das crianças. Embora outros estudos tenham encontrado benefícios em várias dessas áreas, o acréscimo de avaliação desses resultados importantes ao estudo corrente teria produzido um reforço dele. Essa crítica não tem a intenção de diminuir os importantes resultados obtidos, mas, em vez disso, propiciar um contexto apropriado para avaliar esses achados interessantes e não seria surpresa se o tratamento medicamentoso tivesse um maior impacto em outras áreas importantes.
Também é o caso de o estudo ter sido limitado pela restrição da avaliação da MT a medidas computadorizadas dessa capacidade, embora estejam disponíveis escalas validadas de avaliação da MT por pais e professores. Incorporar tais medidas ao estudo proporcionaria uma melhor compreensão do funcionamento da memória das crianças a cada ponto de avaliação.
Embora essas limitações sejam importantes, os resultados proporcionam evidência adicional de que o treinamento intensivo da MT pode acrescentar benefícios duradouros nessa importante função executiva. Como os benefícios proporcionados pelo treinamento aumentam os proporcionados pela medicação, também é sugerido que o treinamento da MT pode ser de utilidade como complemento às intervenções existentes baseadas em evidência para o TDAH, particularmente para crianças cujo funcionamento da MT seja difícil de começar.
ADDitude Magazine – Inverno 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
44- Reduza a Ansiedade Naturalmente
Seis dicas para tratar a ansiedade sem medicação. por Sandy Maynard
Para aqueles de nós com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), uma pequena preocupação pode rapidamente se transformar em uma crise de ansiedade intensa. Quando os níveis de estresse se elevam, nós deixamos as coisas para ser resolvidas depois (procrastinação), o que aumenta os sintomas do TDAH. Ficamos mais esquecidos, desorganizados e distraídos. Amy, que é mãe e trabalha fora de casa, é uma pessoa muito preocupada, e foi diagnosticada como portadora de TDAH. Como é uma organizadora de eventos autônoma, ela utiliza sua tendência a se preocupar para se antecipar aos problemas que possam arruinar um evento. Ela é bem sucedida, em parte, por isso. Em casa, Amy não consegue desligar o botão da preocupação.
Concordamos que a vida não é tão fácil como organizar um evento. A vida é imprevisível. Quando Amy descobriu que a preocupação desnecessária estava minando sua energia e motivação emocional, ela fez mudanças que lhe deram uma sensação de paz. Atualmente, quando Amy se preocupa com algo que ela pensa que não poderá mudar, ela escreve sua preocupação num pedaço de papel, dobra-o e pára de pensar no assunto. Ela também faz ioga três vezes por semana, o que reduz a ansiedade. Eis aqui outras sugestões que ajudam Amy a se preocupar menos e a aproveitar mais a vida:
1- Limite ou adie os pensamentos preocupantes.
Ajuste um timer e dê a si mesmo permissão para se preocupar por uma quantidade de tempo específica. Escrever as preocupações para lidar com elas mais tarde também ajuda a livrar-se delas. Ler, logo cedo, sobre algo que o deixou preocupado, faz com que o problema pareça sem fundamento.
2- Tente ser perfeito; ajuste-se para o imperfeito.
Fazer o melhor de si no trabalho é sempre uma boa meta. Mas você não pode ser perfeito em todas as facetas do seu trabalho, ou de sua vida, sem que seu esforço promova a preocupação e o esgotamento. Uma cliente minha é uma excelente escritora técnica, que trabalha na área de comunicações em serviço de saúde. Quando ela começou a trabalhar, ela produziu e-mails e memorandos para os colegas de trabalho, certificando-se de que cada palavra fosse uma pérola, ás vezes á custa de atingir o prazo-limite. Isso resultou em 60 horas de trabalho por semana, esgotamento, e, eventualmente, atrasos. Decidimos que ela deveria deixar suas habilidades para escrever, e o seu perfeccionismo, para os documentos que realmente fossem importantes – os que eram escritos para os clientes externos.
3- Faça o que puder.
Pensar em tudo que possa dar errado não torna a vida mais previsível ou segura. A preocupação excessiva impede que você aproveite o presente. Quem tem TDAH se preocupa a respeito de coisas que podem não dar certo por causa das coisas que já não deram certo no passado. Fazer as coisas de modo diferente lhe dá a segurança de que você fez tudo que podia para mudar o resultado final. Então, você pode parar de se preocupar. Uma mãe portadora de TDAH, que voltou a trabalhar após ter dado à luz, vivia preocupada com a babá que havia contratado para cuidar de sua filha enquanto estivesse no trabalho. Ela instalou câmeras que lhe ajudaram a monitorar a babá. Isso aliviou os seus temores.
4- Reprograme os pensamentos negativos.
Muitos portadores de TDAH têm baixa autoestima, o que resulta em pensamentos negativos e em preocupação debilitante. Desafiar os pensamentos negativos com pensamentos positivos pode interromper o processo. Sam, um novo contratado de uma firma de advocacia de prestígio, sentiu-se inseguro quanto a ser capaz de fazer um bom trabalho. Decidimos que, quando tivesse dúvidas, deveria lembrar-se de que o mais brilhante da firma decidira contratá-lo em vez dos seus concorrentes.
5- Conte a sua preocupação para um amigo de confiança.
Tive muita dificuldade para escolher um vestido para o casamento de meu filho. Deveria ter sido a minha ida mais feliz de todas ao shopping, mas não foi. Eu me preocupei com tudo que experimentei: Está muito curto? É a cor errada? Muito espalhafatoso? Muito simples? Não consegui tomar uma decisão até que pedi a uma amiga para ir comigo numa segunda compra. Ela desfez minhas dúvidas, e eu saí com a roupa perfeita.
6- Aprenda exercícios de relaxamento.
Técnicas simples de respiração, meditação e relaxamento muscular progressivo podem ser feitas quase sempre, quando a preocupação aumenta e cria indecisão e imobilidade. Vários estudos mostram que a meditação aumenta a atenção ao mesmo tempo em que reduz o estresse.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC.
Para aqueles de nós com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), uma pequena preocupação pode rapidamente se transformar em uma crise de ansiedade intensa. Quando os níveis de estresse se elevam, nós deixamos as coisas para ser resolvidas depois (procrastinação), o que aumenta os sintomas do TDAH. Ficamos mais esquecidos, desorganizados e distraídos. Amy, que é mãe e trabalha fora de casa, é uma pessoa muito preocupada, e foi diagnosticada como portadora de TDAH. Como é uma organizadora de eventos autônoma, ela utiliza sua tendência a se preocupar para se antecipar aos problemas que possam arruinar um evento. Ela é bem sucedida, em parte, por isso. Em casa, Amy não consegue desligar o botão da preocupação.
Concordamos que a vida não é tão fácil como organizar um evento. A vida é imprevisível. Quando Amy descobriu que a preocupação desnecessária estava minando sua energia e motivação emocional, ela fez mudanças que lhe deram uma sensação de paz. Atualmente, quando Amy se preocupa com algo que ela pensa que não poderá mudar, ela escreve sua preocupação num pedaço de papel, dobra-o e pára de pensar no assunto. Ela também faz ioga três vezes por semana, o que reduz a ansiedade. Eis aqui outras sugestões que ajudam Amy a se preocupar menos e a aproveitar mais a vida:
1- Limite ou adie os pensamentos preocupantes.
Ajuste um timer e dê a si mesmo permissão para se preocupar por uma quantidade de tempo específica. Escrever as preocupações para lidar com elas mais tarde também ajuda a livrar-se delas. Ler, logo cedo, sobre algo que o deixou preocupado, faz com que o problema pareça sem fundamento.
2- Tente ser perfeito; ajuste-se para o imperfeito.
Fazer o melhor de si no trabalho é sempre uma boa meta. Mas você não pode ser perfeito em todas as facetas do seu trabalho, ou de sua vida, sem que seu esforço promova a preocupação e o esgotamento. Uma cliente minha é uma excelente escritora técnica, que trabalha na área de comunicações em serviço de saúde. Quando ela começou a trabalhar, ela produziu e-mails e memorandos para os colegas de trabalho, certificando-se de que cada palavra fosse uma pérola, ás vezes á custa de atingir o prazo-limite. Isso resultou em 60 horas de trabalho por semana, esgotamento, e, eventualmente, atrasos. Decidimos que ela deveria deixar suas habilidades para escrever, e o seu perfeccionismo, para os documentos que realmente fossem importantes – os que eram escritos para os clientes externos.
3- Faça o que puder.
Pensar em tudo que possa dar errado não torna a vida mais previsível ou segura. A preocupação excessiva impede que você aproveite o presente. Quem tem TDAH se preocupa a respeito de coisas que podem não dar certo por causa das coisas que já não deram certo no passado. Fazer as coisas de modo diferente lhe dá a segurança de que você fez tudo que podia para mudar o resultado final. Então, você pode parar de se preocupar. Uma mãe portadora de TDAH, que voltou a trabalhar após ter dado à luz, vivia preocupada com a babá que havia contratado para cuidar de sua filha enquanto estivesse no trabalho. Ela instalou câmeras que lhe ajudaram a monitorar a babá. Isso aliviou os seus temores.
4- Reprograme os pensamentos negativos.
Muitos portadores de TDAH têm baixa autoestima, o que resulta em pensamentos negativos e em preocupação debilitante. Desafiar os pensamentos negativos com pensamentos positivos pode interromper o processo. Sam, um novo contratado de uma firma de advocacia de prestígio, sentiu-se inseguro quanto a ser capaz de fazer um bom trabalho. Decidimos que, quando tivesse dúvidas, deveria lembrar-se de que o mais brilhante da firma decidira contratá-lo em vez dos seus concorrentes.
5- Conte a sua preocupação para um amigo de confiança.
Tive muita dificuldade para escolher um vestido para o casamento de meu filho. Deveria ter sido a minha ida mais feliz de todas ao shopping, mas não foi. Eu me preocupei com tudo que experimentei: Está muito curto? É a cor errada? Muito espalhafatoso? Muito simples? Não consegui tomar uma decisão até que pedi a uma amiga para ir comigo numa segunda compra. Ela desfez minhas dúvidas, e eu saí com a roupa perfeita.
6- Aprenda exercícios de relaxamento.
Técnicas simples de respiração, meditação e relaxamento muscular progressivo podem ser feitas quase sempre, quando a preocupação aumenta e cria indecisão e imobilidade. Vários estudos mostram que a meditação aumenta a atenção ao mesmo tempo em que reduz o estresse.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC.
domingo, 5 de dezembro de 2010
43- Sete soluções para problemas de sono
Como agir quando os sintomas do TDAH perturbarem uma boa noite de sono
Por Nancy Ratey
Muitos adultos com transtorno de déficit de atenção (TDAH) se queixam de noites inquietas e de exaustão logo cedo. Às vezes, os medicamentos para o TDAH causam reações adversas, outras vezes um cérebro acelerado o mantém acordado. Do mesmo modo em que não há nenhuma razão para os distúrbios de sono relacionados ao TDAH, não há nenhuma solução que funcione para todos. Eis aqui um punhado de opções dos especialistas da ADDitude...
Ajuste seu medicamento para o TDAH
Os medicamentos para o TDAH podem desencadear problemas de sono em alguns adultos. Se você suspeita que este é o seu caso, fale com seu médico sobre o ajuste fino do seu tratamento.
Por outro lado, alguns especialistas em TDAH acreditam que tomar um estimulante 45 minutos antes de ir deitar-se pode desligar cérebros agitados. “Cerca de dois terços dos meus pacientes adultos tomam uma dose completa do seu medicamento para o TDAH, todas as noites, para dormir,” diz William Dodson, M.D., um psiquiatra de Denver (Colorado – USA)
Apague a luz
A luz ativa o cérebro TDAH e o mantém acordado por mais tempo. Prepare-se para o sono desligando ou diminuindo a intensidade das luzes em torno das 21 horas.
Você pode instalar um dimer para as lâmpadas do teto e gradualmente diminuir a intensidade da luz, e não fique em frente de uma TV ou de uma tela brilhante de computador depois das 21 horas.
Alenteça o seu cérebro
Depois que você estiver deitado, com as luzes apagadas, use as ferramentas amigáveis do TDAH para ajudá-lo a relaxar, tal como um gerador de ruído branco, fones de ouvido, ou música suave para se contrapor aos seus pensamentos velozes. Relaxe um músculo de cada vez, começando pelos pés e subindo, respirando fundo cada vez que atingir um novo grupo muscular.
Crie uma rotina de desligar e de acordar
Acordar no horário depende de ir se deitar no horário e ter uma noite completa de repouso. Desenvolva rotinas para ajudá-lo a acordar mais feliz e mais depressa pela manhã e para se desligar à noite.
Estas rotinas de ir dormir e de acordar mais facilmente podem ser simples, por exemplo, tomar uma ducha e ver as notícias à noite, beber café e ler o jornal pela manhã.
Mantenha uma tabela de sono
Levante-se e deite-se no mesmo horário, todos os dias. Isto aumentará a qualidade do seu sono e deixará seu corpo num ritmo diário, algo que beneficia particularmente os adultos e crianças com TDAH. Nem todos precisam da mesma quantidade de sono, mas a chave é a consistência, então trabalhe junto com sua família para estabelecer uma rotina e ligue-se a ela.
Evite as armadilhas do sono
Conheça as suas armadilhas do sono e evite-as. Se falar ao telefone, ver TV, responder aos e-mails faz você ir dormir mais tarde, cole bilhetes lembrando que você deve manter seu esquema. Peça ajuda da família, para que eles saibam e não o desviem de sua meta.
Ajuste um despertador
Programe um relógio de pulso com alarme, ou um despertador, para tocar uma hora antes de ir deitar-se, assim terá tempo para se preparar para dormir. Se você frequentemente fica ligado em ver TV, coloque o despertador em outro quarto, assim será obrigado a levantar-se para desligá-lo.
Este artigo apareceu no número de primavera de 2009 de ADDitude.
Por Nancy Ratey
Muitos adultos com transtorno de déficit de atenção (TDAH) se queixam de noites inquietas e de exaustão logo cedo. Às vezes, os medicamentos para o TDAH causam reações adversas, outras vezes um cérebro acelerado o mantém acordado. Do mesmo modo em que não há nenhuma razão para os distúrbios de sono relacionados ao TDAH, não há nenhuma solução que funcione para todos. Eis aqui um punhado de opções dos especialistas da ADDitude...
Ajuste seu medicamento para o TDAH
Os medicamentos para o TDAH podem desencadear problemas de sono em alguns adultos. Se você suspeita que este é o seu caso, fale com seu médico sobre o ajuste fino do seu tratamento.
Por outro lado, alguns especialistas em TDAH acreditam que tomar um estimulante 45 minutos antes de ir deitar-se pode desligar cérebros agitados. “Cerca de dois terços dos meus pacientes adultos tomam uma dose completa do seu medicamento para o TDAH, todas as noites, para dormir,” diz William Dodson, M.D., um psiquiatra de Denver (Colorado – USA)
Apague a luz
A luz ativa o cérebro TDAH e o mantém acordado por mais tempo. Prepare-se para o sono desligando ou diminuindo a intensidade das luzes em torno das 21 horas.
Você pode instalar um dimer para as lâmpadas do teto e gradualmente diminuir a intensidade da luz, e não fique em frente de uma TV ou de uma tela brilhante de computador depois das 21 horas.
Alenteça o seu cérebro
Depois que você estiver deitado, com as luzes apagadas, use as ferramentas amigáveis do TDAH para ajudá-lo a relaxar, tal como um gerador de ruído branco, fones de ouvido, ou música suave para se contrapor aos seus pensamentos velozes. Relaxe um músculo de cada vez, começando pelos pés e subindo, respirando fundo cada vez que atingir um novo grupo muscular.
Crie uma rotina de desligar e de acordar
Acordar no horário depende de ir se deitar no horário e ter uma noite completa de repouso. Desenvolva rotinas para ajudá-lo a acordar mais feliz e mais depressa pela manhã e para se desligar à noite.
Estas rotinas de ir dormir e de acordar mais facilmente podem ser simples, por exemplo, tomar uma ducha e ver as notícias à noite, beber café e ler o jornal pela manhã.
Mantenha uma tabela de sono
Levante-se e deite-se no mesmo horário, todos os dias. Isto aumentará a qualidade do seu sono e deixará seu corpo num ritmo diário, algo que beneficia particularmente os adultos e crianças com TDAH. Nem todos precisam da mesma quantidade de sono, mas a chave é a consistência, então trabalhe junto com sua família para estabelecer uma rotina e ligue-se a ela.
Evite as armadilhas do sono
Conheça as suas armadilhas do sono e evite-as. Se falar ao telefone, ver TV, responder aos e-mails faz você ir dormir mais tarde, cole bilhetes lembrando que você deve manter seu esquema. Peça ajuda da família, para que eles saibam e não o desviem de sua meta.
Ajuste um despertador
Programe um relógio de pulso com alarme, ou um despertador, para tocar uma hora antes de ir deitar-se, assim terá tempo para se preparar para dormir. Se você frequentemente fica ligado em ver TV, coloque o despertador em outro quarto, assim será obrigado a levantar-se para desligá-lo.
Este artigo apareceu no número de primavera de 2009 de ADDitude.
sábado, 4 de dezembro de 2010
42- Dez ou mais ferramentas de relacionamento do TDAH para o amor duradouro
Com o TDAH adulto, tudo que você precisa para tornar um casamento ou uma parceria duradoura é amor, certo? Errado. Você também vai precisar destas ferramentas de relacionamento.
by Jonathan Halverstadt
Apaixonar-se é fácil, não obstante o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Uma onda de euforia bioquímica coincide com um “novo amor”. Aqueles de nós com TDA/TDAH geralmente hiperfocalizamos no romance, não apenas pelo romance, mas também para aumentar os neurotransmissores produtores de prazer (dopamina) que estão em falta em nossos cérebros. Emoções altamente carregadas não são parte do amor duradouro. São apenas sentimentos – fortes e maravilhosos – mas, você precisa de muito mais para fazer uma relação TDAH durar.
Relacionamentos são difíceis, e quando aceitamos esse fato, estamos lidando com a realidade, não com a fantasia de que “tudo que necessitamos é de amor” Tudo que necessitamos é de amor? Não penso assim. Precisamos aprender habilidades para compensar nossa fraqueza. Quais as ferramentas que devemos ter em nossa maleta?
1: Administre os sintomas
Você e o seu parceiro devem assumir sua condição. Tratar o TDAH de modo responsável pelo uso da terapia comportamental e dos medicamentos próprios para controlar os sintomas, aumentar a dopamina e ajudar o cérebro a trabalhar como deve. Quando você faz tudo isso, você observa uma diminuição dos sintomas do TDAH – como a incapacidade de prestar atenção quando seu parceiro está falando com você, ou completar suas obrigações ou tarefas, como pagar as contas a tempo.
Não ser ouvido é a maior queixa daqueles envolvidos em relação íntima com um parceiro TDAH. Para muitos TDAH, ouvir os outros é muito difícil. Para aumentar sua capacidade de escutar, pratique este exercício:
Sente-se com seu parceiro e deixe-o falar por cinco minutos – ou mais, se você puder suportar. Faça contato visual e incline-se para ele, mesmo que não esteja entendendo nenhuma palavra.
Depois de escutar por cinco minutos, resuma o que você ouviu. Você pode dizer “Uau, parece que você teve um dia muito movimentado. A internet horrível, a reunião chata. Depois, você teve de ir até a academia antes de vir para casa”.
Depois desta troca, faça algo que você quer fazer. Diga “Agora que você está em casa, você se importa de cuidar do bebê enquanto eu saio para caminhar?”.
Seu parceiro provavelmente estará chocado, e encantado, porque você o ouviu por cinco minutos.
2: Ligue-se na relação
Os sintomas mais importantes do TDA/TDAH – impulsividade e a constante necessidade de estimulação – podem realçar, assim como ameaçar, relacionamentos. Como os adultos com TDAH são impacientes e facilmente se aborrecem, as aventuras sexuais são altamente estimulantes. A atração pelo novo e diferente pode tornar difícil a monogamia. Por isso é vital estar ligado na ideia de “ relacionamento” – até mesmo mais do que seu parceiro.
Encontrei uma velha senhora de 93 anos que tinha ficado casada com o mesmo homem por 70 anos. Ela me contou que eles tiveram bons tempos e maus tempos nos seus anos de vida juntos, e que ela nunca pensou, nem por uma vez, em divórcio, embora gracejasse que tivesse pensado em assassinato uma ou duas vezes. Ela sabia que tinha de ser mais ligada à instituição do casamento do que seu marido para fazer o relacionamento funcionar. Houve ocasiões em que o casal não se sentia ligado um ao outro, mas a sua dedicação ao marido fez com que seguissem juntos.
[Bons tempos aqueles... O mundo e os costumes, e as mulheres, mudaram muito, ultimamente... (Comentário do tradutor)]
3: Terapia do riso
Aprenda a rir de você mesmo (não do seu parceiro) e enfrente seus problemas de modo mais suave. O TDAH nos induz, às vezes, a fazer e dizer raras coisas lindas.
Em vez de ficar magoado ou enraivecido pelas palavras e ações não entendidas, veja-as pelo que são: sintomas de uma condição que você está tentando administrar. Uma boa risada permite que você siga adiante na relação. Sei que isso pode ser muito difícil. É fácil ser defensivo porque você teve de explicar nosso comportamento por anos – quando agíamos impulsivamente ou sufocados pelos detalhes devido à nossa falta de atenção. Deixe cair suas defesas, então siga em frente.
4: Perdoe e esqueça
É tentador apontar o dedo para a outra pessoa e culpá-la por seus problemas no relacionamento. Mas é preciso de dois para o tango. Quando admitimos os problemas que podemos estar causando, em vez de apontar o que nosso parceiro fez de errado, crescemos espiritualmente. Quando eu reconheço minhas limitações – identifico-as, me esforço para mudá-las, e me perdoo a mim mesmo por não ser perfeito – fica mais fácil aceitar meu parceiro e perdoar suas limitações.
Uma frase que resume esse conceito de esqueça-e-perdoe é: “Fiz o melhor que podia naquela hora. Se pudesse fazer melhor, teria feito.” Isso tira a culpa de uma má experiência, e permite que você e seu esposo falem um com o outro civilizadamente. Não é mais sobre um de vocês “fazer de novo”, é sobre ser humano e cometer erros – algo que é possível esquecer.
5: Procure ajuda profissional: Terapia da relação
Muitas duplas casadas com um ou mais parceiros diagnosticados com TDAH pretendem permanecer casadas “até que a morte nos separe”. Mas, como as realidades do viver junto se instalam, pequenos problemas seguem não resolvidos e tornam-se maiores até parecerem insuperáveis.
Um dos erros mais comuns que os casais problemáticos cometem é esperar muito antes de procurar ajuda profissional para a sua relação. Quando chegam ao terapeuta, já jogaram a toalha e estão apenas procurando um modo de validar sua miséria e justificar sua decisão de separação. Não espere muito para procurar ajuda. Um terapeuta de família e do casamento pode ensinar técnicas de comunicação e de resolução de conflitos.
6: Mais ferramentas de relacionamento no TDAH
Lembre-se de manter-se fazendo as coisas engraçadas que faziam juntos quando se apaixonaram pela primeira vez.
Estabeleçam uma regra: Somente um maluco na casa, de cada vez. Se o seu parceiro estiver surtando, você deve ficar frio e reservado.
Saiam ao menos uma vez por semana (cinema, teatro, concerto, baile, restaurante, aniversário)
Tratem um ao outro com respeito. Aprendam a amar as esquisitices um do outro.
Não se preocupe com quem está certo. O objetivo é seguir em frente – não ficar grudado numa briga. É mais importante ter uma relação mutuamente satisfatória do que estar certo o tempo todo.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved. ADDitude Magazine
by Jonathan Halverstadt
Apaixonar-se é fácil, não obstante o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Uma onda de euforia bioquímica coincide com um “novo amor”. Aqueles de nós com TDA/TDAH geralmente hiperfocalizamos no romance, não apenas pelo romance, mas também para aumentar os neurotransmissores produtores de prazer (dopamina) que estão em falta em nossos cérebros. Emoções altamente carregadas não são parte do amor duradouro. São apenas sentimentos – fortes e maravilhosos – mas, você precisa de muito mais para fazer uma relação TDAH durar.
Relacionamentos são difíceis, e quando aceitamos esse fato, estamos lidando com a realidade, não com a fantasia de que “tudo que necessitamos é de amor” Tudo que necessitamos é de amor? Não penso assim. Precisamos aprender habilidades para compensar nossa fraqueza. Quais as ferramentas que devemos ter em nossa maleta?
1: Administre os sintomas
Você e o seu parceiro devem assumir sua condição. Tratar o TDAH de modo responsável pelo uso da terapia comportamental e dos medicamentos próprios para controlar os sintomas, aumentar a dopamina e ajudar o cérebro a trabalhar como deve. Quando você faz tudo isso, você observa uma diminuição dos sintomas do TDAH – como a incapacidade de prestar atenção quando seu parceiro está falando com você, ou completar suas obrigações ou tarefas, como pagar as contas a tempo.
Não ser ouvido é a maior queixa daqueles envolvidos em relação íntima com um parceiro TDAH. Para muitos TDAH, ouvir os outros é muito difícil. Para aumentar sua capacidade de escutar, pratique este exercício:
Sente-se com seu parceiro e deixe-o falar por cinco minutos – ou mais, se você puder suportar. Faça contato visual e incline-se para ele, mesmo que não esteja entendendo nenhuma palavra.
Depois de escutar por cinco minutos, resuma o que você ouviu. Você pode dizer “Uau, parece que você teve um dia muito movimentado. A internet horrível, a reunião chata. Depois, você teve de ir até a academia antes de vir para casa”.
Depois desta troca, faça algo que você quer fazer. Diga “Agora que você está em casa, você se importa de cuidar do bebê enquanto eu saio para caminhar?”.
Seu parceiro provavelmente estará chocado, e encantado, porque você o ouviu por cinco minutos.
2: Ligue-se na relação
Os sintomas mais importantes do TDA/TDAH – impulsividade e a constante necessidade de estimulação – podem realçar, assim como ameaçar, relacionamentos. Como os adultos com TDAH são impacientes e facilmente se aborrecem, as aventuras sexuais são altamente estimulantes. A atração pelo novo e diferente pode tornar difícil a monogamia. Por isso é vital estar ligado na ideia de “ relacionamento” – até mesmo mais do que seu parceiro.
Encontrei uma velha senhora de 93 anos que tinha ficado casada com o mesmo homem por 70 anos. Ela me contou que eles tiveram bons tempos e maus tempos nos seus anos de vida juntos, e que ela nunca pensou, nem por uma vez, em divórcio, embora gracejasse que tivesse pensado em assassinato uma ou duas vezes. Ela sabia que tinha de ser mais ligada à instituição do casamento do que seu marido para fazer o relacionamento funcionar. Houve ocasiões em que o casal não se sentia ligado um ao outro, mas a sua dedicação ao marido fez com que seguissem juntos.
[Bons tempos aqueles... O mundo e os costumes, e as mulheres, mudaram muito, ultimamente... (Comentário do tradutor)]
3: Terapia do riso
Aprenda a rir de você mesmo (não do seu parceiro) e enfrente seus problemas de modo mais suave. O TDAH nos induz, às vezes, a fazer e dizer raras coisas lindas.
Em vez de ficar magoado ou enraivecido pelas palavras e ações não entendidas, veja-as pelo que são: sintomas de uma condição que você está tentando administrar. Uma boa risada permite que você siga adiante na relação. Sei que isso pode ser muito difícil. É fácil ser defensivo porque você teve de explicar nosso comportamento por anos – quando agíamos impulsivamente ou sufocados pelos detalhes devido à nossa falta de atenção. Deixe cair suas defesas, então siga em frente.
4: Perdoe e esqueça
É tentador apontar o dedo para a outra pessoa e culpá-la por seus problemas no relacionamento. Mas é preciso de dois para o tango. Quando admitimos os problemas que podemos estar causando, em vez de apontar o que nosso parceiro fez de errado, crescemos espiritualmente. Quando eu reconheço minhas limitações – identifico-as, me esforço para mudá-las, e me perdoo a mim mesmo por não ser perfeito – fica mais fácil aceitar meu parceiro e perdoar suas limitações.
Uma frase que resume esse conceito de esqueça-e-perdoe é: “Fiz o melhor que podia naquela hora. Se pudesse fazer melhor, teria feito.” Isso tira a culpa de uma má experiência, e permite que você e seu esposo falem um com o outro civilizadamente. Não é mais sobre um de vocês “fazer de novo”, é sobre ser humano e cometer erros – algo que é possível esquecer.
5: Procure ajuda profissional: Terapia da relação
Muitas duplas casadas com um ou mais parceiros diagnosticados com TDAH pretendem permanecer casadas “até que a morte nos separe”. Mas, como as realidades do viver junto se instalam, pequenos problemas seguem não resolvidos e tornam-se maiores até parecerem insuperáveis.
Um dos erros mais comuns que os casais problemáticos cometem é esperar muito antes de procurar ajuda profissional para a sua relação. Quando chegam ao terapeuta, já jogaram a toalha e estão apenas procurando um modo de validar sua miséria e justificar sua decisão de separação. Não espere muito para procurar ajuda. Um terapeuta de família e do casamento pode ensinar técnicas de comunicação e de resolução de conflitos.
6: Mais ferramentas de relacionamento no TDAH
Lembre-se de manter-se fazendo as coisas engraçadas que faziam juntos quando se apaixonaram pela primeira vez.
Estabeleçam uma regra: Somente um maluco na casa, de cada vez. Se o seu parceiro estiver surtando, você deve ficar frio e reservado.
Saiam ao menos uma vez por semana (cinema, teatro, concerto, baile, restaurante, aniversário)
Tratem um ao outro com respeito. Aprendam a amar as esquisitices um do outro.
Não se preocupe com quem está certo. O objetivo é seguir em frente – não ficar grudado numa briga. É mais importante ter uma relação mutuamente satisfatória do que estar certo o tempo todo.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
41- Melhorando o comportamento em classe: Ajude as crianças com TDAH a parar a inquietação
Como os professores e os pais de crianças com TDAH podem ajudá-las a enfrentar a inquietação e a se concentrar melhor na escola e em casa.
O problema: Crianças com TDAH estão em constante movimentação. Para elas é difícil ficar sentadas paradas por longos períodos, por isso elas se remexem nos assentos, chutam os pés da carteira, ou ficam de pé ou andam enquanto fazem o trabalho. Geralmente, elas falam excessivamente ou fazem barulhos enquanto tentam ficar sentadas paradas.
A causa: Os corpos e as mentes das crianças com TDAH são como motores acelerados. Um estudo de meninos com TDAH mostrou que eles se movem pela sala oito vezes mais do que os outros meninos, fazendo o dobro de movimentos dos braços. Eles também são quatro vezes mais inquietos e se retorcem quatro vezes mais, enquanto sentados para os testes psicológicos.
Os obstáculos: Centros de controle motor defeituosos no cérebro são a causa suspeita da inquietação e do comportamento hiperativo.
Problemas de controle do impulso também têm um papel; crianças hiperativas são incapazes de inibir o impulso para se movimentar. Você pode ordenar que fiquem sentadas e paradas ou que parem de falar, mas os comportamentos se repetem em minutos.
Soluções para a sala de aula
A primeira coisa que os professores podem fazer, para ajudar os estudantes com TDAH a se retorcerem menos e a ficarem menos inquietos, é providenciar saídas físicas que lhes permitam liberar regularmente a energia acumulada e a melhorar a atenção.
Determine missões aos alunos com TDAH. Peça aos seus alunos com TDAH que levem uma mensagem para outra classe ou que peguem um papel na secretaria. Essas tarefas ajudam as crianças a construir um senso de auto-estima ao mesmo tempo em que propiciam uma oportunidade para esticar suas pernas e caminharem fora da sala.
Permita que os estudantes fiquem de pé e que caminhem um pouco entre as lições. Um professor, por exemplo, colocou um mini-trampolim em sua classe, para as crianças que ficam inquietas. No início do ano escolar, todos o usavam frequentemente, mas depois que a novidade desapareceu somente os alunos com TDAH, que tinham necessidade dele, continuaram a usá-lo. Outro professor deixou os estudantes usarem bolas de exercícios em vez de cadeiras, de maneira que os alunos com TDAH podiam se mexer um pouco mais, mas permanecerem sentados.
Permita objetos de manuseio. Esses objetos podem incluir pulseiras de bolinhas, pedaços de massinha e bolas de apertar – tudo o que puder ser manuseado e apertado silenciosamente. Não ter de permanecer focalizado em ficar absolutamente parado, conserva a energia do estudante para prestar atenção nas lições de classe.
Soluções para casa
Apóie a necessidade do seu filho de gastar energia encorajando-o a entrar no time de esportes ou a praticar atividade física regularmente.
Escolha o esporte cuidadosamente. Crianças com TDAH não são adequadas para todos os esportes coletivos. Futebol, por exemplo, é escolha melhor do que basebol, porque há menos espera parado.
As crianças podem também fazer exercícios sozinhas – um estudante andava de esqueite todas as manhãs ou somente corria em volta do quarteirão, para que pudesse ficar mais tempo quieto em classe. Muitas crianças com TDAH se dão bem no caratê ou em outras artes marciais que ensinam disciplina e concentração ao mesmo tempo em que permitem movimento.
Supervisione conforme necessário. Muitas crianças com TDAH precisam da constante supervisão dos adultos para se manterem na tarefa, mas conforme a situação melhora, e a criança amadurece, um pai pode checar frequentemente em vez de ficar sentado ao lado da criança todo o tempo do processo.
Não force sua criança a ficar sentada parada. Quando sua criança ultrapassa o ponto de controle de sua necessidade de se mover, deixe que ela tenha um rápido intervalo. Diga a ela que corra e pule lá for a e então a convide a se juntar novamente à família quando ela estiver bem. Você pode usar esta mesma estratégia na igreja ou na sinagoga, nos eventos esportivos, ou em qualquer outra situação que requeira a permanência sentada e parada das crianças por longos períodos.
Algumas crianças com TDAH são mais capazes de terminar o trabalho de casa quando têm a oportunidade de se movimentar m pouco enquanto trabalham, ou quando têm freqüentes intervalos. Não espere que uma criança com TDAH fique quieta por longos períodos de estudo. Algumas crianças lêem melhor quando caminham, ou podem precisar fazer seus problemas de matemática enquanto ficam de pé.
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O problema: Crianças com TDAH estão em constante movimentação. Para elas é difícil ficar sentadas paradas por longos períodos, por isso elas se remexem nos assentos, chutam os pés da carteira, ou ficam de pé ou andam enquanto fazem o trabalho. Geralmente, elas falam excessivamente ou fazem barulhos enquanto tentam ficar sentadas paradas.
A causa: Os corpos e as mentes das crianças com TDAH são como motores acelerados. Um estudo de meninos com TDAH mostrou que eles se movem pela sala oito vezes mais do que os outros meninos, fazendo o dobro de movimentos dos braços. Eles também são quatro vezes mais inquietos e se retorcem quatro vezes mais, enquanto sentados para os testes psicológicos.
Os obstáculos: Centros de controle motor defeituosos no cérebro são a causa suspeita da inquietação e do comportamento hiperativo.
Problemas de controle do impulso também têm um papel; crianças hiperativas são incapazes de inibir o impulso para se movimentar. Você pode ordenar que fiquem sentadas e paradas ou que parem de falar, mas os comportamentos se repetem em minutos.
Soluções para a sala de aula
A primeira coisa que os professores podem fazer, para ajudar os estudantes com TDAH a se retorcerem menos e a ficarem menos inquietos, é providenciar saídas físicas que lhes permitam liberar regularmente a energia acumulada e a melhorar a atenção.
Determine missões aos alunos com TDAH. Peça aos seus alunos com TDAH que levem uma mensagem para outra classe ou que peguem um papel na secretaria. Essas tarefas ajudam as crianças a construir um senso de auto-estima ao mesmo tempo em que propiciam uma oportunidade para esticar suas pernas e caminharem fora da sala.
Permita que os estudantes fiquem de pé e que caminhem um pouco entre as lições. Um professor, por exemplo, colocou um mini-trampolim em sua classe, para as crianças que ficam inquietas. No início do ano escolar, todos o usavam frequentemente, mas depois que a novidade desapareceu somente os alunos com TDAH, que tinham necessidade dele, continuaram a usá-lo. Outro professor deixou os estudantes usarem bolas de exercícios em vez de cadeiras, de maneira que os alunos com TDAH podiam se mexer um pouco mais, mas permanecerem sentados.
Permita objetos de manuseio. Esses objetos podem incluir pulseiras de bolinhas, pedaços de massinha e bolas de apertar – tudo o que puder ser manuseado e apertado silenciosamente. Não ter de permanecer focalizado em ficar absolutamente parado, conserva a energia do estudante para prestar atenção nas lições de classe.
Soluções para casa
Apóie a necessidade do seu filho de gastar energia encorajando-o a entrar no time de esportes ou a praticar atividade física regularmente.
Escolha o esporte cuidadosamente. Crianças com TDAH não são adequadas para todos os esportes coletivos. Futebol, por exemplo, é escolha melhor do que basebol, porque há menos espera parado.
As crianças podem também fazer exercícios sozinhas – um estudante andava de esqueite todas as manhãs ou somente corria em volta do quarteirão, para que pudesse ficar mais tempo quieto em classe. Muitas crianças com TDAH se dão bem no caratê ou em outras artes marciais que ensinam disciplina e concentração ao mesmo tempo em que permitem movimento.
Supervisione conforme necessário. Muitas crianças com TDAH precisam da constante supervisão dos adultos para se manterem na tarefa, mas conforme a situação melhora, e a criança amadurece, um pai pode checar frequentemente em vez de ficar sentado ao lado da criança todo o tempo do processo.
Não force sua criança a ficar sentada parada. Quando sua criança ultrapassa o ponto de controle de sua necessidade de se mover, deixe que ela tenha um rápido intervalo. Diga a ela que corra e pule lá for a e então a convide a se juntar novamente à família quando ela estiver bem. Você pode usar esta mesma estratégia na igreja ou na sinagoga, nos eventos esportivos, ou em qualquer outra situação que requeira a permanência sentada e parada das crianças por longos períodos.
Algumas crianças com TDAH são mais capazes de terminar o trabalho de casa quando têm a oportunidade de se movimentar m pouco enquanto trabalham, ou quando têm freqüentes intervalos. Não espere que uma criança com TDAH fique quieta por longos períodos de estudo. Algumas crianças lêem melhor quando caminham, ou podem precisar fazer seus problemas de matemática enquanto ficam de pé.
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