quinta-feira, 19 de maio de 2011

99- Quantificação e análise da concordância entre pais e tutores no diagnóstico do TDAH

J. Cáceres, D. Herrero [Ver Neurol 2011; 52:527-535] 01/05/11

Introdução
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o que mais se encaminha aos centros de saúde mental hoje em dia. Os critérios diagnósticos quanto à hiperatividade, impulsividade e desatenção estão claramente definidos. Mas os clínicos não podem observar o paciente, ao longo de todo o dia, em suas diversas tarefas, e têm de recorrer à informação oferecida pelas pessoas próximas ao paciente. Para ser diagnosticável, este transtorno deve ocorrer em mais de um contexto (âmbito familiar e escolar). Esta informação se recolhe, geralmente, mediante questionários bem validados.

Objetivos.

Revisar a porcentagem de crianças que, tendo sido consideradas em seu entorno como hiperativas, preenchem todos os requisitos do diagnóstico; verificar se existem diferenças na avaliação realizada pelos pais, mães e tutores, e revisar o grau de relação existente entre a desatenção, observada por pais e tutores, com uma quantificação formal dos processos de atenção.

Sujeitos e métodos.

Foram avaliadas 127 crianças, encaminhadas a um centro de saúde mental, mediante entrevistas, observação semiestruturada, questionário de Conners, complementados por pais e tutores, e outras provas da escala de inteligência de Wechsler para crianças.

Resultados.

Somente 46% cumpriram os requisitos para ser diagnosticados com TDAH.     A concordância entre pais e tutores foi só moderada. Pais e mães avaliam de maneira parecida os meninos e meninas, mas os tutores consideram os meninos mais desatentos e mais hiperativos e impulsivos que as meninas.

Conclusões.
É necessário que fiquem claros os critérios diagnósticos do TDAH e as pautas a seguir para o seu diagnóstico; são apresentadas propostas que potencializam o processo de avaliação que permite individualizar o tratamento.

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