• Primeiro passo: Entender seu filho
Analise profundamente o comportamento do seu filho antes de pensar no tipo de escola. Primeiro, gaste alguns minutos para escrever sobre o seu filho como um estudante.- Ele é um ouvinte ou ele aprende melhor por meio do tato?
- Ele toma a iniciativa ou precisa ser empurrado?
- Ele trabalha bem de modo independente ou se sai melhor em grupo?
Em seguida, faça uma lista das necessidades específicas do seu filho: Ele precisa de uma sala onde possa sentar-se longe das janelas. Ou precisa de uma escola que dê pouca tarefa de casa. Ou precisa de um professor que lhe dê instruções passo-a-passo. Sua lista deve conter as coisas que você espera encontrar, mas também deve ser realista. Inclua as potencialidades do seu filho e as suas fraquezas, tanto as acadêmicas quanto as sociais. Frequentemente, alunos excepcionalmente brilhantes enfrentam programas acadêmicos desafiadores, mas fracassam por causa dos níveis muito altos de estresse. Organize o quadro geral, assim seu filho não terá como destino o fracasso.
Acima de tudo, preste atenção às necessidades do seu filho. Somente porque uma escola é considerada a melhor de todas – e toda a sua vizinhança está querendo matricular seus filhos nela - não necessariamente significa que ela seja o lugar ideal para ele.
•Segundo passo: Entreviste a escola.
Você poderá ler pilhas de folhetos, assistir a inúmeros vídeos escolares promocionais e escutar tudo que os administradores têm a dizer. Mas isto é somente a ponta do iceberg. Para entender o que é realmente uma escola, você precisará realizar por sua conta um pouco de perguntas e respostas.
Entreviste os diretores, os professores primários, os terapeutas da fala, os assistentes dos professores e outros provedores de necessidades especiais. E não se esqueça dos pais das crianças matriculadas na escola. Apareça no final das aulas e peça a outras mães e pais para falar sobre o que acham das aulas, dos professores e das tarefas de casa – eles lhe dirão tudo de pronto. Não sabe quais perguntas fazer? Comece com estas:
- Qual o tamanho da escola? Obviamente, você vai querer saber quantos graus a escola tem – e quantos estudantes estão matriculados em cada um. Mas não pare aí. Pergunte sobre o tamanho físico da escola, assim como sobre a planta do edifício. Se o seu filho tem dificuldades espaciais e de memória – como frequentemente têm as crianças com TDAH – você vai querer saber se ele poderá se orientar por lá.
- Qual é o tamanho das classes? Uma classe com cerca de 20 alunos provavelmente será o seu melhor cenário, embora estes números pequenos sejam dificilmente encontrados em escolas públicas. Mas não desista ainda do sistema público. Em classes maiores das escolas públicas, um professor auxiliar poderá ser providenciado, e dará ao seu filho a assistência extra de que ele necessita.
- Qual o nível de treinamento do professor? “Tenha certeza de que há uma equipe experiente de professores de carreira”, diz Colleen Berge, uma consultora educacional em Nova Iorque. Embora você encontre ótimos professores dos primeiros níveis em todo o sistema escolar, seu filho precisa de uma escola onde ele seja adequadamente tutorado.
- Quão flexível é esta escola? Ela se adaptará ao estilo de aprendizagem do seu filho? Fará acomodações tais como deixa-lo usar um gravador na classe em vez de tomar notas, ou terá mais tempo para as provas? Não se contente com um simples “não”. Peça à escola exemplos específicos de como ela se ajustou a outros alunos no passado. Tipicamente, crianças com TDAH não têm falta de esperteza, mas frequentemente têm falta de habilidades necessárias para o sucesso acadêmico – organização, habilidades de estudo e habilidade para fazer provas.
- Que papel os pais desempenharão? Se o mantra da escola é, “Você está nos credenciando com o seu filho”, isto pode ser um código para, “Não queremos seu envolvimento”, diz Meyer. Por outro lado, uma filosofia em que a primeira preocupação é o estudante pode significar, “Queremos sua ajuda”.
- Com que frequência vocês monitorarão o progresso do meu filho nas matérias principais? “A cada semana é o ideal – e de nenhum modo irrealista em escola organizada para atingir as necessidades individuais”, diz Emily Ayscue Hassel, coautora de The Picky Parent Guide: Choose Your Child´s School with Confidence (Armchair Press). Uma escola deve esperar que crianças com TDAH sejam excelentes nas matérias principais – porque elas podem ser.
•Terceiro passo: Vá à visita de portas abertas
Depois que você reduziu suas escolhas, você estará pronto para uma visita à escola – uma experiência do tipo “veja por si mesmo” que será valiosa. Muitos pais visitam cerca de cinco escolas antes de decidir por uma. Algumas coisas a ter em mente:Boas escolas deixam você observam aulas em desenvolvimento – não somente um slide show no auditório. Em visita de portas abertas, a escola está no seu melhor funcionamento. Se você sente-se desconfortável com ela, as chances são de que o desconforto só vai piorar. Conforme você percorre os corredores, entre nas salas de aula, fale com os professores, mantenha a atenção no seguinte:
- Quadros de notas. Esses mostruários vivamente coloridos fazem mais do que avivar as salas e os corredores – eles mostram o trabalho padrão de grupos de idade determinada. Leia os trabalhos. Se os escritos dos alunos não estão à altura dos do seu filho, a escola pode não ser a melhor escolha para ele. Se ele estiver fazendo a visita com você, pergunte a ele se já aprendeu sobre as coisas que vê nas paredes.
- Estrutura da classe. Crianças com TDAH se dão melhor em ambiente estruturado porque elas geralmente têm dificuldade de memória e de atenção. Mas não confunda uma atmosfera controlada com simples rigidez. Professores que passam tarefas de casa verbalmente e escrevem no quadro, que usam linguagem específica quando dão instruções (“Sente no seu lugar com as mãos no colo e seu livro na carteira”), e que combinam gestos com voz expressivas podem ajudar tremendamente o seu filho.
- Classe normal versus classe de necessidades especiais. É virtualmente impossível saber se o seu filho vai se sair melhor em classe regular ou em classe de necessidades especiais até que ele experimente as duas. Alguns pais tendem à regular para evitar o estigma, mas observam que seu filho não está progredindo. Outros optam por classes de necessidades especiais, somente para descobrir que seu filho não está sendo desafiado.
Antes de decidir qual o local adequado para você, descubra como a escola conduz cada um deles. Se o seu filho estiver em classe regular, ele terá ajuda especial na sala de aula? Se ele estiver em classe de necessidades especiais, ele terá o currículo principal? Que tipo de alunos estará agrupado a ele? Observe ambos os locais em sua visita.
•Quarto passo: Observe os estudantes
- Mudança de aulas. Como as crianças se comportam entre as aulas? Elas se movimentam por sua conta ou os professores têm de empurrá-las para a próxima sala? Os alunos estão interagindo de modo seguro e amistoso? Se as crianças estão bagunçando e precisam de contensão dos professores, pode ser sinal de falta de estrutura – dificilmente uma escolha ideal para uma criança que brilha em ambiente controlado.
- Crianças engajadas. Estando em uma aula, no playground, ou em uma aula de educação física, as crianças estão engajadas seguramente em aprendizado e atividades? Sua bandeira vermelha deve ser erguida se muitas crianças estiverem espalhadas sem rumo, olhando para o espaço, ou cutucando outras crianças.
- Tolerância. Muitas crianças com TDAH aprendem melhor por meio de participação ativa, geralmente apoiando-se na movimentação para se manterem alertas. Problemas podem surgir se um professor reprime constantemente um estudante que se retorce na cadeira ou que mude de assento, ou que se levante muitas vezes.
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