Uma conversa honesta dos leitores de ADDitude sobre o lado
ruim de ter déficit de atenção. Pelos editores de ADDitude.
Perguntamos aos nossos leitores, “Ter TDAH se parece com o
que?”
É como se eu precisasse de um botão de desligar no meu
cérebro. Quando tento explicar para os outros que alguns dos meus comportamentos
são por causa do TDAH, eles dizem que estou inventando uma desculpa. – Bee,
Flórida.
Todo mundo pensa que faço besteiras de propósito. Meus
amigos me dizem que todo mundo tem déficit de atenção. Às vezes me sinto burra.
– Angie, México.
Imagine que você rasteje de joelhos a vida toda, mas todos
ao seu redor andam com as duas pernas. Você percebe que você é diferente, e
sabe que deveria caminhar como todos os outros, mas simplesmente não consegue
se equilibrar nas duas pernas do jeito que consegue quando rasteja. – Ashley,
Ohio.
Loucura, frustração e algumas vezes a coisa mais engraçada –
depois que você aprende a rir de si mesmo. E todos precisamos disso. – Amy,
Ohio.
É como assistir a uma apresentação de Power Point que nunca
acaba. Digo algo a alguém e, no meio da frase, dá um branco. É embaraçoso ter
de perguntar para a outra pessoa o que você estava falando mesmo. As pessoas me
olham e geralmente pensam, “As luzes estão acesas, mas não tem ninguém em casa”.
– Angela, Indiana.
Ter TDAH não se parece com nada. Diferente de um problema
físico, um osso quebrado, por exemplo, o TDAH é invisível. As pessoas são
simpáticas quando você está sofrendo dores. Tentar explicar o TDAH sem parecer
estar inventando desculpas é difícil. Talvez se alguém criasse uma tipoia ou
tala para o TDAH, as pessoas poderiam ser mais amigáveis com quem tem o
transtorno. – Ann, Tennessee.
Todo dia é uma luta, mas você faz o melhor dele.
Medicamentos ajudam, mas não são uma cura milagrosa. Você entende literalmente
o que os outros dizem. – Argélia, Geórgia.
É como se você estivesse dirigindo em meio a um intenso
nevoeiro, em uma estrada escura, tentando chegar aonde você sabe que deveria
estar. O problema é que você perde a localização e não tem nenhum GPS para orientá-lo,
e, no fundo, o rádio está tocando alto músicas que ficam mudando. – April,
Texas.
Parece que tem sempre um barulho na minha cabeça – um zumbido
constante que eu não sei o que é. Também é paralisante e frustrante. - Um
leitor de ADDitude.
É como estar se afogando num redemoinho de coisas que
precisam ser feitas, mas que nunca terminam. É um sentimento sem-fim de
futilidade. – Linda, Flórida.
Ter TDAH é como ter uma conversa sem-fim com você mesmo.
Christina, Texas.
É como estar fora do equilíbrio, fora do prumo, semelhante
ao que acontece quando o computador faz o “buffer” de um vídeo, e demora uma
eternidade para terminar e começar a exibir sem todos aqueles “começa” e “para”.
– Debbie, Arizona.
Não é fácil ter um cérebro de 18 anos e um corpo de 61 anos!
– Diane, Flórida.
Nossa, me identifiquei muito com quase todos esses relatos.
ResponderExcluirO mais marcante foi: "Imagine que você rasteje de joelhos a vida toda, mas todos ao seu redor andam com as duas pernas. Você percebe que você é diferente, e sabe que deveria caminhar como todos os outros, mas simplesmente não consegue se equilibrar nas duas pernas do jeito que consegue quando rasteja. – Ashley, Ohio".
Muito difícil ter esse problema... quase um ano de diagnóstico, alguns meses com medicação e psicoterapia voltada pra isso (fora vários outros anos de terapia sem diagnóstico completo) e há algumas semana percebi que ainda tô em estado de negação. Me pego dizendo pra mim mesma que não queria ter isso e tudo seria mais fácil se eu fosse "normal".