quinta-feira, 3 de outubro de 2013

298- Eu queria que os não TDAHs...


Leitores imaginam um mundo no qual o déficit de atenção fosse mais bem compreendido e aceito. ...só isso!

Eu queria que os não TDAHs...

Acreditassem que o TDAH é de verdade. Eu queria que o nosso mundo acreditasse que a falta de substâncias químicas no cérebro não é diferente de ter deficiência de substâncias químicas em outras partes do corpo, como a falta de insulina no diabetes. D. S., Arkansas.

Parassem de ser tão críticos sobre o uso de medicação para tratamento do TDAH. Não sabem como doeu o coração meu e do meu marido quando tivemos de decidir tomar essa atitude para nosso filho. Não é como acordar de manhã cedo e dizer "Ei, não temos nada melhor para fazer do que medicar nosso filho. Vamos lá!" Houve milhares de lágrimas derramadas, antes dessa decisão, minhas, do meu marido e do meu filho. Michelle, Ohio.

Engolissem as queixas sobre a necessidade de me focalizar nas tarefas  e por não responder aos e-mails. Aos 52 anos de idade, já estou um pouco cansada disso. Andrea, New York.

Parassem de ser tão críticos em relação a mim. Luto com a constante falta de compreensão da minha mulher. Também sofro no trabalho. Muitas vezes sinto que, devido à minha falta de capacidade para acertar, sou ignorado e mal compreendido. George, Louisiana.

Entendessem que não é o fim do mundo se meu filho quer ficar de pé enquanto faz o trabalho na escola ou se tira os sapatos quando fica sentado. É porque não é com eles... - Jeanette, Virginia.

Calassem, em vez de dizer "Tive um momento TDA". Tais comentários depreciam os desafios que o TDAH nos impõe todos os dias. Erin, Florida.

Perdoassem mais. Todos temos um lado bom e nossas fraquezas. Diana, Maine.

Evitassem dizer que meu TDAH vai sumir  e que eu vou ficar ótimo quando ficar mais velho. Um leitor de ADDitude.

2 comentários:

  1. Muito bom este post!
    Aliás, adoro todos as listagens deste blog! São muito objetivas e práticas, perfeitas para o leitor q tem tdah.
    Muitas delas eu menciono no meu blog (citando o link para este blog, claro).
    Por isso, como uma portadora de tdah adulta de 32 anos, acho q poderia acrescentar "queria que os não tdah fossem tão ignorantes quanto a doença e não criassem mais uma barreira para os tdah: o preconceito".
    Como pode ver, uso um pseudônimo já que assumir ter tdah e dpac, pelo menos para a minha família, não foi nada positivo. As cobranças aumentaram, a pressão profissional continua, acrescida da crença equivocada de que minhas dificuldades são coisas da minha cabeça. Simplesmente ignoram o tdah e continuam exigindo que eu seja perfeita e não conte para ninguém pq tem vergonha disso.
    É, como pode ver, além de ter que superar o tdah diariamente e os prejuízos do diagnóstico tardio, tenho que aprender a lidar com a discriminação familiar; que, segundo meu psiquiatra e psicóloga, tem trazido mais danos que o próprio tdah.
    Abraços e parabéns pelo blog!
    Aline.

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    Respostas
    1. Obrigado Aline. Seu depoimento é importante para os demais TDAHs que enfrentam a mesma situação relatada. Abraços. Dr Menegucci

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