quarta-feira, 22 de julho de 2015

O metilfenidato melhoraria a qualidade de vida de crianças com epilepsia de controle difícil e TDAH comórbido (413)



13/07/2015 - Redação de Psiquiatria.com  - Revista de Neurologia - Barcelona - Espanha

A comorbidade entre transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e as epilepsias de controle difícil é frequente e afeta negativamente a qualidade de vida. A opinião generalizada de que os estimulantes podem piorar o controle das crises impediu as pesquisas de avaliação do impacto de tal tratamento nessa população. Porém, uma pesquisa recente centrou seu objetivo no efeito do metilfenidato na qualidade de vida de crianças e adolescentes com epilepsias difíceis de se tratar e TDAH como comorbidade.

Em estudo aberto, um ensaio não controlado, com análise de intenção de tratar, seguiu 30 pacientes durante seis meses. Os indivíduos receberam metilfenidato durante três meses, período no qual se ajustou a dose do fármaco e se avaliaram a epilepsia, as variáveis do TDAH e a qualidade de vida. A análise de regressão multivariada identificou as principais variáveis relacionadas ao resultado.

Somente um paciente se retirou, devido a uma piora das crises convulsivas. Depois da introdução do metilfenidato, as doses foram calculadas até 0,40 a 0,50 mg/kg/dia. Foi observada uma significativa melhora nas pontuações de qualidade de vida e uma redução significativa da frequência e da gravidade das crises. O sexo feminino, a redução dos sintomas nucleares do TDAH e a tolerabilidade para adequar as doses de metilfenidato se associaram significativamente com melhores pontuações da qualidade de vida.

Segundo os autores, esses dados preliminares sugerem que o tratamento com metilfenidato é seguro e eficiente em pacientes com TDAH e epilepsias de difícil tratamento, e impacta positivamente nos resultados da qualidade de vida.

Epilepsy Behav 2015

Radziuk AL, Kieling RR, Santos K, Rotert R, Bastos F, Palmini AL

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