O
que se sente ao viver com o TDAH não diagnosticado
Você
se sente envergonhada com a sua casa bagunçada, seus compromissos
esquecidos e sua mente divagante… até que descobre que não são
falhas pessoais; são sintomas. As leitoras de ADDitude compartilham
o que sentiam ao viver com o transtorno invisível do TDAH, antes do
diagnóstico. Os editores e leitoras de ADDitude.
Um
Transtorno Invisível
Mulheres
com TDAH frequentemente são negligenciadas. Os sintomas mais
notáveis, como a hiperatividade, se manifestam de modo diferente
nos meninos e muito frequentemente são desconsiderados como
comportamento tolo das meninas. Além disso, os sintomas de
desatenção são mais comumente vistos nas meninas e, geralmente,
são tidos como outra coisa.
Viver
com um transtorno não reconhecido pode levar a anos de baixa
autoestima e vergonha, até que um diagnóstico despeje uma luz sobre
tudo o que tinha sido tão duro por tanto tempo. As leitoras de
ADDitude e os especialistas compartilham o que se sente ao viver com
um transtorno não diagnosticado como o TDAH do adulto. Você se
identifica com algum desses relatos?
1-
Como viver no vazio
“Por
toda minha vida tenho lutado com uma vaga sensação de que há algo
de diferente comigo. Eu me sinto inferior, inadequada, indisciplinada e, desesperadamente, desorganizada – todos sentimentos que têm
sido, vez ou outra, reforçados pelas pessoas de minha convivência…
Eu costumava me sentir cansada antes mesmo de sair da cama, temendo o
novo dia e suas várias obrigações. Ficava exausta, lutando no
trabalho e em casa, com meus filhos. Garimpava cada bocadinho de
força espiritual, física, emocional e mental para viver minha vida
– até que, finalmente, encontrei alguém que me escutou, entendeu
minha história e me deu uma chance de fazer algo a respeito” -
Donna Surgenor Reames.
2-
Como se você fosse de Marte
“Você se sente diferente.
Dizem que você é preguiçosa, que não se esforça o bastante, uma avoada, e que não está aproveitando o seu potencial. Que você
perderia a cabeça se ela não estivesse grudada no seu pescoço. Por
30 anos. Um bom tempo.” - Sarah C.
3-
Como se todo mundo risse de você pelas costas
“Viver com o TDAH sem
diagnóstico me condicionou a me sentir inepta. Em situações
importantes, nunca esperei ser levada a sério. Sempre tinha medo que
alguém estivesse fazendo troça de mim pelas costas. O medo estava
todo na minha cabeça.” - Zoë Kessler
4-
Como se você estivesse usando tapa-olhos
“Alguns com TDAH não
diagnosticado pensam que vivem uma vida normal. Então, descobrem que
não há nada normal em ler 350 livros de romances em três anos
enquanto suas finanças, suas casas e suas vidas desabam ao seu
redor.” - Uma blogueira de ADDitude.
5-
Sempre tropeçando
“Eu fui uma das pessoas com
TDAH que falhava em pequenas coisas. Não tive problemas na escola e
os problemas que surgiram mais tarde na minha vida não eram óbvios
para os outros. Nunca me senti preguiçosa ou burra. Sempre soube que
era talentosa, mas tropeçava em tudo. Parecia que eu não conseguia
fazer as coisas. Me sentia frustrada. O diagnóstico de TDAH mudou
minha vida. Chamo o diagnóstico de minha pedra da Rosetta, porque
comportamentos que eu nunca conseguia entender, de repente, fizeram
sentido.” - Sally Harris
6-
Mais quieta que os outros
“Cresci em uma grande e
espalhada família cubana. Igual a muitas crianças com TDAH do tipo
desatento, não fui uma criança alegre, sortuda e cheia de amigos.
Era introvertida, ansiosa, mimada, descoordenada e distraída, mas o
fato de que eu era quieta era uma benção em minha casa. Geralmente
eu era a única pessoa, em nossa casa lotada de gente, que não
estava falando.” - Tess
7-
Improvisando o tempo todo
“Aos 35 anos de idade, me
avaliei de verdade. Ser mãe era um problema. Não podia continuar
improvisando. O diagnóstico oficial foi um alívio enorme.
Finalmente eu tinha uma explicação! Os medicamentos mudaram a minha
vida; agora eu dou conta! Sim, minha casa pode parecer desorganizada,
mas ao menos eu posso dar conta de todas as coisas básicas e não me
sentir completamente oprimida o tempo todo, só às vezes.” - Jodi
H.
8-
Como peça de quebra-cabeças que não se encaixa
“Já na escola primária,
escrevi um trabalho que se intitulava A Criança Diferente.
Passei minha vida perguntando ´Por que as peças não se encaixam?`
Sempre me perdia no meio de conversas. Quando alguma coisa
importante, como instruções ou algo que tivesse que ver com uma
sequência, eu não conseguia acompanhar. Eu não conseguia ouvir a
informação e guardá-la.” - Debbie Young
9- Sempre aborrecida
“Fui contratada, promovida
e, então, demitida, ou eu me demiti por frustração ou
aborrecimento. Agora compreendo que fico facilmente aborrecida e
parei de culpar a todo mundo pelo meu aborrecimento. Aprendi a ficar
ligada nas conversas fingindo que é um primeiro encontro.” - Eva
Peltinato
10- Parece que você quer
correr e se esconder
“Minhas aulas eram tão
devastadoras que me lembro de ficar olhando para a porta da sala,
querendo sair de lá correndo. Então eu fiz isso. Um dia, saí da
escola e fui andando para casa.” - Joanne Griffin
11- Envergonhada
“Assim como muitas mães,
sempre acreditei que seria capaz de dar conta de cuidar da casa,
tomar conta das crianças, cozinhar e assim por diante. Mas não dei
conta e me senti envergonhada.” - Terry Mallen
12- Como uma desmiolada
“Nunca fui capaz de guardar
dinheiro o suficiente. Eu gastava de modo impulsivo e pagava minhas
contas quando me lembrava. Sentia que nunca seria capaz de ter uma
taxa de crédito decente ou comprar uma casa. É duro para qualquer
pessoa nos dias de hoje, ainda mais para uma desmiolada (assim
minha mãe costumava me chamar) como eu.” - Cindy H.
ADDitude
Eu procurei um psiquiatra que me diagnosticou com transtorno de humor. Hoje tomo citalopram pela manhã e torval a noite. Porém, não entendo como um médico pode avaliar alguém em menos de 20 minutos. Nada tira da minha cabeça que o meu mal é o tda, pois inicio cursos e desisto, isso quando não esqueço que me matriculei, as únicas atividades que levo adia ye são o do trabalho, mas não pode ser nada muito detalhado, caso contrário eu fico altamente estressada. Fora isso não faço nada da vida, pq tudo é um peso, pois sei que não vou chegar ao final. A única coisa que consigo fazer e ler, da última vez li Catarina, A Grande em dois dias :)
ResponderExcluirPrezada KD Costa
ResponderExcluirEu também não sei como, em 20 minutos, alguém pode ter um diagnóstico psiquiátrico. Procure um médico "de verdade". Tá difícil de encontrar, mas ainda há alguns por aí. Boa sorte. Dr Menegucci
Na sua opinião é correto ir direto a um psiquiatra sem antes passar por um psicólogo? Temo que tenha sido este o meu erro. Na minha ânsia de acertar posso ter pulado algumas etapas. Agradeço seu retorno.
ResponderExcluir"A ordem dos fatores não altera o produto". Na minha opinião, se os profissionais forem competentes e honestos, você acabará tendo o diagnóstico correto e fazendo o tratamento medicamentoso indicado pelo psiquiatra e o acompanhamento psicológico necessário. É bom lembrar que somente em 30% dos casos o TDAH vem sozinho. Em 70% dos casos há comorbidades. Você pode ter um transtorno de humor bipolar (ou ansiedade, ou depressão, ou TOC, ou TOD, ou tiques, ou transtorno de conduta etc) e ter TDAH ao mesmo tempo. Para cada associação, haverá um conjunto de medicamentos, assim como uma abordagem psicológica diferente.Dr. Menegucci
ResponderExcluirMuito obrigada pelo esclarecimento!
ResponderExcluirDr.Marquei uma consulta com Neurologia e agora estou muito nervosa e anciosa, com o dia dessa consulta acho que tenho TDAH mais não sei o que falar, como falar e como agir na frente do médico.
ResponderExcluirFale o que você está escrevendo:
Excluir"Doutor, estou muito nervosa, ansiosa, sem saber direito o que falar. Acho que posso ter TDAH e estou com dificuldade de saber como agir na sua frente. Estou com medo da sua reação. Por favor, tenha paciência comigo."
Se achar que não vai dar conta de decorar o texto, escreva-o e leia para o médico. Se o médico não corresponder às suas expectativas, mude de médico.Boa sorte. Dr Menegucci
Tu é um anjo Dr! Parabéns!
ExcluirDr. Boa noite!
ResponderExcluirSempre me senti diferente das minhas amiguinhas da escola.Vivia no mundo da lua.não tinha concentração para estudar...minha mãe me achava preguiçosa.Cresci apanhando dela por isso.Um dia ela me deu um remédio por um período curto e perguntei o que era? Ela me disse que era um remédio pra memória. Pois eu estava desatenta. Enfim hoje com 37 anos divorciada e com duas filhas adolescentes ( 14 e 16 anos) resolvi ver pq sou uma mãe diferente .não gosto de afazeres domésticos e a experiência de ser mãe não me agradou pois é difícil se doar. Então confrontei minha mãe esta semana e ela me disse que eu tenho TdAh. Por preconceito na época não quis que ninguém nem meus professores soubessem.por isso que ela fazia minha lição de casa. Meus trabalhos escolares.hoje marquei consulta com o neuro para tentar ser uma pessoa melhor.
Dr. Boa noite!
ResponderExcluirSempre me senti diferente das minhas amiguinhas da escola.Vivia no mundo da lua.não tinha concentração para estudar...minha mãe me achava preguiçosa.Cresci apanhando dela por isso.Um dia ela me deu um remédio por um período curto e perguntei o que era? Ela me disse que era um remédio pra memória. Pois eu estava desatenta. Enfim hoje com 37 anos divorciada e com duas filhas adolescentes ( 14 e 16 anos) resolvi ver pq sou uma mãe diferente .não gosto de afazeres domésticos e a experiência de ser mãe não me agradou pois é difícil se doar. Então confrontei minha mãe esta semana e ela me disse que eu tenho TdAh. Por preconceito na época não quis que ninguém nem meus professores soubessem.por isso que ela fazia minha lição de casa. Meus trabalhos escolares.hoje marquei consulta com o neuro para tentar ser uma pessoa melhor.
Dr. Boa noite!
ResponderExcluirSempre me senti diferente das minhas amiguinhas da escola.Vivia no mundo da lua.não tinha concentração para estudar...minha mãe me achava preguiçosa.Cresci apanhando dela por isso.Um dia ela me deu um remédio por um período curto e perguntei o que era? Ela me disse que era um remédio pra memória. Pois eu estava desatenta. Enfim hoje com 37 anos divorciada e com duas filhas adolescentes ( 14 e 16 anos) resolvi ver pq sou uma mãe diferente .não gosto de afazeres domésticos e a experiência de ser mãe não me agradou pois é difícil se doar. Então confrontei minha mãe esta semana e ela me disse que eu tenho TdAh. Por preconceito na época não quis que ninguém nem meus professores soubessem.por isso que ela fazia minha lição de casa. Meus trabalhos escolares.hoje marquei consulta com o neuro para tentar ser uma pessoa melhor.
Nunca é tarde, Daniella. Boa sorte!
ExcluirEu siempre fui uma crianças quieta, imaginativa, diferente, con dificultades de entender algumas interpretacoes de palavras e emociones. Se me prometen algo, eu cobró. Sou excesivamente sincera brotando a falta de educaçao. Me molesta ruidos, me molesta muita gente e muitas luxes. Sou ido lasa e me mantengo isolada. Tudo me deixa estrés dada e ansiosa. Hoje tengo 46 años. Solteira. Sigo con problemas socialista. Me considero Mae solteira, agenciosa, rígida, carinhosa e Mae de um menino lindo de 8 anos con TEA. Vivemos na Espanha desde 2013 para que meu filho fosse valorado e incluido en escola e terapias. Ele esta bem quando temos sortee do profissional que o corresponda. Eu sigo sem apoio, social, económico e nem de médico
ResponderExcluirQue posso fazer?
1analorenzo@gmail.com
Seus sintomas sugerem algo como TEA (Transtorno do Espectro Autista) em grau muito leve. Procure um especialista em autismo para um diagnóstico. Há uma grande probabilidade de ser condição genética. Boa sorte!
Excluirolá, desde criança me sentia diferente das minhas amigas ,me apelidaram até de doidinha...andava ligeiro ....tinha uma repente parecia bicho do mato...não presto atenção em detalhes ...não tenho foco ...sou ansiosa a e sincera aponto de não deixar as pessoas terminar o que vão falar eu ja corto elas,eu não controlo os meu pensamentos ....penso muito ...penso so coisas bestas..penso tanto que paraliso no tempo...ando rápido ...falo rápido...como rápido faço tudo rápido ..não tenho paciência com nada nem com as pessoas ...sou agressiva e estressada...quebro todas as poucas...as coisas caem da minha mão...perco tudo também ...não sei onde coloquei...celular... chaves ...tesouras..perco tudo..é como se aminha memória faltasse a parte que eu peguei o objeto e onde eu o deixei..não lembro...sofro muito não tenho foco nem concentração nos estudos ...tenho 31 anos e só no ano passado entendi que eu acho que posso ter esse tal se TDAH. por favor me ajude preciso saber com quem começar logo um tratamento para saber o que eu tenho(psicólogo, !negro,ou psiquiatra?)helps meu caso é grave .
ResponderExcluirsim só maia um detalhe , !eu aprendi mais pelo ouvir do que pelo lar..sempre tenho que ver um vídeo.
É, parece que você é do time. Peça ajuda a um psicólogo que entenda de TDAH. Ele pode lhe ajudar com terapia de fundo cognitivo comportamental e encaminhá-la a um neuro ou a um psiquiatra (ambos devem saber tratar de TDAH) para que você comece um tratamento medicamentoso. Entre no sítio da ABDA - www.tdah.org.br e responta ao questionário ASRS 18. Boa sorte!
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