Os
medicamentos para o TDAH raramente funcionam bem na primeira
tentativa.
Encontrar
a medicação mais eficiente para a química própria do seu cérebro
ainda é, infelizmente, um processo de tentativa e erro. É difícil,
mas não desista, ao menos antes de ler essas soluções para os
problemas comuns das medicações para o TDAH. Por Larry Silver, M.D.
Tomar
remédio geralmente é o primeiro passo no tratamento do TDAH. Mas o
que fazer se os medicamentos para o TDAH não funcionarem? Ou se os
sintomas ficarem piores? Ou quando você ou o seu filho apresentarem
efeitos colaterais dos medicamentos?
Leia
adiante as soluções para os problemas comuns dos medicamentos que
os adultos e as crianças, assim como seus pais, enfrentam.
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Problema: A medicação para o TDAH não funciona.
Quando
começam a usar medicação, alguns adultos e pais reclamam que não
há nenhuma melhora. A razão mais comum para essa falta de resposta
é um diagnóstico errado de TDAH. Pode ser que os comportamentos do
seu filho sejam causados por um problema acadêmico, tal como uma
Dificuldade de Aprendizagem. Pode ser que seja depressão ou um
transtorno emocional e não TDAH adulto. Muitos pacientes contam para
seus médicos que eles, ou seus filhos, não conseguem ficar quietos
ou prestar atenção às tarefas diárias. Sem fazer perguntas ou
realizar testes, o médico faz uma receita.
O
diagnóstico de TDAH não é assim tão simples. Critérios
específicos devem ser observados antes que um diagnóstico de
transtorno de deficit de atenção seja feito: estabelecer que os
comportamentos são crônicos (existem desde a infância) e
pervasivos (em casa, no trabalho, na escola).
Em
alguns casos, o diagnóstico de TDAH pode estar correto, mas a
dosagem recomendada pode estar incorreta. Determinar a dosagem
correta não se baseia na idade ou no peso corporal, mas em quão
rapidamente a medicação é absorvida para a corrente sanguínea e
levada ao cérebro. Um adulto de 113 quilos pode precisar de 5 mg,
enquanto uma criança de 27 quilos pode precisar de 20 mg. Como a
dose necessária é específica para cada paciente, a medicação
deve ser iniciada em doses baixas, em 5 mg. Se não aparecerem
benefícios, a dose deve ser aumentada em mais 5 mg a cada 5 ou 7
dias até que seja determinada a dose correta.
Finalmente,
muitos portadores de TDAH apresentam problemas adicionais, além do
seu diagnóstico de TDAH. Os mais frequentes são Dificuldades de
Aprendizagem, Transtorno de Ansiedade, Depressão, Problemas com o
Controle da Raiva, ou Transtorno Obsessivo-compulsivo. Os
estimulantes controlam os sintomas do TDAH, mas não resolvem os
sintomas causados pelas outras doenças.
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Problema: A medicação para o TDAH não funciona o tempo todo.
Se
as manhãs são difíceis: Pense em como você ou seu filho agem
quando estão sob efeito da medicação do TDAH e em como quando não
estão. Muitos problemas acontecem antes da medicação começar a
funcionar ou quando d dosagem não dura todas as 4 ou 8 horas citadas
na bula.
Para
se manter, ou ao seu filho, calmo e focalizado pela manhã, tente
acordar uma hora mais cedo do que o usual e tomar logo a medicação
para o TDAH. Então, volte a se deitar. Para as crianças, se voltar
a dormir for difícil, converse com seu médico sobre o uso de
Daytrana, um adesivo de metilfenidato (não existe no Brasil).
Aplique o adesivo na coxa do seu filho quando ele ainda estiver
dormindo e a medicação começará a funcionar em uma hora. Se fizer
isso, mais uma dose no começo da tarde poderá ser necessária.
Se
você ou seu filho pioram à tarde: Pode ser que haja uma queda da
proteção ao meio-dia e as dificuldades apareçam entre as 12 e as
13 horas. Pode ser que você comece a perder o foco em torno das 4
horas da tarde, ou ligado e hiperativo às 8 da noite. Preste atenção
para descobrir quando os sintomas do TDAH pioram. Pode ser que o
comprimido de 4 horas dure somente 3 horas. Talvez a cápsula de 8
horas que você está dando ao seu filho não esteja liberando o
medicamento de modo uniforme. Conte ao seu médico quando a medicação
não funciona. Ele poderá reconfigurar a dosagem ou mudar a
medicação.
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Problema: A medicação para o TDAH provoca efeitos colaterais.
Perda
do apetite. Alguns medicamentos para o TDAH provocam perda de
apetite, mas ele costuma voltar ao normal em algumas semanas. Quando
não, tente atrasar a primeira dose para depois do café da manhã. O
almoço costuma ser o grande desafio. Um almoço diferente do
tradicional, tal como um milkshake com suplementos (Ensure), ou uma
barra de cereal com proteínas e bem calórica, podem proporcionar os
nutrientes enquanto o apetite não estiver muito bom. Para aumentar o
apetite na hora do jantar, atrase o comprimido da tarde até a hora
do jantar. Se nada disso funcionar, peça ao seu médico um
encaminhamento para um nutricionista que tenha experiência no
trabalho com TDAH. Se o apetite não voltar, fale com seu médico
sobre mudar para outro medicamento estimulante ou para um não
estimulante.
Problemas
de sono. Os
estimulantes afetam a área do cérebro que induz o sono. Pular a
dose das 4 horas da tarde pode ajudar, mas não ao custo dos sintomas
se tornarem incontroláveis. Se você achar que esse é o caso, tente
essa experiência. Com a permissão do seu médico, acrescente um
comprimido de 4 horas de ação às 8 horas da noite. Uma pequena
dose de estimulante ajuda alguns TDAHs a pegar no sono. Se a
experiência falhar e você ou o seu filho não conseguirem dormir,
seu médico poderá sugerir Benadryl. Muitas pessoas acham que uma
pequena dose de melatonina ajuda no sono.
Outros
efeitos colaterais. De trinta a cinquenta por cento dos pacientes com
TDAH têm uma comorbidade. Em alguns casos, a medicação estimulante
piora essas comorbidades ou faz com que elas se tornem clinicamente
aparentes. Se você notar que você ou seu filho se tornem mais
ansiosos ou com medo, infelizes ou enraivecidos com os estimulantes,
mas que os sintomas somem
quando você está sem a medicação, fale com seu médico.
É
essencial que os problemas de regulação emocional sejam tratados
prontamente. Um médico geralmente receitará um inibidor seletivo da
recaptação de serotonina (SSRI) para tratar esses transtornos.
Então a medicação estimulante poderá ser reintroduzida sem causar
dificuldades. A medicação poderá ser necessária para tratar o
transtorno de tiques, também.
Problemas
com a educação dos filhos. Seu filho resiste ou se recusa a tomar a
medicação. Eduque seu filho sobre a medicação que ele está
tomando. Não conte a ele que é um comprimido de vitamina. Você
terá muita dificuldade de reconquistar a confiança dele mais tarde,
quando ele descobrir a verdade. Explique o que é o TDAH e como ele
afeta sua vida. Conte a ele como a medicação diminui os sintomas do
TDAH. Explique que ele pode sentir efeitos colaterais, mas que eles
serão controlados pelo médico e por você. Seu filho será mais
cooperativo se ele participar do processo de tratamento.
Desacordo
entre marido e mulher quanto à medicação do TDAH. No caso de uma
criança com TDAH, se um dos progenitores achar de maneira muito
segura que ela não deveria tomar a medicação, e dizer isso para a
criança, poderão ocorrer sérios problemas. Se a criança tiver
visões conflitantes sobre os benefícios da medicação, ela poderá
parar de tomar ou questionar o por quê dela ter de tomá-la. Se você
é um adulto com TDAH e seu companheiro/a não acreditar que você
precise de medicação, isso poderá criar uma tensão em seu
relacionamento ou causar dificuldades em outras áreas da sua vida.
Marque um encontro com seu médico para discutir o diagnóstico do
TDAH e o valor da medicação, junto com seu cônjuge.
Boa tarde dr.
ResponderExcluirTenho tdah, diagnosticada ano passado c 40 anos de idade. Quando o paciente e cardíaco, o sr preconiza tomar L tirosina?
Não posso tomar psico estimulantes mesmo c anti-hipertensivos, pois a pressao continua alta e tenho dores de cabeça e tontura
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