terça-feira, 7 de julho de 2015

O Tratamento Alimentar do TDAH (408)

As pesquisas mostram que uma dieta rica em proteínas, pobre em açúcar, sem aditivos, combinada com suplementos próprios para o TDAH, pode melhorar os sintomas do TDAH. Por Sandy Newman, M.D.

Alimento para Aliviar os Sintomas

Utilizei intervenções nutricionais em centenas de pessoas com TDAH durante os últimos 24 anos. As mudanças de dieta alimentar podem resultar em melhora significativa dos sintomas de hiperatividade, da concentração, da impulsividade e até mesmo do comportamento de oposição.

Utilize Proteínas

Alimentos ricos em proteínas, tais como carne magra, carne de porco, de frango, peixe, ovos, feijão, nozes, soja e laticínios com pouca gordura, podem ter efeitos benéficos sobre os sintomas do TDAH. Alimentos ricos em proteínas são usados pelo cérebro para fabricar os neurotransmissores - substâncias químicas que as células nervosas usam para se comunicar umas com as outras. Comer proteínas no café da manhã ajudará seu filho a fabricar os neurotransmissores que o despertarão. As proteínas também previnem os aumentos da taxa de açúcar no sangue, os quais aumentam a hiperatividade.

Elimine o Açúcar

A única coisa mais importante que eu recomendo é a diminuição da quantidade de açúcar na dieta do TDAH. A ingestão de carboidratos processados simples, tais como pão, waffles, ou arroz branco, é quase a mesma coisa que alimentar seu filho com açúcar. Eles podem torná-lo irritado, estressado ou distraído. Sirva desjejuns e almoços ricos em proteínas, carboidratos complexos e fibras, em vez de açúcar, para aumentar a concentração e melhorar o comportamento.

Use Bastante Ômega-3

Ácidos graxos ômega-3, encontrados no óleo de peixe, podem melhorar a hiperatividade, a impulsividade e a concentração. As pesquisas sugerem que as crianças com TDAH têm taxas sanguíneas mais baixas de ômega-3 do que as crianças sem o transtorno. Uma pesquisa recente mostrou que 25% das crianças com TDAH têm diminuição dos sintomas depois de 3 meses de uso do suplemento. Cinquenta por cento mostraram melhora aos seis meses de uso.

Os Ômega-3: Dose Ótima e Forma

Os dois principais ácidos graxos ômega-3 contidos nos suplementos são o EPA e o DHA. Parece que muitos benefícios são derivados dos suplementos que contêm mais EPA do que DHA. Em geral a dose total diária de 700 a 1.000 mg parece boa para as crianças pequenas; de 1.500  a 2.000 mg para as crianças maiores. O melhor é a ingestão de cápsulas ou de líquido, em vez de chicletes com ômega-3.

Mantenha os Níveis de Ferro

Muitas pessoas não sabem do papel importante que o ferro exerce no controle dos sintomas do TDAH. Uma pesquisa de 2004 verificou que o nível médio de ferro nas crianças com TDAH (medido como ferritina) era de 22, comparado a 44 nas crianças sem TDAH. Outra pesquisa mostrou que o aumento dos níveis de ferro das crianças com TDAH melhorou seus sintomas, quase tanto quanto o uso de estimulantes. Entretanto, como muito ferro é perigoso, peça ao seu pediatra para medir os níveis de ferro antes de dar algum suplemento com ferro.

Dose os Níveis de Zinco e de Magnésio

Estes minerais são essenciais para uma saúde normal e podem exercer um papel importante no controle dos sintomas do TDAH. Muitas crianças com e sem TDAH não obtêm o suficiente deles na alimentação. O zinco regula o neurotransmissor dopamina e pode ajudar o metilfenidato (Ritalina, Concerta) a ter melhor efeito. O magnésio também é usado para fabricar os neurotransmissores e tem um efeito calmante sobre o cérebro. Peça ao seu médico para dosar os níveis de minerais do seu filho.

Fuja de Alimentos Químicos

Várias pesquisas sugerem que aditivos artificiais  tornam hiperativas as crianças sem TDAH e pioram as crianças hiperativas. Gatorade, cheese puffs (salgadinhos a base de milho com sabor de queijo) e doces contêm corantes artificiais e conservantes, que são encontrados também em outros alimentos. Veja a tabela de ingredientes do produto antes de comprar, para evitar os que contenham aditivos. Alimentos frescos, não industrializados, são a sua melhor escolha. Evite cereais coloridos e substitua os refrigerantes por suco cem por cento de fruta.

Cuidado com as Alergias Alimentares

Muitas crianças com TDAH são sensíveis a certos alimentos da dieta, piorando os seus sintomas. Os culpados mais comuns são laticínios, trigo e soja. Se há dois alimentos que você suspeita estarem piorando os sintomas de TDAH do seu filho, elimine um deles por duas a três semanas. Observe os sintomas do seu filho durante esse período, para ver se eles melhoram. Descubra um profissional para guiá-lo, se seu filho precisar de uma dieta restritiva.

Verifique os Problemas com o Glúten

Uma alergia ao glúten - uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada - pode piorar os sintomas do TDAH, além de causar uma série de outros problemas. Muitos dos pacientes com TDAH melhoram com dietas livres de glúten. Se você suspeita de que seu filho tenha alergia ao glúten, fale com seu médico e veja como eliminar o glúten da dieta. Se você for alérgico, seu médico lhe ajudará a mudar para uma dieta sem glúten.

Tente Ervas Úteis

Muitas ervas que foram recomendadas para controlar os sintomas do TDAH foram pouco pesquisadas. As que foram avaliadas e que funcionaram são uma combinação de valeriana e erva-cidreira, que parecem relaxar as crianças com TDAH, pela diminuição da ansiedade. Para melhorar a atenção, um produto chamado Nurture & Clarity pode ajudar. Há alguma evidência de que o picnogenol, retirado da casca do pinheiro americano, melhora a concentração de algumas crianças. Procure por ervas padronizadas e que sejam livres de contaminantes.

[Cuidado ao usar ervas. Lembre-se de que a estricnina, um veneno fortíssimo, também é "natural". É extraída de uma árvore, a Strychnos nux-vomica, ou Fava de Santo Inácio.]


ADDitude

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Estudantes relatam experiências com Ritalina sem receita (407)


Uso indiscriminado do medicamento é comum no vestibular e em faculdades. Marcela Donini

Depois das férias de inverno do cursinho pré- vestibular, um estudante de medicina de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, decidiu tomar Ritalina para melhorar o rendimento nos estudos. Ele conseguiu o medicamento com uma amiga e tomou os comprimidos por 20 dias.
Sem acompanhamento médico, ele conta que não sentiu nenhuma melhora no seu desempenho e lembra que, em dois anos de cursinho específico para medicina, viu muitos colegas usarem o remédio igualmente de forma indiscriminada, normalmente por meio de uma receita conseguida com um conhecido. “Diziam que melhorava na hora de estudar, mas sempre chegava o momento de aumentar a dose. Quando paravam de tomar, o desempenho acabava sendo menor do que antes da medicação."

Depois que passa no vestibular, boa parte dos alunos de medicina, no caso da Universidade de Santa Cruz (Unisc), seguem se automedicando. A coordenadora pedagógica do curso de medicina da instituição, Giana Diesel Sebastiany, conta que, desde quando começou a acompanhar o processo de seleção, em 2006, tem se surpreendido com o uso abusivo de Ritalina entre os estudantes. Tanto que a Comissão de Vestibular, desde 2014, mudou algumas regras no edital. Atualmente, os candidatos somente podem fazer uso de medicações durante a prova, com duração de cinco horas, mediante apresentação de receita médica.

A automedicação com Ritalina também é percebida entre os estudantes que já estão na universidade, especialmente em cursos com alto nível de exigência, como medicina. “Por serem estudantes, inclusive os da área da saúde, já deveriam saber avaliar os prós e contras do uso de medicamentos”, afirma a psicóloga do curso de medicina da Unisc, Carina Kirst.
Para ela, a questão do uso excessivo de medicamentos na busca de uma performance melhor no dia a dia está ligada à "ditadura do bem-estar". “Como se todos precisassem responder da mesma maneira positiva, ao mesmo tempo, a todas às intempéries da vida. Neste ponto, entram as medicações que atuam sobre nosso comportamento”, diz Carina.

Levando em conta esse quadro, a Unisc promove ações de conscientização e reflexão sobre o uso indiscriminado de medicações, com espaços de discussão, rodas de conversa em semanas acadêmicas dos cursos de saúde e também intervenções individuais.

Outros casos      
                                                                                                
O publicitário Guilherme Lemos, 23, usou Ritalina pela primeira vez quando precisava terminar seu trabalho de conclusão de curso da faculdade, em Porto Alegre. “Eu consegui com um amigo que tinha receita. Dava o dinheiro, e ele comprava pra mim. Ele me dava uma cartela que vinham 20 comprimidos e ficava com as outras para consumo próprio”, conta.
A maratona para se manter acordado e terminar seu trabalho levou quatro dias, tomando uma quantidade maior por dia do que se costuma recomendar, junto com café e energético. Sem nenhuma orientação médica, durante o período, ele dormia em torno de quatro horas por dia. Ele afirma que sentiu melhora na sua concentração, mas ao custo de efeitos colaterais. “Eu não conseguia comer praticamente nada, só bebia líquidos e tive taquicardia. Era um mal-estar constante”.
Guilherme voltou a tomar a medicação em outros três momentos, quando precisava terminar trabalhos com pouco prazo. “Funcionou mais nas primeiras vezes do que na última. O ruim é que eu sentia um mal-estar no estômago, algo parecido com uma cólica”, afirma. Ele afirma que amigos seus também utilizam Ritalina sem prescrição médica por curtos períodos, geralmente para estudar.

Diferentemente de Guilherme, Phelipe Nascimento, 22, tomou Ritalina para estudar para o vestibular mas não pretende fazer isso de novo. “Soube do potencial da Ritalina em uma reportagem de uma revista. Na época minha tia possuía a receita. Eu simplesmente pedi alguns e ela me deu”.
Ele usou duas vezes e conta que teve uma "grande concentração" durante cerca de meia hora, mas que depois foi diminuindo. “Não me arrependo, mas não tomaria novamente. O efeito passou muito rápido e tive taquicardia. Na minha opinião, a relação custo x benefício não vale a pena”, afirma Phelipe. O jovem passou no vestibular e hoje é estudante de Engenharia de Gestão, na Universidade Federal do ABC, em São Paulo. Mas ele garante que "não foi pelo uso da medicação".

Sem função em cérebros saudáveis    
                                                          
Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012, revelou que a Ritalina não produz efeito em pessoas sem o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O estudo contou com a participação de 36 voluntários saudáveis, com idade entre 18 e 30 anos, que ingeriram um comprimido sem saber se era Ritalina ou placebo e realizavam testes de memória e atenção durante duas horas.
O desempenho de ambos foi similar, o que comprova que a Ritalina não aumenta a capacidade cognitiva de pessoas saudáveis. “O que nós observamos foi uma sensação de bem-estar geral em quem tomou uma dosagem alta, de 40mg. Elas não ficaram tão cansadas com o teste”, afirma a coordenadora  do estudo e pesquisadora do departamento de psicobiologia da Unifesp, Silmara Batistela.
Isso porque, segundo ela, a Ritalina é um estimulante cerebral, que pode aumentar o tempo de estudo, mas não a capacidade de concentração. Ela ressalta que o remédio interfere no sistema cardiovascular e, por isso, não deve ser utilizado sem orientação médica. Antes de participar da pesquisa, os voluntários passaram por uma bateria de exames que mostrou se eles poderiam tomar a medicação.
Além disso, Silmara explica que o uso da Ritalina com o objetivo de passar mais tempo estudando é um grande equívoco, já que o sono é muito importante para a consolidação da memória. “Tudo o que a pessoa estudou vai ficar pouco tempo na memória. Diferente de quando se estuda um pouco, dorme e respeita o próprio organismo”, explica. Segundo ela, o uso indiscriminado de Ritalina pode acarretar em problemas no cérebro, visto que é um órgão delicado e complexo. “Não é saudável tomar um remédio sem necessidade. As pessoas acabam desregulando algo que funcionava bem e gerando complicações a longo prazo”.

Saiba mais sobre o medicamento
 
O medicamento tem como princípio ativo o metilfenidato, substância química estimulante que ajuda a focar e contribui para a capacidade de concentração. Por isso é utilizado no tratamento do TDAH. Ainda que haja outro medicamento à base de metilfenidato para tratar o problema, o Concentra, a Ritalina é o mais tradicional e popular. Existem dois tipos do remédio: a de curta duração (Ritalina) e a de longa duração (Ritalina LA).
A primeira é eliminada do organismo em cerca de três horas; a segunda, aos poucos durante o dia, e o paciente geralmente ingere menos comprimidos por dia. As miligramas e a quantidade de comprimidos por dia são indicados pelo médico, que avalia de acordo com o peso e a idade do paciente.

Segundo dados do Boletim de Farmacoepidemiologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgados em 2013, o consumo de Ritalina aumentou 75% em pessoas com idade de 6 a 16 anos, entre 2009 e 2011, no Brasil. Contudo, esse grande salto no consumo de Ritalina também se deve a quem não tem diagnóstico de TDAH e usa o remédio com o propósito de potencializar os estudos.

Apesar de ser um medicamento controlado, que necessita de indicação médica, a Ritalina é facilmente encontrada no mercado clandestino. Em uma rápida busca pelo remédio na internet, é possível encontrar sites que vendem esta e outras medicações controladas sem receita. Mas pelos depoimentos dos estudantes, o que parece ser mais comum mesmo é a distribuição entre amigos: alguém diagnosticado com TDAH tem a receita, compra e repassa aos colegas.



http://noticias.terra.com.br/educacao/sem-receita-estudantes-relatam-uso-indiscriminado-de-ritalina,0cc8fe2d52f9432f1ee000cf59fce15339t9RCRD.html 

domingo, 5 de julho de 2015

O Que Não Dizer Aos Pais de Uma Criança Com TDAH (406)


Apesar da sólida evidência médica do contrário, o TDAH ainda é considerado por muitas pessoas como nada mais do que falta de controle dos pais, muito tempo de televisão ou computador, ou uma desculpa dos pais para a falta de disciplina. Nada disso. Se você conhece alguém que esteja cuidando de uma criança com TDAH, aqui estão dez mitos e equívocos que você não deve repetir. Pelos editores de ADDitude.

Já Chega

Quando você está fazendo o melhor que pode cuidando de seu filho com TDAH, pode ser muito frustrante ouvir comentários mal informados de amigos bem intencionados, parentes e até mesmo de estranhos. Aqui estão os dez comentários mais insensíveis sobre TDAH que os pais escutam muito frequentemente.

1- O TDAH é somente uma desculpa para pais descuidados

Todos nós já ouvimos os julgamentos sussurrados "Por que eles não podem controlar seu filho?", "Eu nunca deixaria meu filho fazer isso". O TDAH é uma condição médica e neurológica, que pode causar problemas de comportamento muito reais, que os pais e as crianças enfrentam todos os dias. Comparar o comportamento de uma criança com TDAH com o de um colega neurotípico [isto é um eufemismo para dizer "normal"] é improdutivo e demonstra insensibilidade.

2- Ele vai superar isso

O TDAH não é apenas uma "dor do crescimento", e não há nenhuma garantia de que os sintomas vão melhorar com a idade. Na verdade, até dois terços das crianças diagnosticadas com TDAH continuarão a enfrentar a condição na vida adulta.

3- As crianças com TDAH têm uma vantagem injusta na escola

As acomodações escolares definidas no Plano 504 e o nível de atuação do IEP (Plano de Educação Individual) [ambos nos Estados Unidos] para uma criança com problemas escolares causados pelo TDAH ou por Dificuldades de Aprendizagem equalizam o jogo. A lei garante que esses serviços estejam disponíveis para alunos que deles necessitem; não deixe que comentários desinformados o impeçam de obtê-los para seu filho, tais como reforço, mais tempo e salas de aula que atendam a suas necessidades.

4- Ela é mesmo uma criadora de caso

Palmadas e outras punições severas são, na verdade, contraproducentes para crianças com TDAH, que têm dificuldade de permanecer sentadas, de ficar quietas e de obedecer a regras rígidas. Os modos tradicionais de disciplinar não funcionam quando o comportamento vem de uma condição neurológica fora do controle pela criança. Então, os pais e os professores precisam tentar novas abordagens, tais como a terapia comportamental e os cuidados paternais e maternais positivos.

5- O TDAH é causado por muita TV

Negativo. Não há nenhuma evidência que apoie a ligação entre a televisão (ou videogueimes, ou smartfones) e o TDAH. De fato, um punhado de crianças que não assistem TV são diagnosticadas com TDAH. Mais e mais pesquisas apontam para uma ligação genética.

6- Ela é só um pouco agitada

Se fosse só isso. Enquanto a hiperatividade é altamente visível, e a marca registrada de alguns TDAH, outras manifestações - como impulsividade e desatenção - são quase invisíveis para estranhos, mas causam grande impacto na vida diária da criança.

7- Ninguém tinha TDAH quando eu era criança

O nome pode ser novo, mas o fenômeno não é - muitos de nós, diagnosticados com TDAH agora, poderemos ter sido chamados de preguiçosos, burros, ou incapazes de aprender - ou até mesmo diagnosticados com um "Defeito do Controle Moral".

8- Provavelmente é só muito açúcar

Embora os sintomas possam sofrer agravamento por excesso de doces, o açúcar não causa o TDAH. Alguns pais dizem não ver nenhuma diferença nos sintomas de seus filhos, mesmo que sejam completamente privados de açúcar.

9- Os pais gostam de remédios

A decisão de usar medicação fica entre a família e o médico, e não é fácil para ninguém. Os pais geralmente apelam para a medicação somente depois que as mudanças na dieta, os suplementos e outras modificações comportamentais não tiveram eficácia.

10- Ele só precisa gastar sua energia

Observadores bem intencionados, porém mal informados, geralmente pensam que as crianças com TDAH só precisam ficar cansadas e achar a atividade correta para resolver seus problemas. Infelizmente, o futebol ou o paintball não conseguem controlar os sintomas do TDAH. Só o tratamento correto faz isso.


ADDitude

 O tratamento do autismo se distancia do “conserto” da condição Existem diferentes maneiras de ser feliz e funcionar bem, mesmo que seu cér...