Você “tem certa idade” e repentinamente sua memória tem tantos furos que você a chama de “cérebro de queijo suíço”. Você perde as coisas mais frequentemente, e se perde nos próprios pensamentos, distraída num segundo. As mulheres diagnosticadas com TDAH às vezes entram em pânico, preocupadas com a piora dos seus sintomas. As mulheres que ainda não foram diagnosticadas com TDAH e que sentem esses sintomas, às vezes debilitantes, perguntam aos seus médicos, “O que está acontecendo? Eu tenho TDAH ou Alzheimer?”
Não importando se você tem TDAH ou não, a menopausa influencia tudo! Após “a mudança”, o nível de estrogênio das mulheres cai cerca de 65%, o que afeta a captação de dopamina e de outros neurotransmissores. Menos estrogênio significa menores níveis de dopamina e serotonina, causando o aparecimento de sintomas parecidos aos do TDAH: aumento da dificuldade de concentração, disfunção da memória e problemas cognitivos, e menos clareza mental. Se você tiver TDAH, a maior queda de dopamina, da qual você já tem níveis baixos, significa que os sintomas existentes vão piorar e novos sintomas vão surgir.
Esses sintomas são da menopausa ou do TDAH?
Algumas mulheres que tenham o TDAH não diagnosticado por toda a sua vida percebem que a piora dos sintomas as encaminha ao médico, procurando por respostas. Mas os sintomas parecidos com os do TDAH nem sempre indicam a presença do transtorno. Se você tiver apenas recentemente desenvolvido esses sintomas (e eles não estando presentes desde a infância), então a menopausa provavelmente será a culpada. Fale com seu médico sobre o alívio dos sintomas.
Se você tiver sido diagnosticada com TDAH, os efeitos da menopausa sobre o transtorno geralmente requerem ajustes no tratamento. Trabalhe com seu médico no aumento da dosagem da medicação, ou tente uma medicação com duração de efeito mais longa, faça mais exercício (que pode melhorar o foco e, no processo, reduzir as chances de desenvolver osteoporose), e pense na terapia hormonal. Para muitas mulheres, o melhor tratamento é o estrogênio, por três a quatro meses, seguido por 10 dias de progesterona.
O problema é que 85% das mulheres apresentam alguma disfunção sexual após a menopausa. Logo quando poderiam usar o humor e o apoio do seu parceiro para conviver com o “cérebro de queijo suíço”, você pode achar que seu relacionamento se torna mais tenso.
Trate os seus sintomas
É importante, a cada etapa de sua vida, manter sob controle os sintomas do TDAH. Isto pode significar trabalhar com vários profissionais – um psicólogo, um clínico e um ginecologista. Instrua-se sobre o TDAH e sobre o que está acontecendo com o seu corpo, mantenha uma lista de medicamentos e faça uma tabela dos seus sintomas. Os médicos raramente pensam nas flutuações hormonais quando estão planejando um tratamento.
Se você tiver problemas em prestar atenção, em manter-se organizada, em manter sua vida num ritmo constante, um profissional poderá prescrever um estimulante, mesmo na ausência de um diagnóstico de TDAH. Mas isso deve ser feito no contexto de um plano multimodal e abrangente, que inclua tudo, desde as mudanças nutricionais e os exercícios, até a psicoterapia e a terapêutica de reposição hormonal. Para os problemas das mudanças sexuais, ajudar o seu parceiro a entender que elas são normais é um bom ponto para o início.
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