Às vezes, crianças com TDAH precisam de ajuda para fazer e manter amizades. Os pais podem fazer uma grande diferença, sem ficar na ponta dos pés, ao ajudar uma criança com TDAH a começar uma conversa ou por “ficar vigiando da janela”.
Descubra outras maneiras de tornar-se o coach do seu filho com TDAH para amizade e para guiar seu desenvolvimento social.
Observe a situação
Vá à raiz do problema. Crianças com TDAH geralmente têm pouco senso de como percebem seu colegas, e cometerão erros sociais sem dar por conta deles. Ajude-as discutindo o que deu errado, por que aconteceu, e o que seu filho poderá (ou não) fazer da próxima vez. Seja tão sensível com seu filho que tem TDAH como seria com um amigo adulto íntimo – muita repressão pode causar dano à autoestima do seu filho.
Por outro lado, quando seu filho tiver uma interação bem sucedida, elogie-o.
Vigie seu filho de perto. Sempre que ele estiver brincando com outras crianças, tenha certeza que você possa ver e ouvir o que está acontecendo. Esteja pronto para intervir se ele começar uma briga, se começar a contar mentiras, ou se fizer alguma coisa perigosa, somente para impressionar os outros.
Encontre grupos e equipes
Pense em esportes coletivos. Juntar-se a um time pode ajudar crianças com TDAH a perceber tudo que se passa com elas. As lições aprendidas nos esportes podem extravasar para sua vida social e você pode ver seu filho começar a desenvolver amizades benéficas.
Não se precipite. Chame o técnico de esportes do time antes da primeira prática. Faça perguntas a ele para descobrir se o seu filho e seu transtorno de déficit de atenção serão benvindos. Se você decidir enfrentar o desafio, vá com seu filho a um encontro com o técnico ou com os colegas de time, antes do primeiro jogo. Lembre-se, transições são difíceis para as crianças com TDAH.
Cuidado com seu espírito competitivo. Crianças com TDAH podem ter alguma dificuldade com jogos competitivos – exultantes quando vencem e furiosas quando perdem. De o seu filho tem dificuldade com essas situações, encoraje-o a desenvolver habilidades atléticas que não requeiram trabalho em equipe, como, por exemplo, corrida, natação ou artes marciais.
Tenha a atitude correta
Saiba que eles vão encontrar seu caminho. Muitas crianças socialmente isoladas eventualmente aprenderão a manejar melhor os seus comportamentos e a entender como as amizades funcionam. Quando chegam à adolescência, tendem a agir com a poderosa necessidade de se “encaixar”.
Não há nada de errado em ter poucos amigos. Uma criança, para ser feliz, não precisa estar no grupo mais famoso ou ser convidada para um monte de festas. De fato, os estudos mostram que ter apenas um amigo é tudo o que basta para uma criança desenvolver a autoconfiança social.
Seja um incentivador
Encontre um mentor. Uma criança com TDAH pode mais facilmente aceitar um conselho ou uma instrução de um irmão maior ou de uma irmã maior, do que de você. Peça ao irmão maior de um dos colegas de classe do seu filho se ele poderia ser um mentor informal para ele. Muitas escolas que entendem a importância dos mentores têm programas para unir as crianças.
Siga o amor. Se o seu filho é um fã de videogames, procure outro fã que seja possivelmente um amigo dele. Um interesse compartilhado ajudará seu filho a sentir confiança e a se engajar.
Comece com um jogo de um com outro. Jogos de um contra o outro geralmente funcionam melhor para as crianças com TDAH. Com três, seria fácil para seu filho sentir-se deixado de lado ou excluído.
Procure parceiros mais novos. Crianças com déficit de atenção tendem a ser mais imaturas do que seus colegas (e dolorosamente conscientes disto). Conforme seu filho cresça, é bom que ele desenvolva amizade com crianças de um a dois anos mais jovens – assim, ele não se sentirá excluído.
Estimule a competição positiva
Dê o bom exemplo. Mostra ao seu filho como agir em situações sociais fazendo um esforço para construir amizades com os pais dos colegas do seu filho. Fique ligado também à comunidade por meio de clubes, organizações religiosas etc.
Encare as gozações de modo altaneiro. Gozações, bullying e brincadeiras de mau gosto são parte inevitável da infância, mas as crianças com TDAH geralmente não sabem como responder. Os pais devem encorajá-las a enfrentar as gozações, mas não reagir com exagero, o que pode aumentar o problema.
Mantenha curtos os encontros para brincar. Para crianças menores de 10 anos, três horas ou menos será provavelmente o melhor. Ensine seu filho como se comportar, antes, e fale sobre como as coisas foram depois que tudo terminar.
Deixe as crianças à vontade, mas não completamente. Os especialistas recomendam que os pais deixem os adolescentes escolham as situações sociais por conta própria. Um estudo recente do sétimo ao décimo segundo grau (nos Estados Unidos) sugere que os adolescentes que têm relacionamento estreito com seus pais – os que geralmente conversam, compartilham atividades e são afeiçoados um ao outro – também tendem a ter boas amizades.
A medicação pode ajudar.
Considere medicar. Se o comportamento impulsivo – dominar a brincadeira, interromper, pular de uma coisa para outra – afasta as outras crianças, provavelmente os medicamentos serão necessários. De fato, seu filho pode precisar da proteção dos remédios mesmo depois do final do ano letivo.
Certifique-se de que as doses estão corretas. A puberdade, quando todos os hormônios mudam, é uma boa época para verificar a medicação ou sua dosagem. Geralmente, o que funcionou antes da puberdade pode já não fazer o mesmo efeito.
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