Resumo e
conclusões
Os
resultados deste estudo indicam que os estudantes universitários com TDAH
sentem que o treinamento foi útil. Os achados qualitativos se equivalem aos do
estudo quantitativo. Neste, os estudantes, escolhidos ao acaso para receberem o
treinamento, relataram mais vantagens em suas funções executivas, habilidades
de estudo e de organização do que os do grupo controle, quando avaliados por um
instrumento validado chamado “the Learning and Study Strategies Inventory”.
Isto foi verdadeiro embora não fossem encontradas diferenças no GPA dos
estudantes.
O modelo de
treinamento empregado neste estudo tinha um grande apelo intuitivo. O foco no
estabelecimento de metas acadêmicas, o monitoramento do progresso, dividindo
longos projetos em sequências de tarefas mais específicas e administráveis,
junto ao contato frequente para ajudar os estudantes a se manter no rumo, tudo
isso é consistente com o consenso emergente de que o TDAH é um transtorno da função executiva (para uma discussão maior
sobre esta visão vá a www.drthomasebrown.com/brown_model/index.html ). Desta
perspectiva, o treinamento pode ser um jeito melhor do que os modelos
tradicionais de terapia e poderia certamente complementar os outros benefícios
que os estudantes poderiam receber do tratamento médico.
O método
pelo qual o treinamento foi proporcionado neste estudo, isto é, chamadas
telefônicas e contato entre as sessões via texto e e-mail, também é claramente
melhor para as necessidades dos estudantes do que dirigir para fora do campus
para se encontrar com um provedor de saúde mental. Isto é outro aspecto
importante deste modelo.
Novos
estudos deste método deverão seguir os estudantes por períodos mais longos para
verificar se o treinamento leva a ganhos duradouros nas habilidades visadas
pela intervenção. Por exemplo, seria importante aprender se o treinamento
seguido é necessário para manter as mudanças de comportamento relatadas, ou, se
os estudantes são capazes de manter essas mudanças por si mesmos depois de trabalharem
com um treinador por um período determinado.
Críticos
desta abordagem podem argumentar que os benefícios reais do treinamento são
limitados porque os pesquisadores não encontraram nenhum efeito no GPA atual
dos estudantes ou no número de créditos que eles obtiveram durante os primeiros
anos de faculdade. Entretanto, pode ser treinamento mais demorado seja
requerido para produzir essas mudanças conforme os estudantes empregam seu
comportamento acadêmico melhorado por um maior período. A este respeito, também
é válido notar que não há nenhuma pesquisa demonstrando efeitos positivos do
tratamento medicamentoso sobre o GPA dos estudantes; de fato, a espécie de
estudo requerida para determinar isto ainda não foi feita.
Eu também
sugeriria que não obstante como o treinamento possa ou não afinal impactar o
GPA, a experiência que os estudantes relataram é algo que muitos pais iriam
querer para seus filhos. O fato de que os estudantes relataram sentimento de
aumento do bem estar e da confiança me
parece tão importante e convincente por sua própria natureza.
Revisão feita por David Rabiner, Ph.D.
Associate Research Professor
Dept. of Psychology & Neuroscience
Duke University
Veja as postagens 186 e 187, primeira e segunda parte desta revisão
Associate Research Professor
Dept. of Psychology & Neuroscience
Duke University
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