Não, mas a medicação para o déficit de atenção também não
protege contra o uso de drogas, como os pesquisadores acreditavam.
Por Wayne Kalyn
Entre as muitas perguntas sobre medicação para o TDAH que os
pais fazem - e se preocupam com isso - está a sobre o possível aumento do risco
de abuso de drogas promovido por esses medicamentos.
Até o mês passado, a
resposta era absolutamente não. De fato, tomar medicação para o TDAH, segundo
os estudos feitos, abaixava o risco de abuso de drogas em quase 50%.
Um novo estudo publicado no último mês pelos pesquisadores
de Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) derruba a conclusão de que
os medicamentos protegem contra o abuso de drogas. Os pesquisadores analisaram
15 estudos de longo prazo, e seguiram milhares de crianças dos 8 aos 20 anos,
para descobrir que tomar medicação estimulante não aumenta nem diminui o risco
de abuso de substâncias.
"Descobrimos que as crianças não eram nem mais nem
menos predispostas a desenvolver transtorno de abuso de álcool ou de
substâncias como resultado do tratamento com estimulantes", disse Steve S.
Lee, Ph.D., principal autor do estudo, professor de psicologia na UCLA.
Então, como isso se encaixa na pesquisa que indica que os
adolescentes e adultos jovens com TDAH são de duas a três vezes mais
predispostos a desenvolver grave abuso de drogas e de álcool, comparados com os
que não têm TDAH? O novo estudo concluiu que o abuso de substâncias está ligado
ao transtorno e aos seus sintomas, não ao estimulante.
"Para os pais cuja maior preocupação sobre a Ritalina e
os outros estimulantes seja o risco futuro de abuso de substância, esse estudo
pode ser um alívio", diz Lee.
ADDitude
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