A simples inspeção visual de mapas nos quais se mostram as
taxas de incidência do TDAH em cada lugar e as intensidades de luz solar em determinada
região geográfica revela correlação entre a incidência de TDAH e a intensidade
de luz solar em tal zona.
Uma equipe holandesa levou a cabo investigação sistemática
na qual foi compilada e analisada a informação contida em diversas bases de
dados de 49 estados americanos e nove países. Foi encontrada clara relação entre a intensidade
da luz solar e incidência baixa de TDAH. Nas regiões com alta intensidade de
luz solar há incidência baixa de TDAH, o que sugere que a alta intensidade de
luz solar poderia exercer efeito "protetor". Ainda levando em conta
os fatores que se sabe estarem associados ao TDAH, mantém-se essa correlação
com a intensidade de luz solar.
Muitos indivíduos com TDAH também têm dificuldade para
dormir e transtornos do sono. De fato, foi demonstrado que as terapias de
certos transtornos do sono e os tratamentos cronobiológicos destinados a restabelecer
os ritmos circadianos normais, incluindo a terapia de exposição à luz solar,
diminuem os sintomas do TDAH.
A fim de delimitar melhor essa aparente relação entre a luz
solar e o TDAH, os autores também compararam as intensidades de luz solar com
numerosos diagnósticos de autismo e depressão maior, e não encontraram nenhuma
relação nesses casos.
Arns M., Van der Heijden
K. B., Arnold L. E., Kenemans J. L. [Biol Psychiatry 2013]
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