http://www.youtube.com/TDAHDescomplicado
Não percam esse vídeo.
Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
domingo, 2 de outubro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
Mais, além de remédios: Um guia para modificação do comportamento no TDAH - 429
Mais,
além de remédios: Um guia para modificação do comportamento no
TDAH
A
terapia comportamental auxilia as crianças com TDAH a aprender a
controlar seus sintomas diários. Esse é um fato estabelecido. Mas
como implementá-la? E no que ela realmente implica? O treinamento de
habilidades desmistificado. Por William Pelham Jr, Ph.D. e editores
de ADDitude.
Mude
seu foco, mude seus resultados
Quando
os pais e profissionais tratam o TDAH, tipicamente eles focalizam em
primeiro lugar a melhoria dos sintomas. Em geral, os medicamentos são
a estratégia número 1. Entretanto, muitos profissionais acreditam
que o tratamento comportamental psicossocial não medicamentoso seja
igualmente importante.
De
fato, os estudos mostram que o sucesso dos adultos é previsto por
três coisas: as eficientes habilidades dos pais, acompanhar as
outras crianças e o sucesso na escola.
Muitos
especialistas argumentam que a terapia comportamental resolve todos
esses domínios e pode ser iniciada muito precocemente, antes que os
fracassos comecem a impactar a autoestima.
O
foco da terapia comportamental é diferente daquele dos medicamentos,
que tentam eliminar os sintomas. Em vez disso, ele se concentra nas
maneiras pelas quais a hiperatividade ou a desatenção podem
impactar o desempenho acadêmico, o relacionamento com os irmãos e a
desobediência às determinações dos pais. Ele lida com os
ambientes e domínios da incapacidade, e depende da forte colaboração
entre as famílias, escolas, profissionais de saúde mental e de
primeiros cuidados.
O
que é uma incapacidade?
Nenhuma
criança começa um tratamento para o TDAH porque sua mãe estava
sentada em sua cama, à noite, lendo um artigo sobre os sintomas do
TDAH no Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais
(DSM). As crianças chegam para tratamento porque seus professores
chamam os pais e dizem “Você precisa vir para uma conversa. Estou
tendo dificuldade com seu filho na escola”. Ou porque as coisas
não estão indo bem em casa com as tarefas diárias ou com as brigas
entre os irmãos ou pelos problemas criados com a vizinhança.
A
incapacidade é a dificuldade que determina o resultado a longo
prazo, ou o sucesso de uma criança. Portanto é o que deve ser
visado no tratamento.
Tratamentos
a evitar
Esses
tratamentos são geralmente usados para crianças após o
diagnóstico de TDAH, mas não têm efeito comprovado:
1-
A tradicional terapia um a um
2-
Terapia cognitiva
3-
Ludoterapia
4-
Terapia neural de biofeedback e treinamento com EEG
5-
Dietas de eliminação de alimentos
6-
Quiropraxia
7-
Tratamentos para alergia
8-
Treinamento motor ou perceptivo / treinamento de integração
sensorial
9-
Tratamento para equilibrar os problemas
10-
Terapia ocupacional
11-
Suplementação dietética (mega vitaminas, algas verdes)
Qual
é o melhor tratamento?
As
únicas terapias que se comprovou serem eficazes para o tratamento do
TDAH são a terapia de modificação comportamental, a medicação
estimulante ou uma combinação de ambas. Costuma funcionar melhor
quando se inicia com a terapia comportamental e, então ver se é
preciso adicionar a medicação como um suplemento, se ela não
resolver totalmente os problemas funcionais. Se necessária, a
medicação deve ser dada muito gradualmente, para encontrar a menor
dose possível que faça efeito.
Como
o TDAH é um problema crônico, a coisa mais importante que os pais e
os professores podem fazer é aprender como implementar de forma
consistente as estratégias para o controle do comportamento das
crianças.
A
medicação tem efeitos de curto prazo mas não tem efeitos de longo
prazo.
Ela
não muda as partes do cérebro que fazem as crianças aprenderem
melhor. Ela somente faz as crianças ficarem mais aptas a permanecer
sentadas quietas e a fazer o trabalho sentado.
Como
avaliar a deficiência
O
primeiro passo para começar um programa de modificação do
comportamento é completar uma avaliação das dificuldades diárias
e das habilidades adaptativas.
Esse
é o aspecto mais fundamental de uma avaliação inicial. Ele
determina as áreas alvo do tratamento e estabelece uma linha de base
para as avaliações futuras destinadas a aferir a resposta ao
tratamento.
Escalas
abreviadas de notas dos pais e professores são suficientes para
indicar se o TDAH é um problema. Os pais e os professores usam a
escala de avaliação das deficiências (IRS - Impairment Rating Scale) para descrever o que eles veem como os principais problemas
das crianças em forma narrativa. Notas, então, quantificam como os
sintomas das crianças afetaram cada um dos seguintes domínios:
1-
relacionamento com os colegas e irmãos
2-
relacionamento com os pais ou professores
3-
o progresso acadêmico de cada crianças
4-
o comportamento em sala de aula e em casa
5-
a autoestima
6-
problemas em geral e a necessidade de tratamento
Intervenção
dos pais
A
abordagem comportamental focaliza as habilidades dos pais, o
comportamento da criança e os relacionamentos familiares. Os pais
aprendem habilidades, tais como o modo de prestar atenção positiva
na sua criança quando ela estiver fazendo alguma coisa que eles
gostem, e como modificar as técnicas de acordo com as necessidades.
Os
ABCs da modificação do comportamento para os pais são: Modificar
os Antecedentes (coisas que acontecem antes dos comportamentos, por
exemplo, uma solicitação à criança); Comportamentos (o que a
criança faz em resposta e que os pais querem mudar); Consequências
(coisas que acontecem depois do comportamento, por exemplo, a
resposta à desobediência)
Não
se trata de tentar ensinar a criança a pensar de modo diferente,
mas, realmente, de ensinar os pais a usar a sua atenção e
consequências positivas para moldar o comportamento da criança e
reforçar coisas que eles querem que a criança faça mais, e
consequências negativas brandas para ajudar a criança a aprender.
Programas
de Habilidades dos Pais
A
maneira mais comum de aprender essas habilidades é baseada em
grupos, com sessões semanais com um terapeuta (de 8 a 16 sessões).
Os pais aprendem uma técnica, vão para casa e a implementam do modo
que aprenderam e discutem o progresso, a resolução dos problemas, e
aprendem nova técnica a cada semana. Daí, as sessões geralmente
diminuem para mensal ou trimestralmente, uma vez que o comportamento
esteja sob controle.
As
intervenções precisam ser factíveis e palatáveis para as
famílias, de modo que elas possam ser mantidas por longo prazo. Os
programas ensinam habilidades tais como sistemas de recompensas, e
como dar ordens corretamente. A melhora geralmente é gradual, e deve
haver um plano caso a criança desande, especialmente durante as
transições mais importantes do desenvolvimento, como iniciar o
ensino médio.
Treinamento
de Habilidades para os Professores
A
intervenção comportamental na escola somente pode acontecer se os
professores focarem em um bom gerenciamento de práticas de sala de
aulas, no desempenho acadêmico e nos relacionamentos entre os
colegas.
O
treinamento de professores é amplamente disponível e programas
gerais que treinam todos os funcionários e administradores, ou
seguem um modelo de consultoria (Isso nos Estados Unidos). Começam
com sessões semanais com um terapeuta ou psicólogo da escola. As
sessões vão se distanciando conforme os professores aprendem as
habilidades que vão utilizar com as crianças TDAH nas horas de
aula. Em geral, os professores precisam de 2 a 10 horas de
treinamento. As técnicas comportamentais devem se integrar aos
programas baseados na escola, tais como os planos IEPs e o 504 (Isso,
nos Estados Unidos) e devem estar disponíveis a todos os membros
relevantes da equipe escolar.
Cartão
Diário de Avaliação
Uma
coisa que é absolutamente essencial para as crianças com TDAH é um
cartão de avaliação diário. É uma ferramenta para o
monitoramento constante do progresso da criança e pode ser utilizado
para ajustar a dosagem mais adequada da medicação, se necessário.
Um
pai ou m terapeuta age em conjunto com a escola para determinar as
metas para a criança – o que fará a criança atuar melhor na sala
de aula, as coisas mais importantes que precisam ser reduzidas em
termos de problemas ou de trabalho acadêmico. Então, juntos, eles
estabelecem um sistema simples para o professor avaliar
periodicamente como a criança se comporta durante o dia, para dar o
reforço que ela precisa e fornecer uma nota para casa. Os pais
seguem em casa com recompensas para a criança que está apresentando
um bom dia escolar. Há um modelo de cartão de avaliação diária
que pode ser baixado em www.ccf.fiu.edu
Essa
ferramenta é necessária porque as crianças com TDAH precisam de
reforço específico para seu comportamento com maior frequência do
que uma vez por semana. Custa pouco e toma pouco tempo do professor,
mas é eficiente para mudar o comportamento da criança na escola.
Uma vez adotado o cartão diário de avaliação, ele reduz o tempo
que os professores precisam gastar para lidar com os comportamentos
problemáticos da criança e proporcionam uma ferramenta para o
monitoramento contínuo do progresso da criança.
Intervenções
com a Criança
A
abordagem comportamental e de desenvolvimento usada com as crianças
focaliza no ensino de competências acadêmicas, recreacionais e
sociais/comportamentais, diminuindo a agressividade, aumentando a
obediência, desenvolvendo amizades consistentes, melhorando o
relacionamento com os adultos e construindo a autossuficiência.
Há
vários níveis de tratamento: para-profissionais, tratamento
intensivo (como programas de 8 semanas no verão), sessões depois
das aulas, e sessões de 6 horas aos sábados. Todos os programas
usam um núcleo de procedimentos que incluem treinamento (coaching),
uso de exemplos, modelagem, representação teatral de papéis,
reforço, recompensas e consequências, e prática.
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016
VINTE E UM COMENTÁRIOS IGNORANTES SOBRE O TDAH (E OS FATOS PARA REFUTÁ-LOS) - 428
VINTE
E UM COMENTÁRIOS IGNORANTES SOBRE O TDAH (E OS FATOS PARA
REFUTÁ-LOS)
O
TDAH não é desobediência de propósito. Não é causado por muito
açúcar ou muitos jogos eletrônicos. E castigo físico não é um
método de cura. A seguir, nossos leitores compartilham 21 dos mais
ignorantes comentários sobre o TDAH, e os fatos que usam para
refutá-los. Pelos leitores e editores de ADDitude.
Os
piores comentários sobre o TDAH
Quando
de fala sobre o TDAH, os mitos e a desinformação abundam. Nossos
leitores compartilham alguns desses comentários idiotas e sem pés
nem cabeça que ouviram de estranhos, professores, médicos e membros
da família, sobre o TDAH. Prepare-se para o massacre de
insensibilidade.
1-
É somente uma birra
Minha
mãe ficou em minha casa por uns dias. Toda vez que meu filho
“enlouquecia”, ela dizia “Bem, para mim, é só uma crise de
birra”. Eu até poderia concordar com ela se esses descontroles não
acontecessem todos os dias!
2-
É um falha de caráter
Enquanto
eu crescia, meus pais me faziam crer que era um “defeito no meu
caráter”, e não desatenção, o que me impedia de ir bem no
desenvolvimento das habilidades acadêmicas. Precisei reconhecer o
TDAH nos meus próprios filhos para começar a me livrar do
sentimento de culpa!
3-
É um criador de caso
Quando
meu filho estava no quarto ano, sua professora ficou cansada com o
que ela descrevia como “mau comportamento” e “desrespeito às
regras”. Ela começou a dizer que nós éramos uma família de
“criadores de caso”. Um professor não devia ter mais
conhecimento?
4-
Hiperativo
“Oh,
ele é só um pouquinho hiper”. Bem, isso é uma subestimação.
5-
Aprender a ser pai (mãe)
Antes
de ser diagnosticado como TDAH, um pediatra sugeriu de verdade que eu
tomasse aulas de como ser pai ou mãe. Foi preciso que eu me mudasse
para outro estado e consultasse outro pediatra para que meu filho
fosse corretamente diagnosticado com TDAH.
6-
O melhor remédio
Um
dia fui comprar a medicação do meu filho e o farmacêutico disse
“Você sabia que economizaria um bom dinheiro se em vez de remédio
lhe desse umas boas palmadas?”. Fiquei chocada!
7-
A solução é o Esporte
Alguém
uma vez me disse que se eu pusesse meu filho para praticar algum
esporte os problemas de comportamento deles seriam resolvidos. “Ele
só precisa ficar muito cansado”.
8-
Pais que criticam
“Eu
nunca deixaria meu filho fazer isso”. Acho que seu filho não tem
TDAH.
9-
Por um freio nele
“O
que há de errado com essa criança?! Por que os pais não põem um
freio nela?”. Se fosse assim tão simples.
10-
Teste do tempo
“Ela
vai superar isso”. Já ouviu falar do TDAH do adulto? Suspiro.
11-
Mal ajustado socialmente
Fui
apelidado de “mal ajustado” pela minha professora de jardim de
infância, mas, na verdade, eu ficava apenas aborrecido porque não
estava aprendendo nada novo.
12-
Desmotivado
Enquanto
crescia, fui chamado de “preguiçoso e desmotivado” e foi dito
que eu só precisava me aplicar mais.
13-
A vergonha das drogas
Então
há os que dizem “Oh meu Deus, você dá essas drogas para ela?
Você não tem medo do que elas fazem a ela?” Humm...não. Estou
mais preocupada com o que minha filha vai fazer se ela não tomar
seus medicamentos!
14-
Vantagem desonesta
“O
Plano 504 e os IEPs (Programas Individuais de Educação) são uma
vantagem desonesta”. Oh, tá certo, porque ter TDAH é como dar um
passeio na praça.
15-
Esforce-se
“Você
não está vivenciando todas as suas potencialidades. Se você apenas
se esforçasse mais um pouco...”. Nós todos já escutamos isso.
16-
As dificuldades para a pender
Fui
diagnosticada com TDAH no jardim de infância. Minha professora do
primeiro ano disse “Bem, ela só é burra e não consegue
aprender”. Hoje, tenho 4 graduações de bacharel e uma de
mestrado, e estou me preparando para um doutorado. Adivinha se eu não
provei que ela estava errada.
17-
Os inteligentes
“Gente
inteligente não tem incapacidades e gente com incapacidades não é
inteligente”. Isso, obviamente, não é verdade. Já ouviu falar de
Einstein? Sim, ele tinha TDAH.
18-
Um dia “tipo TDAH”
É
uma neura pra mim quando um não TDAH brinca dizendo “Hoje estou
tão TDAH”, quando estão distraídos. É o tipo de piada que faz
as pessoas deixarem de considerar o TDAH um transtorno grave.
19-
Um lar desfeito
Uma
vez, alguém me disse que eu me comportava daquele jeito porque eu
era o produto de um “lar desfeito”.
20-
O que há num nome?
“Irresponsável”
é uma palavra que ouço constantemente enquanto cresço. Sinto que é
o meu nome do meio, ou segundo nome.
21-
Sobrecarga de TV
Tive
um professor de psicologia que me disse que o TDAH era provocado por
maus pais e por excesso de TV! Fiquei vermelho de raiva por vários
dias. Doeu meu coração pensar que alguém pudesse realmente dizer
isso.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
O TDAH da criança e o do adulto podem ser transtornos independentes. 427
O
TDAH da criança e o do adulto podem ser transtornos independentes.
Novas
pesquisas, polêmicas, sugerem que as pessoas, que não demonstram
nenhum sinal de TDAH na infância, podem desenvolver a condição
mais tarde na vida e, inversamente, crianças com o diagnóstico
podem superar no crescimento os seus sintomas.
Duas
novas pesquisas sugerem que o TDAH adulto não é uma simples
continuação do TDAH da infância, mas, na verdade, um transtorno
separado, com um desenvolvimento independente ao longo da vida. E,
além disso, o TDAH com início na idade adulta pode ser realmente
mais comum do que o de início na infância. Esses dois resultados
vão contra o que se acredita popularmente, e pedem para serem
confirmados com mais pesquisa.
Os
dois estudos, publicados no número de julho de 2016 do JAMA
Psychiatry, usaram metodologia semelhante e mostraram resultados
muito parecidos. O primeiro, conduzido por uma equipe da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil, avaliou mais de 5 mil
indivíduos nascidos em 1993 na cidade de Pelotas. Aproximadamente 9%
deles foram diagnosticados como TDAH da infância – uma taxa bem
dentro da média. Doze por cento dos mais de 5 mil indivíduos
preencheram os critérios de TDAH quando adultos –
significativamente mais do que era esperado pelos pesquisadores –
mas havia superposição muito pequena entre os grupos. De fato,
somente 12,6% dos adultos com TDAH tinham sinais diagnosticados como
TDAH na infância.
O
segundo estudo, que avaliou 2.040 gêmeos nascidos na Inglaterra e no
País de Gales de 1994 a 1995, verificou que de 166 indivíduos que
preenchiam os critérios para TDAH do adulto, mais da metade (67,5%)
não tinham nenhum sintoma de TDAH na infância. Dos 247 indivíduos
que preenchiam os critérios para TDAH na infância, menos de 22%
retiveram tal diagnóstico como adultos.
Os
resultados desses dois estudos confirmam os achados de uma pesquisa
da Nova Zelândia, publicada em outubro de 2015, na qual foram
seguidos indivíduos desde o nascimento até a idade de 38 anos. Dos
pacientes que mostraram sinais de TDAH como adultos, naquele estudo,
um surpreendente índice de 90% não mostraram nenhum sinal do
transtorno na infância.
Os
resultados combinados desses dois estudos sugerem que a definição
mais amplamente aceita do TDAH (como um transtorno que se desenvolve
na infância e ocasionalmente se resolve com o crescimento do
paciente) pode estar precisando de uma revisão. Alguns especialistas
permanecem em dúvida, entretanto, e sugerem que os autores dos
estudos podem ter simplesmente ignorado os sintomas de TDAH na
infância nos casos em que ele aparentemente surgiu na idade adulta.
“Como
essas dúvidas sugerem que as pesquisas do Reino Unido, Brasil e Nova
Zelândia podem ter subestimado a persistência do TDAH e
superestimado a prevalência do TDAH de aparecimento no adulto, seria
um erro para os profissionais admitir que muitos adultos a eles
encaminhados com sintomas de TDAH não tiveram uma história de TDAH
na infância”, escreve Stephen Faraone, Ph.D., e Joseph Biederman,
M.D., em um editorial alertando a comunidade TDAH a interpretar os
dois mais recentes estudos como “um grão de sal”. Eles acham que
os resultados são “prematuros”.
Em
ambos os estudos, entretanto,os que tinham TDAH do adulto mostraram
níveis elevados de comportamento criminoso. Abuso de substâncias,
acidentes de tráfego e tentativas de suicídio. Essas preocupantes
correlações permaneceram mesmo após os autores terem ajustado a
análise para outros transtornos psiquiátricos – provando uma vez
mais que quer se desenvolva na infância ou na idade adulta, o TDAH
não tratado é um problema sério. Por Devon Frye. ADDitude.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Tome cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor - 426
Tome
cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor
Para
os médicos que são treinados em transtornos do humor, os sintomas
do TDAH podem se parecer com Transtorno bipolar. Não deixe que seu
médico erre o seu diagnóstico.
Dr.
Willian Dodson, M.D.
As
pessoas com o sistema nervoso do tipo TDAH são passionais. Elas
sentem as coisas mais intensamente que as pessoas com sistema
neurológico normal. Elas tendem a reagir exageradamente a pessoas e
a acontecimentos em suas vidas, especialmente quando percebem que
alguém as está rejeitando e retirando amor, aprovação ou
respeito.
Os
médicos veem o que estão treinados a ver. Se eles veem “oscilações
de humor” somente em termos de transtornos de humor, eles mais
provavelmente diagnosticarão um transtorno de humor. Se eles são
treinados a interpretar a excessiva energia e o pensamento veloz em
termos de mania, isso é o que eles provavelmente diagnosticarão.
De
acordo com dados do National Comorbidity Survey Replication (NCS-R),
todos os adultos com TDAH foram diagnosticados como tendo transtorno
bipolar do humor (TBH). O TDAH não foi uma opção. Quando a maioria
deles obteve o diagnóstico correto, eles já tinham se consultado
com 2,3 médicos, em média, e fracassado em 6,6 tipos de tratamento
com antidepressivos e estabilizadores do humor.
Antes
de que um médico faça o diagnóstico, os pacientes precisam saber
que as doenças do humor:
-
Não são desencadeadas por eventos da vida diária; elas “caem do
céu”
-
São independentes do que está acontecendo com a vida da pessoa
(quando
coisas boas acontecem, eles ainda se sentem “miseráveis”);
-
Têm início lento, durante semanas ou meses;
-
Duram semanas ou meses, a não ser que tratados.
Os
pacientes também precisam saber que as oscilações de humor do
TDAH:
-
São uma resposta a algo que está acontecendo na vida da pessoa;
-
Combinam com o que a pessoa percebe como fator desencadeante;
-
Mudam instantaneamente;
-
Desaparecem rapidamente, geralmente quando a pessoa diagnosticada com
TDAH se engaja em algo novo e interessante.
Se
você não consegue que seu médico veja essas distinções
importantes, a probabilidade é de que você será mal diagnosticado
e não receberá o tratamento adequado.
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