sábado, 19 de novembro de 2016

Oito motivos pelos quais os professores devem repensar as tarefas de casa - 430

Oito motivos pelos quais os professores devem repensar as tarefas de casa

Peça ao professor do seu filho para avaliar e implementar essas boas práticas de tarefa de casa, para tornar a noite de estudos mais simple e mais eficaz, para todos. Por Sandra Rief, M.A.

Os professores de crianças com TDAH e Dificuldades de Aprendizagem deveriam ter em mente que essas crianças precisam de mais tempo para fazer as tarefas de casa do que seus colegas neurotípicos. O que uma criança sem TDAH ou Dificuldade de Aprendizagem faz em 15 ou 20 minutos, frequentemente leva de 3 a 4 vezes mais tempo para uma criança com TDAH.

Menos estresse, por favor.

Além disso, os professores deveriam estar atentos para o fato de que as famílias têm conflitos em sua casa em relação às tarefas de casa. Em famílias com crianças com TDAH, o estresse em relação às tarefas de casa é intenso, tornando o relacionamento pais/criança estressante. Aqui estão oito dicas de sala de aula para tornar mais produtivas as tarefas de casa:

1- Seja receptivo aos pais que relatam grande frustração em relação às tarefas de casa. Esteja disposto a fazer ajustes, de modo que os alunos gastem um tempo razoável para fazer suas tarefas.

2- Entenda que os alunos com TDAH que recebem medicação durante o dia escolar (para ajudá-los a se manterem focalizados e ligados no trabalho) geralmente não recebem medicação à noite. Os alunos com TDAH estão na sala de aulas durante seu tempo ótimo de produtividade, e ainda assim não conseguem completar suas atividades. Não é razoável pensar que os pais sejam capazes de fazer com que seus filhos produzam em casa, à noite, o que não foram capazes de produzir na escola.

3- Muitos professores têm o costume de mandar para terminar em casa o trabalho não completado em classe. Evite ou reduza isso ao mínimo, se possível. Em vez disso, proporcione as modificações necessárias para os alunos com TDAH, de modo que trabalho de classe seja trabalho de classe e tarefa de casa seja tarefa de casa.

4- A tarefa de casa é um tempo para revisar e praticar o que os estudantes aprenderam em classe. Não dê tarefas que envolvam informação nova, que se espera seja ensinada pelos pais.

5- Tarefa de casa não deve ser muita tarefa. Faça a tarefa de casa ser relevante e com propósito, de modo que o tempo gasto nela reforce as habilidades e conceitos que você já ensinou.

6- Nunca dê mais tarefa de casa como punição para mau comportamento na escola.

7- Designe colegas de estudos que sejam responsáveis e dispostos a serem contatados depois das aulas, para os alunos com TDAH.


8- Faça as adaptações das tarefas de casa para cada estudante. Pergunte a si mesmo "O que eu quero que os alunos aprendam com essa tarefa?", "Esse aluno pode entender todos os conceitos sem ter de fazer tudo por escrito?", "Ele pode demonstrar que entendeu por meio de um formato mais motivador?".

Oito motivos pelos quais os professores devem repensar as tarefas de casa - 430

Oito motivos pelos quais os professores devem repensar as tarefas de casa

Peça ao professor do seu filho para avaliar e implementar essas boas práticas de tarefa de casa, para tornar a noite de estudos mais simple e mais eficaz, para todos. Por Sandra Rief, M.A.

Os professores de crianças com TDAH e Dificuldades de Aprendizagem deveriam ter em mente que essas crianças precisam de mais tempo para fazer as tarefas de casa do que seus colegas neurotípicos(= normais). O que uma criança sem TDAH ou Dificuldade de Aprendizagem faz em 15 ou 20 minutos, frequentemente leva de 3 a 4 vezes mais tempo para uma criança com TDAH.

Menos estresse, por favor.

Além disso, os professores deveriam estar atentos para o fato de que as famílias têm conflitos em sua casa em relação às tarefas de casa. Em famílias com crianças com TDAH, o estresse em relação às tarefas de casa é intenso, tornando o relacionamento pais/criança estressante. Aqui estão oito dicas de sala de aula para tornar mais produtivas as tarefas de casa:

1- Seja receptivo aos pais que relatam grande frustração em relação às tarefas de casa. Esteja disposto a fazer ajustes, de modo que os alunos gastem um tempo razoável para fazer suas tarefas.

2- Entenda que os alunos com TDAH que recebem medicação durante o dia escolar (para ajudá-los a se manterem focalizados e ligados no trabalho) geralmente não recebem medicação à noite. Os alunos com TDAH estão na sala de aulas durante seu tempo ótimo de produtividade, e ainda assim não conseguem completar suas atividades. Não é razoável pensar que os pais sejam capazes de fazer com que seu filho produzam em casa, à noite, o que não foram capazes de produzir na escola.

3- Muitos professores têm o costume de mandar para terminar em casa o trabalho não completado em classe. Evite ou reduza isso ao mínimo, se possível. Em vez disso, proporcione as modificações necessárias para os alunos com TDAH, de modo que trabalho de classe seja trabalho de classe e tarefa de casa seja tarefa de casa.

4- A tarefa de casa é um tempo para revisar e praticar o que os estudantes aprenderam em classe. Não dê tarefas que envolvam informação nova, que se espera seja ensinada pelos pais.

5- Tarefa de casa não deve ser muita tarefa. Faça a tarefa de casa ser elevante e com propósito, de modo que o tempo gasto nela reforce as habilidades e conceitos que você já ensinou.

6- Nunca dê mais tarefa de casa como punição para mau comportamento na escola.

7- Designe colegas de estudos que sejam responsáveis e dispostos a serem contatados depois das aulas, para os alunos com TDAH.


8- Faça as adaptações das tarefas de casa para cada estudante. Pergunte a si mesmo "O que eu quero que os alunos aprendam com essa tarefa?", "Esse aluno pode entender todos os conceitos sem ter de fazer tudo por escrito?", "Ele pode demonstrar que entendeu por meio de um formato mais motivador?".

domingo, 2 de outubro de 2016

domingo, 25 de setembro de 2016

Mais, além de remédios: Um guia para modificação do comportamento no TDAH - 429

Mais, além de remédios: Um guia para modificação do comportamento no TDAH

A terapia comportamental auxilia as crianças com TDAH a aprender a controlar seus sintomas diários. Esse é um fato estabelecido. Mas como implementá-la? E no que ela realmente implica? O treinamento de habilidades desmistificado. Por William Pelham Jr, Ph.D. e editores de ADDitude.

Mude seu foco, mude seus resultados

Quando os pais e profissionais tratam o TDAH, tipicamente eles focalizam em primeiro lugar a melhoria dos sintomas. Em geral, os medicamentos são a estratégia número 1. Entretanto, muitos profissionais acreditam que o tratamento comportamental psicossocial não medicamentoso seja igualmente importante.
De fato, os estudos mostram que o sucesso dos adultos é previsto por três coisas: as eficientes habilidades dos pais, acompanhar as outras crianças e o sucesso na escola.

Muitos especialistas argumentam que a terapia comportamental resolve todos esses domínios e pode ser iniciada muito precocemente, antes que os fracassos comecem a impactar a autoestima.

O foco da terapia comportamental é diferente daquele dos medicamentos, que tentam eliminar os sintomas. Em vez disso, ele se concentra nas maneiras pelas quais a hiperatividade ou a desatenção podem impactar o desempenho acadêmico, o relacionamento com os irmãos e a desobediência às determinações dos pais. Ele lida com os ambientes e domínios da incapacidade, e depende da forte colaboração entre as famílias, escolas, profissionais de saúde mental e de primeiros cuidados.

O que é uma incapacidade?

Nenhuma criança começa um tratamento para o TDAH porque sua mãe estava sentada em sua cama, à noite, lendo um artigo sobre os sintomas do TDAH no Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais (DSM). As crianças chegam para tratamento porque seus professores chamam os pais e dizem “Você precisa vir para uma conversa. Estou tendo dificuldade com seu filho na escola”. Ou porque as coisas não estão indo bem em casa com as tarefas diárias ou com as brigas entre os irmãos ou pelos problemas criados com a vizinhança.

A incapacidade é a dificuldade que determina o resultado a longo prazo, ou o sucesso de uma criança. Portanto é o que deve ser visado no tratamento.

Tratamentos a evitar

Esses tratamentos são geralmente usados para crianças após o diagnóstico de TDAH, mas não têm efeito comprovado:
1- A tradicional terapia um a um
2- Terapia cognitiva
3- Ludoterapia
4- Terapia neural de biofeedback e treinamento com EEG
5- Dietas de eliminação de alimentos
6- Quiropraxia
7- Tratamentos para alergia
8- Treinamento motor ou perceptivo / treinamento de integração sensorial
9- Tratamento para equilibrar os problemas
10- Terapia ocupacional
11- Suplementação dietética (mega vitaminas, algas verdes)

Qual é o melhor tratamento?

As únicas terapias que se comprovou serem eficazes para o tratamento do TDAH são a terapia de modificação comportamental, a medicação estimulante ou uma combinação de ambas. Costuma funcionar melhor quando se inicia com a terapia comportamental e, então ver se é preciso adicionar a medicação como um suplemento, se ela não resolver totalmente os problemas funcionais. Se necessária, a medicação deve ser dada muito gradualmente, para encontrar a menor dose possível que faça efeito.

Como o TDAH é um problema crônico, a coisa mais importante que os pais e os professores podem fazer é aprender como implementar de forma consistente as estratégias para o controle do comportamento das crianças.
A medicação tem efeitos de curto prazo mas não tem efeitos de longo prazo.
Ela não muda as partes do cérebro que fazem as crianças aprenderem melhor. Ela somente faz as crianças ficarem mais aptas a permanecer sentadas quietas e a fazer o trabalho sentado.

Como avaliar a deficiência

O primeiro passo para começar um programa de modificação do comportamento é completar uma avaliação das dificuldades diárias e das habilidades adaptativas.
Esse é o aspecto mais fundamental de uma avaliação inicial. Ele determina as áreas alvo do tratamento e estabelece uma linha de base para as avaliações futuras destinadas a aferir a resposta ao tratamento.

Escalas abreviadas de notas dos pais e professores são suficientes para indicar se o TDAH é um problema. Os pais e os professores usam a escala de avaliação das deficiências (IRS - Impairment Rating Scale) para descrever o que eles veem como os principais problemas das crianças em forma narrativa. Notas, então, quantificam como os sintomas das crianças afetaram cada um dos seguintes domínios:
1- relacionamento com os colegas e irmãos
2- relacionamento com os pais ou professores
3- o progresso acadêmico de cada crianças
4- o comportamento em sala de aula e em casa
5- a autoestima
6- problemas em geral e a necessidade de tratamento

Intervenção dos pais

A abordagem comportamental focaliza as habilidades dos pais, o comportamento da criança e os relacionamentos familiares. Os pais aprendem habilidades, tais como o modo de prestar atenção positiva na sua criança quando ela estiver fazendo alguma coisa que eles gostem, e como modificar as técnicas de acordo com as necessidades.

Os ABCs da modificação do comportamento para os pais são: Modificar os Antecedentes (coisas que acontecem antes dos comportamentos, por exemplo, uma solicitação à criança); Comportamentos (o que a criança faz em resposta e que os pais querem mudar); Consequências (coisas que acontecem depois do comportamento, por exemplo, a resposta à desobediência)

Não se trata de tentar ensinar a criança a pensar de modo diferente, mas, realmente, de ensinar os pais a usar a sua atenção e consequências positivas para moldar o comportamento da criança e reforçar coisas que eles querem que a criança faça mais, e consequências negativas brandas para ajudar a criança a aprender.

Programas de Habilidades dos Pais

A maneira mais comum de aprender essas habilidades é baseada em grupos, com sessões semanais com um terapeuta (de 8 a 16 sessões). Os pais aprendem uma técnica, vão para casa e a implementam do modo que aprenderam e discutem o progresso, a resolução dos problemas, e aprendem nova técnica a cada semana. Daí, as sessões geralmente diminuem para mensal ou trimestralmente, uma vez que o comportamento esteja sob controle.

As intervenções precisam ser factíveis e palatáveis para as famílias, de modo que elas possam ser mantidas por longo prazo. Os programas ensinam habilidades tais como sistemas de recompensas, e como dar ordens corretamente. A melhora geralmente é gradual, e deve haver um plano caso a criança desande, especialmente durante as transições mais importantes do desenvolvimento, como iniciar o ensino médio.

Treinamento de Habilidades para os Professores

A intervenção comportamental na escola somente pode acontecer se os professores focarem em um bom gerenciamento de práticas de sala de aulas, no desempenho acadêmico e nos relacionamentos entre os colegas.

O treinamento de professores é amplamente disponível e programas gerais que treinam todos os funcionários e administradores, ou seguem um modelo de consultoria (Isso nos Estados Unidos). Começam com sessões semanais com um terapeuta ou psicólogo da escola. As sessões vão se distanciando conforme os professores aprendem as habilidades que vão utilizar com as crianças TDAH nas horas de aula. Em geral, os professores precisam de 2 a 10 horas de treinamento. As técnicas comportamentais devem se integrar aos programas baseados na escola, tais como os planos IEPs e o 504 (Isso, nos Estados Unidos) e devem estar disponíveis a todos os membros relevantes da equipe escolar.

Cartão Diário de Avaliação

Uma coisa que é absolutamente essencial para as crianças com TDAH é um cartão de avaliação diário. É uma ferramenta para o monitoramento constante do progresso da criança e pode ser utilizado para ajustar a dosagem mais adequada da medicação, se necessário.

Um pai ou m terapeuta age em conjunto com a escola para determinar as metas para a criança – o que fará a criança atuar melhor na sala de aula, as coisas mais importantes que precisam ser reduzidas em termos de problemas ou de trabalho acadêmico. Então, juntos, eles estabelecem um sistema simples para o professor avaliar periodicamente como a criança se comporta durante o dia, para dar o reforço que ela precisa e fornecer uma nota para casa. Os pais seguem em casa com recompensas para a criança que está apresentando um bom dia escolar. Há um modelo de cartão de avaliação diária que pode ser baixado em www.ccf.fiu.edu

Essa ferramenta é necessária porque as crianças com TDAH precisam de reforço específico para seu comportamento com maior frequência do que uma vez por semana. Custa pouco e toma pouco tempo do professor, mas é eficiente para mudar o comportamento da criança na escola. Uma vez adotado o cartão diário de avaliação, ele reduz o tempo que os professores precisam gastar para lidar com os comportamentos problemáticos da criança e proporcionam uma ferramenta para o monitoramento contínuo do progresso da criança.

Intervenções com a Criança

A abordagem comportamental e de desenvolvimento usada com as crianças focaliza no ensino de competências acadêmicas, recreacionais e sociais/comportamentais, diminuindo a agressividade, aumentando a obediência, desenvolvendo amizades consistentes, melhorando o relacionamento com os adultos e construindo a autossuficiência.

Há vários níveis de tratamento: para-profissionais, tratamento intensivo (como programas de 8 semanas no verão), sessões depois das aulas, e sessões de 6 horas aos sábados. Todos os programas usam um núcleo de procedimentos que incluem treinamento (coaching), uso de exemplos, modelagem, representação teatral de papéis, reforço, recompensas e consequências, e prática.


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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

VINTE E UM COMENTÁRIOS IGNORANTES SOBRE O TDAH (E OS FATOS PARA REFUTÁ-LOS) - 428

VINTE E UM COMENTÁRIOS IGNORANTES SOBRE O TDAH (E OS FATOS PARA REFUTÁ-LOS)

O TDAH não é desobediência de propósito. Não é causado por muito açúcar ou muitos jogos eletrônicos. E castigo físico não é um método de cura. A seguir, nossos leitores compartilham 21 dos mais ignorantes comentários sobre o TDAH, e os fatos que usam para refutá-los. Pelos leitores e editores de ADDitude.

Os piores comentários sobre o TDAH

Quando de fala sobre o TDAH, os mitos e a desinformação abundam. Nossos leitores compartilham alguns desses comentários idiotas e sem pés nem cabeça que ouviram de estranhos, professores, médicos e membros da família, sobre o TDAH. Prepare-se para o massacre de insensibilidade.

1- É somente uma birra

Minha mãe ficou em minha casa por uns dias. Toda vez que meu filho “enlouquecia”, ela dizia “Bem, para mim, é só uma crise de birra”. Eu até poderia concordar com ela se esses descontroles não acontecessem todos os dias!

2- É um falha de caráter

Enquanto eu crescia, meus pais me faziam crer que era um “defeito no meu caráter”, e não desatenção, o que me impedia de ir bem no desenvolvimento das habilidades acadêmicas. Precisei reconhecer o TDAH nos meus próprios filhos para começar a me livrar do sentimento de culpa!

3- É um criador de caso

Quando meu filho estava no quarto ano, sua professora ficou cansada com o que ela descrevia como “mau comportamento” e “desrespeito às regras”. Ela começou a dizer que nós éramos uma família de “criadores de caso”. Um professor não devia ter mais conhecimento?

4- Hiperativo

Oh, ele é só um pouquinho hiper”. Bem, isso é uma subestimação.

5- Aprender a ser pai (mãe)

Antes de ser diagnosticado como TDAH, um pediatra sugeriu de verdade que eu tomasse aulas de como ser pai ou mãe. Foi preciso que eu me mudasse para outro estado e consultasse outro pediatra para que meu filho fosse corretamente diagnosticado com TDAH.

6- O melhor remédio

Um dia fui comprar a medicação do meu filho e o farmacêutico disse “Você sabia que economizaria um bom dinheiro se em vez de remédio lhe desse umas boas palmadas?”. Fiquei chocada!

7- A solução é o Esporte

Alguém uma vez me disse que se eu pusesse meu filho para praticar algum esporte os problemas de comportamento deles seriam resolvidos. “Ele só precisa ficar muito cansado”.

8- Pais que criticam

Eu nunca deixaria meu filho fazer isso”. Acho que seu filho não tem TDAH.

9- Por um freio nele

O que há de errado com essa criança?! Por que os pais não põem um freio nela?”. Se fosse assim tão simples.

10- Teste do tempo

Ela vai superar isso”. Já ouviu falar do TDAH do adulto? Suspiro.

11- Mal ajustado socialmente

Fui apelidado de “mal ajustado” pela minha professora de jardim de infância, mas, na verdade, eu ficava apenas aborrecido porque não estava aprendendo nada novo.

12- Desmotivado

Enquanto crescia, fui chamado de “preguiçoso e desmotivado” e foi dito que eu só precisava me aplicar mais.

13- A vergonha das drogas

Então há os que dizem “Oh meu Deus, você dá essas drogas para ela? Você não tem medo do que elas fazem a ela?” Humm...não. Estou mais preocupada com o que minha filha vai fazer se ela não tomar seus medicamentos!

14- Vantagem desonesta

O Plano 504 e os IEPs (Programas Individuais de Educação) são uma vantagem desonesta”. Oh, tá certo, porque ter TDAH é como dar um passeio na praça.

15- Esforce-se

Você não está vivenciando todas as suas potencialidades. Se você apenas se esforçasse mais um pouco...”. Nós todos já escutamos isso.

16- As dificuldades para a pender

Fui diagnosticada com TDAH no jardim de infância. Minha professora do primeiro ano disse “Bem, ela só é burra e não consegue aprender”. Hoje, tenho 4 graduações de bacharel e uma de mestrado, e estou me preparando para um doutorado. Adivinha se eu não provei que ela estava errada.

17- Os inteligentes

Gente inteligente não tem incapacidades e gente com incapacidades não é inteligente”. Isso, obviamente, não é verdade. Já ouviu falar de Einstein? Sim, ele tinha TDAH.

18- Um dia “tipo TDAH”

É uma neura pra mim quando um não TDAH brinca dizendo “Hoje estou tão TDAH”, quando estão distraídos. É o tipo de piada que faz as pessoas deixarem de considerar o TDAH um transtorno grave.

19- Um lar desfeito

Uma vez, alguém me disse que eu me comportava daquele jeito porque eu era o produto de um “lar desfeito”.

20- O que há num nome?

Irresponsável” é uma palavra que ouço constantemente enquanto cresço. Sinto que é o meu nome do meio, ou segundo nome.

21- Sobrecarga de TV

Tive um professor de psicologia que me disse que o TDAH era provocado por maus pais e por excesso de TV! Fiquei vermelho de raiva por vários dias. Doeu meu coração pensar que alguém pudesse realmente dizer isso.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O TDAH da criança e o do adulto podem ser transtornos independentes. 427

O TDAH da criança e o do adulto podem ser transtornos independentes.

Novas pesquisas, polêmicas, sugerem que as pessoas, que não demonstram nenhum sinal de TDAH na infância, podem desenvolver a condição mais tarde na vida e, inversamente, crianças com o diagnóstico podem superar no crescimento os seus sintomas.
Duas novas pesquisas sugerem que o TDAH adulto não é uma simples continuação do TDAH da infância, mas, na verdade, um transtorno separado, com um desenvolvimento independente ao longo da vida. E, além disso, o TDAH com início na idade adulta pode ser realmente mais comum do que o de início na infância. Esses dois resultados vão contra o que se acredita popularmente, e pedem para serem confirmados com mais pesquisa.
Os dois estudos, publicados no número de julho de 2016 do JAMA Psychiatry, usaram metodologia semelhante e mostraram resultados muito parecidos. O primeiro, conduzido por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil, avaliou mais de 5 mil indivíduos nascidos em 1993 na cidade de Pelotas. Aproximadamente 9% deles foram diagnosticados como TDAH da infância – uma taxa bem dentro da média. Doze por cento dos mais de 5 mil indivíduos preencheram os critérios de TDAH quando adultos – significativamente mais do que era esperado pelos pesquisadores – mas havia superposição muito pequena entre os grupos. De fato, somente 12,6% dos adultos com TDAH tinham sinais diagnosticados como TDAH na infância.
O segundo estudo, que avaliou 2.040 gêmeos nascidos na Inglaterra e no País de Gales de 1994 a 1995, verificou que de 166 indivíduos que preenchiam os critérios para TDAH do adulto, mais da metade (67,5%) não tinham nenhum sintoma de TDAH na infância. Dos 247 indivíduos que preenchiam os critérios para TDAH na infância, menos de 22% retiveram tal diagnóstico como adultos.
Os resultados desses dois estudos confirmam os achados de uma pesquisa da Nova Zelândia, publicada em outubro de 2015, na qual foram seguidos indivíduos desde o nascimento até a idade de 38 anos. Dos pacientes que mostraram sinais de TDAH como adultos, naquele estudo, um surpreendente índice de 90% não mostraram nenhum sinal do transtorno na infância.
Os resultados combinados desses dois estudos sugerem que a definição mais amplamente aceita do TDAH (como um transtorno que se desenvolve na infância e ocasionalmente se resolve com o crescimento do paciente) pode estar precisando de uma revisão. Alguns especialistas permanecem em dúvida, entretanto, e sugerem que os autores dos estudos podem ter simplesmente ignorado os sintomas de TDAH na infância nos casos em que ele aparentemente surgiu na idade adulta.
Como essas dúvidas sugerem que as pesquisas do Reino Unido, Brasil e Nova Zelândia podem ter subestimado a persistência do TDAH e superestimado a prevalência do TDAH de aparecimento no adulto, seria um erro para os profissionais admitir que muitos adultos a eles encaminhados com sintomas de TDAH não tiveram uma história de TDAH na infância”, escreve Stephen Faraone, Ph.D., e Joseph Biederman, M.D., em um editorial alertando a comunidade TDAH a interpretar os dois mais recentes estudos como “um grão de sal”. Eles acham que os resultados são “prematuros”.

Em ambos os estudos, entretanto,os que tinham TDAH do adulto mostraram níveis elevados de comportamento criminoso. Abuso de substâncias, acidentes de tráfego e tentativas de suicídio. Essas preocupantes correlações permaneceram mesmo após os autores terem ajustado a análise para outros transtornos psiquiátricos – provando uma vez mais que quer se desenvolva na infância ou na idade adulta, o TDAH não tratado é um problema sério. Por Devon Frye. ADDitude.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Tome cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor - 426

Tome cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor

Para os médicos que são treinados em transtornos do humor, os sintomas do TDAH podem se parecer com Transtorno bipolar. Não deixe que seu médico erre o seu diagnóstico.
Dr. Willian Dodson, M.D.

As pessoas com o sistema nervoso do tipo TDAH são passionais. Elas sentem as coisas mais intensamente que as pessoas com sistema neurológico normal. Elas tendem a reagir exageradamente a pessoas e a acontecimentos em suas vidas, especialmente quando percebem que alguém as está rejeitando e retirando amor, aprovação ou respeito.

Os médicos veem o que estão treinados a ver. Se eles veem “oscilações de humor” somente em termos de transtornos de humor, eles mais provavelmente diagnosticarão um transtorno de humor. Se eles são treinados a interpretar a excessiva energia e o pensamento veloz em termos de mania, isso é o que eles provavelmente diagnosticarão.

De acordo com dados do National Comorbidity Survey Replication (NCS-R), todos os adultos com TDAH foram diagnosticados como tendo transtorno bipolar do humor (TBH). O TDAH não foi uma opção. Quando a maioria deles obteve o diagnóstico correto, eles já tinham se consultado com 2,3 médicos, em média, e fracassado em 6,6 tipos de tratamento com antidepressivos e estabilizadores do humor.

Antes de que um médico faça o diagnóstico, os pacientes precisam saber que as doenças do humor:

- Não são desencadeadas por eventos da vida diária; elas “caem do céu”
- São independentes do que está acontecendo com a vida da pessoa
(quando coisas boas acontecem, eles ainda se sentem “miseráveis”);
- Têm início lento, durante semanas ou meses;
- Duram semanas ou meses, a não ser que tratados.

Os pacientes também precisam saber que as oscilações de humor do TDAH:

- São uma resposta a algo que está acontecendo na vida da pessoa;
- Combinam com o que a pessoa percebe como fator desencadeante;
- Mudam instantaneamente;
- Desaparecem rapidamente, geralmente quando a pessoa diagnosticada com TDAH se engaja em algo novo e interessante.


Se você não consegue que seu médico veja essas distinções importantes, a probabilidade é de que você será mal diagnosticado e não receberá o tratamento adequado. 

 O tratamento do autismo se distancia do “conserto” da condição Existem diferentes maneiras de ser feliz e funcionar bem, mesmo que seu cér...