RJ: 14% dos alunos da rede pública não leram nenhum livro em
5 anos. Estudo foi feito com 4 mil estudantes do ensino médio
Dados divulgados pela Secretaria estadual de Educação do Rio
mostram que os estudantes do ensino médio da rede pública não leem muito. A
pesquisa feita com 4 mil alunos mostra que 14% não leram nenhum livro nos
últimos cinco anos. Outros 11% leram apenas um, e 26% somente dois ou três, ou
seja, 51% dos alunos leram de 0 até 3 livros nos últimos 5 anos. Já 49% leram
de 4 a mais de 20 livros.
A diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação,
Priscila Cruz, considera o resultado alarmante. Para ela, a leitura do texto
literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta
fase de formação.
- Isso é sofrível. Como esses estudantes cumpriram essa
etapa da vida acadêmica sem ler um livro sequer? A literatura faz parte do
ensino médio. Esse tipo de aluno nunca vai conseguir passar no Enem, por
exemplo. É somente por meio da leitura que descobrimos as múltiplas faces da
linguagem - diz.
Para Priscila, a qualidade do ensino nessas escolas tem que
ser mais bem avaliada e mais bem monitorada.
- É preciso saber como o professor atua. Faz parte do
trabalho dele incentivar a leitura. O custo dos livros não pode ser desculpa
para isso. Hoje temos bibliotecas públicas e na web também é possível fazer
download de várias obras. O hábito da leitura deve fazer parte da rotina dos
estudantes - conta
A pesquisa também revelou que 78% dos estudantes têm computador
com acesso a internet.
- Era muito melhor dar livros para esses jovens do que um
computador. A internet deve ser usada como uma ferramenta de acesso para a
leitura - explica.
De acordo com a pesquisa, a qualidade do ensino nas escolas
estaduais foi bem avaliada por 67% dos alunos. Para 13% é excelente, enquanto
que para 54% é bom. Apenas 4% o avaliam negativamente.
Meu comentário: O estudo não considerou a prevalência de 4 a 9% do TDAH nessa população de estudantes. Entretanto, isto não invalida as considerações feitas por Priscila.
Meu comentário: O estudo não considerou a prevalência de 4 a 9% do TDAH nessa população de estudantes. Entretanto, isto não invalida as considerações feitas por Priscila.
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