terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Jogo da Vergonha e o TDAH (381)


Por que pessoas com TDAH sofrem com sentimentos de vergonha e como elas conseguem superá-los. Por William Dodson, M.D.

Vergonha não é culpa

Vergonha (shame) é umas das mais velhas palavras inglesas conhecidas, que originalmente significava "esconder" ou "encobrir". Como tal, vergonha é a coisa mais difícil de se lidar, porque tende a ficar escondida e nunca ser resolvida. Sentir vergonha é diferente de sentir culpa. Culpa refere-se a algo que se tenha feito. Vergonha tem a ver com o que se é.

Sentir-se isolado e diferente

Para os TDAHs, a vergonha surge de repetidos fracassos para atingir as expectativas dos pais, professores, amigos, chefes e o mundo. Calcula-se que os que têm TDAH recebem 20 mil mais mensagens negativas até a idade de 12 anos do que os que não têm o transtorno. Eles se vêem a si mesmos como fundamentalmente diferentes e imperfeitos. Eles não são como as outras pessoas.

Sentir-se mal consigo mesmo

É especialmente doloroso quando pessoas bem comportadas, que fazem parte da vida de uma pessoa com TDAH, dizem que ela falhou ou que desistiu. Os TDAHs são acusados, diretamente ou por simplificação, de serem preguiçosos, ou deliberadamente desobedientes - como se eles se programassem para fracassar. É difícil não se sentir mal consigo mesmo. De fato, um especialista acredita que a "baixa autoestima" deveria ser um dos critérios para o diagnóstico do TDAH nos adultos.

Raiva contra os que criticam

Os TDAHs que sentem vergonha escondem-se em si mesmos - ou escondem-se atrás de uma raiva contra a fonte identificada da negatividade. Isso pode explicar por que pessoas com TDAH temem que os outros as conheçam intimamente, ou que vejam como elas vivem. Os TDAHs guardam dois segredos horríveis: seu futuro é descontrolado  e incontrolável, e a vida pode infligir a vergonha que machuca, tão facilmente quanto engendra o sucesso.

Dificuldades com as tentativas de ser perfeito

A muitos TDAHs, a vergonha causa a tentativa de serem perfeitos. Uma pessoa pensa: "Se eu pareço e faço tudo perfeito, posso evitar a vergonha. Um TDAH, que tenha essa crença, está constantemente avaliando todos em sua vida - amigos, família, filhos - para ver o que eles aprovam e valorizam, e lhes dá isso de volta. A pessoa com TDAH se esquece do que quer de verdade para a sua própria vida.

A desistência

Muitos TDAHs, que sentem vergonha, param de tentar fazer coisas - no trabalho e em casa - a não ser que tenham a garantia antecipada de sucesso rápido, completo e fácil. Eles não têm a habilidade de manter o esforço por muito tempo, se não estão tendo sucesso completo. Isso geralmente é interpretado como preguiça, levando a pessoa a se sentir mais envergonhada e mais mal compreendida. É por essa razão que os videogames são tão populares. Se você fracassa, só você fica sabendo. Você reinicia o jogo e segue em frente, como se nada tivesse acontecido.

A vergonha de pedir ajuda

A vergonha aparece no caminho dos adultos e crianças que pedem ajuda. Para muitas pessoas com TDAH, contar ao médico os seus fracassos e pedir para receber medicação para ajudá-las a serem bem sucedidas, é impensável. Elas já tentaram de tudo e nada funcionou. Muitas crianças preferem repetir de ano a pedir ajuda do professor. É por isso que muitos pais acham que foram cegos quando descobrem o quão mal seu filho está indo nos estudos. Seu filho não conta nada para eles porque sente muita vergonha em ter de admitir isso.

Culpar os outros

Muitos com TDAH resolvem culpar os outros por sua incapacidade de resolver os problemas que os fazem sentir vergonha. Depois que encontram alguém a ser culpado, lavam as mãos da responsabilidade e das providências para corrigir o erro. A meta de quebrar o ciclo da vergonha é adotar o ponto de vista do investidor financeiro George Soros: "Não há nada vergonhoso em estar errado, só em fracassar na correção de nossos erros"

Espantar a vergonha sorrindo

Para os TDAHs, o humor é uma das melhores armas contra a vergonha. Rir de uma situação que deu errado ou de um erro que você cometeu traz mais aceitação de si mesmo e alivia as atitudes geralmente severas desenvolvidas contra si próprio na infância. o humor elimina o poder da vergonha sobre nós.

Aceite-se a si mesmo - com verrugas e tudo

Embora as pessoas que se sentem envergonhadas sejam intensamente focalizadas em como o mundo exterior as vê, o primeiro passo para combater isso é a auto-aceitação. Até que uma pessoa com TDAH seja capaz de aceitar-se e valorizar-se, embora não seja perfeita, ela realmente não poderá acreditar que os outros possam amá-la do jeito que ela é.

Encontre um líder de torcida

Ter alguém - um amigo, vizinho, treinador, ou avô - que aceite e ame uma criança ou adulto com TDAH, apesar dos seus defeitos e limitações, é vital para superar a vergonha. Isso é o oposto do perfeccionismo, no qual a aprovação está na dependência do que a pessoa tem feito ultimamente. A pessoa que aceita age como um vaso que contém a memória de você como uma pessoa boa e valiosa, mesmo quando as coisas não vão bem.

A força dos números

Um grupo de apoio aos TDAHs pode ser uma ilha de boa recepção num mundo TDAH. Finalmente, a pessoa é compreendida. As outras pessoas do grupo estiveram em suas sandálias e sabem a vergonha e o fracasso em ser diferente. o grupo vê a pessoa como ela é e corrige as distorções que resultam de esconder-se em um mundo interior de vergonha. Além disso, grupos de auto-ajuda estabelecem metas específicas para os TDAHs que são mais realistas e amáveis.

Revele a verdade

Um médico e um terapeuta precisam ser vigilantes para os sinais da vergonha porque muitos TDAHs a escondem do mundo. É fundamental para o diagnóstico correto e a terapia bem sucedida que o terapeuta e o paciente estejam conscientes da intensidade emocional que é parte da vida de um paciente. Uma grande quantidade de pacientes tenta esconder este componente emocional, temerosa de ser ferida posteriormente se a verdade for conhecida.


ADDitude

domingo, 21 de dezembro de 2014

O jeito TDAH de economizar dinheiro (380)



Nosso guia passo a passo para administrar seu dinheiro contém estratégias simples para fazer um planejamento e aderir a ele, no Natal, Ano Novo e durante todo o ano. Pelos editores de ADDitude.

Como fazer um orçamento em 10 passos

Para muitas pessoas - especialmente os TDAHs impulsivos e cheios de energia, só o pensamento de se sentar e fazer um orçamento desencadeia medo e ansiedade. O que é mais monótono e deprimente que, meticulosamente, calcular com exatidão o que você não pode comprar? Porém, fazer um plano financeiro pessoal, com o qual você consiga viver, não precisa ser aquela tortura. Com nosso guia de dez passos, você poderá criar um planejamento financeiro que o manterá livre de dívidas e deixará uma pequena folga para uma ostentação ocasional.

1- Defina o Orçamento

Sente-se e defina o que um orçamento significa para você, e por que você precisa dele. Seja honesto consigo mesmo, e admita se você essencialmente odeia a palavra. Então, estabeleça o orçamento como um passo necessário que lhe permitirá planejar o futuro, e não se preocupe sobre ter ou não dinheiro para pagar as contas. Pense em dez boas razões para criar hábitos saudáveis de gastar, então escreva a lista e coloque-a onde você paga as suas contas [deve ser pela internet]. Os TDAHs progridem com planos de ação específicos. Esta será a sua lista financeira do que fazer.

2- Não gaste mais do que você ganha

O segredo para um orçamento eficiente? Gaste menos do que o total dos seus ganhos. Parece muito simples, mas na verdade requer a manutenção de anotações cuidadosas, o que não é o nosso ponto forte. Durante um mês, anote cada compra que fizer. Obtenha um recibo sempre que puder, anote os seus cheques, e imprima imediatamente os recibos de compras online. Pense em utilizar um aplicativo que o ajude a manter o controle dos gastos.

3- Confira as lições aprendidas

Durante o seu mês de acompanhamento, use um diário financeiro para ter mais consciência dos seus gastos e pergunte sempre se cada compra é mesmo necessária. Adultos com TDAH têm a tendência de gastar demais, especialmente durante os feriados de fim de ano. Somente força de vontade não vai impedir isso. Anote seus sentimentos quando fizer certas compras.

4- Pergunte, "O que posso mudar?"

Ao final do mês, reveja seu diário e descubra padrões nos seus hábitos de gastar. Veja com o quê você gasta dinheiro. Pergunte a si mesmo:

a- Como gastei demais?
b- Com eu justifiquei isso?
c- Como eu defino luxúria versus necessidade?
d- Como me sinto depois de gastar demais?
e- O que devo mudar para me manter dentro do orçamento?

5- Corte custos

Certos custos, é claro, são fixos. Então, procure por lugares onde você está esbanjando. Você comprou livros novos, mesmo que sua estante esteja se dobrando sob o peso dos livros não lidos? Você comprou um terno novo, mesmo que seu guarda-roupas esteja entupido de roupas que você não usa? Artigos com desconto o atraem? Ou você enlouquece na mercearia?

6- Elabore soluções

Tente estas ideias para evitar o gasto excessivo: Se o banco o "mata" com as taxas administrativas, tente mudar de banco ou mude para uma conta com taxas menores ou adote pagamento automático de contas. Se estiver fazendo compras por impulso, deixe o cartão de crédito em casa e saia com pouco dinheiro. Se o tratamento do seu TDAH  estiver esvaziando a sua carteira, veja se encontra algum programa de saúde pública que o ajude a pagar as despesas de medicamentos [é pra rir ou pra chorar...?], mais dedução no imposto de renda [idem...].

7- Crie o seu orçamento

Agora, tá na hora de anotar todos os seus gastos - fixos e ocasionais - para um mês normal. Procure economizar 10% do seu rendimento mensal, e sempre tenha no banco três vezes mais que os seus gastos mensais, só para o caso de necessidade. Então, adote uma atitude de gratidão. Seu orçamento suporta suas necessidades básicas, de modo que você não está devendo. Você terá mais probabilidade de aderir ao planejamento se incluir, também, algum gasto com diversão.

8- Planeje para despesas extraordinárias

Mesmo que você tenha feito um bom planejamento, eventos inesperados e emergências sempre podem ocorrer. Os melhores orçamentos prevêem  isso. Adote medidas preventivas para enfrentar grandes despesas. Vá ao médico regularmente para cuidar da saúde de sua família. Faça as manutenções de rotina em sua casa e em seu carro. Tenha algum dinheiro extra com você, para o caso de eventos inesperados, que inevitavelmente acontecem. Inclua a quantia em seu plano de poupança.

9- Organize seu jeito TDAH

Mantenha seus documentos financeiros em ordem durante o ano todo, de modo que você possa ter a maior quantia possível de devolução do imposto de renda, por ter todos os documentos que são necessários. Use um aplicativo próprio para TDAH. Tenha uma pasta-arquivo para cada mês, para guardar registros financeiros importantes. Codifique com etiquetas coloridas as pastas adicionais, dependendo do tipo de documento que contenham. Estabeleça uma propina para você mesmo, para organizar os papeis uma vez ao mês, com uma gratificação especial depois que terminar o trabalho.

10- Peça ajuda quando for preciso

Muitas pessoas acham útil usar programas financeiros computadorizados como o Microsoft Money ou o Quicken. Se você precisar de ajuda para usar esses softwares, ou se ficar atrapalhado com o procedimento todo, consulte um contador ou um amigo que tenha habilidades financeiras. Você também poderá encontrar ajuda em sítios da internet tais como Mint e LearnVest.


ADDitude

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Dez modos novos de estudar para quem tem TDAH (379)


Chega de "rachar" a noite toda. As pesquisas mostram que estas sólidas técnicas de estudo, a seguir, ajudam as crianças (e os adultos) com TDAH a aprender de modo mais rápido e a se saírem melhor nas provas. Por Ann Dolin, M.Ed.

Menos é mais

Para estudantes com TDAH, estudar para uma prova ou um teste pode ser assustador, frustrante e cansativo. Mas, não precisa ser desse jeito. Por sorte, as novas pesquisas mostram que os estudantes que têm TDAH não precisam gastar mais tempo estudando; eles só precisam estudar de modo diferente.

Deixe de lado o livro de texto

A leitura é um modo de aprendizado desafiador para o cérebro TDAH. Ela é passiva, como aprender a jogar basquetebol vendo seu treinador jogar. A melhor maneira de estudar é fazer um teste prático. Tente prever o que o seu professor poderá perguntar numa prova. Procure no seu guia de estudos, verifique perguntas e testes antigos, descubra anotações importantes e pergunte aos colegas de classe o que eles acham que seja importante. Então crie um teste prático.

A tecnologia é sua amiga

Como você vai olhar atentamente suas anotações para criar um teste prático, use essas ferramentas para captar o que você pode ter perdido durante a leitura. Aplicativos, como Notability e Livescribe Smartpen gravam a aula enquanto você toma notas, sincronizando o áudio com as anotações. Ouvir uma aula novamente é uma grande ajuda para quem aprende de ouvido.

Espalhe a matéria

Não "rache" para as provas. Estudar as matérias em várias sessões mais curtas - 45 minutos ao dia por quatro dias - lhe dará familiaridade mais profunda com os assuntos. O que é mais importante, dormir com o assunto na cabeça o ajudará a reter mais dele. Durante o sono o cérebro trabalha novamente a informação que você aprendeu. Revisar o assunto por vários dias aumentará as chances de que você se lembrará mais do assunto e o entenderá melhor.

Estude em uma cafeteria

Aumente seu foco e sua motivação para o estudo procurando locais fora de sua casa ou de seu quarto. Desse modo, um laptop, celular ou um cachorro em casa não vão tirá-lo da tarefa. Algumas crianças estudam bem na Starbucks ou outra localização que tenha um nível moderado de barulho de fundo. Outros preferem se sentar às mesas de bibliotecas, longe de sons e visões que distraiam. Experimente e veja o que funciona melhor para você.

Faça uma revisão antes de se deitar

As pesquisas mostram que você se lembrará melhor quando tirar 10 a 15 minutos para revisar a matéria logo antes de ir dormir. Não faça todo o seu estudo na hora de se deitar, somente faça uma pequena revisão para que o cérebro processe a informação conforme você sonhe.

Mexa-se mais, aprenda mais

Trinta minutos de exercícios aeróbicos por dia, quatro a cinco dias por semana, aumentam seu foco e suas habilidades de funções executivas, especialmente para estudantes com TDAH. Se você é um estudante atleta, estude no ônibus ou no carro enquanto viaja de volta para casa depois de um evento. Pense em estudar logo depois de se exercitar, também. Se você não pratica um esporte, caminhe com seu cachorro, atire algumas flechas ou se balance em um trapézio antes de fazer o trabalho de escola.

Fareje o sucesso

Seu nariz é uma arma poderosa para o estudo. As pesquisas mostram que se você for exposto ao mesmo cheiro quando estuda e dorme, você se lembrará mais. Eis aqui como fazer: Quando estudar, ponha um pequeno pires com óleo essencial por perto (hortelã é uma boa escolha porque diminui o estresse). Ponha um pequeno pires da mesma essência ao lado da sua cama quando for dormir. A pesquisa sugere que seu cérebro associa o perfume com o material estudado - e você se lembrará mais do assunto.

Dê a si mesmo um tempo

Não mergulhe na matéria para a prova por horas seguidas, até o final. As pesquisas mostram que os estudantes se lembram mais quando fazem pausas durante as sessões de estudo. Ter um pequeno intervalo permite que seu cérebro reveja a informação, mesmo quando você não sabe que ele está fazendo isso. Ajuste um timer para 20 minutos, para que você faça uma pausa.

Tire uma soneca

Os especialistas dizem que muitas pessoas precisam dormir de oito a nove horas por noite para lembrar-se do que aprenderam.Adolescentes precisam de mais horas ainda. Trinta minutos de cochiladas à tarde podem ajudar. Assegure-se de que essas "siestas" não sejam maiores do que trinta minutos, porque sonecas mais prolongadas vão prejudicar o seu sono à noite.

Doces recompensas

Bebidas doces podem aumentar o foco e o humor. Gatorade ou suco de maçã fornecem glicose, que é a principal fonte de energia para o cérebro. Se você estiver com a glicose baixa, não será capaz de focalizar e de se desempenhar bem. Entretanto, evite bebidas com alto teor de açúcar. Elas fornecerão muita glicose, que resultará em uma queda de açúcar mais tarde. Sempre beba aos poucos, não engula de modo afobado, uma bebida açucarada, para evitar as grandes alterações do nível de glicose.

ADDitude

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

40% dos alunos concluem o ensino fundamental sem saber interpretar textos. (378)


No quinto ano, 14% dos estudantes não conseguem sequer fazer uma conta de multiplicação com dois algarismos. Dados são da Prova Brasil 2013. 
Por Bianca Bibiano.

Mesmo depois de passar nove anos na escola, 40% dos estudantes brasileiros não conseguem sequer identificar o assunto principal de um texto após sua leitura. E 37% deles também não são capazes de assimilar a ideia de porcentagem em um problema de matemática. É o que revelam os dados preliminares da Prova Brasil 2013, tabulados pelo Instituto Ayrton Senna e divulgados nesta quinta feira.

"Os resultados da avaliação mostram que o problema da educação é cumulativo: o aluno começa no ensino fundamental com o baixo desempenho e segue nesse nível para o ensino médio. Se ele não consegue interpretar um texto simples quando chega ao 9º ano, não saberá resolver um problema de física ou compreender uma questão de filosofia quando estiver no ensino médio, perpetuando um ciclo de baixa aprendizagem", explica Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna.

A Prova Brasil é uma avaliação do governo federal realizada a cada dois anos em escolas públicas e privadas para medir o nível de conhecimento em português e matemática dos alunos brasileiros. Os exames são aplicados para alunos do 5º ano e do 9º ano e consideram o que eles aprenderam (ou deveriam ter aprendido) nos anos em que passaram no ensino fundamental.
No 9º ano do ensino fundamental, 37% dos alunos não conseguem assimilar a ideia de porcentagem e 40% não conseguem identificar o tema de um texto durante a leitura.

Os dados completos não foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela prova. Apenas as escolas participantes tiveram acesso aos boletins de desempenho.

A partir da nota obtida pelos alunos na prova, as escolas são classificadas por nível de aprendizagem, que variam do nível 0 a 9. Na disciplina de língua portuguesa, por exemplo, apenas 0,03% dos alunos do 5º ano atingiram o nível máximo na prova de leitura, ou seja, são alunos capazes de entender a função dos sinais de pontuação no texto. A grande maioria - 60% - não consegue sequer identificar o narrador do texto. Em matemática, a situação  é ainda pior: depois de cinco anos na escola, 14% dos alunos não conseguem fazer uma conta de multiplicação com dois algarismos.


Somadas às taxas de reprovação dos alunos, as notas da Prova Brasil ajudam a compor o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), usado como parâmetro para medir a qualidade do ensino no país. O Ideb 2013 foi divulgado pelo Ministério da Educação em setembro e mostrou o que as notas da Prova Brasil só voltaram a confirmar: a educação está estagnada. "Ainda que exista um esforço para reduzir a reprovação, a qualidade do ensino não melhora. Isso faz com que, ano após ano, os alunos abandonem a escola", diz Ramos. Nesta segunda-feira, um estudo divulgado pela ONG Todos Pela Educação mostrou que 1,6 milhão de jovens estão fora das salas de aula sem ter concluído o ensino médio, o que representa 15,7% do total das pessoas dessa faixa etária.

[BRASIL - País de Tolos]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PAULO BOMFIM


"AI DAQUELES"

Ai daqueles que brincam com a esperança de um povo!

Ai daqueles que se banqueteiam junto à fome de seus irmãos!

Ai daqueles que são fúteis numa hora grave,

Indiferentes num momento definitivo!

Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas!

Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade
e instrumento de sua ambição!

Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo!


Ai daqueles que usam o dinheiro para prostituir,

humilhar e deformar!

Ai daqueles que se atordoam

para fugir das próprias responsabilidades!

Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos enxovalham

tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro!

Ai daqueles que se fazem de fracos no instante da tempestade!

Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo,
que se entregam sem lutar!

Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências,

transacionam com a honra,
especulam com o bem, açambarcam a
felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre pântanos!

Ai daqueles que concordam em morrer vivos!


Poema integrante da série Prelúdios de Inverno. 
In: BOMFIM, Paulo. Sinfonia branca. São Paulo: Martins, 1955

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Importância da detecção do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade no adulto. (377)


Fernando LópeSeco, Adela Masana-Marín, Elisabet Vilella - Hospital Universitário, Instituto Pere Mata, IISPV. Universidade Rovira i Virgili. CIBERSAM. Reus, Tarragona, Espanha.

© 2014 Revista de Neurología (Espanha)(Cartas à Redação)

Estamos totalmente de acordo com Aragonès et al [1], na necessidade de determinar a verdadeira prevalência desse transtorno na população em geral, mas, também, em populações de risco, como é o caso dos adultos com filhos com o diagnóstico de TDAH. Os autores haviam identificado, em um estudo prévio, uma prevalência do TDAH adulto de 0,04% na Catalunha [2]. 

A prevalência global do TDAH adulto se estima em 3-5% [3]. Em seu trabalho recente, havia até uns 12% de pacientes com possível TDAH. Esses pacientes tinham maior prejuízo laboral, social e familiar, maior nível de estresse, mais frequente comorbidade com transtorno afetivo e consumo de substâncias e um maior consumo de psicofármacos.

Em amostra de 146 adultos com filhos em tratamento para TDAH, em nossos centros de saúde mental infantil e juvenil de Reus e Tarragona, encontramos 21,9% de homens e 17,8% de mulheres que superavam o ponto de corte do questionário ASRS para o TDAH (ASRS ≥ 12) [4]. Em 53,4% das mulheres e em 46,6% dos homens havia psicopatologia atual, segundo o questionário SCL-90-R [5]. Em 37% das mulheres e em 23% dos homens havia informação de terem sido tratados devido a algum distúrbio psiquiátrico. Na mulheres, a depressão (17,8%) e a ansiedade (13,7%) eram os antecedentes mais habituais, e, nos homens, os transtornos de adaptação (4,1%). Entretanto, somente 0,7% de toda a amostra informava ter recebido diagnóstico de TDAH como adulto.

A presença de sintomas de TDAH se associou de maneira estatisticamente significativa à presença de psicopatologia atual em ambos os sexos. Todas as mulheres que apresentavam sintomas de TDAH tinham psicopatologia atual, enquanto que, entre as que não superavam a pontuação da ASRS para TDAH, a porcentagem de mulheres com psicopatologia atual foi de 48,3% (c² = 11,6; p < 0,001). Também os homens que apresentavam sintomas de TDAH, tinham, com mais frequência, psicopatologia atual,  que os que não apresentavam sintomas de TDAH (87,5% contra 35,1%; c² = 2,3 p < 0,1).

Segundo o questionário construído para a obtenção de antecedentes psiquiátricos, as mulheres com sintomas de TDAH tinham, com mais frequência, antecedentes psiquiátricos que as que não mostravam esses sintomas (76,9% contra 28,3%; c² = 10,8; p < 0,003). Também havia maior número de homens com antecedentes psiquiátricos entre os que tinham sintomas de TDAH do que entre os que não tinham sintomas, mas essa diferença não foi estatisticamente significativa (37,5% contra 19,3%; c² = 2,3; p < 0,1).

A detecção e o tratamento do TDAH do adulto seria importante para prevenir a deterioração social associada ao transtorno no adulto em áreas tão importantes como a adaptação no trabalho, a sinistralidade e as relações interpessoais e de casais, além de detectar e tratar a elevada comorbidade psiquiátrica e a presença de dependência de drogas (drogadicção) [3].

Além disso, tendo em conta a importante base genética do transtorno [6], no caso dos adultos com filhos com TDAH diagnosticado, seria muito importante a detecção do transtorno nos pais, para dar atenção mais específica e intensiva às famílias nas quais o filho e ao menos um dos pais tenham o transtorno. O TDAH em um dos pais se associa a maior disfunção e maior gravidade sintomática do TDAH do filho [7]. O TDAH do progenitor dificultará mais o exercício das funções paternas [8].

Em resumo, a detecção e o tratamento do TDAH na etapa adulta da vida, em nosso país [Espanha], estão muito abaixo das cifras que se acham na literatura mundial [3]. Entretanto, pode tratar-se de um problema relativamente comum, que gera mal estar nas famílias, provoca disfunção familiar e social, e problemas de saúde adicionais.

Bibliografía

1. Aragonès E, Cañisá A, Caballero A, Piñol-Moreso JL. Cribado para el trastorno por déficit de atención/ hiperactividad en pacientes adultos de atención primaria. Rev Neurol 2013; 56: 449-55.
2. Aragonès E, Piñol JL, Ramos-Quiroga JA, LópezCortacans G, Caballero A, Bosch R. Prevalencia del déficit de atención e hiperactividad en personas adultas según el registro de las historias clínicas informatizadas de atención primaria. Rev Esp Salud Publica 2010; 84: 415-20.
3. Ramos-Quiroga JA, Chalita PJ, Vidal R, Bosch R, Casas M, Palomar G, et al. Diagnóstico y tratamiento del trastorno por déficit de atención/hiperactividad en adultos. Rev Neurol 2012; 54 (Supl 1): S105-15.
4. Ramos-Quiroga JA, Daigre C, Valero S, Bosch R, Gómez-Barros N, Nogueira M, et al. Validación al español de la escala de cribado del trastorno por déficit de atención/hiperactividad en adultos (ASRS v. 1.1): una nueva estrategia de puntuación. Rev Neurol 2009; 48: 449-52.
5. Derogatis L. SCL-90-R. Cuestionario de síntomas. Adaptación española. Madrid: TEA Ediciones; 2002.
6. Thapar A, Cooper M, Eyre O, Langley K. What have we learnt about the causes of ADHD? J Child Psychol Psychiatry 2013; 54: 3-16.
7. Agha SS, Zammit S, Thapar A, Langley K. Are parental ADHD problems associated with a more severe clinical presentation and greater family adversity in children with ADHD? Eur Child Adolesc Psychiatry 2013; 22: 369-77.
8. Johnston C, Mash E, Miller N, Ninowski JE. Parenting in adults with attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). Clin Psychol Rev 2012; 32: 215-28.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Intacto: Meus pedaços (376)


"Nascemos desse jeito, não pedaços restantes de algum outro ser humano mais completo". A perspectiva de um leitor em enfrentar e seguir adiante, mesmo quando a vida o deixa se sentindo inferior.

Por Alyssa McCleanning

Alguns dias eu desabo no chão como uma marionete cujos fios foram cortados, ou como uma boneca que foi atirada em um canto, com meus membros tortos e os olhos fechados. Fico tão cansado de ser eu que tento desligar-me de mim mesmo, nem que seja somente por um instante.

Deve existir paz fora do meu corpo, uma calma que todo mundo diz querer atingir, como se fosse natural não ser perturbado por sua mente. Eu sou o derrotado, e, se eu me atirar ao chão com bastante força, pode ser que eu também fique estilhaçado.

Meus ouvidos estão partidos, captando muitos sons e ignorando as vozes importantes. Meus olhos estão partidos, incapazes de discernir faces e expressões. Minha voz está partida, grunhindo e mudando de volume ao acaso. Meu coração está partido, abalado tantas vezes por um medo que não está presente. Eu queria que fosse mais seguro ser eu mesmo.

Inevitavelmente, eu me ergo. Sei que não posso ficar amontoado no chão. Compreendo que o que é estar partido e me reconcilio com minhas emoções. Partido é o termo que todos usam quando suas mentes não estão do jeito que deveriam estar. Partido, é um termo mais simples de nos explicarmos às pessoas e ao nosso ambiente.

Mas não podemos estar partidos. Não é possível. Nascemos desse jeito, não lascas retiradas de alguma outra pessoa, mais completamente humana. Mesmo que o trauma nos tenha tornado assim, ainda somos uma criatura, um ser humano que ainda pode se mover junto com o mundo. Não foram pedaços de nós que foram retirados. Isso é parte do nosso todo. Isso é como somos.

Luto com minha depressão e ansiedade todos os dias. Elas tingem minhas escolhas, minhas opiniões, meu lugar no mundo. Ter TDAH somente torna mais difícil dizer o que está me atingindo. Mas, apesar de me sentir não humano algumas vezes, entendo que tenho as mesmas experiências que os outros. Eu apenas as percebo de modo diverso. Eu festejo feriados, vou a eventos, tenho amigos e pessoas que amo. E esses amigos e pessoas que amo nunca poderão sentir a vida do jeito que eu posso.

Meu coração exprime alegria e tristeza mais rapidamente, mais agudamente. Essas sensações nunca poderão ser abafadas. Minha voz traz energia e risos às conversas. Meus olhos estão constantemente procurando, vendo o mundo de um jeito que ninguém pode ver. meus ouvidos são mais sensíveis e podem discernir a melodia da harmonia em qualquer situação.

Não posso desgrudar de mim mesmo. Mas ninguém mais também pode me descartar. Sou vida e energia (muita energia). Minha mente tem uma efervescência que não pode ser posta de lado. A experiência humana é para todos, e eu quero desfrutá-la em uma extensão que ninguém mais possa, mesmo que eu fique esgotado ao final de cada dia.

ADDitude

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cães entendem as palavras ditas a eles, diz estudo (375)


Uma nova pesquisa traz evidências de que os cachorros entendem o que é dito, e não apenas a entonação do dono, na hora de responder a comandos.
Cachorros são capazes de responder a diversos comandos feitos por seus donos, mas estes muitas vezes se perguntam se eles entendem o que é dito ou apenas a entonação ou alguma “dica” do que foi falado, respondendo de forma automática. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira oferece as primeiras respostas para essa questão e indica que o melhor amigo do homem é capaz de processar a fala humana de forma mais sofisticada do que se imaginava.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Orienting Asymmetries in Dogs’ Responses to Different Communicatory Components of Human Speech
Onde foi divulgada: periódico Current Biology
Quem fez: Victoria F. Ratcliffe e David Reby
Instituição: Universidade da Sussex, Inglaterra


Resultado: Os pesquisadores mostraram que as palavras que são ditas influenciam a capacidade do cão entender ou não um comando, e não apenas a forma como são ditas

O estudo, publicado no periódico Current Biology, traz evidências de que os cães são capazes de entender tanto componentes subjetivos da fala, como a entonação e o teor emocional, quando as palavras propriamente ditas.  

“Apesar de não podermos dizer quanto ou de que forma os cães entendem informações da fala humana, podemos afirmar que os cães reagem tanto a informações verbais quanto a elementos relacionados à pessoa que fala e que esses componentes parecem ser processados em regiões distintas do cérebro deles”, afirma Victoria Ratcliffe, da Escola de Psicologia da Universidade de Sussex, na Inglaterra, e uma das autoras do estudo.
A pesquisa mostrou ainda que os cães processam a fala humana em um hemisfério do cérebro, e as informações adicionais no outro. Estudos anteriores já haviam mostrado essa tendência quando eles processam informações sonoras emitidas por outros cães.
Observando as reações — Para realizar o teste, os pesquisadores reproduziram uma série de comandos diferentes para os cães, e observaram suas reações. Nesses sons, eles misturaram as variáveis do sentido da fala e as informações adicionais, criando palavras com sentido e sem entonação alguma, palavras sem sentido e sem entonação, com sentido e com entonação e assim em diante. 

Os sons foram emitidos a partir de ambos os lados do animal, para que cada ouvido recebesse o estímulo ao mesmo tempo e com a mesma amplitude, e os pesquisadores observavam para que lado os cães viravam a cabeça após escutar cada comando. “O conteúdo que chega a cada ouvido é transmitido principalmente ao hemisfério oposto do cérebro. Se um hemisfério é mais especializado em processar certas informações do som, esses dados devem vir da orelha oposta”, explica Victoria.
Assim, quando o cachorro se virava para a esquerda, indicava que a informação no som reproduzido foi captada mais proeminentemente pela orelha esquerda, o que sugere que o hemisfério direito é mais especializado em processar esse tipo de informação.
“Se nós temos um comando ao qual eles estão acostumados a responder, é familiar para eles, eles reagem de uma forma. Mas se nós misturamos as sílabas, formando algo que soa similar mas não tem sentido, o comando perde o sentido para eles também e eles reagem de forma diferente”, explica Victoria.
Quando eram apresentados comandos falados familiares, os cães mostraram uma tendência de processar principalmente no hemisfério esquerdo (ou seja, se viravam para a direita), porém quando a entonação e outras características da fala eram mais exageradas, era o hemisfério direito que agia principalmente.
“Isso sugere que o processamento dos componentes da fala no cérebro do cachorro é dividido entre os dois hemisférios de forma muito similar ao que acontece no cérebro humano”, afirma David Reby, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Sussex.
Os pesquisadores ressaltam que essa descoberta não significa que os cães entendem tudo o que os humanos dizem ou que eles possuem uma habilidade em linguagem semelhante à do homem, mas, de acordo com Victoria, os resultados confirmam a teoria de que esses animais prestam atenção “não apenas em quem somos e como dizemos as coisas, mas também no que dizemos”.

veja.abril.com.br/noticia/ciencia/caes

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Transtorno de Ansiedade Social não é timidez (374)


Algumas pessoas acreditam que o Transtorno de Ansiedade Social seja sinônimo de timidez. Outros, incluindo alguns médicos, não creem que ele exista de verdade. Mas, para os que vivem com o TAS, ele é muito real.

Se você tem TAS, você estará constantemente preocupado em ser julgado negativamente pelas outras pessoas. Você poderá achar difícil comer ou falar em público, ou em usar banheiros públicos. Poderá descobrir que é impossível comparecer a eventos sociais. Assim como acontece com outros transtornos de ansiedade, você poderá ter consciência de que seus medos são irracionais, mas se sentirá sem poder para eliminá-los.

O Transtorno de Ansiedade Social não é raro. Os estudos mostram que de 2 a 13% da população dos Estados Unidos sofre de uma ansiedade social, em alguma época de suas vidas, em grau tal que seria tida como TAS. É o tipo mais comum de transtorno de ansiedade em adolescentes. É mais comum nas mulheres e geralmente se inicia na infância ou no começo da adolescência.

A ansiedade social não é um traço da personalidade. TAS e timidez não são a mesma coisa. A timidez é considerada um traço da personalidade. As pessoas tímidas sentem nervosismo ou ansiedade quando enfrentam situação social ou interpessoal, mas aceitam que serem tímidas é parte do que são. As pessoas com ansiedade social podem ser tímidas ou extrovertidas, mas elas sentem que o TAS é uma coisa negativa e geralmente se culpam por sentirem o que sentem.

Sintomas do TAS. A seguir, todos são sintomas de TAS, embora nem todos sejam sentidos por uma pessoa. Algumas pessoas podem ter os sintomas em somente um tipo de situação, enquanto outras podem sentir múltiplos sintomas em várias situações sociais.

• Autocrítica na frente de outras pessoas

• Medo exagerado de que os outros o julguem

• Preocupação por dias ou semanas antes de um acontecimento

• Evitação de situações que necessitem de interação social

• Intensamente desconfortável frente a uma situação social

• Mantém no mínimo a conversação com os outros

• Dificuldade de fazer e de manter amizades

• Ataques de pânico, incluindo tremores, ruborização, náuseas ou   
  sudorese, quando em situação social

• Dificuldade para conversar com outras pessoas

Nem todas as pessoas com TAS são apenas figurantes. Enquanto algumas pessoas com TAS podem permanecer na retaguarda, outras são mais ativas em situações que não exijam delas ações que desencadeiem os problemas. Por exemplo, alguém que fique ansioso por comer em público, pode não ter dificuldade de falar em público. Os sintomas do TAS aparecem somente quando os gatilhos de uma pessoa são ativados.

O TAS é grave. Ele pode interferir com sua capacidade de fazer amigos e de participar das atividades sociais. Mas ele também pode causar problemas de relacionamento, fazer com que você não vá à escola ou ao trabalho, ou fazer com que você tenha notas mais baixas por causa do seu medo de responder questões ou de falar em classe.

O TAS aumento o risco de depressão. Adolescentes com ansiedade social geralmente também sofrem de depressão. Algumas pesquisas descobriram que se você tem TAS, você terá seis vezes mais risco de sofrer de depressão, distimia ou transtorno bipolar. Você também terá maior risco de abusar de drogas. o tratamento precoce poderá reduzir o risco de desenvolver depressão ou outras condições coexistentes.


Existem tratamentos eficazes. Tal como outros transtornos de ansiedade, há ajuda se você tiver fobia social. A terapia cognitiva comportamental (TCC) ajuda as pessoas a entender os gatilhos para a ansiedade e ensina técnicas, tais como "paradas do pensamento" (thought logs), auto-instrução (mindfulness) e exercícios de relaxamento, para ajudar a controlar sentimentos ansiosos. Algumas pessoas usam medicamentos para ajudar a controlar a ansiedade. Isso pode ser especialmente eficaz quando começar primeiro a TCC.

ADDitude

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Dez frases que pessoas bem-sucedidas jamais dirão (373)


O site ForumBlog, em parceria com o Linkedin, publicou as principais frases que pessoas que desejam se tornar bem sucedidas devem abolir.
O que a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, o empresário Ralph Lauren e o mega-investidor George Soros têm em comum? Além de um patrimônio de bilhões de dólares, os três passaram por dificuldades antes de se tornarem algumas das personalidades mais bem sucedidas e influentes do mundo. Por isso se tornaram referência para aqueles que pretendem alavancar um negócio ou fazer fortuna com uma nova ideia, mesmo que começando do zero. Mas o que de fato é preciso para ser uma pessoa de sucesso? Primeiramente, é preciso pensar como um indivíduo bem-sucedido. O site ForumBlog, em parceria com o Linkedin, elaborou as principais frases que grandes líderes devem abolir do vocabulário. Saiba quais são.
1- "Como posso colocar a culpa em outra pessoa?"

Pessoas de sucesso não perdem tempo pensando nos erros de outras pessoas. Em vez disso, elas se preocupam com as oportunidades que podem criar diariamente, transformando o fracasso em força para incentivar suas equipes.

2- "Quando isso acontecer..."

Frases como "quando terminar o projeto...", "quando conseguir aquele emprego dos sonhos..." ou "quando me aposentar..." não são típicas de pessoas poderosas. Elas sabem que alcançar grandes metas não as tornarão felizes de uma hora para a outra, ou melhor, que a felicidade não depende de um único objetivo. Cada dia é uma nova oportunidade para compartilhar e inovar.

3- "Vou pagar na mesma moeda"

Pessoas bem-sucedidas não perdem tempo com vingança. Elas podem ficar chateadas ou frustradas às vezes, mas não desperdiçam energias em machucar os outros. Em vez disso, concentram-se em despertar o que há de melhor em cada pessoa, incluindo as que as incomodam.

4- "Sou assim e ponto final"

Esta frase torna qualquer mudança impossível, seja pela criação, pelas circunstâncias ou por algum erro passado. Pessoas de sucesso preferem focar em palavras positivas. Elas dizem a si mesmas que são confiantes e corajosas, transformando a motivação em realidade.

5- "Eu tenho razão"

Pessoas de sucesso reconhecem que ser a pessoa mais esperta do escritório é bastante irritante, afinal, ninguém gosta de ficar ao lado de pessoas arrogantes, que dizem saber tudo durante confraternizações ou "happy hours". As pessoas de sucesso sempre estão dispostas a aprender e a interagir com outras pessoas e nunca têm medo de admitir que não sabem de alguma coisa.

6- "Por que eu?"

Pessoas bem-sucedidas trocam eu por nós, sempre pensando no que podem fazer para melhorar e ganhar mais experiência. Elas geralmente são altruístas, pois deixam de olhar apenas para o próprio umbigo para ajudar os outros a conquistarem seus objetivos.

7- "Não sou bom o suficiente"

Esta frase devastadora geralmente vem à tona quando uma promoção não acontece ou quando os negócios não vão bem. Pessoas bem-sucedidas tentam manter a autoconfiança, pensando que são mais do que suficientes. Elas sabem que não precisam esperar um objetivo se concretizar para se sentirem felizes e realizadas.

8- "Está bom assim"

Pessoas de sucesso não costumam ser acomodadas. Elas estão sempre inventando maneiras de mudar as coisas para melhor. Elas querem desenvolver coisas diferentes e não param de se perguntar "por que não?"

9- "Não é minha obrigação"

Você nunca será uma pessoa bem-sucedida levando uma vida irresponsável. Elas não obrigam outras pessoas a realizarem tarefas por preguiça ou falta de capacidade própria. Da mesma forma, elas não menosprezam a criatividade. Elas acreditam que a criatividade tem o poder de conectar as coisas as coisas de maneira prática e inspiradora.

10- "Estou sem tempo"


Pessoas de sucesso não se limitam a fazer apenas o que é mais importante. Elas preferem inovar em vez de gerenciar o tempo, sempre colocando família, amigos e bem-estar acima de tudo.

terra.com.br

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