sexta-feira, 12 de setembro de 2014

360- Excesso de TV ou de computador pode causar TDAH?


Pergunta feita por stef241116 a Parents of ADHD Children (ADDitude)

[Estou lendo um livro sobre TDAH, escrito por um psiquiatra, e, embora concorde com a maioria da informação contida nesse livro, discordo fortemente de uma declaração dele, que diz "novos estudos têm revelado que a excessiva exposição à TV ou ao computador pode predispor uma criança ao TDAH". O excesso de TV ou de computador pode causar o TDAH?]

Resposta: 

Eis aqui o porquê. 
Sabemos qual é a explicação médica para o TDAH: uma falta de dopamina no cérebro, assim como outras falhas na função cerebral. 

Também sabemos que ele é MUITO genético. São fatos médicos, não "novas teorias".

Se uma criança SEM TDAH assiste muito à TV, posso entender por que sua capacidade de prestar atenção pode diminuir e por que ele quer estimulação/satisfação imediata, resultando em perda do foco para as coisas mundanas. 

Entretanto, se você tirar a TV da vida dessa criança, como se você estivesse tirando o açúcar de alguém viciado nele, a criança voltará ao normal depois de algum tempo, porque o vício foi resolvido.

Faça isso a uma criança com TDAH e adivinhe o que acontecerá? 
O cérebro dela ainda é TDAH. 
Por quê? Porque é uma condição médica congênita. 
Os efeitos da exposição excessiva à TV, ou ao computador, são hábitos e comportamentos aprendidos. Grande diferença. 
Concorda ou discorda?


ADDitude

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

359- Gestação, Antidepressivos, Autismo e TDAH

Estudo coloca em dúvida a afirmação de que o risco de autismo esteja ligado a antidepressivos tomados durante a gestação

Um estudo dos EUA questiona análises anteriores que associam um risco aumentado de autismo ao uso de antidepressivos durante a gestação. Segundo os resultados publicados no “Molecular Psychiatry”, estes estudos foram meramente capazes de refletir o risco aumentado de autismo relacionado somente à depressão materna. Contudo, a maior probabilidade de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) foi confirmada.
Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (Boston) compararam dados coletados entre 1997 e 2010, de 1.400 crianças com transtornos globais do desenvolvimento, incluindo autismo, com 4.000 crianças saudáveis ​​e fizeram uma correlação com informações sobre suas mães. O mesmo foi feito para 2.250 crianças com TDAH e 5.600 controles pareados.
À primeira vista, a associação entre a exposição pré-natal a antidepressivos e autismo foi confirmada. Contudo, após ajustar para fatores direcionados para depressão grave, a associação deixou de ser significativa. Medicamentos direcionados para a via da serotonina (tanto antidepressivos quanto outros medicamentos) não estavam ligados a um risco aumentado de autismo; enquanto, aparentemente, medicamentos antipsicóticos pareceram aumentar o risco. A probabilidade de TDAH foi reduzida quando o foco foi direcionado para a gravidade da depressão materna, mas permaneceu significativa.

Existem numerosas opções para tratar a depressão e ansiedade durante a gravidez, diz o autor sênior Roy Perlis. “Mas se for preciso usar antidepressivos, espero que as mães possam se sentir confiantes quanto à sua segurança.”

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

358- Os jovens com TDAH têm conexões cerebrais interrompidas


Notícia Publicada na Revista de Neurologia, de Barcelona, Espanha, em 27/08/2014, revela que um novo estudo [Li F., He N., Li Y., Chen L., Huang X., Lui S., et al - Radiology, 2014] mostrou, por meio de imagens de ressonância magnética funcional (RMf), em estado de repouso, que crianças e adolescentes com TDAH têm conexões interrompidas entre diferentes áreas do cérebro.

Para o novo estudo, os investigadores utilizaram a RMf para avaliar a função das vias nervosas quando o cérebro se concentra em uma tarefa específica. Compararam os resultados de uma amostra de 33 crianças , de 6 a 16 anos, com TDAH, com 32 controles sadios, de 8 a 16 anos, e correlacionaram os achados com os obtidos nas provas de funções executivas (Wisconsin Card Sorting Test y Stroop Color-Word Test).

Os resultados mostraram que os pacientes com TDAH tinham alteradas a estrutura e a função localizadas em áreas do cérebro como o córtex órbito-frontal, que participa principalmente do processamento cognitivo e do planejamento estratégico, e no globo pálido, que está implicado no controle inibitório.

O estudo sugere que as anormalidades estruturais e funcionais nestas regiões cerebrais podem causar a falta de atenção e a hiperatividade dos pacientes com TDAH, e que os resultados preliminares mostram a associação entre os achados de imagem e os sintomas. 

Os investigadores também encontraram anormalidades nas conexões entre as redes do cérebro associadas com a disfunção executiva em estado de repouso. Essas anomalias indicam alterações cerebrais mais extensas no TDAH do que já se havia demonstrado. 

 O tratamento do autismo se distancia do “conserto” da condição Existem diferentes maneiras de ser feliz e funcionar bem, mesmo que seu cér...