Você certamente já leu ou ouviu em algum lugar que o TDAH “é uma doença inventada pelos laboratórios farmacêuticos” ou que é uma “medicalização” de comportamentos de indivíduos que são simplesmente diferentes dos demais. Então vamos aos fatos:
1) O que hoje chamamos de TDAH é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Crichton, em 1798), muito antes de existir qualquer tratamento medicamentoso. Não existia sequer aspirina... No inicio do século XX, aparece um artigo científico publicado numa das mais respeitadas revistas médicas até hoje, The Lancet, escrito por George Still (1902). A descrição de Still é quase idêntica a dos modernos manuais de diagnóstico, como o DSM-IV da Associação Americana de Psiquiatria. Se fosse uma doença “inventada” ou “mera conseqüência da vida moderna”, você acha que seria possível atravessar quase dois séculos com os mesmos sintomas?
2) Os sintomas que compõem o TDAH são observados em diferentes culturas: no Brasil, nos EUA, na Índia, na China, na Nova Zelândia, no Canadá, em Israel, na Inglaterra, na África do Sul, no Irã... Já chega? Pois se fosse meramente um comportamento secundário ao modo como as crianças são educadas, ou ao seu meio sociocultural, como é possível que a descrição seja praticamente a mesma nestes locais tão diferentes?
3) Se o TDAH fosse meramente “um jeito diferente de ser” e não um transtorno mental, por que os portadores, segundo os dados de pesquisas científicas, têm maior taxa de abandono escolar, reprovação, desemprego, divórcio e acidentes automobilísticos? Por que eles têm maior incidência de depressão, ansiedade e dependência de drogas?
4) Se o TDAH fosse “uma invenção da indústria farmacêutica”, você esperaria que a Organização Mundial de Saúde – órgão internacional máximo nas questões relativas à saúde pública, sem qualquer vinculação com a indústria farmacêutica – listaria o transtorno como parte dos diagnósticos da Classificação Internacional das Doenças não só na sua última versão (CID-10) como nas anteriores (CID-8 e CID-9)? Pois é, ele está lá no capítulo dos transtornos mentais – vide o site http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm
5) Se o TDAH fosse secundário ao modo como os pais educam seus filhos, por que motivo as famílias biológicas de crianças com TDAH que foram adotadas têm prevalências (taxas) de TDAH bem maiores do que aquelas encontradas nas suas famílias adotivas? A única explicação possível: é um transtorno com forte participação genética.
6) Quantos artigos científicos você acha que já foram publicados demonstrando alterações no funcionamento cerebral de portadores de TDAH? Mais de 200 (você leu certo). Vale também lembrar que os achados mais recentes e contundentes são oriundos de centros de pesquisa, como o National Institute of Mental Health dos EUA, impossibilitados de qualquer contato com a indústria farmacêutica. O fato de não termos uma alteração cerebral que seja “marca registrada” do TDAH não invalida nem a sua base neurobiológica, muito menos a sua existência. Se fosse assim, não existiria a Esquizofrenia, o Autismo, a Depressão, o Transtorno de Humor Bipolar entre outros, já que nenhum desses tem uma alteração que seja “marca registrada” da doença.
E como você pode acreditar em todas estas informações descritas acima?
Muito fácil: estão em artigos científicos publicados em revistas sérias que exigem rigor científico e passam pelo crivo de vários profissionais antes de serem publicados. E todos estes artigos são públicos (por exemplo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed )
E quanto aos conflitos de interesses de quem escreve artigos?
Eles existem frequentemente e são de dois tipos. O primeiro deles é o chamado conflito de interesses financeiro, onde o autor de um artigo científico (ou um palestrante) recebe verba de alguma instituição ou empresa farmacêutica para suas pesquisas ou ainda como consultor. Nestes casos é exigido que ele informe claramente aos leitores de seu artigo (ou aos participantes de uma palestra) os seus potenciais conflitos para que todos possam ler o artigo (ou ouvir sua palestra) sabendo deles, antecipadamente. Isto é obrigatório nas revistas científicas e em quase todas as associações médicas; no Brasil isto é exigência da ANVISA. Este procedimento garante que nenhum resultado de pesquisa seja apresentado sem que todos possam considerar a possibilidade destes conflitos financeiros; ou seja: exige que o pesquisador apresente dados com a devida transparência.
O segundo tipo de conflito de interesses é o não-financeiro. Este é também extremamente comum e, infelizmente, a sua informação aos leitores ou ouvintes ainda não é exigida por lei. São exemplos: pertencer a uma determinada escola de psicoterapia ou religião que pregam o tratamento através de suas práticas e não através de medicamentos, cargos políticos ou administrativos (que permitem economizar no tratamento de uma doença caso se considere que ela “não existe” ou que “não é necessário usar medicamentos”, etc.)
Quando você ouve alguém falar que “TDAH é uma doença inventada”, por mais eloqüente que seja o autor desta opinião sem qualquer base científica, ou mesmo a sua titulação (a incapacidade e leviandade sempre foram democráticas: também acometem médicos, psicólogos, etc.), pesquise sobre a veracidade (e a origem) do que está sendo dito.
Sempre existiram indivíduos com pouco espírito crítico embora bem intencionados e espertos mal intencionados na história da medicina. Apenas para enfatizar: até bem pouco tempo atrás havia quem bradasse aos quatro cantos que a AIDS não era causada pelo HIV. Outra: que as vacinas para sarampo causavam autismo nas crianças. Ou ainda pior, que condenavam as mães pelo Autismo de seus filhos: chamavam-nas de “mães geladeiras” numa alusão de que era a sua frieza nas relações inicias com seus filhos que criava o autismo na criança!
Os resultados?
Aumento absurdo das mortes por AIDS e de crianças com seqüelas neurológicas irreversíveis por conta de sarampo, uma doença facilmente prevenida. E uma enormidade de mães levianamente culpadas que se viam ainda mais fragilizadas para acolher um(a) filho(a) com uma condição delicada como o autismo.
Mediante ao texto acima você tem recursos para acessar fontes realmente seguras e científicas sobre o TDAH. Portanto, dê um basta no discurso vazio! Siga o conselho do poeta Dickens: “não aceite nada pela aparência, só pela evidência”.
No nosso caso, a evidência científica é implacável: o TDAH é um dos transtornos mais bem estudados da medicina e com mais evidências científicas que a maioria dos demais transtornos mentais.
O texto acima foi redigido por:
Paulo Mattos – Presidente do Conselho Científico da ABDA – Psiquiatra
Professor Adjunto do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre e Doutor em Psiquiatria. Pós-Doutor em Bioquímica. Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (Título de Especialista), American Psychiatric Association e Academia Brasileira de Neurologia. Membro do Comitê Editorial do Journal of Attention Disorders, do Jornal Brasileiro de Psiquiatria e da Revista de Psiquiatria Clínica. Coordenador do GEDA - Grupo de Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ.
Dr. Paulo Mattos foi palestrante ou consultor das empresas Janssen-Cilag e Novartis nos últimos três anos (recebendo menos que 5% de sua renda bruta anual). Ele também recebeu benefícios de viagem para encontros científicos das empresas Novartis e Janssen-Cilag. Ele é coordenador do Grupo de Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ, que recebeu apoio educacional e de pesquisa das seguintes empresas nos últimos três anos: Janssen-Cilag, Novartis e Shire.
Luiz Augusto Rohde – Vice-presidente do Conselho Científico da ABDA - Psiquiatra
Professor Adjunto da UFRS; Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B; Orientador de Doutorado; Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Editor da Revista Brasileira de Psiquiatria; Co-editor do European Child and Adolescent Psychiatry; Editor internacional do Journal AM. Acad. Child and Adolescent Psychiatry; membro do corpo editorial de várias outras revistas (como Neuropsychiatric Genetics e Journal of Attention Disorder); Secretário Geral da International Association of Child Adolescent Psychiatry Allied Psychiatry - Membro do grupo para Transtornos Disruptivos do Comportamento e TDAH do DSM-V e do grupo de coordenação de parceria científica global para CID-11.
Dr. Luis A. Rohde foi, nos últimos três anos, um dos palestrantes e/ou consultores patrocinados por Eli-Lilly, Janssen-Cilag, Novartis e Shire. Ele também recebeu patrocínio para viagens (passagens e hospedagens) por fazer parte de dois encontros de psiquiatria infantil organizados pela Novartis e Janssen-Cilag. Os programas de TDAH e Transtorno do Humor Bipolar para jovens coordenados por ele receberam suporte irrestrito para atividades de pesquisa e educacionais dos seguintes laboratórios farmacêuticos nos últimos três anos: Abbott, Eli-Lilly, Janssen-Cilag, Novartis e Shire. Ele recebe a maior parte de incentivos para suas pesquisas de instituições governamentais brasileiras (CNPQ, FAPERGS, HCPA e CAPES).
Este texto está no site da ABDA http://www.tdah.org.br/
Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
39- Medicamentos ou Tratamento Alternativo para o TDAH?
Decidir pode ser difícil… Considere este conselho de um especialista quando for decidir se o melhor para o seu filho com TDAH é o medicamento ou o tratamento alternativo.
by Edward Hallowell, M.D.
Depois que uma criança é diagnosticada como portadora do TDAH, uma das decisões mais difíceis que um pai tem de tomar é se vai usar ou não a medicação. Eu já passei por isso. Dois dos meus três filhos têm TDAH, e, embora eu e minha mulher tenhamos decidido pela medicação – que, por sinal, ajudou imensamente a ambos, sem efeitos colaterais – chegar a essa decisão necessitou de uma cuidadosa reflexão.
Quando foi sugerido que meus filhos usassem a medicação, eu tive minhas dúvidas. Eu sabia que os medicamentos para o TDAH são seguros e eficientes, mas eu me preocupei que talvez, por alguma razão desconhecida, eles pudessem prejudicar a saúde dos meus filhos. Embora a medicação estimulante esteja sendo utilizada por mais de 60 anos, eu me perguntava se algum efeito colateral novo poderia aparecer.
Enfrentei essas preocupações com os possíveis efeitos colaterais de não tomar a medicação: principalmente a luta que meus filhos travavam para se manterem focalizados, e a sua frustração quando não conseguiam. Depois de imaginar este cenário, a decisão ficou muito menos difícil.
Utilize o seu tempo
Cada pai – e criança – enfrenta a questão da medicação com diferentes preconceitos. Meu forte conselho é que você gaste o tempo que for preciso, respeite os seus sentimentos, e encontre um médico que permaneça calmo, um profissional que lhe dê informação – não ordens apressadas – enquanto você luta com sua decisão.
Do ponto de vista médico, a decisão é óbvia. Medicação é de longe o tratamento mais comprovado, seguro e eficiente para o TDAH. Estudos cuidadosos e controlados estabeleceram que um teste de medicamento faz sentido, após o diagnóstico ter sido feito. Lembre que um teste de medicamento é somente isto – um teste. Diferente de uma cirurgia, ele pode ser revertido. Se o medicamento não funcionar ou se ele produzir efeitos colaterais, o médico pode reduzir a dosagem ou interrompê-lo. Nenhum prejuízo acontece. Mas a não ser que seu filho experimente o medicamento, você nunca saberá se ele poderá beneficiá-lo, como tem acontecido com outras crianças e adultos.
Pesquise os fatos
Entretanto, de um ponto de vista pessoal e paterno, a decisão é tudo menos fácil. Leva tempo e requer conversar com seu médico e outros especialistas. Você poderá querer pesquisar a medicação na internet e encontrar o que os últimos estudos concluíram sobre ela. Obtenha todos os fatos, e tome uma decisão científica, em vez de supersticiosa. Mas eu recomendo que você nunca comece a dar medicação para o seu filho antes de estar bem seguro disso. Não pense que esteja desafiando a paciência do seu médico ou que suas dúvidas são bobas. Nada que você faz com amor por seu filho é bobagem.
Entretanto, eu recomendo que você não rejeite a medicação totalmente. Muitos pais ouviram tantas coisas más sobre os medicamentos para o TDAH que eles prefeririam viajar até o Tibete para descobrir um tratamento alternativo, antes de dar uma chance para a medicação. É muito importante que você faça seu trabalho de casa e separe os fatos dos mitos antes de descartar o tratamento.
Honre os seus sentimentos
Quando eu dou aulas, as pessoas frequentemente me perguntam se eu acredito na medicação para as crianças e adultos com TDAH. Minha resposta é que o medicamento não é um princípio religioso; é um tratamento médico. Meus sentimentos sobre os medicamentos para o TDAH são os mesmos que sobre os demais medicamentos em geral. Eles são ótimos quando utilizados corretamente, e são perigosos quando não são.
Às vezes demora meses ou até mesmo anos antes que os pais decidam utilizar medicação para seus filhos. Cada pai tem o seu tempo. Fique com o seu.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved.
by Edward Hallowell, M.D.
Depois que uma criança é diagnosticada como portadora do TDAH, uma das decisões mais difíceis que um pai tem de tomar é se vai usar ou não a medicação. Eu já passei por isso. Dois dos meus três filhos têm TDAH, e, embora eu e minha mulher tenhamos decidido pela medicação – que, por sinal, ajudou imensamente a ambos, sem efeitos colaterais – chegar a essa decisão necessitou de uma cuidadosa reflexão.
Quando foi sugerido que meus filhos usassem a medicação, eu tive minhas dúvidas. Eu sabia que os medicamentos para o TDAH são seguros e eficientes, mas eu me preocupei que talvez, por alguma razão desconhecida, eles pudessem prejudicar a saúde dos meus filhos. Embora a medicação estimulante esteja sendo utilizada por mais de 60 anos, eu me perguntava se algum efeito colateral novo poderia aparecer.
Enfrentei essas preocupações com os possíveis efeitos colaterais de não tomar a medicação: principalmente a luta que meus filhos travavam para se manterem focalizados, e a sua frustração quando não conseguiam. Depois de imaginar este cenário, a decisão ficou muito menos difícil.
Utilize o seu tempo
Cada pai – e criança – enfrenta a questão da medicação com diferentes preconceitos. Meu forte conselho é que você gaste o tempo que for preciso, respeite os seus sentimentos, e encontre um médico que permaneça calmo, um profissional que lhe dê informação – não ordens apressadas – enquanto você luta com sua decisão.
Do ponto de vista médico, a decisão é óbvia. Medicação é de longe o tratamento mais comprovado, seguro e eficiente para o TDAH. Estudos cuidadosos e controlados estabeleceram que um teste de medicamento faz sentido, após o diagnóstico ter sido feito. Lembre que um teste de medicamento é somente isto – um teste. Diferente de uma cirurgia, ele pode ser revertido. Se o medicamento não funcionar ou se ele produzir efeitos colaterais, o médico pode reduzir a dosagem ou interrompê-lo. Nenhum prejuízo acontece. Mas a não ser que seu filho experimente o medicamento, você nunca saberá se ele poderá beneficiá-lo, como tem acontecido com outras crianças e adultos.
Pesquise os fatos
Entretanto, de um ponto de vista pessoal e paterno, a decisão é tudo menos fácil. Leva tempo e requer conversar com seu médico e outros especialistas. Você poderá querer pesquisar a medicação na internet e encontrar o que os últimos estudos concluíram sobre ela. Obtenha todos os fatos, e tome uma decisão científica, em vez de supersticiosa. Mas eu recomendo que você nunca comece a dar medicação para o seu filho antes de estar bem seguro disso. Não pense que esteja desafiando a paciência do seu médico ou que suas dúvidas são bobas. Nada que você faz com amor por seu filho é bobagem.
Entretanto, eu recomendo que você não rejeite a medicação totalmente. Muitos pais ouviram tantas coisas más sobre os medicamentos para o TDAH que eles prefeririam viajar até o Tibete para descobrir um tratamento alternativo, antes de dar uma chance para a medicação. É muito importante que você faça seu trabalho de casa e separe os fatos dos mitos antes de descartar o tratamento.
Honre os seus sentimentos
Quando eu dou aulas, as pessoas frequentemente me perguntam se eu acredito na medicação para as crianças e adultos com TDAH. Minha resposta é que o medicamento não é um princípio religioso; é um tratamento médico. Meus sentimentos sobre os medicamentos para o TDAH são os mesmos que sobre os demais medicamentos em geral. Eles são ótimos quando utilizados corretamente, e são perigosos quando não são.
Às vezes demora meses ou até mesmo anos antes que os pais decidam utilizar medicação para seus filhos. Cada pai tem o seu tempo. Fique com o seu.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010
38- Evite a Destruição das Festas de Natal: Auxílio para as crianças com TDAH
Seis maneiras para os pais auxiliarem suas crianças com TDAH a aproveitarem as celebrações dos feriados natalinos sem problemas de comportamento, conflitos de família ou exacerbação dos sintomas do TDAH. Por Carol Brady, Ph.D.
As festas natalinas podem ser muito estressantes para as crianças com TDAH. Viajar e visitar parentes pode destruir suas rotinas diárias, e toda a excitação pode ser opressiva. Siga estas estratégias apropriadas para a família, para evitar a destruição das festas natalinas, para manter suas crianças com TDAH sentindo-se bem, e criando memórias mais felizes.
1- Planeje antes
Durante os feriados, a rotina e a estrutura vão-se pela janela. Uma criança precisa suportar uma viagem de automóvel, de trem, ou de avião; sentar-se polidamente à mesa de jantar por longos períodos; ter menor controle da dieta e do sono. Planejar para esses efeitos colaterais dos feriados será útil para as crianças e para os seus pais.
Decida como os dias serão gastos – festas, decoração, visita a parentes, preparação das diversões natalinas – e estabeleça uma escala, admitindo flexibilidade no caso de sua criança precisar de um tempo de descanso.
Esquematize cada fase dos feriados, incluindo todo o tempo livre, quando seu filho poderá estar brincando com outras crianças ou parentes. Agora, levando em conta o que você sabe do seu filho, ou de sua filha, elimine as atividades que possam ser um problema para ele ou ela. Refaça o esquema se for necessário, e discuta com seu filho a obediência às estratégias.
Dica: Se o seu filho ou filha estiver usando medicação para o TDAH, fale com seu médico sobre a possibilidade de estender a proteção por 24 horas, durante o período de feriados. Aumentando o tempo de ação da medicação, pode aumentar o desfrute do seu filho durante este período de alta energia.
2- Ensine o autocontrole
Dar à criança algumas ferramentas para o autocontrole pode evitar que uma reação exagerada se transforme em uma crise de furor. Técnicas de relaxamento – yoga, exercícios respiratórios – podem ajudar uma criança que facilmente se torna alterada em um ambiente muito carregado. Além disso, dê ao seu filho alguns apoios verbais para mantê-lo num estado mental positivo.
Frente a uma multidão na casa de um parente ou à tarefa de sentar-se educadamente à mesa de jantar, diga-lhe baixinho “Sei que você pode dar conta disto. Vai ser só uma pequena parte do dia”.
3- Treine as técnicas de acalmar-se
Algumas crianças com TDAH precisam praticar o ato de acalmar-se em casa, antes de sair para os feriados. Ensaiar a técnicas de “pare, relaxe, pense” com uma criança, ou revisar um cenário que lhe deu problemas no passado, são estratégias excelentes. Você pode ensinar sua criança a pedir ajuda logo no início de um conflito com um parente ou amigo. Em tempo, só de andar em sua direção já pode acalmar seu filho.
Dica: Para evitar conflitos com os companheiros, encoraje seu filho a levar um brinquedo ou um jogo para compartilhar com as outras crianças.
4- Esquematize o tempo sabiamente
Muitos eventos podem super estimular uma criança com TDAH. Decida quais ocasiões são as mais importantes, e não sobrecarregue o esquema. Inclua um tempo privado para uma saída para um restaurante conveniente para crianças, com um amigo, para alguma diversão compartilhada um a um com o seu filho. Além disso, ficar um tempo juntos num lugar tranqüilo da casa ou fazer uma curta caminhada pode afastar uma crise de raiva numa criança.
Dica: Se você estiver planejando gastar vários dias em visita a um parente, fique num motel, ou hotel, em vez de dormir todos juntos. Isto dará ao seu filho a chance de construir um espaço para respirar. Para evitar mágoas e ressentimentos, explique aos seus parentes por que motivo você não está dormindo na casa deles.
5- Envolva seu filho em atividades
Construa memórias felizes ao juntar seu filho a você no preparo das refeições dos feriados, ao criar decorações ou embrulhar os presentes. Tais atividades reforçam os laços entre as crianças e os pais.
6- Encoraje o bom comportamento
Elogiar o bom comportamento de uma criança a faz lembrar-se dos seus pontos fortes e aumenta sua confiança de que pode administrar o que quer que seja que os feriados lhe aprontem. Um pai disse-me que sua criança tornou-se a atração da festa quando leu um livro de enigmas para os membros da família. Outro pai me contou que seu filho encantou a turma com seus truques de mágico. Lembrar a uma criança os seus sucessos já conquistados fará com que ela se realize neste ano.
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As festas natalinas podem ser muito estressantes para as crianças com TDAH. Viajar e visitar parentes pode destruir suas rotinas diárias, e toda a excitação pode ser opressiva. Siga estas estratégias apropriadas para a família, para evitar a destruição das festas natalinas, para manter suas crianças com TDAH sentindo-se bem, e criando memórias mais felizes.
1- Planeje antes
Durante os feriados, a rotina e a estrutura vão-se pela janela. Uma criança precisa suportar uma viagem de automóvel, de trem, ou de avião; sentar-se polidamente à mesa de jantar por longos períodos; ter menor controle da dieta e do sono. Planejar para esses efeitos colaterais dos feriados será útil para as crianças e para os seus pais.
Decida como os dias serão gastos – festas, decoração, visita a parentes, preparação das diversões natalinas – e estabeleça uma escala, admitindo flexibilidade no caso de sua criança precisar de um tempo de descanso.
Esquematize cada fase dos feriados, incluindo todo o tempo livre, quando seu filho poderá estar brincando com outras crianças ou parentes. Agora, levando em conta o que você sabe do seu filho, ou de sua filha, elimine as atividades que possam ser um problema para ele ou ela. Refaça o esquema se for necessário, e discuta com seu filho a obediência às estratégias.
Dica: Se o seu filho ou filha estiver usando medicação para o TDAH, fale com seu médico sobre a possibilidade de estender a proteção por 24 horas, durante o período de feriados. Aumentando o tempo de ação da medicação, pode aumentar o desfrute do seu filho durante este período de alta energia.
2- Ensine o autocontrole
Dar à criança algumas ferramentas para o autocontrole pode evitar que uma reação exagerada se transforme em uma crise de furor. Técnicas de relaxamento – yoga, exercícios respiratórios – podem ajudar uma criança que facilmente se torna alterada em um ambiente muito carregado. Além disso, dê ao seu filho alguns apoios verbais para mantê-lo num estado mental positivo.
Frente a uma multidão na casa de um parente ou à tarefa de sentar-se educadamente à mesa de jantar, diga-lhe baixinho “Sei que você pode dar conta disto. Vai ser só uma pequena parte do dia”.
3- Treine as técnicas de acalmar-se
Algumas crianças com TDAH precisam praticar o ato de acalmar-se em casa, antes de sair para os feriados. Ensaiar a técnicas de “pare, relaxe, pense” com uma criança, ou revisar um cenário que lhe deu problemas no passado, são estratégias excelentes. Você pode ensinar sua criança a pedir ajuda logo no início de um conflito com um parente ou amigo. Em tempo, só de andar em sua direção já pode acalmar seu filho.
Dica: Para evitar conflitos com os companheiros, encoraje seu filho a levar um brinquedo ou um jogo para compartilhar com as outras crianças.
4- Esquematize o tempo sabiamente
Muitos eventos podem super estimular uma criança com TDAH. Decida quais ocasiões são as mais importantes, e não sobrecarregue o esquema. Inclua um tempo privado para uma saída para um restaurante conveniente para crianças, com um amigo, para alguma diversão compartilhada um a um com o seu filho. Além disso, ficar um tempo juntos num lugar tranqüilo da casa ou fazer uma curta caminhada pode afastar uma crise de raiva numa criança.
Dica: Se você estiver planejando gastar vários dias em visita a um parente, fique num motel, ou hotel, em vez de dormir todos juntos. Isto dará ao seu filho a chance de construir um espaço para respirar. Para evitar mágoas e ressentimentos, explique aos seus parentes por que motivo você não está dormindo na casa deles.
5- Envolva seu filho em atividades
Construa memórias felizes ao juntar seu filho a você no preparo das refeições dos feriados, ao criar decorações ou embrulhar os presentes. Tais atividades reforçam os laços entre as crianças e os pais.
6- Encoraje o bom comportamento
Elogiar o bom comportamento de uma criança a faz lembrar-se dos seus pontos fortes e aumenta sua confiança de que pode administrar o que quer que seja que os feriados lhe aprontem. Um pai disse-me que sua criança tornou-se a atração da festa quando leu um livro de enigmas para os membros da família. Outro pai me contou que seu filho encantou a turma com seus truques de mágico. Lembrar a uma criança os seus sucessos já conquistados fará com que ela se realize neste ano.
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37- Álcool e Medicamentos para o TDAH: O que é Seguro?
Como o álcool interage com sua medicação para o TDAH do adulto? Leia este conselho do especialista antes de consumir bebidas alcoólicas. Por Larry Silver, M.D., ADDitude Magazine
Cada pessoa tem seu modo especial de aproveitar os feriados, e, para muitas, isto significa beber um copo de vinho, um coquetel ou uma cerveja.
Mas a bebida combina com o TDAH e com a medicação que você está usando para o tratamento? E quais são os riscos de se embebedar se o seu TDAH não estiver sendo tratado?
Menos é mais
Beber com moderação é atitude sábia para todo mundo, mas é imperativo para os adultos com TDAH. O álcool pode ser perigoso para a sua saúde e a sua segurança.
Os medicamentos estimulantes geralmente usados para tratar o TDAH podem intensificar os efeitos do álcool assim como os da maconha ou da cocaína. A quantidade de álcool que geralmente causaria uma bebedeira naqueles que não estivessem tomando medicamento pode resultar em coma alcoólico nos que estão tomando medicação. Antidepressivos também podem causar a mesma combinação de efeitos.
Meu conselho? Diga NÃO a mais de uma cerveja ou a um copo de vinho. Tente com vagar um drinque e mude para uma bebida não alcoólica. Se você não for capaz de ficar somente no primeiro drinque, eu sugiro que você não tome o remédio neste dia. Para os que estão usando medicamentos de longa ação, esse recurso não pode ser usado. Eles permanecem no seu organismo por muito tempo depois de você os ter tomado, então, fale com o seu médico sobre como interromper a medicação de longa ação pode ser seguro ou não.
Lembre-se, também, que se você falha a medicação naquela noite, você poderá ficar hiperativo, desatento, ou impulsivo, e agir de modo impróprio ou se envolver em comportamentos de risco. Peça para um amigo de confiança ficar de olho em você e para que alguém que não bebeu o leve de volta para casa.
O tratamento é a chave
Os que têm TDAH sem tratamento têm outro problema: usar e talvez abusar do álcool para se sentir melhor consigo mesmos. As frustrações diárias, os problemas de trabalho, e a baixa auto-estima podem fazer com que o TDAH não tratado promova um desequilíbrio emocional. É por isso que os adolescentes e os adultos não tratados correm um maior risco de dependência do álcool.
Os estudos estatísticos mostram que a probabilidade de se tornar dependente do álcool ou de drogas é igual para as pessoas tratadas e a população em geral. Mas há um aumento da probabilidade de se tornar dependente de álcool se o TDAH não for tratado.
Então, se você estiver recebendo tratamento para o TDAH, não se sinta obrigado a se abster nesses feriados. E se você estiver no grupo dos não tratados, esses feriados serão uma ótima ocasião para dar-se a si mesmo uma avaliação minuciosa.
Cada pessoa tem seu modo especial de aproveitar os feriados, e, para muitas, isto significa beber um copo de vinho, um coquetel ou uma cerveja.
Mas a bebida combina com o TDAH e com a medicação que você está usando para o tratamento? E quais são os riscos de se embebedar se o seu TDAH não estiver sendo tratado?
Menos é mais
Beber com moderação é atitude sábia para todo mundo, mas é imperativo para os adultos com TDAH. O álcool pode ser perigoso para a sua saúde e a sua segurança.
Os medicamentos estimulantes geralmente usados para tratar o TDAH podem intensificar os efeitos do álcool assim como os da maconha ou da cocaína. A quantidade de álcool que geralmente causaria uma bebedeira naqueles que não estivessem tomando medicamento pode resultar em coma alcoólico nos que estão tomando medicação. Antidepressivos também podem causar a mesma combinação de efeitos.
Meu conselho? Diga NÃO a mais de uma cerveja ou a um copo de vinho. Tente com vagar um drinque e mude para uma bebida não alcoólica. Se você não for capaz de ficar somente no primeiro drinque, eu sugiro que você não tome o remédio neste dia. Para os que estão usando medicamentos de longa ação, esse recurso não pode ser usado. Eles permanecem no seu organismo por muito tempo depois de você os ter tomado, então, fale com o seu médico sobre como interromper a medicação de longa ação pode ser seguro ou não.
Lembre-se, também, que se você falha a medicação naquela noite, você poderá ficar hiperativo, desatento, ou impulsivo, e agir de modo impróprio ou se envolver em comportamentos de risco. Peça para um amigo de confiança ficar de olho em você e para que alguém que não bebeu o leve de volta para casa.
O tratamento é a chave
Os que têm TDAH sem tratamento têm outro problema: usar e talvez abusar do álcool para se sentir melhor consigo mesmos. As frustrações diárias, os problemas de trabalho, e a baixa auto-estima podem fazer com que o TDAH não tratado promova um desequilíbrio emocional. É por isso que os adolescentes e os adultos não tratados correm um maior risco de dependência do álcool.
Os estudos estatísticos mostram que a probabilidade de se tornar dependente do álcool ou de drogas é igual para as pessoas tratadas e a população em geral. Mas há um aumento da probabilidade de se tornar dependente de álcool se o TDAH não for tratado.
Então, se você estiver recebendo tratamento para o TDAH, não se sinta obrigado a se abster nesses feriados. E se você estiver no grupo dos não tratados, esses feriados serão uma ótima ocasião para dar-se a si mesmo uma avaliação minuciosa.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
36- Quando mudar de médico
Garantindo o melhor diagnóstico e tratamento do TDAH
O médico que trata dos sintomas de TDAH do seu filho deve fazer mais do que dar receitas de medicamentos para o TDAH. Ele deve ser minucioso, simpático e conhecedor do transtorno de déficit de atenção. Como é o médico da sua família? - por Edward Hallowell, M.D.- Publicado em ADDitudeMag.com
Se você tem se perguntado se o seu filho está recebendo a atenção médica correta para o transtorno de atenção dele, você não está sozinho.
Muitos profissionais e clínicas não levam o tempo certo para fazer um diagnóstico correto ou para estabelecer um plano de tratamento. Por “correto”, não quero somente dizer usar as ferramentas e técnicas adequadas. Digo estabelecer uma ligação pessoal com você e com seu filho.
Você tem de ser compreendido e ouvido ao longo do árduo processo de diagnóstico e tratamento do TDAH. Atualmente muitos profissionais de saúde mental ignoram a pessoa, enquanto tentam fazer um plano de tratamento para o paciente. E ele fica desnorteado.
O bom médico - Encontre uma ligação
O médico de TDAH da sua família deve ser mais do que uma enciclopédia clínica. Ele deve ser capaz de rir de uma piada e de rir de si mesmo, e deve querer conhecer melhor você. Ele tem de perguntar-lhe sobre coisas que não tenham nada a ver com o que o trouxe ao consultório.
Os psiquiatras dizem que atualmente a profissão é baseada mais nas evidências do que era no passado, e que nossos critérios de diagnóstico para o déficit de atenção são baseados em sintomas e comportamentos objetivos, e não na intuição subjetiva. Mas enquanto a ciência progride, nossa aplicação dela tem sido cada vez mais impessoal.
Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento do TDAH levam por si mesmos a este modelo mecanicista. O diagnóstico depende da identificação de seis ou mais sintomas de uma ou duas listas. Para piorar o problema, muitas pessoas com TDAH querem evitar a pesquisa, querem pegar a sua receita e cair fora.
Então, se o seu médico diz “Ei! calma!”, isto é ótimo. Outro bom sinal é um médico que lhe faz perguntas, que conversa com você sobre o dia-a-dia da vida do seu filho, e estabelece um plano de tratamento que inclua várias abordagens simultâneas – medicação combinada com a terapia, por exemplo.
O médico deve lhe dar tempo para fazer perguntas sobre a medicação, se ela for recomendada, e encorajá-lo a falar com ele se você notar efeitos colaterais ou outros problemas.
O mau médico – Mostre-lhe a porta
Será que você deve dispensar seu médico se não estiver obtendo o nível de atenção em relação ao seu filho? Talvez. Se você não consegue estabelecer uma ligação pessoal, mude de médico. Seu médico deve ser seu parceiro, não um deus a quem você adore. Outros sinais importantes que indicam a hora de parar e procurar outro profissional incluem:
- Ele não dá bola para as suas preocupações com os sérios efeitos colaterais que o seu filho está sofrendo. A meta dele deve ser encontrar um tratamento que funcione sem efeitos colaterais, não tratar o TDAH a qualquer custo.
- Ele não lhe dá a informação adequada sobre os possíveis efeitos colaterais ou sobre as maneiras específicas de avaliar a eficácia do tratamento.
- Ele não lhe oferece outras opções se a primeira foi infrutífera. Tratar o TDAH geralmente envolve tentativa e erro para encontrar o que funciona.
- Ele reclama que você ou que seu filho faz muitas perguntas.
- Ele lhe diz que não tem experiência com o TDAH.
Crie um novo modo de tratar
Se você deu um bilhete azul para o seu médico, eis aqui como encontrar um substituto. Procure um psiquiatra ou neurologista que tenha se especializado no TDAH e nas dificuldades de aprendizagem.
[A ABDA tem um cadastro de médicos e psicólogos que podem ser procurados. Um grupo de apoio em sua cidade ou região será outra fonte de importantes recursos e de troca de experiências. (Nota do tradutor)]
É muito fácil para um médico, e para você também, rebaixar o tratamento a um rápido diagnóstico e medicação. O melhor plano de tratamento começa com uma forte ligação com o seu médico, o que é essencial para o sucesso.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved.
O médico que trata dos sintomas de TDAH do seu filho deve fazer mais do que dar receitas de medicamentos para o TDAH. Ele deve ser minucioso, simpático e conhecedor do transtorno de déficit de atenção. Como é o médico da sua família? - por Edward Hallowell, M.D.- Publicado em ADDitudeMag.com
Se você tem se perguntado se o seu filho está recebendo a atenção médica correta para o transtorno de atenção dele, você não está sozinho.
Muitos profissionais e clínicas não levam o tempo certo para fazer um diagnóstico correto ou para estabelecer um plano de tratamento. Por “correto”, não quero somente dizer usar as ferramentas e técnicas adequadas. Digo estabelecer uma ligação pessoal com você e com seu filho.
Você tem de ser compreendido e ouvido ao longo do árduo processo de diagnóstico e tratamento do TDAH. Atualmente muitos profissionais de saúde mental ignoram a pessoa, enquanto tentam fazer um plano de tratamento para o paciente. E ele fica desnorteado.
O bom médico - Encontre uma ligação
O médico de TDAH da sua família deve ser mais do que uma enciclopédia clínica. Ele deve ser capaz de rir de uma piada e de rir de si mesmo, e deve querer conhecer melhor você. Ele tem de perguntar-lhe sobre coisas que não tenham nada a ver com o que o trouxe ao consultório.
Os psiquiatras dizem que atualmente a profissão é baseada mais nas evidências do que era no passado, e que nossos critérios de diagnóstico para o déficit de atenção são baseados em sintomas e comportamentos objetivos, e não na intuição subjetiva. Mas enquanto a ciência progride, nossa aplicação dela tem sido cada vez mais impessoal.
Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento do TDAH levam por si mesmos a este modelo mecanicista. O diagnóstico depende da identificação de seis ou mais sintomas de uma ou duas listas. Para piorar o problema, muitas pessoas com TDAH querem evitar a pesquisa, querem pegar a sua receita e cair fora.
Então, se o seu médico diz “Ei! calma!”, isto é ótimo. Outro bom sinal é um médico que lhe faz perguntas, que conversa com você sobre o dia-a-dia da vida do seu filho, e estabelece um plano de tratamento que inclua várias abordagens simultâneas – medicação combinada com a terapia, por exemplo.
O médico deve lhe dar tempo para fazer perguntas sobre a medicação, se ela for recomendada, e encorajá-lo a falar com ele se você notar efeitos colaterais ou outros problemas.
O mau médico – Mostre-lhe a porta
Será que você deve dispensar seu médico se não estiver obtendo o nível de atenção em relação ao seu filho? Talvez. Se você não consegue estabelecer uma ligação pessoal, mude de médico. Seu médico deve ser seu parceiro, não um deus a quem você adore. Outros sinais importantes que indicam a hora de parar e procurar outro profissional incluem:
- Ele não dá bola para as suas preocupações com os sérios efeitos colaterais que o seu filho está sofrendo. A meta dele deve ser encontrar um tratamento que funcione sem efeitos colaterais, não tratar o TDAH a qualquer custo.
- Ele não lhe dá a informação adequada sobre os possíveis efeitos colaterais ou sobre as maneiras específicas de avaliar a eficácia do tratamento.
- Ele não lhe oferece outras opções se a primeira foi infrutífera. Tratar o TDAH geralmente envolve tentativa e erro para encontrar o que funciona.
- Ele reclama que você ou que seu filho faz muitas perguntas.
- Ele lhe diz que não tem experiência com o TDAH.
Crie um novo modo de tratar
Se você deu um bilhete azul para o seu médico, eis aqui como encontrar um substituto. Procure um psiquiatra ou neurologista que tenha se especializado no TDAH e nas dificuldades de aprendizagem.
[A ABDA tem um cadastro de médicos e psicólogos que podem ser procurados. Um grupo de apoio em sua cidade ou região será outra fonte de importantes recursos e de troca de experiências. (Nota do tradutor)]
É muito fácil para um médico, e para você também, rebaixar o tratamento a um rápido diagnóstico e medicação. O melhor plano de tratamento começa com uma forte ligação com o seu médico, o que é essencial para o sucesso.
Copyright © 1998 - 2010 New Hope Media LLC. All rights reserved.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
35- Falta conhecimento sobre o TDAH. Isso é grave!
Conhecimento sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade no Brasil J. bras. psiquiatr. v.56 n.2 Rio de Janeiro 2007
Marcelo Gomes; André Palmini; Fabio Barbirato; Luis Augusto Rohde; Paulo Mattos
OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno.
MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
RESULTADOS: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes.
CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.
Eu digo: Esse é o objetivo deste blog!
Marcelo Gomes; André Palmini; Fabio Barbirato; Luis Augusto Rohde; Paulo Mattos
OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno.
MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
RESULTADOS: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes.
CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.
Eu digo: Esse é o objetivo deste blog!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
34- Como falar com uma criança ou adolescente sobre o TDAH?
Mais cedo ou mais tarde, esta é uma situação delicada que os pais têm que enfrentar. Deve-se falar para a criança que ela tem um problema? Isso não pode fazer com que ela se sinta "diferente", "doente", "incapacitada", "louca"?... Bom, será que ela, no íntimo, já não se sente assim mesmo? Ou os outros não fazem com que se pergunte se isso tudo não é mesmo verdade?
Muito antes de haver um diagnóstico, o comportamento diferenciado da criança com TDAH já chamou sua atenção para essa diferença. É de grande importância que ela aprenda a aceitar o fato que tem realmente um problema - específico, identificável. Guiá-la nesse difícil processo é papel amoroso dos pais.
Os especialistas recomendam que se esclareça o portador a respeito do transtorno, seja ele criança, adolescente ou adulto. Só é possível programar um tratamento com alguma perspectiva de sucesso se a pessoa envolvida se dispuser a colaborar. O primeiro passo para garantir essa colaboração é dar o máximo de informação possível sobre o TDAH, suas implicações e conseqüências.
A compreensão de si próprio, um diagnóstico correto e informações sobre o transtorno trazem, leva a uma reestruturação interna e externa da vida de um portador. Na maioria das vezes, há uma profunda sensação de alívio em saber o porquê de determinadas incapacidades e entender que o comportamento tem justificativa independente da vontade. A culpa também diminui e há um aumento real na possibilidade de superar as dificuldades e alcançar o sucesso.
Hallowell e Ratey, autores do livro Tendência à Distração, oferecem dez dicas para pais e professores sobre como explicar o TDAH para crianças:
1 - contar a verdade: este é o princípio central. Primeiro, aprender tudo o que estiver disponível sobre o assunto. Depois, falar com suas próprias palavras o que aprendeu, para que a criança possa compreender. Não deixar esse trabalho para a simples leitura de um livro ou para uma explicação do profissional especializado. Fazer você mesmo, com clareza e honestidade.
2 - usar um vocabulário preciso: não criar palavras sem significado nem utilizar palavras inadequadas. A criança vai aceitar sua explicação e carregá-la consigo sempre.
3 - metáfora da miopia: comparar o TDAH a um problema visual é muito útil ao explicar a dificuldade - é um problema congênito, não cura mas pode ser controlado, precisa de um auxiliar externo, ninguém é responsável por ele. Além disso, é uma explicação precisa e não emotiva.
4 - responder as perguntas: e provocar perguntas. Lembrar-se que as crianças fazem perguntas que não sabemos responder; não ter medo de dizer que não sabe mas que vai se informar. Ler todo o material que já está disponível (página BIBLIOGRAFIA), freqüentar assiduamente este site, conversar com profissionais especializados.
5 - falar do que o TDAH não é: retardo mental, loucura, falta de inteligência, defeito de caráter, preguiça, falta de vontade, família desestruturada etc.
6 - dar exemplos positivos de pessoas que têm TDAH: pessoas conhecidas, como Michael Johnson, Robin Williams, Whoopie Goldberg, ou pessoas da família (pai, mãe, primos, tios?).
7 - prevenir para a criança não usar o TDAH como desculpa: a maioria delas, no início, tende a usar a dificuldade como desculpa para tudo. O TDAH é uma explicação, não uma justificativa. Elas devem saber que continuam responsáveis por seus atos.
8 - ensinar a criança a responder perguntas sobre as dúvidas dos outros: sobretudo as dos colegas. A atitude é a mesma: contar a verdade. Dramatizar uma possível situação de provocação com a criança e mostrar como ela deve enfrentá-la.
9 - falar para os outros a respeito do TDAH da criança: com o consentimento dela, conversar sobre a situação com os colegas da escola e com outros membros da família. A mensagem a ser passada é que não existe nada do que se envergonhar, nada a esconder, mas muito a ajudar.
10 - educar os outros: a escola, os pais dos amigos da criança, os amigos da família. A arma mais forte que temos para conseguir que a criança seja tratada de maneira adequada é o conhecimento. Espalhar esse conhecimento o mais que puder , pois ainda há muita ignorância e preconceito ligados ao TDAH.
Rebeca Naparstek, psicóloga
Muito antes de haver um diagnóstico, o comportamento diferenciado da criança com TDAH já chamou sua atenção para essa diferença. É de grande importância que ela aprenda a aceitar o fato que tem realmente um problema - específico, identificável. Guiá-la nesse difícil processo é papel amoroso dos pais.
Os especialistas recomendam que se esclareça o portador a respeito do transtorno, seja ele criança, adolescente ou adulto. Só é possível programar um tratamento com alguma perspectiva de sucesso se a pessoa envolvida se dispuser a colaborar. O primeiro passo para garantir essa colaboração é dar o máximo de informação possível sobre o TDAH, suas implicações e conseqüências.
A compreensão de si próprio, um diagnóstico correto e informações sobre o transtorno trazem, leva a uma reestruturação interna e externa da vida de um portador. Na maioria das vezes, há uma profunda sensação de alívio em saber o porquê de determinadas incapacidades e entender que o comportamento tem justificativa independente da vontade. A culpa também diminui e há um aumento real na possibilidade de superar as dificuldades e alcançar o sucesso.
Hallowell e Ratey, autores do livro Tendência à Distração, oferecem dez dicas para pais e professores sobre como explicar o TDAH para crianças:
1 - contar a verdade: este é o princípio central. Primeiro, aprender tudo o que estiver disponível sobre o assunto. Depois, falar com suas próprias palavras o que aprendeu, para que a criança possa compreender. Não deixar esse trabalho para a simples leitura de um livro ou para uma explicação do profissional especializado. Fazer você mesmo, com clareza e honestidade.
2 - usar um vocabulário preciso: não criar palavras sem significado nem utilizar palavras inadequadas. A criança vai aceitar sua explicação e carregá-la consigo sempre.
3 - metáfora da miopia: comparar o TDAH a um problema visual é muito útil ao explicar a dificuldade - é um problema congênito, não cura mas pode ser controlado, precisa de um auxiliar externo, ninguém é responsável por ele. Além disso, é uma explicação precisa e não emotiva.
4 - responder as perguntas: e provocar perguntas. Lembrar-se que as crianças fazem perguntas que não sabemos responder; não ter medo de dizer que não sabe mas que vai se informar. Ler todo o material que já está disponível (página BIBLIOGRAFIA), freqüentar assiduamente este site, conversar com profissionais especializados.
5 - falar do que o TDAH não é: retardo mental, loucura, falta de inteligência, defeito de caráter, preguiça, falta de vontade, família desestruturada etc.
6 - dar exemplos positivos de pessoas que têm TDAH: pessoas conhecidas, como Michael Johnson, Robin Williams, Whoopie Goldberg, ou pessoas da família (pai, mãe, primos, tios?).
7 - prevenir para a criança não usar o TDAH como desculpa: a maioria delas, no início, tende a usar a dificuldade como desculpa para tudo. O TDAH é uma explicação, não uma justificativa. Elas devem saber que continuam responsáveis por seus atos.
8 - ensinar a criança a responder perguntas sobre as dúvidas dos outros: sobretudo as dos colegas. A atitude é a mesma: contar a verdade. Dramatizar uma possível situação de provocação com a criança e mostrar como ela deve enfrentá-la.
9 - falar para os outros a respeito do TDAH da criança: com o consentimento dela, conversar sobre a situação com os colegas da escola e com outros membros da família. A mensagem a ser passada é que não existe nada do que se envergonhar, nada a esconder, mas muito a ajudar.
10 - educar os outros: a escola, os pais dos amigos da criança, os amigos da família. A arma mais forte que temos para conseguir que a criança seja tratada de maneira adequada é o conhecimento. Espalhar esse conhecimento o mais que puder , pois ainda há muita ignorância e preconceito ligados ao TDAH.
Rebeca Naparstek, psicóloga
33- TDAH - Sugestões para Intervenções do Professor:
Há uma grande variedade de intervenções específicas que o professor pode fazer para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula:
1. Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).
2. Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo.
3. Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente.
4. Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas. Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.
5. Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.
6. Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.
7. Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.
8. Comunicar-se com os pais. Geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.
9. Ir devagar com o trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.
10. Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.
11. Favorecer oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.
12. Adaptar suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula.
13. Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.
14. Proporcionar exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
15. Favorecer freqüente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre a criança com TDAH, ajuda-a a começar e continuar a tarefa, permite um auxílio adicional e mais significativo, além de possibilitar oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado.
16. Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.
17. Assegurar que as instruções sejam claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.
18. Evitar segregar a criança que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações; fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
19. Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos.
20. Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.
21. Reparar se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.
22. Preparar com antecedência a criança para as novas situações. Ela é muito sensível em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.
23. Desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente irá precisar de tempo extra para completar sua tarefa.
24. Não ser mártir! Reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer traz ressentimento e frustração.
25. Permanecer em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Rebeca Naparstek, psicóloga.
1. Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).
2. Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo.
3. Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente.
4. Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas. Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.
5. Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.
6. Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.
7. Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.
8. Comunicar-se com os pais. Geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.
9. Ir devagar com o trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.
10. Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.
11. Favorecer oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.
12. Adaptar suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula.
13. Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.
14. Proporcionar exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
15. Favorecer freqüente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre a criança com TDAH, ajuda-a a começar e continuar a tarefa, permite um auxílio adicional e mais significativo, além de possibilitar oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado.
16. Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.
17. Assegurar que as instruções sejam claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.
18. Evitar segregar a criança que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações; fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
19. Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos.
20. Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.
21. Reparar se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.
22. Preparar com antecedência a criança para as novas situações. Ela é muito sensível em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.
23. Desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente irá precisar de tempo extra para completar sua tarefa.
24. Não ser mártir! Reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer traz ressentimento e frustração.
25. Permanecer em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Rebeca Naparstek, psicóloga.
32- Para os pais de crianças com TDAH
1. Aprender o que é TDAH:
* Os pais devem compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações.
2. Incapacidade de compreensão versus rebeldia:
* Os pais devem desenvolver a capacidade de distinguir entre problemas que resultam de incapacidade e problemas que resultam de recusa ativa em obedecer ordens. Os primeiros devem ser tratados através da educação e desenvolvimento de habilidades. Os outros são resolvidos de maneira satisfatória através de manipulação das conseqüências.
3. Dar instruções positivas:
* Pais devem cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao invés de negativa. Uma indicação positiva mostra para a criança o que deve começar a ser feito e evita que ela focalize em parar o que está fazendo.
4. Recompensar:
* Os pais devem recompensar amplamente o comportamento adequado. Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, freqüentes, previsíveis e coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Da mesma maneira, necessitam de mais tentativas para aprender corretamente. Quando a criança consegue completar uma tarefa ou realiza alguma coisa corretamente, deve ser recompensada socialmente ou com algo tangível mais freqüentemente que o normal.
5. Escolher as batalhas:
* Os pais deveriam escolher quando e como gastar suas energias numa batalha, sempre reforçando o positivo, aplicando conseqüências imediatas para comportamentos que não podem ser ignorados e usando o sistema de créditos ou pontos. É essencial que os pais estejam sempre um passo a frente.
6. Usar técnicas de “custo de resposta”:
* Os pais devem entender bem o que seja “custo de resposta”, uma técnica de punição em que se pode perder o que se ganhou.
7. Planejar adequadamente:
* Os pais devem aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de fazer modificações no ambiente da criança. A rotina deve ser consistente e raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa. Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou cuidadosamente planejadas.
8. Punir adequadamente:
* Os pais devem compreender que a punição sozinha não irá reduzir os sintomas de TDAH. Punir deve ser uma atitude diretamente relacionada apenas a um comportamento declaradamente desobediente. No entanto, a punição só trará modificação de comportamento para crianças com TDAH se acompanhada de uma estratégia de controle.
9. Construir ilhas de competência:
* O que realmente importa para o sucesso dessa criança na vida é o que existe de certo com ela e não o que está errado. Cada vez mais, a área da saúde mental focaliza seu trabalho em aumentar os pontos fortes em vez de tentar diminuir os pontos fracos. Uma das melhores maneiras de criar pontos fortes é uma boa relação dos pais com seu filho.
Sete Conselhos para os Pais:
1. Se uma professora ou um vizinho sugere que seu filho parece ter TDAH, procure seu pediatra e discuta com ele os sintomas. Se o médico pensa que há motivos para avaliar a criança, peça que ele recomende um profissional especializado como um neurologista, psiquiatra infantil ou psicólogo.
2. Se a criança for submetida a uma avaliação, certifique-se que seja uma avaliação integral. Seu filho deve ser observado na escola e em casa. É possível que você e os professores da criança tenham que responder questionários, que incluem perguntas sobre outros casos de TDAH na família.
3. Certifique-se que o avaliador descarte outras condições médicas, neurológicas ou psicológicas cujos sintomas são parecidos com os sintomas de TDAH.
4. Levar em consideração o que acontece em casa. Muitas crianças desenvolvem sintomas parecidos com o TDAH como uma reação a problemas familiares.
5. Informe-se em fontes científicas sobre o TDAH, distúrbios semelhantes e seus tratamentos. Procure o grupo local da organização Crianças e Adultos com Déficit de Atenção/Hiperatividade, e compareça às reuniões.
6. Se seu filho está recebendo medicação, não pense que esse é o fim do caminho. Sozinhos, os medicamentos não são a solução. A família e a criança necessitam terapia e ajuda de um profissional que os oriente em casa e na escola.
7. Todas as crianças precisam de amor. Fale com seus filhos com carinho e respeito e refira-se aos outros da mesma forma. Lembre-se que eles estão sempre observando e ouvindo!
Rebeca Naparstek, psicóloga (com base em livro de Goldstein e Goldstein)
* Os pais devem compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações.
2. Incapacidade de compreensão versus rebeldia:
* Os pais devem desenvolver a capacidade de distinguir entre problemas que resultam de incapacidade e problemas que resultam de recusa ativa em obedecer ordens. Os primeiros devem ser tratados através da educação e desenvolvimento de habilidades. Os outros são resolvidos de maneira satisfatória através de manipulação das conseqüências.
3. Dar instruções positivas:
* Pais devem cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao invés de negativa. Uma indicação positiva mostra para a criança o que deve começar a ser feito e evita que ela focalize em parar o que está fazendo.
4. Recompensar:
* Os pais devem recompensar amplamente o comportamento adequado. Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, freqüentes, previsíveis e coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Da mesma maneira, necessitam de mais tentativas para aprender corretamente. Quando a criança consegue completar uma tarefa ou realiza alguma coisa corretamente, deve ser recompensada socialmente ou com algo tangível mais freqüentemente que o normal.
5. Escolher as batalhas:
* Os pais deveriam escolher quando e como gastar suas energias numa batalha, sempre reforçando o positivo, aplicando conseqüências imediatas para comportamentos que não podem ser ignorados e usando o sistema de créditos ou pontos. É essencial que os pais estejam sempre um passo a frente.
6. Usar técnicas de “custo de resposta”:
* Os pais devem entender bem o que seja “custo de resposta”, uma técnica de punição em que se pode perder o que se ganhou.
7. Planejar adequadamente:
* Os pais devem aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de fazer modificações no ambiente da criança. A rotina deve ser consistente e raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa. Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou cuidadosamente planejadas.
8. Punir adequadamente:
* Os pais devem compreender que a punição sozinha não irá reduzir os sintomas de TDAH. Punir deve ser uma atitude diretamente relacionada apenas a um comportamento declaradamente desobediente. No entanto, a punição só trará modificação de comportamento para crianças com TDAH se acompanhada de uma estratégia de controle.
9. Construir ilhas de competência:
* O que realmente importa para o sucesso dessa criança na vida é o que existe de certo com ela e não o que está errado. Cada vez mais, a área da saúde mental focaliza seu trabalho em aumentar os pontos fortes em vez de tentar diminuir os pontos fracos. Uma das melhores maneiras de criar pontos fortes é uma boa relação dos pais com seu filho.
Sete Conselhos para os Pais:
1. Se uma professora ou um vizinho sugere que seu filho parece ter TDAH, procure seu pediatra e discuta com ele os sintomas. Se o médico pensa que há motivos para avaliar a criança, peça que ele recomende um profissional especializado como um neurologista, psiquiatra infantil ou psicólogo.
2. Se a criança for submetida a uma avaliação, certifique-se que seja uma avaliação integral. Seu filho deve ser observado na escola e em casa. É possível que você e os professores da criança tenham que responder questionários, que incluem perguntas sobre outros casos de TDAH na família.
3. Certifique-se que o avaliador descarte outras condições médicas, neurológicas ou psicológicas cujos sintomas são parecidos com os sintomas de TDAH.
4. Levar em consideração o que acontece em casa. Muitas crianças desenvolvem sintomas parecidos com o TDAH como uma reação a problemas familiares.
5. Informe-se em fontes científicas sobre o TDAH, distúrbios semelhantes e seus tratamentos. Procure o grupo local da organização Crianças e Adultos com Déficit de Atenção/Hiperatividade, e compareça às reuniões.
6. Se seu filho está recebendo medicação, não pense que esse é o fim do caminho. Sozinhos, os medicamentos não são a solução. A família e a criança necessitam terapia e ajuda de um profissional que os oriente em casa e na escola.
7. Todas as crianças precisam de amor. Fale com seus filhos com carinho e respeito e refira-se aos outros da mesma forma. Lembre-se que eles estão sempre observando e ouvindo!
Rebeca Naparstek, psicóloga (com base em livro de Goldstein e Goldstein)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
31- Dicas de Comportamento Escolar: Controle do Impulso Para Crianças Com TDAH
Ajude as crianças com TDAH a pensar antes de agir, por meio do estabelecimento de expectativas claras, de incentivos positivos e de conseqüências previsíveis para o bom ou o mau comportamento escolar. by ADDitude Editors
Para as crianças com TDAH, que são regidas por seus impulsos, gritar na sala de aula ou tornar-se inconvenientes acontece naturalmente. Estas crianças vivem o momento, não sendo detidas por regras ou conseqüências.
A falta de controle do impulso pode ser o sintoma do TDAH mais difícil de mudar. A medicação pode auxiliar, mas as crianças também precisam de claras expectativas, de incentivos positivos e de conseqüências previsíveis se elas forem aprender a regular o seu comportamento.
Lidere seus alunos para compilar uma lista das regras de classe. Inclua algumas que sejam difíceis para os portadores de TDAH, tais como “Sempre erga sua mão para pedir ajuda”. Tenha certeza de definir cada regra: O que significa “Use o material corretamente”?
Exija Disciplina na Escola
Em geral, a punição deve ser imediata.
Se um aluno empurra o outro no recreio, por exemplo, faça-o sentar em sua carteira em parte do intervalo. Uma conseqüência atrasada – como uma detenção ao final da jornada – não funciona para as crianças que têm dificuldade de antecipar os resultados.
Providencie lembretes visuais para manter as crianças colaborantes.
Para livrar uma criança do constrangimento das repreensões freqüentes, combine um gesto secreto que você usará como sinal para ela ficar no seu assento ou para parar de gritar. Algumas crianças se beneficiam de uma etiqueta colada na sua carteira. Isto também deve ser sigiloso; ninguém precisa saber que “N.P.” significa “Não Perturbe”.
Encoraje o bom comportamento com elogios e prêmios.
Isto é especialmente importante para os portadores de TDAH, os quais ganham muita atenção negativa por seu mau comportamento. Elogie o bom comportamento com afirmações específicas, tais como “Eduardo, gosto do modo rápido e silencioso com que você arruma a sua carteira.”
Algumas crianças maiores podem ficar embaraçadas pelos cumprimentos, então, dê sinais de positivo com o polegar ou uma tapinha carinhosa no ombro.
Torne Claras as Expectativas
Escreva o programa do dia na lousa e apague os itens conforme eles sejam completados.
Isto dá aos portadores de TDAH uma impressão de ter o controle do seu dia. Forneça antecipadamente avisos de qualquer mudança da rotina usual.
Faça freqüentes alertas conforme se aproxime o final da atividade.
Dê um aviso à classe com cinco minutos de antecedência, depois, com dois minutos antes do final, para suavizar a transição de uma atividade para outra. Elabore um plano para alunos que tenham dificuldades mais intensas. Engaje-os em uma atividade especial, tal como recolher os trabalhos dos colegas, para ajudá-los a manter o autocontrole.
Use uma folha de relatório diário.
Esta ferramenta permite ao professor e aos pais da criança monitorarem as metas acadêmicas e de comportamento – e dá a ela a chance de ganhar recompensas. A cada dia, o professor anota quais metas foram atingidas e a criança leva o relatório para casa, para mostrar aos seus pais.
Então, o que os pais podem fazer em casa para reforçar os comportamentos corretos na escola?
Recompensando o Comportamento Positivo
Seja explícito sobre como sua criança deve se comportar.
Em vez de dizer a ela “seja boazinha” no recreio, diga a ela “aguarde na fila para a merenda e não empurre.”
Mantenha seu filho responsável por suas ações.
Mantenha as punições curtas e apropriadas, mas deixe que elas lembrem ao seu filho que ele é o responsável por seu próprio comportamento. Uma boa regra para o castigo é um minuto para cada ano de idade da criança.
Desencoraje um problema de comportamento pela “cobrança” por cada infração.
Esta estratégia premia seu filho por não se engajar em comportamento impróprio, tal como interromper suas chamadas telefônicas.
Como isso funciona?
1. Determine, rigorosamente, quantas vezes por semana seu filho o interrompe durante uma chamada telefônica, e coloque algumas moedas num cofrinho.
2. Diga ao seu filho que isto é para ele e que poderá tomar posse no final da semana, mas que você irá retirar uma moeda a cada vez que ele interromper uma chamada.
3. Conforme o comportamento comece a diminuir, reduza o número de moedas que você coloca no cofrinho ao início de cada semana.
Regras Especiais para Ocasiões Especiais
Releve os pequenos deslizes
Se o seu filho derrama o leite porque ele está enchendo o copo muito rapidamente, ajude-o a limpar a sujeira e fale sobre a importância de ser cuidadoso, e siga em frente.
Antecipe as situações potencialmente explosivas.
Crianças com TDAH necessitam de consistência e de rotina, mas o imprevisível algumas vezes acontece.
Prepare sua criança para as ocasiões especiais: Explique onde estão indo, quem estará lá, quais as atividades que estão programadas e como ela deve comportar-se. Planeje um modo para ela avisar você se ela estiver ficando oprimida, tal como por as mãos dela nas suas. (Você poderá fazer o mesmo se perceber que ela está ficando incomodada durante as atividades.)
Uma versão deste artigo apareceu no número do outono de 2009 de ADDitude.
Para as crianças com TDAH, que são regidas por seus impulsos, gritar na sala de aula ou tornar-se inconvenientes acontece naturalmente. Estas crianças vivem o momento, não sendo detidas por regras ou conseqüências.
A falta de controle do impulso pode ser o sintoma do TDAH mais difícil de mudar. A medicação pode auxiliar, mas as crianças também precisam de claras expectativas, de incentivos positivos e de conseqüências previsíveis se elas forem aprender a regular o seu comportamento.
Lidere seus alunos para compilar uma lista das regras de classe. Inclua algumas que sejam difíceis para os portadores de TDAH, tais como “Sempre erga sua mão para pedir ajuda”. Tenha certeza de definir cada regra: O que significa “Use o material corretamente”?
Exija Disciplina na Escola
Em geral, a punição deve ser imediata.
Se um aluno empurra o outro no recreio, por exemplo, faça-o sentar em sua carteira em parte do intervalo. Uma conseqüência atrasada – como uma detenção ao final da jornada – não funciona para as crianças que têm dificuldade de antecipar os resultados.
Providencie lembretes visuais para manter as crianças colaborantes.
Para livrar uma criança do constrangimento das repreensões freqüentes, combine um gesto secreto que você usará como sinal para ela ficar no seu assento ou para parar de gritar. Algumas crianças se beneficiam de uma etiqueta colada na sua carteira. Isto também deve ser sigiloso; ninguém precisa saber que “N.P.” significa “Não Perturbe”.
Encoraje o bom comportamento com elogios e prêmios.
Isto é especialmente importante para os portadores de TDAH, os quais ganham muita atenção negativa por seu mau comportamento. Elogie o bom comportamento com afirmações específicas, tais como “Eduardo, gosto do modo rápido e silencioso com que você arruma a sua carteira.”
Algumas crianças maiores podem ficar embaraçadas pelos cumprimentos, então, dê sinais de positivo com o polegar ou uma tapinha carinhosa no ombro.
Torne Claras as Expectativas
Escreva o programa do dia na lousa e apague os itens conforme eles sejam completados.
Isto dá aos portadores de TDAH uma impressão de ter o controle do seu dia. Forneça antecipadamente avisos de qualquer mudança da rotina usual.
Faça freqüentes alertas conforme se aproxime o final da atividade.
Dê um aviso à classe com cinco minutos de antecedência, depois, com dois minutos antes do final, para suavizar a transição de uma atividade para outra. Elabore um plano para alunos que tenham dificuldades mais intensas. Engaje-os em uma atividade especial, tal como recolher os trabalhos dos colegas, para ajudá-los a manter o autocontrole.
Use uma folha de relatório diário.
Esta ferramenta permite ao professor e aos pais da criança monitorarem as metas acadêmicas e de comportamento – e dá a ela a chance de ganhar recompensas. A cada dia, o professor anota quais metas foram atingidas e a criança leva o relatório para casa, para mostrar aos seus pais.
Então, o que os pais podem fazer em casa para reforçar os comportamentos corretos na escola?
Recompensando o Comportamento Positivo
Seja explícito sobre como sua criança deve se comportar.
Em vez de dizer a ela “seja boazinha” no recreio, diga a ela “aguarde na fila para a merenda e não empurre.”
Mantenha seu filho responsável por suas ações.
Mantenha as punições curtas e apropriadas, mas deixe que elas lembrem ao seu filho que ele é o responsável por seu próprio comportamento. Uma boa regra para o castigo é um minuto para cada ano de idade da criança.
Desencoraje um problema de comportamento pela “cobrança” por cada infração.
Esta estratégia premia seu filho por não se engajar em comportamento impróprio, tal como interromper suas chamadas telefônicas.
Como isso funciona?
1. Determine, rigorosamente, quantas vezes por semana seu filho o interrompe durante uma chamada telefônica, e coloque algumas moedas num cofrinho.
2. Diga ao seu filho que isto é para ele e que poderá tomar posse no final da semana, mas que você irá retirar uma moeda a cada vez que ele interromper uma chamada.
3. Conforme o comportamento comece a diminuir, reduza o número de moedas que você coloca no cofrinho ao início de cada semana.
Regras Especiais para Ocasiões Especiais
Releve os pequenos deslizes
Se o seu filho derrama o leite porque ele está enchendo o copo muito rapidamente, ajude-o a limpar a sujeira e fale sobre a importância de ser cuidadoso, e siga em frente.
Antecipe as situações potencialmente explosivas.
Crianças com TDAH necessitam de consistência e de rotina, mas o imprevisível algumas vezes acontece.
Prepare sua criança para as ocasiões especiais: Explique onde estão indo, quem estará lá, quais as atividades que estão programadas e como ela deve comportar-se. Planeje um modo para ela avisar você se ela estiver ficando oprimida, tal como por as mãos dela nas suas. (Você poderá fazer o mesmo se perceber que ela está ficando incomodada durante as atividades.)
Uma versão deste artigo apareceu no número do outono de 2009 de ADDitude.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
30- Risco de depressão e suicídio no TDAH adolescente
Um estudo recente mostra que crianças diagnosticadas com TDAH entre os 4 e 6 anos de idade têm maior risco de depressão e de ações e pensamentos de suicídio entre os 9 e 18 anos de idade, mesmo após o controle para história de depressão materna e outros facilitadores desses resultados adversos.
O estudo mostra “mais uma razão poderosa para concluir que criança com TDAH não é algo para ser descuidado; é um problema com consequências graves de curto e longo prazo”, diz Benjamin B. Lahey, PhD, professor de epidemiologia, psiquiatria e neurociência do comportamento da Universidade de Chicago.
O estudo, publicado no número de outubro do Archives of General Psychiatry, ajuda a apontar quais as crianças com TDAH que parecem ter maior risco. Meninas com TDAH entre 4 e 6 anos de idade, segundo os pesquisadores, tinham risco maior de depressão na adolescência e de tentativas de suicídio do que meninos com TDAH.
Problemas emocionais e de comportamento entre os 4 e 6 anos de idade e depressão materna também predizem maior risco de depressão e de comportamento suicida na adolescência, em crianças com TDAH.
Estes achados sugerem que é possível identificar crianças com TDAH em idades muito precoces que estão em risco muito elevado para depressão e comportamento suicida mais tarde.
Crianças e adolescentes com TDAH têm mais de 550% de risco de se envolver em ideação suicida concreta do que os indivíduos controle.
Arch Gen Psychiatry. 2010;67:1044-1051. Abstract
O estudo mostra “mais uma razão poderosa para concluir que criança com TDAH não é algo para ser descuidado; é um problema com consequências graves de curto e longo prazo”, diz Benjamin B. Lahey, PhD, professor de epidemiologia, psiquiatria e neurociência do comportamento da Universidade de Chicago.
O estudo, publicado no número de outubro do Archives of General Psychiatry, ajuda a apontar quais as crianças com TDAH que parecem ter maior risco. Meninas com TDAH entre 4 e 6 anos de idade, segundo os pesquisadores, tinham risco maior de depressão na adolescência e de tentativas de suicídio do que meninos com TDAH.
Problemas emocionais e de comportamento entre os 4 e 6 anos de idade e depressão materna também predizem maior risco de depressão e de comportamento suicida na adolescência, em crianças com TDAH.
Estes achados sugerem que é possível identificar crianças com TDAH em idades muito precoces que estão em risco muito elevado para depressão e comportamento suicida mais tarde.
Crianças e adolescentes com TDAH têm mais de 550% de risco de se envolver em ideação suicida concreta do que os indivíduos controle.
Arch Gen Psychiatry. 2010;67:1044-1051. Abstract
terça-feira, 5 de outubro de 2010
29- Vinte e Sete (27) Acomodações que funcionam para o TDAH
Alunos com TDAH podem beneficiar-se muito com as acomodações adequadas que a escola fizer. Aprenda aqui algo sobre acomodações acadêmicas específicas e como elas podem beneficiar seu filho com TDAH ou com dificuldades de aprendizagem. por Bob Seay
Crianças com TDAH freqüentemente se beneficiam com as acomodações acadêmicas estabelecidas por professores e pais, que gastam um tempo pensando nos sintomas problemáticos do TDAH e construindo acomodações para a sala de aula, que podem solucionar aqueles sintomas.
A seguir, uma lista dos desafios comuns enfrentados pelos alunos com TDAH e as acomodações que podem ajudar a trazer o sucesso na escola.
Soluções para a sala de aula
1- Se o seu aluno: é facilmente distraído pela atividade da sala de aula ou por atividades vistas pelas janelas ou portas
Tente: Sentar o aluno na frente e no meio, longe das distrações
2- Se o seu aluno: Age em classe para chamar atenção negativa
Tente: Sentá-lo perto de um colega que seja bom exemplo
3- Se o seu aluno: Não tem noção do espaço pessoal; caminha entre as carteiras para ir falar ou mexer com os outros alunos
Tente: Aumentar o espaço entre as carteiras
Tarefas
4- Se o seu aluno: For incapaz de terminar uma tarefa no tempo permitido
Tente: Permitir um tempo extra para terminar a tarefa dada
5- Se o seu aluno: Se sai bem no início de uma tarefa, mas a qualidade diminui próximo ao final
Tente: Dividir as tarefas longas em partes menores; encurtar as tarefas ou os períodos de trabalho
6- Se o seu aluno: Tem dificuldade de seguir instruções
Tente: Combinar instruções por escrito com as instruções faladas
Distração
7- Se o seu aluno: For incapaz de acompanhar as discussões em classe e as anotações
Tente: Providenciar ajuda de um colega para tomar notas e perguntar ao aluno questões que o encorajem a participar das discussões
8- Se o seu aluno: Queixa-se de que as aulas são chatas
Tente: Procurar envolver o aluno na apresentação da aula
9- Se o seu aluno: Distrai-se facilmente
Tente: Estimular seu aluno a prestar atenção na tarefa por meio de um sinal combinado com ele
10- Se o seu aluno: Entrega trabalhos com erros por falta de atenção
Tente: Reservar período de cinco minutos para conferir o trabalho ou tarefa de casa antes de entregá-los
Comportamento
11- Se o seu aluno: Exibir constantemente um comportamento para chamar a atenção
Tente: Ignorar os comportamentos impróprios menores
12- Se o seu aluno: Falha em descobrir o objetivo da aula ou da atividade
Tente: Aumentar o imediatismo dos prêmios e das conseqüências
13- Se o seu aluno: Responde intempestivamente ou interrompe os outros
Tente: Admitir as respostas corretas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado
14- Se o seu aluno: Necessitar de reforço
Tente: Enviar relatórios diários ou semanais para seus pais
15- Se o seu aluno: Necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento
Tente: Estabelecer um contrato de comportamento
Organização/Planejamento
16- Se o seu aluno: Não guardar seus papéis corretamente
Tente: Recomendar pastas com divisores e arquivos
17- Se o seu aluno: Tiver problemas em se lembrar dos trabalhos de casa
Tente: Providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a anotação das obrigações
18- Se o seu aluno: Perde os livros
Tente: Permitir que o aluno tenha um conjunto de livros em casa
19- Se o seu aluno: É inquieto e necessita de se andar na sala
Tente: Permitir que o aluno ande pela sala ou que fique de pé enquanto faz as tarefas
20- Se o seu aluno: Tem dificuldade de manter a atenção por longos períodos de tempo
Tente: Fazer curtas pausas entre os trabalhos
Humor/Socialização
21- Se o seu aluno: Estiver confuso sobre os comportamentos sociais corretos
Tente: Estabelecer metas de comportamento social com o estudante e faça um programa de premiações
22- Se o seu aluno: Não trabalha bem com os outros
Tente: Encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado
23- Se o seu aluno: Não é respeitado pelos colegas
Tente: Atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do grupo de colegas
24- Se o seu aluno: Tem baixa autoconfiança
Tente: Elogiar o comportamento e o trabalho positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança
25- Se o seu aluno: Parece solitário e distante
Tente: Encorajar as interações sociais com os colegas de classe; planejar atividades de grupo sob a direção do professor
26- Se o seu aluno: Frustra-se facilmente
Tente: Elogiar o comportamento apropriado e o bom trabalho freqüentemente
27- Se o seu aluno: Fica enraivecido facilmente
Tente: Encorajar o estudante a sair de situações que provocam a raiva; usar tempo para conversar com o aluno
Crianças com TDAH freqüentemente se beneficiam com as acomodações acadêmicas estabelecidas por professores e pais, que gastam um tempo pensando nos sintomas problemáticos do TDAH e construindo acomodações para a sala de aula, que podem solucionar aqueles sintomas.
A seguir, uma lista dos desafios comuns enfrentados pelos alunos com TDAH e as acomodações que podem ajudar a trazer o sucesso na escola.
Soluções para a sala de aula
1- Se o seu aluno: é facilmente distraído pela atividade da sala de aula ou por atividades vistas pelas janelas ou portas
Tente: Sentar o aluno na frente e no meio, longe das distrações
2- Se o seu aluno: Age em classe para chamar atenção negativa
Tente: Sentá-lo perto de um colega que seja bom exemplo
3- Se o seu aluno: Não tem noção do espaço pessoal; caminha entre as carteiras para ir falar ou mexer com os outros alunos
Tente: Aumentar o espaço entre as carteiras
Tarefas
4- Se o seu aluno: For incapaz de terminar uma tarefa no tempo permitido
Tente: Permitir um tempo extra para terminar a tarefa dada
5- Se o seu aluno: Se sai bem no início de uma tarefa, mas a qualidade diminui próximo ao final
Tente: Dividir as tarefas longas em partes menores; encurtar as tarefas ou os períodos de trabalho
6- Se o seu aluno: Tem dificuldade de seguir instruções
Tente: Combinar instruções por escrito com as instruções faladas
Distração
7- Se o seu aluno: For incapaz de acompanhar as discussões em classe e as anotações
Tente: Providenciar ajuda de um colega para tomar notas e perguntar ao aluno questões que o encorajem a participar das discussões
8- Se o seu aluno: Queixa-se de que as aulas são chatas
Tente: Procurar envolver o aluno na apresentação da aula
9- Se o seu aluno: Distrai-se facilmente
Tente: Estimular seu aluno a prestar atenção na tarefa por meio de um sinal combinado com ele
10- Se o seu aluno: Entrega trabalhos com erros por falta de atenção
Tente: Reservar período de cinco minutos para conferir o trabalho ou tarefa de casa antes de entregá-los
Comportamento
11- Se o seu aluno: Exibir constantemente um comportamento para chamar a atenção
Tente: Ignorar os comportamentos impróprios menores
12- Se o seu aluno: Falha em descobrir o objetivo da aula ou da atividade
Tente: Aumentar o imediatismo dos prêmios e das conseqüências
13- Se o seu aluno: Responde intempestivamente ou interrompe os outros
Tente: Admitir as respostas corretas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado
14- Se o seu aluno: Necessitar de reforço
Tente: Enviar relatórios diários ou semanais para seus pais
15- Se o seu aluno: Necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento
Tente: Estabelecer um contrato de comportamento
Organização/Planejamento
16- Se o seu aluno: Não guardar seus papéis corretamente
Tente: Recomendar pastas com divisores e arquivos
17- Se o seu aluno: Tiver problemas em se lembrar dos trabalhos de casa
Tente: Providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a anotação das obrigações
18- Se o seu aluno: Perde os livros
Tente: Permitir que o aluno tenha um conjunto de livros em casa
19- Se o seu aluno: É inquieto e necessita de se andar na sala
Tente: Permitir que o aluno ande pela sala ou que fique de pé enquanto faz as tarefas
20- Se o seu aluno: Tem dificuldade de manter a atenção por longos períodos de tempo
Tente: Fazer curtas pausas entre os trabalhos
Humor/Socialização
21- Se o seu aluno: Estiver confuso sobre os comportamentos sociais corretos
Tente: Estabelecer metas de comportamento social com o estudante e faça um programa de premiações
22- Se o seu aluno: Não trabalha bem com os outros
Tente: Encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado
23- Se o seu aluno: Não é respeitado pelos colegas
Tente: Atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do grupo de colegas
24- Se o seu aluno: Tem baixa autoconfiança
Tente: Elogiar o comportamento e o trabalho positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança
25- Se o seu aluno: Parece solitário e distante
Tente: Encorajar as interações sociais com os colegas de classe; planejar atividades de grupo sob a direção do professor
26- Se o seu aluno: Frustra-se facilmente
Tente: Elogiar o comportamento apropriado e o bom trabalho freqüentemente
27- Se o seu aluno: Fica enraivecido facilmente
Tente: Encorajar o estudante a sair de situações que provocam a raiva; usar tempo para conversar com o aluno
terça-feira, 28 de setembro de 2010
28- Acabe com a distração: Melhorando o foco do TDAH em casa e na escola
Alunos com TDAH podem facilmente se distrair, perder o foco e ter devaneios em classe. Descubra como auxiliar as crianças com TDAH a evitar as distrações e permanecer focalizadas na tarefa indicada. Dos editores de ADDitude
O problema: O aluno com TDAH parece que não escuta ou presta atenção na matéria escolar. Ele pode se distrair, ficar olhando pela janela, ou focalizado em barulhos irrelevantes ou outros estímulos. Como resultado, ele perde as lições, as instruções e as orientações.
A causa: O TDAH não é apenas uma incapacidade de prestar atenção – é uma incapacidade de controlar a atenção. Crianças com TDAH têm um nível mais baixo de despertar cerebral, que por sua vez diminui a capacidade de filtrar as distrações, tais como barulhos no corredor, a movimentação fora da sala ou até mesmo seus próprios pensamentos e sentimentos internos. Crianças com TDAH têm uma dificuldade especialmente severa em desligar as distrações quando a atividade não é suficientemente estimulante.
Os obstáculos: Crianças com TDAH lutam por permanecerem focalizadas na leitura ou em qualquer tarefa que exija esforço mental sustentado. Às vezes, a distração pode parecer intencional e perturbadora – o que trabalha contra o estudante com TDAH para obter a ajuda de que ele necessita. Críticas como “Acorde fulano” ou “Por que você nunca escuta?” não corrigem este déficit de atenção. Se a criança pudesse prestar mais atenção, ela o faria.
Leia para descobrir as soluções para por fim às distrações em sala de aula e em casa.
Soluções na Sala de Aula
-- Selecione as carteiras sabiamente. Manter as crianças com TDAH perto do professor e longe das portas e das janelas ajudará a diminuir o potencial de distração e propiciará os melhores resultados para manter o foco.
-- Permita que todos os estudantes usem bloqueadores de distração. Para prevenir a exclusão das crianças com TDAH, deixe que todos usem os divisores de privacidade, fones de ouvido, ou protetores de ouvidos para bloquear as distrações durante o trabalho sentado ou nos testes.
-- Mantenha as coisas interessantes. Alterne entre atividades de alto e baixo interesse e, quando possível, mantenha curtos os períodos de lição ou varie o ritmo de uma lição para a outra.
-- Acomode os diferentes estilos de aprendizagem. Use uma variedade de estratégias e de técnicas de ensino para atender aos múltiplos estilos de aprendizagem na sala de aula. Assim, todos os alunos terão oportunidade de abordar as lições da maneira que eles aprendem melhor.
-- Inclua facetas visuais, auditivas, e cenestésicas para todas as aulas. Dê, também, aos estudantes as oportunidades de trabalhar cooperativamente, individualmente e em grupo.
-- Redirecione em vez de reprimir. Em vez de castigar um aluno que se torna distraído, redirecione-o de modo que não cause problemas. Algumas vezes, perguntando à criança uma coisa que você sabe que ela pode responder, ou dando dicas não verbais, tais como permanecendo perto e tocando-a no ombro, poderá trazer a criança de volta ao foco.
Soluções em Casa
-- Estabeleça uma rotina diária de tarefas de casa. Algumas crianças necessitam de uma pausa entre a escola e as tarefas de casa, ou precisam de frequentes paradas entre os trabalhos. Descubra o que funciona melhor para o seu filho para ajudá-lo a evitar as distrações e a procrastinação.
-- Ajude seu filho com TDAH a produzir um ambiente livre de distrações. Algumas vezes o melhor ambiente de aprendizagem pode ser a mesa da cozinha, com música tocando ao fundo. Experimente até que encontre o lugar certo de aprendizagem.
-- Faça seu filho começar. Sente-se com sua criança e tenha certeza de que ela entende o que é solicitado em cada trabalho.
-- Supervisione conforme necessário. Muitas crianças com TDAH precisam de significativa supervisão adulta para se manter na tarefa. Conforme a situação melhore e a criança amadurece, você poderá sair da supervisão constante para freqüentes checagens para ter certeza de que sua criança esteja em ação.
-- Permita pequenas pausas entre as tarefas. Faça sua criança alongar ou ter um lanche após ter completado uma tarefa. Isto poderá ajudá-la a sentir sua sobrecarga mais suportável.
-- Quebre as tarefas grandes. Divida as grandes tarefas em “bocados”, cada um com um objetivo claro. Se sua criança sente que uma tarefa é factível, ela terá menor probabilidade de se distrair.
O problema: O aluno com TDAH parece que não escuta ou presta atenção na matéria escolar. Ele pode se distrair, ficar olhando pela janela, ou focalizado em barulhos irrelevantes ou outros estímulos. Como resultado, ele perde as lições, as instruções e as orientações.
A causa: O TDAH não é apenas uma incapacidade de prestar atenção – é uma incapacidade de controlar a atenção. Crianças com TDAH têm um nível mais baixo de despertar cerebral, que por sua vez diminui a capacidade de filtrar as distrações, tais como barulhos no corredor, a movimentação fora da sala ou até mesmo seus próprios pensamentos e sentimentos internos. Crianças com TDAH têm uma dificuldade especialmente severa em desligar as distrações quando a atividade não é suficientemente estimulante.
Os obstáculos: Crianças com TDAH lutam por permanecerem focalizadas na leitura ou em qualquer tarefa que exija esforço mental sustentado. Às vezes, a distração pode parecer intencional e perturbadora – o que trabalha contra o estudante com TDAH para obter a ajuda de que ele necessita. Críticas como “Acorde fulano” ou “Por que você nunca escuta?” não corrigem este déficit de atenção. Se a criança pudesse prestar mais atenção, ela o faria.
Leia para descobrir as soluções para por fim às distrações em sala de aula e em casa.
Soluções na Sala de Aula
-- Selecione as carteiras sabiamente. Manter as crianças com TDAH perto do professor e longe das portas e das janelas ajudará a diminuir o potencial de distração e propiciará os melhores resultados para manter o foco.
-- Permita que todos os estudantes usem bloqueadores de distração. Para prevenir a exclusão das crianças com TDAH, deixe que todos usem os divisores de privacidade, fones de ouvido, ou protetores de ouvidos para bloquear as distrações durante o trabalho sentado ou nos testes.
-- Mantenha as coisas interessantes. Alterne entre atividades de alto e baixo interesse e, quando possível, mantenha curtos os períodos de lição ou varie o ritmo de uma lição para a outra.
-- Acomode os diferentes estilos de aprendizagem. Use uma variedade de estratégias e de técnicas de ensino para atender aos múltiplos estilos de aprendizagem na sala de aula. Assim, todos os alunos terão oportunidade de abordar as lições da maneira que eles aprendem melhor.
-- Inclua facetas visuais, auditivas, e cenestésicas para todas as aulas. Dê, também, aos estudantes as oportunidades de trabalhar cooperativamente, individualmente e em grupo.
-- Redirecione em vez de reprimir. Em vez de castigar um aluno que se torna distraído, redirecione-o de modo que não cause problemas. Algumas vezes, perguntando à criança uma coisa que você sabe que ela pode responder, ou dando dicas não verbais, tais como permanecendo perto e tocando-a no ombro, poderá trazer a criança de volta ao foco.
Soluções em Casa
-- Estabeleça uma rotina diária de tarefas de casa. Algumas crianças necessitam de uma pausa entre a escola e as tarefas de casa, ou precisam de frequentes paradas entre os trabalhos. Descubra o que funciona melhor para o seu filho para ajudá-lo a evitar as distrações e a procrastinação.
-- Ajude seu filho com TDAH a produzir um ambiente livre de distrações. Algumas vezes o melhor ambiente de aprendizagem pode ser a mesa da cozinha, com música tocando ao fundo. Experimente até que encontre o lugar certo de aprendizagem.
-- Faça seu filho começar. Sente-se com sua criança e tenha certeza de que ela entende o que é solicitado em cada trabalho.
-- Supervisione conforme necessário. Muitas crianças com TDAH precisam de significativa supervisão adulta para se manter na tarefa. Conforme a situação melhore e a criança amadurece, você poderá sair da supervisão constante para freqüentes checagens para ter certeza de que sua criança esteja em ação.
-- Permita pequenas pausas entre as tarefas. Faça sua criança alongar ou ter um lanche após ter completado uma tarefa. Isto poderá ajudá-la a sentir sua sobrecarga mais suportável.
-- Quebre as tarefas grandes. Divida as grandes tarefas em “bocados”, cada um com um objetivo claro. Se sua criança sente que uma tarefa é factível, ela terá menor probabilidade de se distrair.
27- Estratégias amigáveis, aprovadas pelos pais, para ajudar crianças com TDAH a fazerem seu trabalho de casa
Ajude seu filho com TDAH a completar seus deveres de casa – e a aprender como trabalhar de modo independente – seguindo essas ótimas dicas dos leitores. Dos Editores de ADDitude – primavera de 2010
ADDitude perguntou: Como você garante que seu filho com TDAH faça seu dever de casa? E os leitores apresentaram estas cinco orientações.
1- Estabeleça rituais amigáveis para o portador de TDAH
"Aprenda os ritmos do seu filho – quando ele precisa relaxar, quando ele precisa de atividade. Nós temos pausa e um trabalho em períodos curtos. Sempre confira o trabalho do seu filho – ele está mais interessado em terminar de fazê-lo do que em fazê-lo corretamente” – Kathy Zimovan, Carolina do Sul.
"Eu deixo meu filho fazer exercícios com uma bola. Ser capaz de se mexer e caminhar por perto enquanto faz o trabalho ajuda as crianças com TDAH a se concentrar melhor. Eu não tenho de importuná-lo com o trabalho de casa e ele não se queixa da necessidade de se levantar e andar um pouco" - Diane Spriggs, Virginia
"Eu dou à minha filha um pedaço de cenoura ou de pepino a cada 10 minutos. Ela adora a diversão e fica motivada a continuar no trabalho". - Eve, New York
"Eu dou um monte de avisos. E uma hora antes do meu filho começar a fazer o trabalho, eu digo, 'Hora de ligar seu cérebro no trabalho de casa!' Digo a mesma coisa meia hora antes. Descobri que isso realmente ajuda em fazer uma transição suave." - Kimberly Forness Wilson, North Dakota
Você sabe qual é o estilo de aprendizagem do seu filho? Ajude o seu aluno com TDAH a alcançar o sucesso escolar pela focalização nos métodos de estudo que brincam com os modos visuais, auditivos ou tácteis de aprendizado.
2- Aprenda quando parar de fazer o trabalho dele
"Fiz o meu filho responsável pelas suas notas. Ele tem de enfrentar as conseqüências das notas baixas e ganha prêmios pelas boas notas. Se ele quer que eu o ajude com sua tarefa de casa, ele tem de pedir" - May Beth Thomas, Michigan
"Se o seu filho está no ensino médio, deixe-o responsável por terminar o trabalho de casa. Quando eu era jovem, levar-me à escola era uma guerra. Mamãe acabava dizendo: ‘Ótimo. Se você não fizer o seu dever de casa, eu não vou escrever uma desculpa para você’. Tradução: Eu ficava com um grande problema com minha professora – e quando voltava para casa, ficava pior ainda com o meu pai. Aprendi do modo mais difícil, uma vez” - Ed, Arizona
3- Divida as responsabilidades com seu parceiro... antes de sofrer de burnout
"Meu marido e eu temos recorrido a formar uma equipe com nosso filho para fazer seu dever de casa”. LOL – Uma leitora de ADDitude
4- Obtenha ajuda da escola
"Deveres mais curtos. Pedi aos professores do meu filho que passassem uma página de exercícios de gramática, em vez de duas; 20 problemas de matemática, em vez de 40. ele sentiu-se bem menos oprimido." - Lisa, Florida
"Juntar-se a um clube de trabalhos de casa foi uma benção. Meu filho tem ajuda logo após sair da escola, enquanto os remédios ainda estão funcionando. Ele então pode vir para casa e descansar, e eu não tenho de ficar gritando com ele!" -Sheri, California
5- Elimine todas as distrações
"Nada de televisão, e um lugar de trabalho limpo, limpo. A menor coisa, um lápis extra ou uma folha de papel, pode distrair o meu filho." – Uma leitora de ADDitude
"Faça a tarefa logo após a escola, num lugar o mais quieto possível. Tente ser paciente com seu filho, mesmo que isso seja muito difícil!" - Amy, Florida
"Desliguei o MSN dos meus filhos" - Kay, Colorado
ADDitude perguntou: Como você garante que seu filho com TDAH faça seu dever de casa? E os leitores apresentaram estas cinco orientações.
1- Estabeleça rituais amigáveis para o portador de TDAH
"Aprenda os ritmos do seu filho – quando ele precisa relaxar, quando ele precisa de atividade. Nós temos pausa e um trabalho em períodos curtos. Sempre confira o trabalho do seu filho – ele está mais interessado em terminar de fazê-lo do que em fazê-lo corretamente” – Kathy Zimovan, Carolina do Sul.
"Eu deixo meu filho fazer exercícios com uma bola. Ser capaz de se mexer e caminhar por perto enquanto faz o trabalho ajuda as crianças com TDAH a se concentrar melhor. Eu não tenho de importuná-lo com o trabalho de casa e ele não se queixa da necessidade de se levantar e andar um pouco" - Diane Spriggs, Virginia
"Eu dou à minha filha um pedaço de cenoura ou de pepino a cada 10 minutos. Ela adora a diversão e fica motivada a continuar no trabalho". - Eve, New York
"Eu dou um monte de avisos. E uma hora antes do meu filho começar a fazer o trabalho, eu digo, 'Hora de ligar seu cérebro no trabalho de casa!' Digo a mesma coisa meia hora antes. Descobri que isso realmente ajuda em fazer uma transição suave." - Kimberly Forness Wilson, North Dakota
Você sabe qual é o estilo de aprendizagem do seu filho? Ajude o seu aluno com TDAH a alcançar o sucesso escolar pela focalização nos métodos de estudo que brincam com os modos visuais, auditivos ou tácteis de aprendizado.
2- Aprenda quando parar de fazer o trabalho dele
"Fiz o meu filho responsável pelas suas notas. Ele tem de enfrentar as conseqüências das notas baixas e ganha prêmios pelas boas notas. Se ele quer que eu o ajude com sua tarefa de casa, ele tem de pedir" - May Beth Thomas, Michigan
"Se o seu filho está no ensino médio, deixe-o responsável por terminar o trabalho de casa. Quando eu era jovem, levar-me à escola era uma guerra. Mamãe acabava dizendo: ‘Ótimo. Se você não fizer o seu dever de casa, eu não vou escrever uma desculpa para você’. Tradução: Eu ficava com um grande problema com minha professora – e quando voltava para casa, ficava pior ainda com o meu pai. Aprendi do modo mais difícil, uma vez” - Ed, Arizona
3- Divida as responsabilidades com seu parceiro... antes de sofrer de burnout
"Meu marido e eu temos recorrido a formar uma equipe com nosso filho para fazer seu dever de casa”. LOL – Uma leitora de ADDitude
4- Obtenha ajuda da escola
"Deveres mais curtos. Pedi aos professores do meu filho que passassem uma página de exercícios de gramática, em vez de duas; 20 problemas de matemática, em vez de 40. ele sentiu-se bem menos oprimido." - Lisa, Florida
"Juntar-se a um clube de trabalhos de casa foi uma benção. Meu filho tem ajuda logo após sair da escola, enquanto os remédios ainda estão funcionando. Ele então pode vir para casa e descansar, e eu não tenho de ficar gritando com ele!" -Sheri, California
5- Elimine todas as distrações
"Nada de televisão, e um lugar de trabalho limpo, limpo. A menor coisa, um lápis extra ou uma folha de papel, pode distrair o meu filho." – Uma leitora de ADDitude
"Faça a tarefa logo após a escola, num lugar o mais quieto possível. Tente ser paciente com seu filho, mesmo que isso seja muito difícil!" - Amy, Florida
"Desliguei o MSN dos meus filhos" - Kay, Colorado
26- Minimize as brigas sobre trabalhos de casa e estudo criando rotinas para seu filho com TDAH.
por Vicki Siegel - ADDitude Magazine
Elogie seu filho quando ele faz as tarefas, trabalha com atenção, é criativo e assim por diante.
Volta à escola significa trabalho de casa. Também significa brigas, lágrimas e frustração, porque o trabalho de casa exige mais disciplina e consistência do que as crianças com TDAH (ou qualquer criança!) podem controlar. Mas você pode tornar a tarefa de casa mais fácil criando uma rotina baseada em três questões chave: Quando? Onde? Como?
1. Quando?
• Determine um horário do dia para o trabalho de casa. Baseado no temperamento do seu filho. Talvez ele esteja em sua fase melhor logo após a escola, ou talvez uma hora depois de anoitecer. Evite a noite, porque para a maioria das crianças é hora de apagar.
• Seja consistente no dia-a-dia. Se for impossível fazê-lo após as atividades escolares, afixe um plano diário, ou um calendário semanal, na sua cozinha, que inclua o horário de início e do fim do trabalho de casa, para cada dia.
• Escale tempo suficiente para terminar as obrigações sem correrias, baseado no nível do seu filho e na história relativa ao modo dele completar as obrigações.
• Dê avisos adiantados sobre a hora do trabalho de casa. Isto é importante, porque as crianças com TDAH não mudam facilmente de uma atividade para outra – especialmente de uma brincadeira para o trabalho. Você deve dizer “Você pode brincar por mais 15 minutos, então venha para fazer a lição de casa.”
2. Onde?
• Ajude seu filho a escolher um lugar em casa para o trabalho. Tente a mesa da cozinha, onde ele pode espalhar o seu material. Ou, talvez, seu filho gostará de se sentar junto a uma escrivaninha, num cantinho silencioso.
• Fique longe de eletrônicos (TV, CD player). Mas se seu filho concentra-se melhor com algum ruído suave, experimente música suave de fundo.
• Fique por perto (se possível). Crianças com TDAH se concentram melhor quando elas sabem que você está por perto. Se a sua criança necessita usar o banheiro, lembre-a de voltar logo em seguida. Depois que ela sair do banheiro, lembre-a de voltar ao trabalho.
3. Como?
• Estabeleça regras. Desenhe e imprima uma folha que especifique: horário de início e de fim do trabalho de casa; local; quando e como são os intervalos; e que você estará por perto para ajudar a compreender as obrigações, a se organizar, e para oferecer apoio – mas não faça o trabalho de casa para seu filho. Evite discussões – calmamente encaminhe-o para ler as Regras de Trabalho de Casa.
• Ajude-o a começar. Certifique-se de que o seu filho sabe quais são as tarefas e como proceder. Ofereça assistência que seja adequada para o estilo de aprendizagem dele. Para um processador verbal, leia as instruções para ele e faça-o ler em voz alta; para um aprendiz visual, mostre-lhe como usar os delineadores e os marcadores coloridos para ressaltar as palavras chave e as sentenças importantes.
• Mantenha-o no trabalho. Se o seu filho pára antes de terminar a tarefa, encoraje-o a ir um pouco mais longe, e lembre-o que haverá uma pausa logo a seguir.
• Faça uma pausa. Crianças com TDAH e com Dificuldades de aprendizagem podem tornar-se fatigadas devido à distração, aos desafios da concentração, frustração e inquietação. Ajude seu filho a recarregar sua energia fazendo curtas e freqüentes pausas.
• Confira ao final. Revise o trabalho do seu filho para ver se está completo. Se ele consistentemente demora mais tempo do que deveria, fale com o professor e veja se ele poderá ajustar a quantidade de trabalho.
• Elogie. Cumprimente seu filho quando ele permanece no trabalho, trabalha com atenção, é criativo, e assim por diante. Seja específico. Diga, por exemplo, “Gosto da maneira como você se concentrou neste problema e ficou nele até que o resolveu.” Dê a ele uma tapinha de aprovação ou um abraço de metade de trabalho, também.
• Dê recompensas. É correto oferecer um “prêmio” para motivar. Para uma criança pequena, tente um tempo extra para brincar, um lanche ou jogo favorito, ou uma leitura especial; para uma criança maior, um programa favorito de TV, um tempo a mais no computador ou no telefone.
• Fique do lado dele. Uma nova rotina de trabalho de casa requer um comprometimento sólido. Demora de um a três meses para que uma rotina se torne um hábito – até mesmo um pouco mais para alguém com TDAH. Mas a recompensa é a disciplina, o autocontrole e as habilidades que levam ao sucesso.
Elogie seu filho quando ele faz as tarefas, trabalha com atenção, é criativo e assim por diante.
Volta à escola significa trabalho de casa. Também significa brigas, lágrimas e frustração, porque o trabalho de casa exige mais disciplina e consistência do que as crianças com TDAH (ou qualquer criança!) podem controlar. Mas você pode tornar a tarefa de casa mais fácil criando uma rotina baseada em três questões chave: Quando? Onde? Como?
1. Quando?
• Determine um horário do dia para o trabalho de casa. Baseado no temperamento do seu filho. Talvez ele esteja em sua fase melhor logo após a escola, ou talvez uma hora depois de anoitecer. Evite a noite, porque para a maioria das crianças é hora de apagar.
• Seja consistente no dia-a-dia. Se for impossível fazê-lo após as atividades escolares, afixe um plano diário, ou um calendário semanal, na sua cozinha, que inclua o horário de início e do fim do trabalho de casa, para cada dia.
• Escale tempo suficiente para terminar as obrigações sem correrias, baseado no nível do seu filho e na história relativa ao modo dele completar as obrigações.
• Dê avisos adiantados sobre a hora do trabalho de casa. Isto é importante, porque as crianças com TDAH não mudam facilmente de uma atividade para outra – especialmente de uma brincadeira para o trabalho. Você deve dizer “Você pode brincar por mais 15 minutos, então venha para fazer a lição de casa.”
2. Onde?
• Ajude seu filho a escolher um lugar em casa para o trabalho. Tente a mesa da cozinha, onde ele pode espalhar o seu material. Ou, talvez, seu filho gostará de se sentar junto a uma escrivaninha, num cantinho silencioso.
• Fique longe de eletrônicos (TV, CD player). Mas se seu filho concentra-se melhor com algum ruído suave, experimente música suave de fundo.
• Fique por perto (se possível). Crianças com TDAH se concentram melhor quando elas sabem que você está por perto. Se a sua criança necessita usar o banheiro, lembre-a de voltar logo em seguida. Depois que ela sair do banheiro, lembre-a de voltar ao trabalho.
3. Como?
• Estabeleça regras. Desenhe e imprima uma folha que especifique: horário de início e de fim do trabalho de casa; local; quando e como são os intervalos; e que você estará por perto para ajudar a compreender as obrigações, a se organizar, e para oferecer apoio – mas não faça o trabalho de casa para seu filho. Evite discussões – calmamente encaminhe-o para ler as Regras de Trabalho de Casa.
• Ajude-o a começar. Certifique-se de que o seu filho sabe quais são as tarefas e como proceder. Ofereça assistência que seja adequada para o estilo de aprendizagem dele. Para um processador verbal, leia as instruções para ele e faça-o ler em voz alta; para um aprendiz visual, mostre-lhe como usar os delineadores e os marcadores coloridos para ressaltar as palavras chave e as sentenças importantes.
• Mantenha-o no trabalho. Se o seu filho pára antes de terminar a tarefa, encoraje-o a ir um pouco mais longe, e lembre-o que haverá uma pausa logo a seguir.
• Faça uma pausa. Crianças com TDAH e com Dificuldades de aprendizagem podem tornar-se fatigadas devido à distração, aos desafios da concentração, frustração e inquietação. Ajude seu filho a recarregar sua energia fazendo curtas e freqüentes pausas.
• Confira ao final. Revise o trabalho do seu filho para ver se está completo. Se ele consistentemente demora mais tempo do que deveria, fale com o professor e veja se ele poderá ajustar a quantidade de trabalho.
• Elogie. Cumprimente seu filho quando ele permanece no trabalho, trabalha com atenção, é criativo, e assim por diante. Seja específico. Diga, por exemplo, “Gosto da maneira como você se concentrou neste problema e ficou nele até que o resolveu.” Dê a ele uma tapinha de aprovação ou um abraço de metade de trabalho, também.
• Dê recompensas. É correto oferecer um “prêmio” para motivar. Para uma criança pequena, tente um tempo extra para brincar, um lanche ou jogo favorito, ou uma leitura especial; para uma criança maior, um programa favorito de TV, um tempo a mais no computador ou no telefone.
• Fique do lado dele. Uma nova rotina de trabalho de casa requer um comprometimento sólido. Demora de um a três meses para que uma rotina se torne um hábito – até mesmo um pouco mais para alguém com TDAH. Mas a recompensa é a disciplina, o autocontrole e as habilidades que levam ao sucesso.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
25- Pai de criança com TDAH? Cinco segredos para uma disciplina melhor
Dr. Peter Jaksa compartilha suas estratégias comprovadas para o controle do seu amado filho com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.
Toda criança ocasionalmente resiste às regras e obrigações que lhes são impostas. Crianças com TDAH tendem a resistir mais do que as outras. Para dominar crianças rebeldes, impulsivas, sem criarem uma luta pelo poder ou sem ficarem malucos, os pais devem ser pacientes, persistentes e criativos nas suas respostas à resistência. Eis aqui cinco problemas comuns de disciplina enfrentados pelos pais de crianças com TDAH, e as soluções para cada um deles.
1. “Meu filho se recusa absolutamente a fazer o que lhe digo”
Às vezes, os pais e os filhos caem em um padrão no qual as tarefas diárias (trabalho de casa, aprontar-se para ir dormir) provocam brigas. Em muitos casos, a criança eventualmente obedece, mas o conflito deixa todo mundo alterado.
Qual é a melhor solução em longo prazo? Estabelecer rotinas. Por exemplo, os pais devem estabelecer e obrigar – com calma, mas firmemente – horários regulares de estudo para cada criança.
Pode levar semanas, ou mesmo meses, até que a criança com TDAH aceite essas rotinas e as siga de modo consistente. Não importa quanto demore, não desista. E não se deixe envolver em conflito desnecessário com seu filho. Quando o humor se inflama, os pais devem permanecer calmos e manter o controle da situação.
2. "Meu filho não se importa com as conseqüências."
Tanto a retirada dos privilégios com a TV, quanto a proibição de ir a uma festa, as conseqüências são o modo mais eficaz quando são impostas tão logo quanto possível depois da infração. Se você demora na imposição de conseqüências, estará abrandando seu impacto emocional. Às vezes, conseqüências que eram eficazes param de o ser após o uso por um tempo. Como acontece com muitas coisas envolvendo o TDAH, a repetição leva ao aborrecimento. Estabeleça uma variedade de conseqüências e mude-as de tempos em tempos.
As conseqüências devem ter limites de tempo: longas o suficiente para ensinar uma lição, mas curtas o suficiente para dar à criança uma chance de mudar para coisas mais positivas. A punição deve ser de acordo com o crime. Conseqüências exageradamente duras encorajarão sua criança a ofender-se com suas regras e sua autoridade – e irão gerar mais raiva e rebeldia.
3. “Meu filho não me leva a sério.”
Por que seu filho não mostra respeito por você ou por suas regras? As regras estão claras para o seu filho? Regras importantes devem ser escritas.
A criança não aceita as regras porque as considera injustas? Nesse caso, as objeções da criança e as razões dos pais para as regras precisam de mais discussão.
Se você quer que seu filho respeite as regras, imponha-as consistentemente. Isso significa não se esquecer das regras ou suspendê-las ocasionalmente porque você se sente culpado ou porque seu filho (ou cônjuge) pressionou-o a fazer assim. Se você blefa ou faz ameaças falsas, estará sacrificando sua credibilidade e enfraquecendo sua autoridade de pai.
4. "Meu filho reage exageradamente a quase tudo."
Emotividade exaltada é uma característica do TDAH. Para crianças com déficit de atenção, o fracasso não apenas desencoraja, ele arrasa. Enquanto a maioria das crianças protesta um pouco ao serem disciplinadas, as crianças com TDAH geralmente reagem com indignação ou raiva intensas. Disciplinar uma criança que reage excessivamente é arriscado; pode desencadear a Terceira Guerra Mundial.
Reação exagerada crônica à disciplina – particularmente quando sentimentos intensos de raiva e frustração estão envolvidos – pode não ser causada pelo TDAH sozinho. A criança está reagindo excessivamente porque ela se sente criticada? Não amada? Inadequada? Desamparada? Oprimida? Suas expectativas são muito altas?
5. “Meu filho não me escuta.”
Sempre há um pai, em algum lugar, que tenha tentado manter uma conversa séria com um filho e que encontrou a indiferença. “Quem você pensa que é e por que fica me aborrecendo com esse assunto?” Se tal conversa envolve disciplina, sua mensagem não está chegando ao destino.
Se o seu filho o ignora de modo regular, faça uma autochecagem. Você se tornou muito negativo ou critico? Você focaliza muito nos problemas e não tanto nas soluções? Suas conversas se transformaram em aulas, em vez de diálogo? A criança se sente afastada do processo de tomada de decisões?
Não importa a idade do seu filho, você pode envolvê-lo no processo de estabelecer as regras e as conseqüências por sua quebra. Uma criança que está incluída no ato de estabelecer as regras da família estará mais apta a respeitá-las.
Traduzido de ADDitude Magazine outono/2009
Toda criança ocasionalmente resiste às regras e obrigações que lhes são impostas. Crianças com TDAH tendem a resistir mais do que as outras. Para dominar crianças rebeldes, impulsivas, sem criarem uma luta pelo poder ou sem ficarem malucos, os pais devem ser pacientes, persistentes e criativos nas suas respostas à resistência. Eis aqui cinco problemas comuns de disciplina enfrentados pelos pais de crianças com TDAH, e as soluções para cada um deles.
1. “Meu filho se recusa absolutamente a fazer o que lhe digo”
Às vezes, os pais e os filhos caem em um padrão no qual as tarefas diárias (trabalho de casa, aprontar-se para ir dormir) provocam brigas. Em muitos casos, a criança eventualmente obedece, mas o conflito deixa todo mundo alterado.
Qual é a melhor solução em longo prazo? Estabelecer rotinas. Por exemplo, os pais devem estabelecer e obrigar – com calma, mas firmemente – horários regulares de estudo para cada criança.
Pode levar semanas, ou mesmo meses, até que a criança com TDAH aceite essas rotinas e as siga de modo consistente. Não importa quanto demore, não desista. E não se deixe envolver em conflito desnecessário com seu filho. Quando o humor se inflama, os pais devem permanecer calmos e manter o controle da situação.
2. "Meu filho não se importa com as conseqüências."
Tanto a retirada dos privilégios com a TV, quanto a proibição de ir a uma festa, as conseqüências são o modo mais eficaz quando são impostas tão logo quanto possível depois da infração. Se você demora na imposição de conseqüências, estará abrandando seu impacto emocional. Às vezes, conseqüências que eram eficazes param de o ser após o uso por um tempo. Como acontece com muitas coisas envolvendo o TDAH, a repetição leva ao aborrecimento. Estabeleça uma variedade de conseqüências e mude-as de tempos em tempos.
As conseqüências devem ter limites de tempo: longas o suficiente para ensinar uma lição, mas curtas o suficiente para dar à criança uma chance de mudar para coisas mais positivas. A punição deve ser de acordo com o crime. Conseqüências exageradamente duras encorajarão sua criança a ofender-se com suas regras e sua autoridade – e irão gerar mais raiva e rebeldia.
3. “Meu filho não me leva a sério.”
Por que seu filho não mostra respeito por você ou por suas regras? As regras estão claras para o seu filho? Regras importantes devem ser escritas.
A criança não aceita as regras porque as considera injustas? Nesse caso, as objeções da criança e as razões dos pais para as regras precisam de mais discussão.
Se você quer que seu filho respeite as regras, imponha-as consistentemente. Isso significa não se esquecer das regras ou suspendê-las ocasionalmente porque você se sente culpado ou porque seu filho (ou cônjuge) pressionou-o a fazer assim. Se você blefa ou faz ameaças falsas, estará sacrificando sua credibilidade e enfraquecendo sua autoridade de pai.
4. "Meu filho reage exageradamente a quase tudo."
Emotividade exaltada é uma característica do TDAH. Para crianças com déficit de atenção, o fracasso não apenas desencoraja, ele arrasa. Enquanto a maioria das crianças protesta um pouco ao serem disciplinadas, as crianças com TDAH geralmente reagem com indignação ou raiva intensas. Disciplinar uma criança que reage excessivamente é arriscado; pode desencadear a Terceira Guerra Mundial.
Reação exagerada crônica à disciplina – particularmente quando sentimentos intensos de raiva e frustração estão envolvidos – pode não ser causada pelo TDAH sozinho. A criança está reagindo excessivamente porque ela se sente criticada? Não amada? Inadequada? Desamparada? Oprimida? Suas expectativas são muito altas?
5. “Meu filho não me escuta.”
Sempre há um pai, em algum lugar, que tenha tentado manter uma conversa séria com um filho e que encontrou a indiferença. “Quem você pensa que é e por que fica me aborrecendo com esse assunto?” Se tal conversa envolve disciplina, sua mensagem não está chegando ao destino.
Se o seu filho o ignora de modo regular, faça uma autochecagem. Você se tornou muito negativo ou critico? Você focaliza muito nos problemas e não tanto nas soluções? Suas conversas se transformaram em aulas, em vez de diálogo? A criança se sente afastada do processo de tomada de decisões?
Não importa a idade do seu filho, você pode envolvê-lo no processo de estabelecer as regras e as conseqüências por sua quebra. Uma criança que está incluída no ato de estabelecer as regras da família estará mais apta a respeitá-las.
Traduzido de ADDitude Magazine outono/2009
terça-feira, 14 de setembro de 2010
24- Doze dicas para ajudar crianças com TDAH a ler, escrever e em matemática
Estudantes com TDAH geralmente têm dificuldades de leitura, de escrita e em matemática, por causa de sua incapacidade de controlar a atenção e o foco. Experimente estas estratégias com seu filho que tem déficit de atenção, para ajudá-lo a adquirir habilidades de linguagem e matemática.
por Karen Sunderhaft
As crianças com TDAH não são mais espertas ou mais lentas do que seus colegas de classe. Elas somente pensam de modo diferente. Algumas vezes, elas necessitam de dicas pessoais de aprendizagem, para traduzir em boas notas seu modo peculiar de entender a matéria escolar nas áreas de leitura, escrita e em matemática.
O professor do seu filho pode não ter tempo, paciência ou conhecimento para oferecer ao seu filho com TDAH os tópicos específicos e as estratégias que ele necessita para aprender esses assuntos. É aí que você entra em cena. Você pode auxiliar seu filho a usar a leitura e a escrita criativas, e os truques de aprendizagem de matemática, do modo que funcionam melhor para ele. Experimente as seguintes dicas, que já foram testadas por professores, e observe o seu sucesso na escola, em qualquer idade.
LEITURA
- Seguir com o dedo. Estimule seu filho a ler com um “dedo-guia” – o indicador dele, que vai sublinhando as palavras conforme ele as lê. Esta pode ser uma boa estratégia de leitura se ele costuma perder o ponto, se pula linhas e se omite ou repete palavras.
- Cole etiquetas. Faça seu filho marcar as passagens importantes com anotações coladas, de modo que ele possa encontrá-las depois. Use um símbolo para cada tópico, por exemplo, uma face sorridente para informações sobre o caráter, uma casa para organização e uma estrela para idéias importantes, etc.
- Ler em voz alta, pausadamente. Sugira que seu filho inspire rapidamente a cada vírgula e que respire normalmente no final de cada frase. Isto fará melhorar seu ritmo de leitura e a sua compreensão.
- Faça as 5 perguntas. Pense em “quem”, “o que”, “quando”, “por que” e “como”, quando estiver lendo. Ajude seu filho com uma tabela.
- Veja. Ajude seu filho a visualizar a história, imaginando-a como se fosse um filme em sua mente. Conforme ele lê, o filme muda. Isto ajudará para que ele se lembre dos personagens, dos fatos e dos conceitos.
ESCRITA
- Mapeie. Faça seu filho verbalizar o que ele pensa escrever, e faça um desenho ou um fluxograma, ou um mapa mental do assunto. Sugira que ele ponha o assunto principal num círculo no centro da folha de papel. Então, desenhe os outros círculos e os ligue ao círculo principal com traços. Isto lhe permitirá articular as idéias e ligá-las de maneira correta, não importa a ordem em que ele pense nelas.
- Utilize um organizador da história. Organizadores funcionam tanto para a leitura quanto para a escrita. Seu filho deve fazer, numa folha de papel, uma lista que inclua o seguinte: personagens, locação (tempo e lugar), o problema, o alvo da ação, e a solução. Peça-lhe, então, que preencha os detalhes sob cada item, para organizar seu pensamento.
- Desenhe. Use diagramas ou desenhos para apresentar e contar uma história.
MATEMÁTICA
- Pratique jogos de matemática. Eis aqui um exemplo, para a multiplicação prática do 9: Deixe as mãos abertas sobre a mesa, com as palmas para baixo, e marque cada dedo de 1 a 10, da esquerda para a direita. Para 5x9, dobre o dedo número cinco para baixo. Os números antes dele serão as dezenas, os dedos depois dele serão as unidades. Com quatro dedos no lado esquerdo do dedo dobrado e cinco dedos à sua direita, você terá 45. 5 x 9 = 45.
- Seja manipulador. Use blocos, azulejos, pastilhas, até mesmo cartas de baralho para fazer os cálculos visualmente.
- Desenhe uma imagem. Por exemplo, se o problema for dividir 48 bolachas entre 12 alunos, desenhe um prato para cada aluno e divida as bolachas entre os pratos. Ver o problema, literalmente, ajuda os alunos que têm dificuldade a aprender matemática do modo tradicional.
- Veja o sinal. Faça o seu filho marcar (com marca-texto) os sinais das operações (+, -, x, ÷) para cada problema, antes de começar a fazer os cálculos. Isto o ajudará a se lembrar do tipo de cálculo que deverá fazer.
ADDitude magazine summer/2010
por Karen Sunderhaft
As crianças com TDAH não são mais espertas ou mais lentas do que seus colegas de classe. Elas somente pensam de modo diferente. Algumas vezes, elas necessitam de dicas pessoais de aprendizagem, para traduzir em boas notas seu modo peculiar de entender a matéria escolar nas áreas de leitura, escrita e em matemática.
O professor do seu filho pode não ter tempo, paciência ou conhecimento para oferecer ao seu filho com TDAH os tópicos específicos e as estratégias que ele necessita para aprender esses assuntos. É aí que você entra em cena. Você pode auxiliar seu filho a usar a leitura e a escrita criativas, e os truques de aprendizagem de matemática, do modo que funcionam melhor para ele. Experimente as seguintes dicas, que já foram testadas por professores, e observe o seu sucesso na escola, em qualquer idade.
LEITURA
- Seguir com o dedo. Estimule seu filho a ler com um “dedo-guia” – o indicador dele, que vai sublinhando as palavras conforme ele as lê. Esta pode ser uma boa estratégia de leitura se ele costuma perder o ponto, se pula linhas e se omite ou repete palavras.
- Cole etiquetas. Faça seu filho marcar as passagens importantes com anotações coladas, de modo que ele possa encontrá-las depois. Use um símbolo para cada tópico, por exemplo, uma face sorridente para informações sobre o caráter, uma casa para organização e uma estrela para idéias importantes, etc.
- Ler em voz alta, pausadamente. Sugira que seu filho inspire rapidamente a cada vírgula e que respire normalmente no final de cada frase. Isto fará melhorar seu ritmo de leitura e a sua compreensão.
- Faça as 5 perguntas. Pense em “quem”, “o que”, “quando”, “por que” e “como”, quando estiver lendo. Ajude seu filho com uma tabela.
- Veja. Ajude seu filho a visualizar a história, imaginando-a como se fosse um filme em sua mente. Conforme ele lê, o filme muda. Isto ajudará para que ele se lembre dos personagens, dos fatos e dos conceitos.
ESCRITA
- Mapeie. Faça seu filho verbalizar o que ele pensa escrever, e faça um desenho ou um fluxograma, ou um mapa mental do assunto. Sugira que ele ponha o assunto principal num círculo no centro da folha de papel. Então, desenhe os outros círculos e os ligue ao círculo principal com traços. Isto lhe permitirá articular as idéias e ligá-las de maneira correta, não importa a ordem em que ele pense nelas.
- Utilize um organizador da história. Organizadores funcionam tanto para a leitura quanto para a escrita. Seu filho deve fazer, numa folha de papel, uma lista que inclua o seguinte: personagens, locação (tempo e lugar), o problema, o alvo da ação, e a solução. Peça-lhe, então, que preencha os detalhes sob cada item, para organizar seu pensamento.
- Desenhe. Use diagramas ou desenhos para apresentar e contar uma história.
MATEMÁTICA
- Pratique jogos de matemática. Eis aqui um exemplo, para a multiplicação prática do 9: Deixe as mãos abertas sobre a mesa, com as palmas para baixo, e marque cada dedo de 1 a 10, da esquerda para a direita. Para 5x9, dobre o dedo número cinco para baixo. Os números antes dele serão as dezenas, os dedos depois dele serão as unidades. Com quatro dedos no lado esquerdo do dedo dobrado e cinco dedos à sua direita, você terá 45. 5 x 9 = 45.
- Seja manipulador. Use blocos, azulejos, pastilhas, até mesmo cartas de baralho para fazer os cálculos visualmente.
- Desenhe uma imagem. Por exemplo, se o problema for dividir 48 bolachas entre 12 alunos, desenhe um prato para cada aluno e divida as bolachas entre os pratos. Ver o problema, literalmente, ajuda os alunos que têm dificuldade a aprender matemática do modo tradicional.
- Veja o sinal. Faça o seu filho marcar (com marca-texto) os sinais das operações (+, -, x, ÷) para cada problema, antes de começar a fazer os cálculos. Isto o ajudará a se lembrar do tipo de cálculo que deverá fazer.
ADDitude magazine summer/2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
23- Vinte e cinco (25) Coisas Boas do TDAH
por Bob Seay - “Living whith ADD”, dos editores de ADDitude magazine
1- A insônia, que deixa mais tempo para ficar surfando na net!
2- A vantagem do hiperfoco.
3- A resiliência
4- A personalidade efervescente.
5- A generosidade com dinheiro, tempo e recursos
6- A engenhosidade.
7- O forte senso do que é correto.
8- A disposição para assumir riscos.
9- A capacidade de fazer analogias tão sutis que ninguém entende.
10- A espontaneidade.
11- Possuir a mente de um Pentium, mas ter só 2 MBs de RAM
12- Freqüentes e agradáveis surpresas por achar roupas (ou dinheiro ou o cônjuge) que havia esquecido.
13- Ser engraçado.
14- Ser o último dos românticos.
15- Ser bom de conversa.
16- Ter maior entendimento inato de tecnologias intuitivas, tais como computadores e PDAs.
17- Acreditar honestamente que tudo é possível.
18- Estar raramente contente com as coisas como elas estão (status quo).
19- Compaixão.
20- Persistência.
21- Fazer parte da turma dos artistas, músicos, apresentadores e outros tipos criativos.
22- Estar sempre a postos para dar uma perspectiva diferente.
23- A disposição para lutar por aquilo em que acredita.
24- A excelência na motivação dos outros.
25- Ser muito organizado, pontual e geralmente responsável (OK, brincadeirinha... nessa eu menti).
1- A insônia, que deixa mais tempo para ficar surfando na net!
2- A vantagem do hiperfoco.
3- A resiliência
4- A personalidade efervescente.
5- A generosidade com dinheiro, tempo e recursos
6- A engenhosidade.
7- O forte senso do que é correto.
8- A disposição para assumir riscos.
9- A capacidade de fazer analogias tão sutis que ninguém entende.
10- A espontaneidade.
11- Possuir a mente de um Pentium, mas ter só 2 MBs de RAM
12- Freqüentes e agradáveis surpresas por achar roupas (ou dinheiro ou o cônjuge) que havia esquecido.
13- Ser engraçado.
14- Ser o último dos românticos.
15- Ser bom de conversa.
16- Ter maior entendimento inato de tecnologias intuitivas, tais como computadores e PDAs.
17- Acreditar honestamente que tudo é possível.
18- Estar raramente contente com as coisas como elas estão (status quo).
19- Compaixão.
20- Persistência.
21- Fazer parte da turma dos artistas, músicos, apresentadores e outros tipos criativos.
22- Estar sempre a postos para dar uma perspectiva diferente.
23- A disposição para lutar por aquilo em que acredita.
24- A excelência na motivação dos outros.
25- Ser muito organizado, pontual e geralmente responsável (OK, brincadeirinha... nessa eu menti).
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
22- Dicas para os pais
Como pai você pode estar ciente destas várias técnicas a serem usadas, mas leia-as e poderá aprender algo novo. Afixe-as em lugar bem visível em sua casa e dê uma cópia para os avós e outros cuidadores (babás, etc.), para que eles possam segui-las também.
1- Quando você estabelece regras, torne-as bem simples, específicas, e faça por escrito, para que seu filho possa vê-las facilmente.
2- Recompensas que sejam claras e significativas para o seu filho geralmente funcionam melhor – e elas não têm de ser pródigas.
3- Dê retornos (feed-back) freqüentes para que seu filho saiba o que ele está fazendo.
4- Ajude seu filho a fazer transições suaves antecipando e planejando o que virá em seguida.
5- Mantenha o senso de humor e seja paciente.
6- Aproveite cada oportunidade para oferecer elogios e reforço positivo. Mas tenha cuidado para não exagerar por pequenas conquistas, porque seu filho provavelmente verá como você.
7- Quando chegar a hora de disciplinar, não fale muito e não crie caso, responda com comentários claros e pertinentes à ação.
8- Espere que seu filho terá dias bons e dias ruins.
9- Lembre, culpar seu filho, a si mesmo, ou ao seu cônjuge não ajudará em nada. Vocês todos estão juntos e todos estão tentando fazer o melhor.
1- Quando você estabelece regras, torne-as bem simples, específicas, e faça por escrito, para que seu filho possa vê-las facilmente.
2- Recompensas que sejam claras e significativas para o seu filho geralmente funcionam melhor – e elas não têm de ser pródigas.
3- Dê retornos (feed-back) freqüentes para que seu filho saiba o que ele está fazendo.
4- Ajude seu filho a fazer transições suaves antecipando e planejando o que virá em seguida.
5- Mantenha o senso de humor e seja paciente.
6- Aproveite cada oportunidade para oferecer elogios e reforço positivo. Mas tenha cuidado para não exagerar por pequenas conquistas, porque seu filho provavelmente verá como você.
7- Quando chegar a hora de disciplinar, não fale muito e não crie caso, responda com comentários claros e pertinentes à ação.
8- Espere que seu filho terá dias bons e dias ruins.
9- Lembre, culpar seu filho, a si mesmo, ou ao seu cônjuge não ajudará em nada. Vocês todos estão juntos e todos estão tentando fazer o melhor.
21- O que os pais podem fazer para ajudar no tratamento?
Muita coisa. O primeiro passo é informar-se sobre o que exatamente é o TDAH, suas causas e como ele se manifesta nas diferentes situações do dia-a-dia e nos diferentes locais que a criança freqüenta. É importante aceitar o TDAH como um problema real que merece cuidados especiais e não como resultado de um “temperamento difícil” ou “teimosia”. É importante também que procurem se orientar como devem se comportar com seu filho, tornando-se verdadeiros “especialistas” no assunto.
Os pais devem manter diálogo franco, ajudando a criança ou o adolescente a:
1- Entender as dificuldades dele próprio. Lembre-se de que no TDAH o portador não tem boa crítica sobre seu próprio comportamento e o impacto dele nos outros;
2- Descobrir as atitudes necessárias para diminuir o impacto do TDAH. O transtorno não tem cura, porém pode ser “administrado”.
Escute também as opiniões de seu filho sobre aqueles aspectos do seu comportamento que facilitam ou dificultam as coisas para ele.Diga a ele que vocês podem formar um “time” e descobrir coisas em comum.
As normas sobre os comportamentos precisam ser sempre claramente estabelecidas. Ou seja, ele precisa de um meio familiar que tenha rotinas, que seja previsível e que especifique exatamente o que é esperado dele.
Estas regras devem fazer sentido e ser constantes para todas as pessoas que se relacionem com o portador do TDAH.
1- O modo como as pessoas se comportam sempre tem um sentido, uma razão de ser. Explique por que as pessoas devem se comportar desta ou daquela maneira, pois isto não é muito evidente na maioria das vezes. Fale das conseqüências de se comportar de modo diferente daquilo que é esperado pelas demais pessoas. Dê exemplos;
2- Procure se comportar sempre do mesmo modo em situações semelhantes quando estiver com seu filho. Não faça de um jeito em uma ocasião e de outro completamente diferente em outra. É importante que o mesmo comportamento que você o incentiva a ter em casa seja incentivado em todos os outros locais.
Qualquer norma só deve ser implementada se todos os responsáveis que lidam com a criança ou o adolescente concordarem com ela (entenderam, mamãe e papai?). Portanto, todos os castigos e prêmios também devem ser conhecidos por todos. Mas, atenção, qualquer discussão acerca das regras não deve acontecer na frente da criança! - No Mundo da Lua, pág. 60.
Os pais devem manter diálogo franco, ajudando a criança ou o adolescente a:
1- Entender as dificuldades dele próprio. Lembre-se de que no TDAH o portador não tem boa crítica sobre seu próprio comportamento e o impacto dele nos outros;
2- Descobrir as atitudes necessárias para diminuir o impacto do TDAH. O transtorno não tem cura, porém pode ser “administrado”.
Escute também as opiniões de seu filho sobre aqueles aspectos do seu comportamento que facilitam ou dificultam as coisas para ele.Diga a ele que vocês podem formar um “time” e descobrir coisas em comum.
As normas sobre os comportamentos precisam ser sempre claramente estabelecidas. Ou seja, ele precisa de um meio familiar que tenha rotinas, que seja previsível e que especifique exatamente o que é esperado dele.
Estas regras devem fazer sentido e ser constantes para todas as pessoas que se relacionem com o portador do TDAH.
1- O modo como as pessoas se comportam sempre tem um sentido, uma razão de ser. Explique por que as pessoas devem se comportar desta ou daquela maneira, pois isto não é muito evidente na maioria das vezes. Fale das conseqüências de se comportar de modo diferente daquilo que é esperado pelas demais pessoas. Dê exemplos;
2- Procure se comportar sempre do mesmo modo em situações semelhantes quando estiver com seu filho. Não faça de um jeito em uma ocasião e de outro completamente diferente em outra. É importante que o mesmo comportamento que você o incentiva a ter em casa seja incentivado em todos os outros locais.
Qualquer norma só deve ser implementada se todos os responsáveis que lidam com a criança ou o adolescente concordarem com ela (entenderam, mamãe e papai?). Portanto, todos os castigos e prêmios também devem ser conhecidos por todos. Mas, atenção, qualquer discussão acerca das regras não deve acontecer na frente da criança! - No Mundo da Lua, pág. 60.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
20 - Quando o seu filho é o culpado pelo bullying
Você pode estar acostumado com o fato do seu filho ser vítima do bullying, mas e quando seu filho é o agressor na escola? Eis aqui o que os pais podem fazer para auxiliar seus filhos com TDAH a se acalmarem.
Muitos pais de crianças com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) se preocupam com o fato de seus filhos serem vítimas de bullying na escola. Mas algumas crianças com TDAH são os agressores. De acordo com um estudo recente, uma criança com TDAH tem 3 vezes mais chance de importunar outras crianças do que uma criança sem o transtorno. A seguir, algumas maneiras de parar com o bullying em sua vida.
Não acuse seu filho de bullying.
Evite a tentação de gritar. Em vez disso, diga calmamente, “Era a sua professora ao telefone, e ela disse que viu você agredir seu colega João no pátio. Qual é a sua versão da história?” Não se surpreenda se ele não admitir nada e não demonstrar nenhum remorso. “Você deve lembrá-lo de como ele se sentiu da última vez que alguém foi mau com ele”, diz Robert Sege, MD., Ph.D., professor de pediatria na Tufts University School of Medicine.
Dê alguma coisa construtiva para ele fazer.
O doutor Sege diz que “os que praticam o bullying são líderes naturais”. Fale com o professor sobre dar ao seu filho um trabalho para fazer, quando ele geralmente apronta alguma arte. Exemplos: Formar uma equipe de limpeza do pátio ou entregar papéis à diretora.
Previna o bullying antes que ele comece.
Pergunte à professora onde o bullying acontece. Se for no ônibus da escola, tente o assento determinado, pondo seu filho perto do motorista do ônibus e longe de sua vítima. Se for no recreio, arranje para que seu filho brinque somente em área bem vigiada.
Ajude seu filho a controlar suas emoções.
Se o seu filho se descontrola quando outros o provocam, utilize a técnica de desempenhar o papel para regular seus sentimentos. Diga, “Eu te amo e te acho maravilhoso, mas eu vou te provocar como parte de um jogo”. “Não importa o que eu diga, você vai me ignorar e não vai ficar agressivo”. Então, você pode dizer “Você é estranho”. Se o seu filho não responder, elogie-o. Então diga, “Vou chama-lo de mais nomes, e você vai sair de perto”. Se ele fizer isso, elogie-o novamente.
Não se sinta como se fosse um mau pai.
Se um professor ligar se queixando sobre o comportamento agressivo do seu filho, você pode querer arrumar desculpas para os atos dele. Não faça isso! Obtenha informações – quem, o que, quando e onde – assim você poderá ajudar seu filho e terminar com a queixa por meio de uma carta.
Quanto mais seguro se sentir o seu filho, menos provável que ele vá importunar os outros. Laura Flynn McCarthy – ADDitude 8/09/10 (Vejam a postagem no. 65, sobre as consequências legais do bullying)
Muitos pais de crianças com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) se preocupam com o fato de seus filhos serem vítimas de bullying na escola. Mas algumas crianças com TDAH são os agressores. De acordo com um estudo recente, uma criança com TDAH tem 3 vezes mais chance de importunar outras crianças do que uma criança sem o transtorno. A seguir, algumas maneiras de parar com o bullying em sua vida.
Não acuse seu filho de bullying.
Evite a tentação de gritar. Em vez disso, diga calmamente, “Era a sua professora ao telefone, e ela disse que viu você agredir seu colega João no pátio. Qual é a sua versão da história?” Não se surpreenda se ele não admitir nada e não demonstrar nenhum remorso. “Você deve lembrá-lo de como ele se sentiu da última vez que alguém foi mau com ele”, diz Robert Sege, MD., Ph.D., professor de pediatria na Tufts University School of Medicine.
Dê alguma coisa construtiva para ele fazer.
O doutor Sege diz que “os que praticam o bullying são líderes naturais”. Fale com o professor sobre dar ao seu filho um trabalho para fazer, quando ele geralmente apronta alguma arte. Exemplos: Formar uma equipe de limpeza do pátio ou entregar papéis à diretora.
Previna o bullying antes que ele comece.
Pergunte à professora onde o bullying acontece. Se for no ônibus da escola, tente o assento determinado, pondo seu filho perto do motorista do ônibus e longe de sua vítima. Se for no recreio, arranje para que seu filho brinque somente em área bem vigiada.
Ajude seu filho a controlar suas emoções.
Se o seu filho se descontrola quando outros o provocam, utilize a técnica de desempenhar o papel para regular seus sentimentos. Diga, “Eu te amo e te acho maravilhoso, mas eu vou te provocar como parte de um jogo”. “Não importa o que eu diga, você vai me ignorar e não vai ficar agressivo”. Então, você pode dizer “Você é estranho”. Se o seu filho não responder, elogie-o. Então diga, “Vou chama-lo de mais nomes, e você vai sair de perto”. Se ele fizer isso, elogie-o novamente.
Não se sinta como se fosse um mau pai.
Se um professor ligar se queixando sobre o comportamento agressivo do seu filho, você pode querer arrumar desculpas para os atos dele. Não faça isso! Obtenha informações – quem, o que, quando e onde – assim você poderá ajudar seu filho e terminar com a queixa por meio de uma carta.
Quanto mais seguro se sentir o seu filho, menos provável que ele vá importunar os outros. Laura Flynn McCarthy – ADDitude 8/09/10 (Vejam a postagem no. 65, sobre as consequências legais do bullying)
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
19- Dicas para ajudar os pais com TDAH a se manterem organizados
Você é uma mãe com TDA que tem um filho com TDAH? Os desafios quanto à organização são muitos quando tanto um pai quanto o filho têm déficit de atenção. Descubra aqui as dicas para conseguir e manter em ordem os cuidados com a casa, com a vida escolar e com a disciplina. Por Eunice Sigler.
Quando adultos com TDA também são pais de crianças com déficit de atenção, pode ser especialmente desafiador manter a família organizada. Use essas dicas para estabelecer sistemas para organizar os cuidados com a casa, com a disciplina do seu filho, para apoio do seu filho na escola e para manter as coisas sob controle.
Organize os cuidados com a casa
Escreva tudo. Tudo que pode ser esquecido ou negligenciado por qualquer membro da família – recados por telefone, listas do que fazer, encontros – deve ser escrito. Adultos com TDA devem manter papel e caneta ao lado de cada telefone da casa e datar cada anotação para manter as coisas em dia.
Mantenha uma escala da família. Arrume um calendário grande de parede e afixe-o para que todos o vejam, com códigos coloridos para cada membro da família. Se as crianças forem grandes o suficiente, elas podem colar seus próprios compromissos, datas limites etc. Quanto mais envolvidas no processo de escalação, mais provável que se mantenham em dia.
Crie um ritual matutino. Estabeleça uma rotina de modo que as crianças saibam exatamente o que fazer em cada manhã: vestir-se, tomar o café da manhã, escovar os dentes, etc. Se o seu filho tiver problemas para se lembrar da sua rotina suave de sair de casa, crie um pôster que mostre o que tem de ser feito em seqüência. Se o seu filho toma remédio, considere acordá-lo meia hora mais cedo para dar-lhe a medicação.
Acorde 30 minutos mais cedo. Use o tempo antes que as crianças estejam prontas para o café da manhã, verifique as mochilas, etc., para prevenir as crises de última hora. Se você é uma pessoa que dorme tarde, faça essas coisas antes de ir dormir.
Faça as refeições nos horários marcados. Estabeleça horários regulares para a alimentação (café da manhã, almoço, jantar) até mesmo para os finais de semana. Ocasionalmente, terá de mudar os horários por causa de eventos esportivos ou outras atividades, mas faça todo o esforço para alimentar seu filho que tem TDAH de modo consistente.
Simplifique a compra de comida. Mães com TDA têm dificuldade com o planejamento das refeições, esquecendo o que comprar, ou se sentem confundidas com todas as escolhas que pode fazer no supermercado. Faça cartões com a lista das refeições que você quer preparar e inclua os ingredientes. Mantenha os cartões na sua bolsa ou sacola, para que eles estejam à mão quando você estiver no supermercado. Quando fizer compras, mantenha-se focada e não faça compras por impulso. Compre somente o que estiver anotado nos cartões.
Arrume uma pessoa que não tenha TDA para ajudar. Que seja o cônjuge, arrumadeira contratada, um amigo ou um vizinho de confiança, peça a alguém para ajudar para que as coisas sejam feitas. Sinta-se livre para tirar uma folga sempre que se sentir sobrecarregada, assim você poderá se focar novamente.
Organize sua disciplina
Não seja um ditador. Deixe seu filho dizer algo sobre as regras estabelecidas para os cuidados com a casa e os limites. As crianças geralmente sugerem castigos mais estritos do que os que você gostaria de aplicar; então, trabalhem juntos para descobrir o que é melhor para a sua família.
Explique suas expectativas. Seja claro sobre o que você espera do seu filho, e, se ele não atingir suas expectativas, discipline-o por tirar algum dos seus privilégios. Explique exatamente o que ele fez de errado e como ele pode recuperar o privilégio.
Escolha suas brigas. Seja tão consistente quanto possível, mas não tenha medo de deixar passar algumas coisas.
Esteja de acordo com seu esposo. Tenha certeza de que vocês concordam sobre quando e como disciplinarão, para que seu filho não receba mensagens conflitantes. Seu companheiro entendeu as mudanças que você fez? Se não entendeu, a terapia familiar poderá ajudar.
Organize a vida escolar
Esteja por dentro. Trabalhe com o professor e fique em contato por e-mail. Estabeleça uma rotina de enviar por e-mail estas quatro perguntas toda semana: Fale-me sobre a semana do meu filho. Meu filho vai precisar de algum material especial na próxima semana? Meu filho tem deixado de fazer algum trabalho? qual é o estado atual de notas do meu filho?
Você também pode se comunicar por meio de um notebook ou pasta que vai e vem da escola. Peça que os papéis importantes da escola sejam colocados na pasta (permissão de saída, avisos de reuniões e etc.) para que você se livre da bagunça de papel e fique seguro de que vai ver e assinar todos os formulários necessários. Adicione logo todos os eventos relativos à escola no calendário da família.
Estabeleça uma rotina para trabalho de casa. As crianças geralmente são menos resistentes ao trabalho de casa se elas tiverem primeiro um tempo livre. Ofereça ao seu filho um lanche saudável que contenha proteína, que ajuda a melhorar o humor e o foco mental. Se as guerras sobre os trabalhos de casa persistirem, considere a possibilidade de um aluno mais velho vir e prestar ajuda.
Prepare-se para os encontros de pais e professores. Faça uma lista dos tópicos que você quer discutir e envie Poe e-mail para o professor, com uma semana de antecedência. Para uma reunião melhor, coloque todos os trabalhos completados que seu filho trouxe para casa numa pasta que você possa carregar. Desse modo, você e o professor terão exemplos do trabalho dele para construir um quadro mais claro sobre o progresso do seu filho.
Fale com os professores logo no início do ano escolar. Uma carta de apresentação pode ser usada para explicar os desafios que sua família enfrenta, ou tenha uma reunião com o professor para discutir como esses problemas poderão ser enfrentados na escola.
Permaneça otimista.
Elogie o bom comportamento. Lembre o seu filho de suas potencialidades e elogie seu filho com TDAH quando ele por pego fazendo o que for certo (terminando o trabalho de casa, guardando os brinquedos, etc.). Se os seus comentários negativos superam os positivos, é hora de uma mudança. Afinal, crianças com TDA já escutam muitos comentários negativos fora de casa.
Elimine a conversa interior pessimista. Se você se queixa sobre o seu próprio TDA, seu filho ouvirá isso e aplicará a si próprio. Cesse a sua negatividade e focalize nos seus aspectos positivos.
Descubra o que funciona para você. Você não tem de ser pai por meio de um livro. Use um sistema que funcione melhor para sua família.
Traduzido da revista ADDitude. agosto/2010
Quando adultos com TDA também são pais de crianças com déficit de atenção, pode ser especialmente desafiador manter a família organizada. Use essas dicas para estabelecer sistemas para organizar os cuidados com a casa, com a disciplina do seu filho, para apoio do seu filho na escola e para manter as coisas sob controle.
Organize os cuidados com a casa
Escreva tudo. Tudo que pode ser esquecido ou negligenciado por qualquer membro da família – recados por telefone, listas do que fazer, encontros – deve ser escrito. Adultos com TDA devem manter papel e caneta ao lado de cada telefone da casa e datar cada anotação para manter as coisas em dia.
Mantenha uma escala da família. Arrume um calendário grande de parede e afixe-o para que todos o vejam, com códigos coloridos para cada membro da família. Se as crianças forem grandes o suficiente, elas podem colar seus próprios compromissos, datas limites etc. Quanto mais envolvidas no processo de escalação, mais provável que se mantenham em dia.
Crie um ritual matutino. Estabeleça uma rotina de modo que as crianças saibam exatamente o que fazer em cada manhã: vestir-se, tomar o café da manhã, escovar os dentes, etc. Se o seu filho tiver problemas para se lembrar da sua rotina suave de sair de casa, crie um pôster que mostre o que tem de ser feito em seqüência. Se o seu filho toma remédio, considere acordá-lo meia hora mais cedo para dar-lhe a medicação.
Acorde 30 minutos mais cedo. Use o tempo antes que as crianças estejam prontas para o café da manhã, verifique as mochilas, etc., para prevenir as crises de última hora. Se você é uma pessoa que dorme tarde, faça essas coisas antes de ir dormir.
Faça as refeições nos horários marcados. Estabeleça horários regulares para a alimentação (café da manhã, almoço, jantar) até mesmo para os finais de semana. Ocasionalmente, terá de mudar os horários por causa de eventos esportivos ou outras atividades, mas faça todo o esforço para alimentar seu filho que tem TDAH de modo consistente.
Simplifique a compra de comida. Mães com TDA têm dificuldade com o planejamento das refeições, esquecendo o que comprar, ou se sentem confundidas com todas as escolhas que pode fazer no supermercado. Faça cartões com a lista das refeições que você quer preparar e inclua os ingredientes. Mantenha os cartões na sua bolsa ou sacola, para que eles estejam à mão quando você estiver no supermercado. Quando fizer compras, mantenha-se focada e não faça compras por impulso. Compre somente o que estiver anotado nos cartões.
Arrume uma pessoa que não tenha TDA para ajudar. Que seja o cônjuge, arrumadeira contratada, um amigo ou um vizinho de confiança, peça a alguém para ajudar para que as coisas sejam feitas. Sinta-se livre para tirar uma folga sempre que se sentir sobrecarregada, assim você poderá se focar novamente.
Organize sua disciplina
Não seja um ditador. Deixe seu filho dizer algo sobre as regras estabelecidas para os cuidados com a casa e os limites. As crianças geralmente sugerem castigos mais estritos do que os que você gostaria de aplicar; então, trabalhem juntos para descobrir o que é melhor para a sua família.
Explique suas expectativas. Seja claro sobre o que você espera do seu filho, e, se ele não atingir suas expectativas, discipline-o por tirar algum dos seus privilégios. Explique exatamente o que ele fez de errado e como ele pode recuperar o privilégio.
Escolha suas brigas. Seja tão consistente quanto possível, mas não tenha medo de deixar passar algumas coisas.
Esteja de acordo com seu esposo. Tenha certeza de que vocês concordam sobre quando e como disciplinarão, para que seu filho não receba mensagens conflitantes. Seu companheiro entendeu as mudanças que você fez? Se não entendeu, a terapia familiar poderá ajudar.
Organize a vida escolar
Esteja por dentro. Trabalhe com o professor e fique em contato por e-mail. Estabeleça uma rotina de enviar por e-mail estas quatro perguntas toda semana: Fale-me sobre a semana do meu filho. Meu filho vai precisar de algum material especial na próxima semana? Meu filho tem deixado de fazer algum trabalho? qual é o estado atual de notas do meu filho?
Você também pode se comunicar por meio de um notebook ou pasta que vai e vem da escola. Peça que os papéis importantes da escola sejam colocados na pasta (permissão de saída, avisos de reuniões e etc.) para que você se livre da bagunça de papel e fique seguro de que vai ver e assinar todos os formulários necessários. Adicione logo todos os eventos relativos à escola no calendário da família.
Estabeleça uma rotina para trabalho de casa. As crianças geralmente são menos resistentes ao trabalho de casa se elas tiverem primeiro um tempo livre. Ofereça ao seu filho um lanche saudável que contenha proteína, que ajuda a melhorar o humor e o foco mental. Se as guerras sobre os trabalhos de casa persistirem, considere a possibilidade de um aluno mais velho vir e prestar ajuda.
Prepare-se para os encontros de pais e professores. Faça uma lista dos tópicos que você quer discutir e envie Poe e-mail para o professor, com uma semana de antecedência. Para uma reunião melhor, coloque todos os trabalhos completados que seu filho trouxe para casa numa pasta que você possa carregar. Desse modo, você e o professor terão exemplos do trabalho dele para construir um quadro mais claro sobre o progresso do seu filho.
Fale com os professores logo no início do ano escolar. Uma carta de apresentação pode ser usada para explicar os desafios que sua família enfrenta, ou tenha uma reunião com o professor para discutir como esses problemas poderão ser enfrentados na escola.
Permaneça otimista.
Elogie o bom comportamento. Lembre o seu filho de suas potencialidades e elogie seu filho com TDAH quando ele por pego fazendo o que for certo (terminando o trabalho de casa, guardando os brinquedos, etc.). Se os seus comentários negativos superam os positivos, é hora de uma mudança. Afinal, crianças com TDA já escutam muitos comentários negativos fora de casa.
Elimine a conversa interior pessimista. Se você se queixa sobre o seu próprio TDA, seu filho ouvirá isso e aplicará a si próprio. Cesse a sua negatividade e focalize nos seus aspectos positivos.
Descubra o que funciona para você. Você não tem de ser pai por meio de um livro. Use um sistema que funcione melhor para sua família.
Traduzido da revista ADDitude. agosto/2010
sábado, 4 de setembro de 2010
18- TDAH - Sintomas em adultos
- A existência da forma adulta do TDAH foi oficialmente reconhecida apenas em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. E, desde então, inúmeros estudos têm demonstrado a presença do TDAH em adultos. Passou-se muito tempo até que ela fosse amplamente divulgada no meio médico e ainda hoje, observa-se que este diagnóstico é apenas raramente realizado, persistindo o estereótipo equivocado de TDAH: um transtorno acometendo meninos hiperativos que têm mau desempenho escolar. Muitos médicos desconhecem a existência do TDAH em adultos e, quando são procurados por estes pacientes, tendem a tratá-los como se tivessem outros problemas (de personalidade, por exemplo). Quando existe realmente um outro problema associado (depressão, ansiedade ou drogas), o médico só diagnostica este último e “deixa passar” o TDAH.
- Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes.
- Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com queixas freqüentes de professores e pais.
- Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois. Em conseqüência disso, quem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.
- O portador de TDAH fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas. A persistência nas tarefas também pode ser difícil para o portador de TDAH, que freqüentemente “deixa as coisas pela metade”.
ABDA - tdah.org.br
- Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes.
- Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com queixas freqüentes de professores e pais.
- Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois. Em conseqüência disso, quem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.
- O portador de TDAH fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas. A persistência nas tarefas também pode ser difícil para o portador de TDAH, que freqüentemente “deixa as coisas pela metade”.
ABDA - tdah.org.br
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
17- Os Sintomas do TDAH
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois grupos de sintomas:
• desatenção
• hiperatividade e impulsividade
Os sintomas listados abaixo são aqueles descritos no DSM – IV (Diagnostic and Statistical Manual, 4ª. edição), um manual preparado pela Associação Psiquiátrica Americana, que lista todos os sintomas de todas as enfermidades psiquiátricas existentes, tornando os diagnósticos mais padronizados, mais homogêneos entre os profissionais.
Módulo A: Sintomas de DESATENÇÃO (devem ocorrer freqüentemente)
1- Prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção;
2- Dificuldade de se concentrar (tanto nas tarefas escolares quanto em jogos e brincadeiras);
3- Parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa;
4- Dificuldade em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem terminar;
5- dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com antecedência;
6- Relutância ou antipatia em relação a tarefas que exijam esforço mental por muito tempo (tais como estudo e leitura);
7- Perder objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia-a-dia;
8- Distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com seus próprios pensamentos. É comum que pais e professores se queixem de que estas crianças parecem “sonhar acordadas”;
9- Esquecer-se de coisas que deveria fazer no dia-a-dia.
Módulo B: Sintomas de HIPERATIVIDADE e IMPULSIVIDADE (devem ocorrer freqüentemente)
1- Ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou se mexer muito na cadeira;
2- Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é esperado (sala de aula, mesa de jantar, etc.)
3- Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes ou adultos pode se restringir a um sentir-se inquieto por dentro);
4- Dificuldades para se manter em silêncio em atividades de lazer (jogos, brincadeiras);
5- Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora”;
6- Falar demais;
7- Responder perguntas antes de elas serem concluídas. É comum responder a pergunta sem ler o final;
8- Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas, etc.);
9- Interromper os outros ou se meter nas conversas dos outros.
No Mundo da Lua, pág. 20
• desatenção
• hiperatividade e impulsividade
Os sintomas listados abaixo são aqueles descritos no DSM – IV (Diagnostic and Statistical Manual, 4ª. edição), um manual preparado pela Associação Psiquiátrica Americana, que lista todos os sintomas de todas as enfermidades psiquiátricas existentes, tornando os diagnósticos mais padronizados, mais homogêneos entre os profissionais.
Módulo A: Sintomas de DESATENÇÃO (devem ocorrer freqüentemente)
1- Prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção;
2- Dificuldade de se concentrar (tanto nas tarefas escolares quanto em jogos e brincadeiras);
3- Parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa;
4- Dificuldade em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem terminar;
5- dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com antecedência;
6- Relutância ou antipatia em relação a tarefas que exijam esforço mental por muito tempo (tais como estudo e leitura);
7- Perder objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia-a-dia;
8- Distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com seus próprios pensamentos. É comum que pais e professores se queixem de que estas crianças parecem “sonhar acordadas”;
9- Esquecer-se de coisas que deveria fazer no dia-a-dia.
Módulo B: Sintomas de HIPERATIVIDADE e IMPULSIVIDADE (devem ocorrer freqüentemente)
1- Ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou se mexer muito na cadeira;
2- Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é esperado (sala de aula, mesa de jantar, etc.)
3- Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes ou adultos pode se restringir a um sentir-se inquieto por dentro);
4- Dificuldades para se manter em silêncio em atividades de lazer (jogos, brincadeiras);
5- Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora”;
6- Falar demais;
7- Responder perguntas antes de elas serem concluídas. É comum responder a pergunta sem ler o final;
8- Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas, etc.);
9- Interromper os outros ou se meter nas conversas dos outros.
No Mundo da Lua, pág. 20
sábado, 28 de agosto de 2010
16- Crianças com Transtorno de Oposição e Desafio – Dados para as famílias
Uma criança com TOD pode ser muito difícil para os pais. Esses pais precisam de apoio e de compreensão. Os pais podem ajudar sua criança com TOD das seguintes maneiras:
• Trabalhe sempre com os aspectos positivos, agradeça à criança e dê reforço positivo quando ela mostra flexibilidade e cooperação.
• Dê um tempo ou faça uma pausa se você estiver a ponto de tornar pior e não melhor um conflito com seu filho. Isto pode ser um bom exemplo para seu filho. Apóie seu filho se ele decidir fazer uma pausa para evitar o excesso de reação.
• Escolha suas batalhas. Como o seu filho com TOD tem dificuldade de evitar as brigas pelo poder, priorize as coisas que você quer que seu filho faça. Se você der um castigo ao seu filho, no quarto dele, por algum mau comportamento, não acrescente tempo para discussão. Diga “seu tempo de castigo começa quando você estiver no seu quarto”.
• Estabeleça limites razoáveis, compatíveis com a idade e com as conseqüências que podem ser aplicadas de modo consistente.
• Mantenha outros interesses além do seu filho com TOD, para que o manejo do seu filho não se transforme em uma tarefa que consuma toda a sua energia. Tente contato e apoio dos outros adultos que lidam com o seu filho (professores, treinadores e o cônjuge).
• Controle o seu estresse com escolhas sadias de vida e faça exercícios e relaxamento. Respeite-se e faça outras pausas conforme necessário.
Muitas crianças com TOD responderão às técnicas de paternagem positiva. Os pais devem pedir aos seus pediatras, ou ao médico de família, para encaminhá-los a um psiquiatra da infância e da adolescência, ou a um profissional qualificado de saúde mental, que possa diagnosticar e tratar o TOD e qualquer outro transtorno psiquiátrico coexistente.
Copyright © 2006 by the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry
• Trabalhe sempre com os aspectos positivos, agradeça à criança e dê reforço positivo quando ela mostra flexibilidade e cooperação.
• Dê um tempo ou faça uma pausa se você estiver a ponto de tornar pior e não melhor um conflito com seu filho. Isto pode ser um bom exemplo para seu filho. Apóie seu filho se ele decidir fazer uma pausa para evitar o excesso de reação.
• Escolha suas batalhas. Como o seu filho com TOD tem dificuldade de evitar as brigas pelo poder, priorize as coisas que você quer que seu filho faça. Se você der um castigo ao seu filho, no quarto dele, por algum mau comportamento, não acrescente tempo para discussão. Diga “seu tempo de castigo começa quando você estiver no seu quarto”.
• Estabeleça limites razoáveis, compatíveis com a idade e com as conseqüências que podem ser aplicadas de modo consistente.
• Mantenha outros interesses além do seu filho com TOD, para que o manejo do seu filho não se transforme em uma tarefa que consuma toda a sua energia. Tente contato e apoio dos outros adultos que lidam com o seu filho (professores, treinadores e o cônjuge).
• Controle o seu estresse com escolhas sadias de vida e faça exercícios e relaxamento. Respeite-se e faça outras pausas conforme necessário.
Muitas crianças com TOD responderão às técnicas de paternagem positiva. Os pais devem pedir aos seus pediatras, ou ao médico de família, para encaminhá-los a um psiquiatra da infância e da adolescência, ou a um profissional qualificado de saúde mental, que possa diagnosticar e tratar o TOD e qualquer outro transtorno psiquiátrico coexistente.
Copyright © 2006 by the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry
15- Crianças com o Transtorno de Oposição e Desafio
Todas as crianças são do contra algumas vezes, particularmente quando estão cansadas, com fome, estressadas ou nervosas. Elas podem contestar, responder, desobedecer e desafiar os pais, professores, e outros adultos. O comportamento de oposição freqüentemente é uma parte normal do desenvolvimento entre os dois e três anos de idade e no início da adolescência. Entretanto, comportamentos claramente hostis e de não cooperação tornam-se um problema sério quando são muito freqüentes e tão consistentes que se sobressaem quando comparados aos de outras crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento, e quando afetam a vida social, familiar e acadêmica da criança.
Nas crianças com o TOD (ou TDO) há um permanente padrão de comportamento hostil, não cooperativo e desafiador contra as figuras de autoridade, que interfere com o funcionamento no dia-a-dia da criança. Os sintomas do TOD incluem:
• Freqüentes crises de birra
• Desentendimentos excessivos com adultos
• Freqüentes questionamentos das regras
• Desafio ativo e recusa a obedecer aos pedidos e às regras dos adultos
• Tentativas deliberadas de incomodar ou de enervar os adultos
• Culpar os outros por seus erros e mal comportamentos
• Freqüentemente irritada e incomodada pelos outros
• Raivas e ressentimentos freqüentes
• Maldosa e cheia de ódio quando está nervosa
• Atitude agressiva e desejosa de vingança
Os sintomas são vistos geralmente em várias circunstâncias, mas podem ser muito intensos no lar ou na escola. De 1 a 16% de todas as crianças em idade escolar e dos adolescentes têm TOD. As causas do TOD são desconhecidas, mas muitos pais relatam que seus filhos com TOD eram mais rígidos e exigentes do que os irmãos desde pequenos. Podem ter um papel os fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Uma criança que apresente os sintomas do TOD deve ter uma avaliação completa. É importante procurar por outros transtornos que podem estar presentes, tais como o TDAH, Dificuldades de Aprendizagem, Transtornos do Humor (Depressão, Transtorno Bipolar) e Transtorno de Ansiedade. Pode ser difícil melhorar os sintomas de TOD sem tratar o transtorno coexistente. Algumas crianças com TOD podem evoluir para o Transtorno de Conduta.
O tratamento do TOD pode incluir: Programas de Treinamento em Gerenciamento para os Pais, para ajudá-los e aos outros a lidar com os comportamentos da criança. A Psicoterapia Individual para desenvolver um manejo mais eficiente da raiva. Psicoterapia Familiar para melhorar a comunicação e o entendimento mútuo. Terapias de Treinamento e de Desenvolvimento de Habilidades Cognitivas e de Solução de Problemas para auxiliar a resolver os problemas e a diminuir a negatividade. Treinamento de Habilidades Sociais para aumentar a flexibilidade e melhorar as habilidades sociais e a tolerância à frustração com os colegas.
A medicação pode auxiliar no controle de alguns dos sintomas mais incomodativos do TOD assim como dos sintomas relacionados às condições coexistentes tais como TDAH, ansiedade e transtornos do humor.
Copyright © 2006 by the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry
Nas crianças com o TOD (ou TDO) há um permanente padrão de comportamento hostil, não cooperativo e desafiador contra as figuras de autoridade, que interfere com o funcionamento no dia-a-dia da criança. Os sintomas do TOD incluem:
• Freqüentes crises de birra
• Desentendimentos excessivos com adultos
• Freqüentes questionamentos das regras
• Desafio ativo e recusa a obedecer aos pedidos e às regras dos adultos
• Tentativas deliberadas de incomodar ou de enervar os adultos
• Culpar os outros por seus erros e mal comportamentos
• Freqüentemente irritada e incomodada pelos outros
• Raivas e ressentimentos freqüentes
• Maldosa e cheia de ódio quando está nervosa
• Atitude agressiva e desejosa de vingança
Os sintomas são vistos geralmente em várias circunstâncias, mas podem ser muito intensos no lar ou na escola. De 1 a 16% de todas as crianças em idade escolar e dos adolescentes têm TOD. As causas do TOD são desconhecidas, mas muitos pais relatam que seus filhos com TOD eram mais rígidos e exigentes do que os irmãos desde pequenos. Podem ter um papel os fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Uma criança que apresente os sintomas do TOD deve ter uma avaliação completa. É importante procurar por outros transtornos que podem estar presentes, tais como o TDAH, Dificuldades de Aprendizagem, Transtornos do Humor (Depressão, Transtorno Bipolar) e Transtorno de Ansiedade. Pode ser difícil melhorar os sintomas de TOD sem tratar o transtorno coexistente. Algumas crianças com TOD podem evoluir para o Transtorno de Conduta.
O tratamento do TOD pode incluir: Programas de Treinamento em Gerenciamento para os Pais, para ajudá-los e aos outros a lidar com os comportamentos da criança. A Psicoterapia Individual para desenvolver um manejo mais eficiente da raiva. Psicoterapia Familiar para melhorar a comunicação e o entendimento mútuo. Terapias de Treinamento e de Desenvolvimento de Habilidades Cognitivas e de Solução de Problemas para auxiliar a resolver os problemas e a diminuir a negatividade. Treinamento de Habilidades Sociais para aumentar a flexibilidade e melhorar as habilidades sociais e a tolerância à frustração com os colegas.
A medicação pode auxiliar no controle de alguns dos sintomas mais incomodativos do TOD assim como dos sintomas relacionados às condições coexistentes tais como TDAH, ansiedade e transtornos do humor.
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