continuação da 2a. postagem (314)
21- Use a mesma estrutura básica de sentença quando passar
uma ordem.
Por exemplo, "Justin, você precisa desligar a
televisão", ou "Justin, você precisa por seus sapatos na sua sapateira".
Quando os pais fazem isso de modo consistente, a criança logo descobre que
sempre que ouvir o nome dela seguido de "você precisa...", ela deve
obedecer. Se ela obedecer, ganha um ponto na direção de algum premio. Se a
criança não obedecer, ela enfrenta uma consequência negativa. Tipicamente, é um
castigo de ficar num canto, ou, para crianças maiores, a perda de alguns
privilégios.
22- Tenha certeza de que o castigo seja correto.
Não mais de 60 segundos para cada ano de idade da criança -
por exemplo, cinco minutos para uma criança de cinco anos de idade. Geralmente,
30 segundos para cada ano fazem mais sentido. O importante não é quanto tempo
dure o castigo, é mostrar à criança que você, o pai, está no controle e que
você pode interromper o comportamento impróprio e conquistar a obediência.
23- Encontre meios de limitar a necessidade de castigar a
criança.
O assim chamado comportamento impróprio nem sempre é
impróprio; ele é impróprio para um determinado local e ocasião. As crianças
precisam se expressar por si mesmas, e os pais precisam tornar isso possível
para elas. Se a sua criança precisa de algazarra, por exemplo, você pode ter um
saco de pancadas em algum local de sua casa. Se o seu filho gosta de desmontar
aparelhos, provavelmente não vai adiantar dizer para ele não fazê-lo. Em vez
disso, dê a ele uma caixa de aspiradores e tostadeiras velhos, e designe um
local da casa ou um espaço onde ele possa desmontá-los.
24- Lidando com a gritaria e os xingamentos.
Sente-se com a criança durante um período de calma e diga,
"Sei de um monte de coisas que te deixam brava, mas agora você está
fazendo coisas que não podem ser feitas dentro de casa. Então, vamos descobrir
coisas que você pode fazer quando estiver zangado". Bem, pode ser que algum
palavrão seja aceitável. Todas as crianças ficam com raiva dos seus pais, e as
que têm TDAH são mais propensas à raiva e frustração do que as outras crianças.
Então, não faz sentido falar para o seu filho não ficar bravo com você. Em vez
disso, ajude-o a encontrar maneiras aceitáveis de expressar sua raiva.
25- Negocie incentivos com seu filho.
Crianças com TDAH são lentas para aprender como ajustar suas
palavras e ações conforme o ambiente. Um bom meio de dar ajuda é através de um
programa de incentivos ou recompensas. Para cada hora que a criança não xingar
os outros, ela ganha pontos para uma recompensa. Os pais podem se sentar com
sua criança e fazer cupões de recompensa. Os cupões são para alguma coisa que a
criança adore fazer - ficar acordada até mais tarde num final de semana, comer
pizza, ganhar 5 reais. A chave é motivar a criança a aprender a se controlar.
26- Dê ao seu filhos tarefas concretas a fazer.
Em vez de dizer ao seu filho para parar de se comportar mal,
diga-lhe o que fazer. Dar a ele um trabalho específico, e uma oportunidade de
ser útil, alivia sua ansiedade. Se você estiver em um restaurante fast-food,
diga, "Billy, faça-me um favor e guarde uma mesa para nós perto da
janela". "Sally, você poderia pegar sete pacotinhos de ketchup, oito
guardanapos e quatro canudinhos?". Então, elogie o trabalho bem feito. As
crianças com TDAH adoram ajudar. Requisite-as.
27- Comece a disciplina cedo.
Quanto mais você esperar, mais a criança terá de
desaprender. Promova limites consistentes tão cedo quanto possível. Se você
esperar até a adolescência, o desafio será muito maior.
28- Como lidar com adolescentes que perdem as coisas.
Adolescentes e estudantes do ensino médio perdem itens como
carteiras, chaves, livros, óculos e documentos. Esses contratempos levam ao pânico
e à culpa, o que pode tornar o adolescente defensivo. Quanto mais os pais
culpam um adolescente por não ter cuidado com suas coisas, menos provável que
ele escute aos conselhos dos pais. Para evitar essa cadeia de acontecimentos,
espere até que as coisas estejam calmas e amistosas, e ofereça sugestões de um
modo não acusador. Diga, "Sei que você tem dificuldade de achar as coisas.
Isso deve ser frustrante. Tenho algumas ideias que podem ajudar, se você quiser
tentar." Sugira organizar as coisas que ele costuma perder mais
frequentemente. Pregue um gancho na parede ou compre um decorativo pendurador
de chaves, de modo que ele possa praticar por suas chaves no local certo todas
as vezes que chegar em casa.
29- Dê ao seu filho uma escolha, não uma ameaça.
Escolhas dão ao seu filho uma oportunidade de resolver seus
próprios problemas. ameaças criam resposta de lute ou fuja que leva ao
isolamento ou a uma discussão acalorada. Você nunca ouviu seu filho adolescente
dizer, "E daí? Eu não me importo!" quando você o ameaça? Uma ameaça
inclui punição como uma das escolhas. "Limpe seu quarto, ou você não
poderá usar o carro. A escolha é sua". Um jeito melhor de dizer isso é,
"Você precisa limpar seu quarto. Você pode fazer isso agora ou depois do jantar".
30- Desvie a atenção dele.
Você já notou quão intensos nos tornamos quando estamos
focalizados no negativo? Em vez disso, mude a energia da conversa para a
resolução de um problema. Se o seu filho reclama porque não pode pegar outro
biscoito na padaria, mude a atenção dele do seu desejo. "Que tal assarmos
uma fornada de biscoitos amanhã, em casa? Vocês, meninos, acham que podem fazer
o trabalho de casa amanhã a tempo de assarmos biscoitos de chocolate? Quem quer
misturar a massa e lamber a colher?"
continua na 316
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