quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

172- Estatísticas sobre as postagens (quantidade de visualizações), desde o início do blog.




1.       Saudações – 16

2.       O TDAH e os professores – 18

3.       Dicas para a sala de aula – 144

4.       Listas de checagem do TDAH – Sandra Rief – 157

5.       Cartilha do Educador – 111

6.       Preocupado? Leia isto – 18

7.       Novas diretrizes para o tratamento do déficit de atenção – 96

8.       Quais são as características ideais de um professor – 78

9.       O que os professores devem esperar do desempenho... – 49

10.   Acomodações em classe e auxílios para os alunos... – 32

11.   O que acontece com quem herda a predisposição... – 36

12.   O comportamento dos pais em relação aos filhos... – 110

13.   O TDAH não pode pura e simplesmente ser... – 58

14.   Focalizando a atenção de crianças desatentas... – 46

15.   Crianças com o Transtorno de Oposição e Desaf... – 194

16.   Crianças com Transtorno de Oposição... – 154

17.   Os sintomas do TDAH – 197

18.   TDAH – Sintomas em adultos – 173

19.   Dicas para ajudar os pais com TDAH a se manter... – 135

20.   Quando o seu filho é o culpado pelo bullying – 117

21.   O que os pais podem fazer para ajudar... – 38

22.   Dicas para os pais – 35

23.   Vinte e cinco coisas boas do TDAH – 107

24.   Doze dicas para ajudar crianças com TDAH a ler... – 269

25.   Pai de criança com TDAH? Cinco segredos... – 74

26.   Minimize as brigas sobre trabalhos de casa e... – 34

27.   Estratégias amigáveis aprovadas pelos pais... – 85

28.   Acabe com a distração: Melhorando... – 98

29.   Vinte e sete acomodações que funcionam... – 45

30.   Risco de depressão e suicídio no TDAH... – 123

31.   Dicas de comportamento escolar... – 134

32.   Para os pais de crianças com TDAH – 103

33.   TDAH – sugestões para intervenções... - 202

34.   Como falar com uma criança ou adolescentes... – 79

35.   Falta conhecimento sobre o TDAH... – 51

36.   Quando mudar de médico – 75

37.   Álcool e Medicamentos para O tdah... – 123

38.   Evite a destruição das festas... – 19

39.   Medicamentos ou Tratamento alternativo... – 155

40.   TDAH é uma doença inventada? – 124

41.   Melhorando o comportamento em classe... – 30

42.   Dez ou mais ferramentas de relacionamento... – 172

43.   Sete soluções para problemas de sono – 122

44.   Reduza a ansiedade naturalmente – 409

45.   Memória de trabalho e memória de curto... – 247

46.   Estatísticas relacionadas ao TDAH em crianças – 107

47.   Simplifique sua vida com o TDAH... – 59

48.   Sei maneiras para o adulto com TDAH... – 97

49.   A instabilidade na carreia mostra... – 52

50.   Cecília Meireles – Motivo – 22

51.   Modificação das tarefas acadêmicas no TDAH – 72

52.   Você ouve os outros? Como brilhar em... – 19

53.   10 maneiras de arruinar um bom relacionamento – 161

54.   Como ajudar estudantes com TDAH no ensino... – 90

55.   Seis truques para a memória de estudantes... – 81

56.   Lição de casa. – 41

57.   A perspectiva das crianças que vivem com... – 51

58.   TDAH em adultos – 40

59.   Disciplina (Prof. João Maurício Almeida) – 19

60.   Repensar o TDAH a partir... – 44

61.   TDAH e dificuldades com a matemática... – 118

62.   Quando os professores culpam os pais... – 5

63.   Lista dos artigos já publicados no blog – 28

64.   Crianças e adolescentes desafiadores... – 64

65.   Bullying: colégio terá que indenizar... – 63

66.   Crianças e adolescentes desafiadores e... – 30

67.   Crianças e adolescentes desafiadores e viol... – 35

68.   Ajude seu filho a controlar o humor – 32

69.   Déficits das funções executivas... – 85

70.   Os 10 piores terapeutas... – 52

71.   Dicas para as mães sobre o tratamento... – 63

72.   Técnicas de gerenciamento do tempo... – 93

73.   Desafios podem tornar prazeroso... – 12

74.   Levando a sério o controle dos sintomas... – 29

75.   Crianças e adolescentes desafiadores... – 30

76.   Picking ou conduta autolesiva... – 93

77.   Conduta Autolesiva (Skin Picking)... – 117

78.   Soluções para o sono em crianças... – 49

79.   Ansiedade? Depressão? Algumas mudanças... – 49

80.   O TDAH falsificado – 34

81.   Alguns dados sobre dislexia... – 84

82.   Autismo ou TDAH? – 158

83.   TDAH e dificuldades com a matemática... – 74

84.   O que é a dificuldade com a matemática? – 39

85.   Dificuldades com a matemática e TDAH – 60

86.   Tudo é memória de trabalho? – 48

87.   TDAH e Dificuldades com a matem ética... – 90

88.   Uso do computador aind assusta professores – 40

89.   O Tratamento do TDAH – 61

90.   Medicações utilizadas no tratamento... – 261

91.   O que as crianças necessitam para aprender... – 18

92.   Problemas com a medicação do TDAH... – 77

93.   Decida com facilidade – 34

94.   TDAH – Dificuldade de aprendizagem... – 45

95.   TDAH do adulto – Motivação... – 64

96.   TDAH e sexo – Redescobrindo o romance... -167

97.   Dificuldades de concentração no ambiente... – 85

98.   Pesquisadores investigam as causas... – 61

99.   Quantificação e análise da concordância... – 17

100- TDAH do adulto – Sempre atrasado? – 65

101- Estudos se voltam para os estudantes... – 30

102- TDAH e SEXO – Melissa Orlov – 141

103- Carreiras para adultos TDAH... – 56

104- TDAH no trabalho – 67

105- 3º. Congresso Internacional do Transtorno... – 33

106- 3º. Congresso Internacional do Transatorno... – 124

107- TDAH – tratamento. Resposta a alguém... -31

108- Carta de Princípios da ABDA – 20

109- TDAH na escola. Como descobrir... – 26

110- Nove dicas para bloquear o barulho... – 65

111- Auxílio para crianças TDAH desorga... – 62

112- Aprenda sobre o TDAH... – 96

113- Quebrando a maldição do hiperfoco... – 64

114- Tato: A base da comunicação... – 57

115- TDAH-ADHD – Hiperfoco... – 130

116- Segredos do Ensino... – 11

117- Transtornos do processamento... – 70

118- É TDAH ou envelhecimento? – 16

119- É TDAH ou Menopausa? – 12

120- É transtorno bipolar ou TDAH? – 58

121- É Depressão ou TDAH? – 32

122- É ansiedade ou TDAH? – 40

123- é uma dificuldade de aprendizagem... – 36

124- Sete soluções para problemas... – 47

125- Ajudando pré-Adolescentes com TDAH a... – 62

126- Como os sintomas do TDAH... – 15

127- Guia de diagnóstico do TDAH... – 30

128- Passo 2 do diagnóstico do TDAH... 26

129- Mitos sobre os medicamentos... – 50

130- Cinco questões que vão melhorar... – 14

131- TDAH – Preparação para a volta... – 6

132- TDAH(ADHD) na Escola... – 10

133- Adultos TDAH – Sentindo-se antissocial? – 26

134- Minha luta com a disgrafia – 18

135- Doze maneiras de ajudar os alunos... – 16

136- Medo do estigma prejudica... – 5

137- Eficácia dos ácidos ômega-3... – 23

138- Como parar de se preocupar – 9

139- TDAH(ADHD) – Preocupado?... – 15

140- Estudo revela biologia cerebral... – 18

141- TDAH – A procrastinação nos estudantes. – 14

142- Sete modos rápidos para resolver... – 24

143- A melhora do comportamento em classe... – 5

144- Crianças agressivas em sala de aula... – 8

145- TDAH – Dez maneiras de arruinar ... – 26

146- Hipersensibilidade: Você é uma... – 83

147- Ajudando os estudantes com TDAH... – 18

148- Como os professores podem ajudar... – 17

149- Estudos indicam novas maneiras... – 6

150- Rituais para a hora de dormir. – 10

151- Tratamentos para o sono de crianças TDAH. – 10

152- Passe em todos os exames... – 19

153- Adultos com TDAH... – 26

154- Fazendo amigos... – 4

155- Amigos. Um tratamento natural... – 31

156- Recomendações atualizadas... – 14

157- Sobre os alunos superdotados... – 31

158- Ajude o estudante com TDAH a se preparar... – 15

159- O sofrimento diário em mães... – 5

160- Comece pequeno... – 7

161- Ajude seu filho com TDAH a fazer amigos. – 13

162- Encontrando a alegria no trabalho... – 9

163- Encontrando a alegria no... – 16

164- Encontrando a alegria no... – 10

165- A solução alimentar para o TDAH... – 35

166- As medicações para o TDAH... – 13

167- Peregrino DDA (TDAH) para mim – 2

168- Os professores como transformadores... – 4

169- Como tratar a depressão em crianças TDAH – 4

170- Melhore a memória de trabalho... – 2

171- ANSIEDADE  – 5

domingo, 25 de dezembro de 2011

171- ANSIEDADE

Tendo em vista que uma das postagens mais lidas, até agora, foi a de número 44, "Controlando a ansiedade naturalmente", achei bom postar este artigo de um site português, com as adaptações de grafia, com a esperança que ele contribua para a melhor compreensão do que seja ANSIEDADE. Notei que o artigo não fala em tratamento psicoterápico. Isso é uma falha. Dr. Menegucci.

LIDAR COM A ANSIEDADE
Introdução
Você consultou o seu médico por apresentar os seguintes sintomas:
- Sensação de bola no estômago
- Palpitações
- Dor de cabeça
- Dores dorsais
- Medo de ter câncer ou outra doença grave
Após ser cuidadosamente examinado pelo seu médico, ele lhe diz que o que o seu exame físico é normal, mas que os sintomas que você apresenta são com certeza de origem nervosa. Isto significa que você sofre de ansiedade e que ela se manifesta sob a forma de vários sintomas físicos.
O que é a ansiedade?
A ansiedade é um problema psicológico que se traduz por um sentimento de insegurança, ou medo sem fundamento real. Todos nós somos ansiosos em determinado momento da vida, sem que isso seja patológico. Existem, contudo, diferentes graus de ansiedade.
Em algumas pessoas, a ansiedade exprime-se por um sentimento de medo, inquietação, sensação de perigo iminente, (medo de insucesso, morte súbita, medo de perder o autocontrole, medo de ficar mentalmente desestabilizado).
Em alguns casos, a ansiedade é acompanhada por algumas manifestações físicas, tais como: secura de boca, pulso acelerado, transpiração, opressão torácica, e vertigens. Nesses casos, nós a chamamos de angústia.
Quais são as causas de ansiedade?
É necessário saber que a ansiedade é, no início, uma reação normal, um sinal de alarme do organismo perante certos acontecimentos da vida quotidiana. Se ela está controlada, a ansiedade atua, sobretudo, como estimulante.
As dificuldades da vida são habitualmente o fator desencadeante da ansiedade e, nos casos agudos, da angústia. Além disso, as dificuldades pessoais de inserção na sociedade, os conflitos interiores no domínio afetivo, emocional e sexual podem conduzir a uma sintomatologia ansiosa. A dor e o abuso de certas substâncias (café, chá, tabaco, álcool e drogas diversas) podem também desencadear episódios ansiosos.
Ansiedade e outros problemas psicológicos
Será o stress comparável à ansiedade?
O stress é uma reação de resposta às agressões da vida quotidiana: emoções, choques, ruído, tensão, mudanças, etc. Se as agressões são fortes, o stress pode manifestar-se por ansiedade ou sintomas físicos. As situações de stress permanente podem conduzir a doenças psicossomáticas
Haverá alguma relação entre ansiedade, fobias e ataques de pânico?
A fobia é o medo irracional de um objeto ou situação. Os ataques de pânico são uma manifestação aguda de angústia sem causa aparente declarada, que podem paralisar um indivíduo através de sensação de asfixia e medo de morrer. Todo este conjunto de sintomas não é mais que expressões diferentes de ansiedade
Haverá alguma relação entre ansiedade e depressão?
A ansiedade faz parte do quadro clínico da depressão e está associada de forma variável às alterações de humor e aos estados depressivos. Podemos, assim, dizer que todos os que têm depressão sofrem de ansiedade, mais ou menos pronunciada.
Por outro lado podemos afirmar que a maioria das pessoas em que a ansiedade se manifesta num grau elevado pode acabar num estado depressivo, o que significa que sempre que haja uma ansiedade importante deve-se consultar o médico, visto ser o único que o poderá ajudar.
Que fazer quando se está ansioso?
Alteração de hábitos de vida
É necessário não esquecer que a ansiedade é um fenômeno universal que faz parte da nossa existência. Frequentemente, simples medidas de higiene de vida e a mudança de hábitos quotidianos, podem diminuir ou mesmo eliminar as reações ansiosas. Reconsidere o seu modo de vida
• Espreguiçar
Em vez de contar com o café para acordar, dedique alguns momentos a uma série de pequenos exercícios, que acabarão com a lassidão matinal, permitindo um relaxamento muscular, o que contribui para um bom início do dia.
Espreguice-se lentamente até se aperceber de uma agradável sensação de relaxamento muscular. Pode distender os músculos até sentir um ligeiro incômodo, mas nunca até à dor.
Mantenha a distensão 10 a 30 segundos, pare e recomece de novo, 2 a 3 vezes.
• Massagem
A automassagem estimula e contribui para dissipar a fadiga do início do dia. Comece por estimular o couro cabeludo, agarrando num punhado de cabelos em cada mão e puxando durante 5 segundos, até que todo o seu couro cabeludo esteja estimulado. Feche a mão, mas não com força, e bata ligeiramente em todas as partes acessíveis do seu corpo, à exceção da coluna vertebral.
• Saia a tempo
Contra o atraso dos transportes públicos ou o congestionamento de trânsito, nada se pode fazer. No entanto, você pode decidir sair um quarto de hora mais cedo, o que de certo diminuirá consideravelmente a ansiedade matinal no trajeto casa-trabalho
• Organize o seu trabalho
A falta de organização e de planificação são as causas mais frequentes da ansiedade no trabalho. Em cada dia estabeleça um programa de tarefas a cumprir e prioridades. Assim não só evitará os “esquecimentos”, mas, sobretudo, terá a impressão de controlar melhor as suas tarefas.
• Personalize o seu ambiente de trabalho
É no seu local de trabalho que você passa a maior parte do seu tempo, por isso é essencial que o torne não só agradável, mas confortável e com algo seu. Utilize pôsteres, fotografias, plantas verdes, luz, ou todos os elementos de decoração que lhe agradem de modo a criar o “seu canto”.
• Comunique
Muita gente tem tendência a permanecer calado, guardando para si os seus pensamentos e problemas. Fará melhor em conversar. Quer por si, que falando, esclarece e desdramatiza a situação, quer pela sua família e amigos, na medida em que, se ficar calado, pensarão serem culpados dos seus problemas, ou que não deposita confiança neles. Em caso de conflito com alguém não adie o momento de falar à pessoa em questão.
• Relaxamento
Consiste numa contração sistemática dos principais músculos do corpo, seguida de uma distensão. O efeito calmante é muito rápido: 10 a 20 minutos
- Instale-se num lugar tranquilo, descalço e vestido confortavelmente.
- Deite-se de costas, braços ao longo do corpo e com as palmas das mãos viradas para cima.
- Inspire profundamente, retenha a respiração durante alguns segundos e expire lentamente.
- Contraia com a maior força possível os músculos da face durante 5 segundos.
- Faça o mesmo com os músculos dos ombros, dos braços, das mãos, até aos dedos dos pés.
- Finalmente permaneça imóvel durante alguns minutos imaginando algo de agradável.
• Sono
Alguns pequenos “truques” para melhor adormecer:
- Evite os excitantes á noite, coma um jantar leve e não muito tarde.
- A leitura é frequentemente um bom meio para relaxar desde que esteja confortavelmente instalado: sentado, com apoio nas costas, pescoço e cabeça.
- Se acordar com dores nas costas, durma de costas com uma almofada debaixo dos joelhos e com uma toalha enrolada apoiando o pescoço.
- Adote uma posição cômoda para dormir; deite-se de lado, coluna vertebral e pescoço nivelados, cotovelos joelhos e fletidos.
Por outro lado, concentrar o seu interesse sobre algo preciso, pode ajudá-lo a eliminar um episódio ansioso.
Tranquilizantes
Porque é que o seu médico lhe receitou um tranquilizante?
Existem situações - quando a ansiedade é muito intensa e se torna um entrave às suas atividades ou às suas relações diárias - em que o diálogo é insuficiente para o ajudar a acalmar-se. Um tranquilizante pode eventualmente ser-lhe receitado, se alguma situação penosa desencadear um estado depressivo-ansioso acompanhado de insônias e pesadelos. Para permitir ultrapassar esse período difícil o seu médico deve receitar-lhe um tranquilizante.
Somente o seu médico está apto  a saber  se a sua ansiedade poderá ser ultrapassada, modificando o seu modo de vida ou se deve ser tratada com medicamentos. De toda a maneira, somente ele, pelos seus conhecimentos profissionais e informação fornecida pela indústria farmacêutica, sabe exatamente quando e porquê deverá receitar um tranquilizante. Assim, a sua utilização deve ocorrer sob indicação do médico, durante um período limitado, e a dose e posologia recomendadas pelo médico devem ser respeitadas.
Uma coisa é certa. A automedicação não é solução e a mudança de medicamento sem o acordo do seu médico também não. Outro erro será você dar tranquilizantes a crianças e jovens sem o seu médico saber, pois corre o risco de eles passarem a recorrer ao medicamento ao mínimo problema e de se tornarem incapazes de controlar as dificuldades nas situações de stress ou de ansiedade.
O seu médico receitou-lhe um tranquilizante – como é que ele atua?
O tranquilizante que o seu médico lhe receitou é um medicamento eficaz, que vai reduzir a sua ansiedade, provocando-lhe uma sensação de calma interior e bem estar. Pode produzir igualmente algum relaxamento muscular que será benéfico se estiver tenso, e, mais ainda, permitir-lhe-á um melhor sono.
Porque é que os tranquilizantes são objeto de numerosas críticas?
Provém do fato de os tranquilizantes serem atualmente os medicamentos mais receitados e utilizados em todo o mundo, em virtude de aumentar a tendência a resolver os problemas de ansiedade por meios químicos. Estas substâncias provocam um sentimento de bem estar, diminuindo as sensações desagradáveis causadas pela vida quotidiana. Assim os tranquilizantes adquirem um poder mágico e são considerados panaceias capazes de afastar o mal-estar sem que se tenha de fazer esforços para o ultrapassar.
O tranquilizante que o seu médico receitou terá efeitos secundários indesejáveis?
Em geral os tranquilizantes são bem tolerados e isentos de toxicidade, e o que o seu médico escolheu está certamente adaptado ao seu problema. Mas mesmo assim, como todos os medicamentos, eles podem ser acompanhados de efeitos secundários. O seu médico com certeza teve em conta a sua sensibilidade, e se um problema surgir deve informá-lo de forma que possa rever ou adaptar a receita.
No início do tratamento os efeitos indesejáveis podem surgir sob a forma de sonolência eventual, e sensação de fadiga. Se houver abuso ou superdosagem do tranquilizante, podem surgir vertigens e problemas de deslocação, em particular no idoso. É desaconselhado a ingestão de álcool visto ocorrer o risco de diminuição de reflexos e sonolência, o que influenciará, por exemplo, a condução automóvel. Em casos muito raros podem aparecer problemas de memória ou risco de amnésia nas horas imediatas à toma do produto . No entanto, esta situação sucede mais com tranquilizantes usados como indutores do sono.
Em pessoas já habituadas a tomar estes medicamentos, estas reações não são tão intensas.
Pode-se tomar um tranquilizante com outros medicamentos?
De modo geral é possível combinar um tranquilizante com outros medicamentos, sem que surjam problemas. Somente deve saber-se que nas associações com neurolépticos, hipnóticos ou antiepiléticos, o efeito sedativo destes medicamentos pode ser reforçado. De qualquer maneira somente o seu médico pode decidir usar tranquilizantes combinados com outros medicamentos
Que se entende por abuso de tranquilizantes?
O abuso de tranquilizantes é o ato de os tomar em grande quantidade e regularmente, por um ou por outro motivo, mesmo que não seja necessário. Existe igualmente abuso quando estas substâncias são tomadas sem prescrição médica.
Que se entende por dependência de tranquilizantes?
O uso prolongado de tranquilizantes pode provocar dependência. Em certos casos em que o controle da ansiedade é mais difícil, o seu médico poderá receitar-lhe um tranquilizante por um período mais longo. É por esta razão que a duração do tratamento que foi receitado deve ser respeitada.
Um tranquilizante bem receitado deve ser somente uma ajuda passageira, e não o deve levar a perder a sua autonomia de reação, e a sua capacidade de enfrentar a realidade da vida. A dependência de tranquilizantes limita a sua liberdade e facilidade de resolver os seus problemas quotidianos e pessoais.
Quando a dependência de tranquilizantes está instalada, deixa-se de poder passar sem eles. A parada súbita de consumo exagerado de tranquilizantes provoca inevitavelmente um estado de carência. As consequências mais frequentes são: irritabilidade, nervosismo, insônia, e um sentimento geral de mal-estar interior. Perante esta situação somente o seu médico lhe poderá dizer se se trata de um estado de reaparecimento de ansiedade, visto os sintomas serem por vezes idênticos. De qualquer modo o seu médico o informará como ultrapassar esta situação
Como fazer para parar uma medicação com tranquilizantes à qual se está habituado?
Uma vez passado o período crítico, o medicamento não será mais necessário. Impõe-se então uma parada do tratamento, e se ela se tornar difícil, a maneira mais adequada será a diminuição lenta e gradual das doses de tranquilizantes.
É possível reduzir todos os 15 dias a medicação de 1/4 ou 1/8 das doses consoante os casos. Evitar-se-á assim as reações de privação. Além disso, é importante que a redução e suspensão de um tranquilizante seja inserida numa mudança de hábitos quotidianos visto que uma parada brusca pode induzir ao reaparecimento da ansiedade. O seu médico poderá indicar-lhe quais os meios a utilizar se a suspensão se tornar difícil.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

170- Melhore a memória de trabalho das crianças com TDAH

Melhore a memória de trabalho com estas dicas, estratégias de organização e rotinas planejadas para ajudar seu filho com TDAH a reter a informação. Dos Editores de ADDitude.

Memória de trabalho é a capacidade de reter a informação na mente enquanto se realiza tarefas complexas. Uma criança pequena é capaz de executar tarefas simples – apontar o lápis quando solicitada – enquanto uma criança dos graus médios pode lembrar-se das expectativas de vários professores. Muitas crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) têm a memória de trabalho fraca porque a distração impede que elas retenham a informação que têm de se lembrar. Pais e professores podem ajudar os alunos com TDAH a desenvolver estratégias para lembrar-se mais e, igualmente importante, lembrar-se de usar as estratégias que acabaram de aprender.
1-   Melhorando a memória de trabalho na escola
Passe os trabalhos de casa por escrito. Escreva cada trabalho na lousa, no mesmo lugar, todos os dias, para que os alunos saibam onde encontrá-los. Crianças com TDAH podem não ouvir ou prestar atenção quando você lhes dá instruções orais – e você não pode confiar que eles sempre se lembrem das instruções.

Descubra o que eles ouviram. Faça os alunos com memória de trabalho fraca repetirem as instruções para a tarefa e esclareça cada parte que eles possam ter esquecido.
Arrume um tempo no final das aulas para os alunos escreverem as tarefas nos seus cadernos de tarefas. Certifique-se de que as crianças com TDAH estejam fazendo o que você pediu.

Faça contato visual com uma criança antes de dar a ela um trabalho de classe.
Mantenha as tarefas de casa atualizadas no web-site da escola. Os pais de crianças com TDAH dependem desta informação para fazer seus filhos saberem o que fazer.
Fale devagar e passe as informações em pequenas unidades. Dar muita informação de uma só vez faz com que uma criança com memória de trabalho fraca rapidamente perca o rumo. Ela pode estar ainda trabalhando nos primeiros minutos da lição depois que você já passou para a seguinte.

Aguçar a memória de trabalho = Lembrar-se mais
Professor: Melhore a memória de trabalho dos alunos com TDAH.

Torne as aulas interativas. Para fazer as crianças com memória de trabalho fraca lembrar-se de algo importante, estruture a aula para incluir as respostas delas. Por exemplo, quando ensinar uma lição de matemática, você pode encorajar os alunos a compartilhar voluntariamente o que aprenderam sobre frações, divisão, ou o que tenha sido visto naquele dia. Repetir um ponto-chave ajudará a sedimentar suas memórias.
Estabeleça uma rotina para receber as tarefas de casa. Alguns professores pedem que os alunos coloquem seus trabalhos completados sobre as carteiras assim que eles se sentam para a aula – e, então, anotam em seus livros de notas  se o trabalho foi feito. Outra ideia: Faça a entrega do trabalho de casa ser o bilhete para sair da classe ao final do dia. Fique à porta e recolha-os conforme os alunos saem. Como você pode imaginar, as crianças cooperarão quando a alternativa for ter de ficar na escola por mais tempo.

Fale com os alunos sobre o que fazer se eles se esquecerem de algo. Determine – ou peça aos estudantes para escolherem – um colega de estudos com quem eles possam falar se esquecerem o que pensavam ser o trabalho de casa ou se não puderem lembrar-se do que fazer em classe.
Use um relógio analógico durante as aulas para ajudar seus alunos com o gerenciamento do tempo. Eles serão capazes de se manterem conscientes de quanto tempo já se passou e de quanto ainda têm.

Chame atenção para as datas- limite. Ponha avisos em quadros nas paredes, fale delas frequentemente, e lembre os pais e alunos em bilhetes, cartas ou pelo e-mail.
Peça aos alunos que façam seu próprio “sistema de lembrar” – modos de lembrar-se a si mesmos de coisas que precisam lembrar (cartões de passe, dinheiro do almoço, roupas de ginástica). Isto pode levar a uma discussão em classe, para dar aos alunos a chance de compartilhar as estratégias que funcionam para eles.
2-   Melhorando a memória de trabalho em casa
Determine um lugar para que seu filho coloque coisas importantes – chaves da casa, carteira, equipamento esportivo. Tão logo ele chegue da escola, tenha certeza de que ele colocou essas coisas no lugar certo. Uma recompensa por fazer as coisas corretamente – ou uma penalidade por não fazer – reforçará o hábito de se manter organizado.
Crie uma lista de checagem para se lembrar e ter derteza de que seu filho tem tudo o que necessita levar para a escola. No início, observe se ele segue a lista de checagem, para ter certeza de que ele colocou tudo na sua mochila. Não repita o que está na lista, mas peça a ele que lhe fale (isso ajuda a transferir a informação da sua memória de trabalho para a dele). Faça seu filho usar a lista de checagem quando terminar seu trabalho de casa na noite anterior, para evitar a correria logo de manhã.
Faça, e use, lista do que fazer, para que seu filho veja que isto é uma estratégia de aderência para a vida toda. A vida é muito complicada para que se espere que as crianças tenham tudo na memória.
Pense junto com seu filho sobre as maneiras que ele pode usar para se lembrar de coisas importantes. Ele pode escrever na palma da mão, programar o smartfone para lembrá-lo, pedir a amigos com memórias melhores para avisá-lo?
Rotinas para tarefas de casa para melhorar a memória de trabalho
Obtenha a permissão dos professores para que seu filho passe as tarefas por e-mail. Isto é fácil para as crianças que fazem o trabalho de casa no computador. Algumas famílias escaneiam o trabalho de casa e o enviam por e-mail para o professor. Esta dica não reforça a memória de trabalho, mas é uma boa estratégia de adereência para os alunos com função executiva fraca.
Gratifique seu filho por lembrar-se. Passe e-mail para os professores uma vez por semana para garantir que o trabalho de casa foi entregue. Dê ao seu filho cinco pontos por todos os trabalhos entregues, quatro pontos por ter se esquecido de somente um e nenhum ponto se ele se esqueceu de mais de um. Crie um menu de recompensas que ele pode receber. Permita mais pontos para tarefas mais complexas.
Dê ao seu filho uma rotina de tarefas de casa para ele seguir. A tarefa de casa é uma série complexa de subtarefas que precisam ser completadas em ordem sequencial. Requer muito da memória de trabalho. Ensine seu filho que, para completar a tarefa de casa, ele precisa:
Saber qual é a tarefa
Registrar a tarefa
Trazer o material necessário para casa
Fazer a tarefa
Colocar a tarefa na pasta ou na mochila
Levar a tarefa feita para a escola
Rotinas matinais para melhorar a memória de trabalho
Faça seu filho gravar os passos desta rotina matinal. Ouvir a própria voz cria menos tensão do que você cobrá-lo sobre o que fazer. Se ele se esquecer de um passo, ele pode simplesmente voltar a gravação e encontrar o que esqueceu.
Ensaie com seu filho o que você espera que ele se lembre logo antes da situação. Por exemplo, se ele precisa perguntar ao professor sobre um guia de estudos ou por uma ajuda individual, prepare-o perguntando, “Então, o que você precisa dizer para seu professor quando você for à mesa dele?”
Use lembretes digitais. Com crianças dos graus médios, use telefone celular, mensagens de texto, ou mensagens instantâneas para lembrá-los de coisas que tenham de fazer.
Mantenha as distrações externa no mínimo – desligue a TV ou abaixe o volume se você quiser a atenção total do seu filho quando estiver falando alguma coisa importante para ele.
Confira. Crianças com memória de trabalho fraca indicarão que fizeram algo – por o trabalho de casa na mochila, por exemplo – mas se esquecerão em seguida. Até que a criança se acostume a fazer a ação quando for cobrada, verifique para ter certeza de que ela fez o que lhe disse.

169- Como tratar a depressão em crianças com TDAH

A depressão é muito comum entre as crianças com TDAH. Felizmente, os tratamentos medicamentosos estão mais eficazes e seguros. Por Larry Silver, M.D. (ADDitude magazine).

Depressão é mais do que tristeza. É uma doença grave, e atinge mais pessoas jovens do que os pais pensam. A cada ano, 4% dos adolescentes se tornam gravemente deprimidos. Na idade adulta, um de cada cinco adolescentes já sofreu de depressão.
A depressão é especialmente comum entre os adolescentes e adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Em muitos casos, os problemas relacionados ao TDAH na escola e com a família e amigos desencadeiam a depressão pela queda da autoestima da criança. Isto é chamado de depressão “secundária”, porque aparece como uma consequência de outro problema, incluindo o TDAH.
A depressão também pode ser secundária às dificuldades de aprendizagem ou ao abuso de substâncias. A depressão secundária é tipicamente desencadeada num ponto específico e pode estar diretamente ligada a experiências de vida específicas.

A depressão “primária” aparece independentemente das experiências de vida. Ela tipicamente ocorre em crianças que têm uma família com história de depressão, e tende a recorrer. Cerca de metade de todas as crianças que têm TDAH tem dificuldade de controlar suas emoções, e este problema também pode estar na raiz da depressão primária.
A boa notícia é que existe tratamento eficaz. Como pai, você deve estar a par dos sentimentos e comportamentos do seu filho. Se um professor, amigo, ou qualquer outra pessoa sugerir que seu filho está deprimido, não se ofenda. Aja. Consulte seu médico de família. Se ele não puder recomendar um psiquiatra, psicólogo ou um assistente social que seja treinado para tratar de crianças e adolescentes, procure indicações de seus amigos, do conselheiro escolar, ou do seu diretor de seguros.

A escolha do tratamento
O melhor remédio para a depressão depende da causa do problema. Vou falar sobre três crianças que tratei de depressão (os nomes foram trocados) e mostrar a vocês como o tratamento foi diferente para cada uma delas.

Jimmy sempre teve problemas na escola. Sua professora tinha de constantemente falar para ele ficar sentado quieto, e para erguer a mão antes de falar. Em casa não era melhor. “Odeio minha vida”, ele falou para sua mãe. Uma vez ele disse “Sou tão mau, talvez vocês devessem me mandar embora”.
Na minha primeira avaliação de Jimmy, ficou claro que ele estava deprimido. Também ficou claro que ele tinha um TDAH não tratado. Percebi que sua depressão era secundária – resultado de anos de sofrimento de reações negativas à sua hiperatividade, impulsividade e desatenção não tratadas.

Depois que ele começou a tomar o estimulante receitado, o comportamento de Jimmy melhorou. Ele ficou mais feliz. Parou de falar coisas negativas e começou a brincar novamente com os amigos. Tudo o que ele precisava era do tratamento para o TDAH.
Outro paciente meu, Louise, de 13 anos de idade, já estava tomando medicação para o TDAH. Com a ajuda do Plano 504 (uma lei americana que garante as acomodações e modificações curriculares para os TDAH) e de um tutor, ela estava tirando notas boas. Mas parecia infeliz. Ela estava se afastando dos amigos e das atividades de que gostava, segundo sua mãe me disse.

Vi que Louise estava deprimida. Seus pais tinham se separado recentemente e eu suspeitei que isto poderia ser a causa do seu problema. Receitei um antidepressivo e iniciei a terapia. Em nossas sessões, ela falava de sua tristeza a respeito do rompimento de sua família – e do fato de seu pai ter ido morar com a mulher com a qual estava tendo um caso.
Com o tempo, conforme falava sobre sua família, a depressão de Louise sumiu. Ela parou a terapia, mas ficou usando o antidepressivo por seis meses. Quando ele foi retirado, ela não mostrou mais nenhum sinal de depressão.

Por fim, havia Gwen, de 16 anos de idade, que me contou que não tinha amigos desde a escola elementar. Ela parecia se dar bem com seus pais, embora preferisse ficar muito tempo sozinha, ouvindo música. Suas notas eram medíocres, e ela estava preocupada a respeito de ir para a faculdade. Tinha dificuldade de dormir à noite e tinha pouca energia.
Descobri que Gwen tinha uma história de desatenção e problemas de organização, assim como uma história familiar de depressão. Ela me contou que tinha depressão que vinha e ia desde o segundo anos de escola. Sua depressão não parecia estar relacionada com a escola; ela estava deprimida em todos os lugares.

Diagnostiquei Gwen como tendo TDAH, do tipo desatento. Suas notas melhoraram depois que ela começou a tomar o medicamento estimulante, mas ela permanecia deprimida. Trabalhei com ela para que entendesse o TDAH, e também para que usasse um antidepressivo. Seu humor brilhou em um mês, mas ela provavelmente ficará com o antidepressivo por mais um ano.
E os antidepressivos?

Se a depressão parece ser secundária, o problema primário (TDAH, discórdia familiar, abuso de drogas, ou algum outro fator desencadeador) precisa ser corrigido. A terapia geralmente ajuda. Se a depressão continuar a atingir a rotina diária do seu filho, mesmo com essa ajuda, provavelmente será melhor que seu filho tome um antidepressivo.
A maioria dos casos de depressão envolve uma deficiência do neurotransmissor serotonina. Por esta razão, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), que aumentam os níveis de serotonina, são tipicamente a primeira escolha. Se um ISRS se demonstra ineficaz, o psiquiatra poderá receitar uma droga que aumente os níveis do neurotransmissor norepinefrina. Se a segunda medicação também não funcionar, o psiquiatra poderá tentar uma droga que aumente os níveis de serotonina e de norepinefrina. Não há nenhum modo fácil de saber qual neurotransmissor está com nível baixo, então, encontrar a medicação inevitavelmente envolve tentativa e erro.

Depois que o antidepressivo estiver funcionando, um jovem provavelmente terá de tomá-lo por cerca de seis meses. Se a depressão sumir, o medicamento será retirado lentamente. Se a depressão não voltar, o medicamento não mais será necessário. Se a depressão retornar, a medicação será retomada por mais seis meses.
Preocupações com a segurança

Os antidepressivos podem causar uma gama de efeitos colaterais, incluindo constipação, irritabilidade, leves tremores das mãos, distúrbios do ritmo cardíaco e fadiga. Se algum desses tornar-se um problema, o psiquiatra poderá substituir o antidepressivo por outro. Medicamentos devem ser trocados vagarosamente, com uma droga sendo retirada enquanto a outra estiver sendo aumentada. O psiquiatra deverá monitorar o processo muito cuidadosamente
Você deve ter visto ou ouvido falar de relatos nos meios de comunicação indicando que os ISRSs aumentam o risco de pensamentos suicidas. Estes relatos são verdadeiros? No ano passado, um estudo da FDA revisou vários trabalhos sobre suicídio e concluiu que os ISRSs podem de fato aumentar o risco de ideação suicida (pensar sobre o suicídio) em crianças e adolescentes. Mas o estudo revelou que não havia nenhuma evidência de que essas drogas aumentassem o risco de que as crianças de fato cometessem suicídio.

Considerando os achados do estudo, a FDA notou que havia problemas com o modo como os dados tinham sido colhidos em alguns trabalhos e optou por não banir os ISRSs. Em vez disso, a agência (FDA Federal Drug Administration) decidiu alertar os médicos para o aumento do risco de ideação suicida . Minha impressão pessoal é de que qualquer risco associado ao uso dos ISRSs parece ser menor do que o risco de deixar a depressão sem tratamento – uma vez que a depressão, por si mesma, é sabidamente causadora de aumento do risco de ideação suicida e de suicídio.
A maioria dos adolescentes que estão deprimidos não tenta suicídio – mesmo se eles falam sobre fazer isso. Não obstante, pensamentos suicidas, comentários, ou tentativas devem sempre ser levados a sério. Compartilhe suas preocupações com o médico do seu filho. Se ele não levar a sério suas preocupações, procure outro médico de saúde mental.

Talvez você se lembre de um pai ou um avô que sofreram com depressão por anos. Não deixe que seu filho sofra do mesmo modo. Os tratamentos estão disponíveis, e muitos deles são bons.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

168- Os professores como transformadores do cérebro: Neurociência e Aprendizagem.

Por Wendi Pillars

Sou neurocientista de poltrona, ou ao menos amo aprender sobre o cérebro, como ele funciona, e o que as descobertas recentes significam para o meu trabalho como professora.
Entretanto, aplicar os achados da pesquisa às realidades da sala de aula é muito mais fácil falar do que fazer. Além de enfrentar os desafios diários do nosso trabalho, precisamos diferenciar as afirmações tendenciosas sobre o cérebro ”baseadas na pesquisa” daquelas com fundamentos em achados científicos legítimos. E, então, temos de descobrir como aplicar o que aprendemos. Esmiuçar essas afirmações para entender suas origens é precisamente o objetivo de minha pesquisa atual.
Lembra-se de quando o conhecimento científico convencional dizia que uma pessoa mediana poderia aprender e reter sete itens de informação por vez? (Daí o nosso protocolo telefônico com sete números). Bem, os achados neurocientíficos recentes determinaram que nossa capacidade cognitiva é de somente de três a quatro itens.
Isto pode ser bom: Força-nos, como professores, a estreitar e zelar pelos nossos objetivos e a determinar o que é mais importante, conforme tomamos decisões ao longo do dia. Mas pode também ser opressivo, por exemplo, como podemos ajudar os estudantes a dominar um extenso conteúdo enquanto eles só podem aprender em quantidades tão pequenas?
Em relação a esse achado em particular, aqui estão três dicas importantes que eu sigo enquanto exploro a literatura sobre neurociência e ensino.
#1. Os professores são, em essência, transformadores do cérebro.
Somos os únicos profissionais cujo trabalho é alterar fisicamente o cérebro de uma criança, diariamente. Gosto do jeito de Judy Willis, um talentoso neurocientista que virou professor, se referir ao trabalho do professor como uma “cirurgia cerebral sem sangue”.
Eis como ela acontece em um nível básico:
Se uma criança recebe informação por meio de suas vias sensoriais e seu cérebro decide manter aquele conhecimento, o processo integrativo se instala e assimila aquele aprendizado enquanto ela dorme.
Esta consolidação ocorre quando os neurônios transmitem mensagens uns para os outros. As mensagens precisam atravessar separações microscópicas entre os neurônios – sinapses – de modo trabalhoso no início e mais rapidamente a cada momento de acesso.
• Eventualmente o aprendizado está conectado a vários pontos dentro de uma rede cada vez mais densa de neurônios, facilitando o processo de recuperação da informação para o aprendiz alerta.
Como professores, precisamos entender que uma via neural é como um novo caminho na floresta. Quanto mais frequentemente essa via neural é percorrida, menos obstáculos, maior sua capacidade e mais rápida e estável ela se torna.
Isto quer dizer que devemos ajudar nossos estudantes a fazer conexões com as experiências, conhecimento e aprendizado  anteriores – e as ligações com outras áreas curriculares. Quanto mais conexões fizermos em classe, mais estaremos alterando fisicamente os cérebros dos nossos alunos, criando e reforçando as vias neurais.
Sabendo isto, torna-se mais crucial maximizar as oportunidades de  aprendizado durante as 1.260 horas em que nossos alunos estão conosco durante o ano escolar [nos Estados Unidos].
Os estudos mostram que nós, como professores, gastamos 90% do tempo de planejamento fazendo com que nossas aulas tenham sentido. Tendemos a gastar muito menos tempo de planejamento (cerca de 10%) para estabelecer a relevância da lição para o aprendizado prévio e o futuro. Mas, os achados neurocientíficos indicam que esta relevância – ligada às conexões e à emoção – é particularmente importante.
Refletindo sobre meu próprio ensino, vejo que é importante engajar uma gama de vias sensoriais de modo mais consistente conforme forneço oportunidades implícitas e explícitas para os alunos reconhecerem e fazerem as conexões.
#2. Aquele cujas vias neurais estão se modificando é o que está aprendendo.
É evidente, certo? Admito que, inicialmente, eu pensava, “Bem, e daí?” Mas, conforme refletia honestamente sobre minha classe, comecei a ver que minha maneira de pensar precisava mudar. Estava fazendo muito da espécie de trabalho errado – fazendo muito explícito e muito rapidamente, em vez de planejar oportunidades para ajudar os alunos a fazerem as conexões por si mesmos. Então, muitas áreas de aprendizagem poderiam ser apoderadas pelos alunos, e eu estava tirando deles esta experiência, em parte ou totalmente.
Qual é a melhor maneira de apoiar esta posse, para desenhar vias de mudar o aprendizado para os alunos, de acordo com a neurociência? Duas grandes ideias apoiadas pelos achados são de que o cérebro é um viciado em prazer – e um viciado em padrão. Então, estou encontrando mais vias para trazer o prazer e o riso para minha classe e criando vias divertidas para explorar e aprender. Também estou integrando mais oportunidades para os alunos trabalharem com padrões, escolhendo e interagindo com as relações entre os dados, conceitos e experiências.
#3. O pensamento crítico é mais importante que tudo – o que significa que esperamos resultados diferentes do aprendizado.
Acadêmicos, como Tony Wagner, Daniel Willingham, e outros, dizem que os inovadores do futuro serão os estudantes que podem formular as “perguntas certas”, escolher entre a quantidade opressiva de informação e comunicar claramente o conhecimento que recombinaram em vias originais. O que a neurociência pode nos mostrar sobre o desenvolvimento das habilidades de pensamento crítico dos estudantes? Sobre a mudança do modo como abordamos ensino e aprendizagem?
Como eu mencionei, o aprendizado se desenvolve no cérebro em uma rede de conexões neurais sempre em expansão. Quando os alunos praticam o raciocínio de ordem mais elevada – quando eles questionam uma hipótese inicial ou a respondem e exploram mais além – mais conexões e vias são criadas no cérebro. Isto também ocorre quando os alunos são capazes de recombinar seu conhecimento com o que já aprenderam no passado.
Descobri que preciso dar mais oportunidades para meus alunos explorarem o processo de análise: para levar seu aprendizado para o nível seguinte, qualquer que ele seja. Para isto é necessário ensinar como analisar e como permanecer seguros assumindo riscos. A tecnologia pode ajudar-nos a criar estas oportunidades. Mas, a informação é inútil a não ser que compartilhada e explorada eficazmente, de modo que nós professores precisamos continuar a estimular as habilidades de comunicação e de relacionamentos em tudo que fizermos.
Ler sobre tudo isto de uma perspectiva neurocientífica faz o processo de aprendizado parecer mais concreto e me garante que não precisamos discutir tudo o que sabemos sobre o ensino efetivo.
De fato, muitos de nós já abordamos o ensino por maneiras que são consistentes com os achados neurocientíficos – mas saber mais sobre como os cérebros dos nossos alunos funcionam pode nos ajudar a ajustar o que fazemos, e lembrar-nos de ser consistentes com aquelas ideias que são boas para o cérebro. Esta perspectiva também enfatiza o aprendiz, em vez do professor – um lembrete que todos nós faremos bem em seguir.
Como Willis, o professor neurocientista diz, “Isto não é sobre mim, isto não é sobre você, é sobre a missão de ensinar de um modo que modifique o cérebro para melhor”.
Wendi Pillars é uma professora de língua inglesa com certificado pelo National Board, e membro da Teacher Leaders Network. Ela tem 15 anos de experiência em ensinar, tanto no estado quanto no exterior. Ela já escreveu sobre neurotoxinas e seu impacto no cérebro aprendiz.

167- Peregrino DDA (TDAH) para mim

Peregrino DDA  deixou um novo comentário sobre a postagem  "146- Hipersensibilidade: Você é uma pessoa altamente...":

"OLÁ.  Eu estou tentando montar uma maior união entre os Blogueiros do tema DDA/TDAH"
BASTARIA CADA BLOQUEIRO FAZER UM POST COM A LISTA DE BLOGS PARA VISITAR E APRENDER MAIS... PODERIA PARTICIPAR? (SE QUISER PODE ACRESCENTAR MAIS BLOGS AINDA)
http://UniversoDDA.blogspot.com

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

166- As medicações para o TDAH não estão ligadas a aumento do risco cardiovascular

As medicações para o TDAH não estão ligadas a aumento do risco cardiovascular

Mais de 2,7 milhões de crianças por ano, nos Estados Unidos, recebem receitas de medicação para o TDAH, de acordo com o número de novembro de 2010 do Relatório Semanal de Morbidade  e Mortalidade. Entretanto, uma possibilidade de aumento dos riscos de morte súbita, infarto do miocárdio e derrame cerebral foi relatada com a medicação para o TDAH, conforme notado por Nissen, no número de abril de 2006 do New England Journal of Medicine. No número de agosto de 2008 de Pediatrics, Perrin e colegas relataram que a FDA (US Food and Drug Administration)  recomendou uma tarja preta de aviso para os estimulantes. A American Heart Association declarou que o teste de eletrocardiograma era adequado para crianças no início do tratamento do TDAH com estimulantes.

Novas pesquisas mostram que os medicamentos para o TDAH não aumentam os riscos de eventos cardiovasculares graves.

Um estudo retrospectivo de mais de 1 milhão de crianças e de adultos jovens não encontrou diferenças significativas de episódios cardíacos graves entre o que não usavam medicações para o TDAH e os que eram usuários ou já tinham sido usuários de medicações estimulantes para o TDAH. Além disso, somente 3,1 eventos cardiovasculares graves  foram encontrados em 100.000 pessoas-ano.

Segundo William O. Cooper, MD, MPH, professor de pediatria e de medicina preventiva na Vanderbilt University, em Nashville, Tennessee, “Sentimos que este estudo oferece alguma certeza de que não parece haver um aumento do risco de morte súbita, de ataque cardíaco ou de derrame naquelas pessoas que usam esses medicamentos”.

Extraído e resumido de N Engl J Med. Published online November 1, 2011.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

165- A solução alimentar para o TDAH: Como combater os sintomas do TDAH com dieta e suplementos

Estudos mostram que uma dieta com alto teor de proteína, pouco açúcar e sem aditivos, combinada com suplementos bons para o TDAH, como óleo de peixe e zinco, pode melhorar drasticamente, sem nenhum efeito colateral, os sintomas do TDAH em crianças. Aqui, um especialista em TDAH conta como você pode começar.

Por Sandy Newmark, M.D.

A boa nutrição pode fazer uma diferença significativa na vida das crianças que foram diagnosticadas com TDAH.

Tenho utilizado intervenções nutricionais em centenas de crianças com TDAH ao longo dos últimos 24 anos. Em muitos casos, as mudanças na dieta não somente melhoraram os sintomas de hiperatividade, concentração e impulsividade, mas também acalmaram o comportamento oposicionista.

Muitos pais ficam tentados a testar alimentos e suplementos para ajudar seus filhos a controlar os sintomas do TDAH, mas geralmente eles não sabem por onde começar. A seguir, estão várias mudanças de dieta – alimentos a acrescentar à dieta do seu filho e coisas a eliminar – que, eu descobri, promovem o maior alívio dos sintomas.

Pare com os picos sanguíneos de açúcar

Alimentos ricos em proteínas – carne bovina, carne de porco, aves, peixes, ovos, feijão, nozes, soja e laticínios com pouca gordura – podem ter efeitos benéficos nos sintomas do TDAH.

O cérebro usa os alimentos ricos em proteína para fabricar os neurotransmissores, asa substâncias químicas liberadas pelas células cerebrais para se comunicarem umas com as outras. As proteínas podem prevenir os aumentos da taxa de açúcar no sangue, que aumentam a hiperatividade. Dar proteína ao seu filho no desjejum o ajudará a produzir os neurotransmissores que despertam o cérebro.

Combinando as proteínas com alimentos ricos em fibras e pobres em açúcares ajudará seu filho a controlar melhor os sintomas do TDAH durante o dia, não importando se ele estiver tomando medicamentos ou não. A única coisa mais importante que recomendo aos pais é a diminuição da quantidade de açúcar na dieta do seu filho com TDAH.

O que muitas pessoas não sabem é que a ingestão de carboidratos simples processados, como pão ou bolachas, é quase a mesma coisa que alimentar seu filho com açúcar! Seu corpo digere em glicose esses carboidratos processados tão rapidamente que o efeito é virtualmente o mesmo que comer uma colher de açúcar.

Um desjejum consistindo de sucrilhos e um copo de suco, ou uma panqueca com melado, provoca aumento muito rápido do açúcar do sangue. O corpo responde produzindo insulina e outros hormônios que abaixam o açúcar para níveis mais baixos, causando a liberação de hormônios do estresse. O resultado? Na metade da manhã, a criança estará hipoglicêmica, irritada e estressada. Isto pode piorar os sintomas do TDAH ou fazer com que crianças sem TDAH agirem como se tivessem o transtorno. Almoçar um simples carboidrato, com pouca proteína, pode causar os mesmos sintomas à tarde.

Em vez disso, experimente servir desjejuns e almoços ricos em proteínas, carboidratos complexos e fibras – como aveia e um copo de leite, ou manteiga de amendoim em um pedaço de pão integral. Os açúcares desses carboidratos são digeridos mais lentamente, por causa da proteína, das fibras e se comidos juntos resultam em liberação mais suave e sustentada de açúcar no sangue. O resultado? A criança pode se concentrar e se comportar melhor na escola.

Experimente o óleo de peixe

Os ácidos ômega-3 podem melhorar vários aspectos do comportamento do TDAH: hiperatividade, impulsividade e concentração. Como resultado, recomendo que todas as crianças com TDAH tomem os ácidos graxos ômega-3.

Os ácidos ômega-3 são gorduras essenciais importantes para o funcionamento normal do cérebro. São chamados gorduras “essenciais” porque o corpo precisa obtê-los da dieta; nosso corpo não pode fabricá-los. A pesquisa sugere que crianças com TDAH têm níveis sanguíneos mais baixos de ômega-3 do que as crianças sem o TDAH. Assim, a não ser que seu filho seja um dedicado comedor de peixe, você tem de suplementar, geralmente com óleo de peixe, para atingir os níveis salutares.

Vários estudos com ômega-3 e com TDAH sugerem um efeito positivo. Em 2009, um estudo feito na Suécia, 25 por cento das crianças que tiveram uma dose diária de ômega-3 sofreram um significante decréscimo nos sintomas depois de três meses; com seis meses, quase 50 por cento tiveram melhor controle dos sintomas. Isto é um resultado expressivo para um suplemento nutricional não tóxico, com poucos efeitos colaterais.

Quanto de ômega-3 e de que forma seu filho pode obtê-lo? É um pouco complicado. Os dois principais ácidos graxos ômega-3 contidos nos suplementos são o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA). Parece que os maiores benefícios derivam dos produtos ômega-3 que contêm mais EPA do que DHA. Eu recomendo uma dose de 700 a 1.000 mg por dia para as crianças menores, e 1.500 a 2.000 mg para as maiores.

Os ômega-3 vêm em cápsulas, líquido, ou na forma mastigável. As gomas e os mastigáveis, infelizmente, não têm muito óleo de peixe neles, então é caro e demorado dar a dose correta ao seu filho. A maioria das crianças, que são muito pequenas para engolir as cápsulas, pode tomar o líquido, embora você tenha de ser criativo para fazer com que elas o tomem (gosto de peixe). Você pode misturá-lo com qualquer coisa. Suco de laranja e cremes são uma dupla de favoritos.

Vi algumas crianças melhorarem em poucos dias, enquanto outras não mostraram nenhuma melhora em poucos meses. Meu conselho aos pais é sempre ser paciente e não desistir do regime de ômega-3 muito depressa.

Mantenha os níveis de ferro

Muitos pais e profissionais desconhecem a importância do papel  que o ferro tem no controle dos sintomas do TDAH.

Um estudo feito em 2004 mostrou que a média do nível de ferro nas crianças com TDAH (medido como ferritina) era de 22, comparado com 44 nas crianças sem TDAH. Outro estudo mostrou que aumentando os níveis de ferro das crianças com TDAH melhoravam os sintomas tanto quanto como com o uso de estimulantes. As crianças nesses estudos não eram anêmicas. O fato de que seu filho tenha um hemograma normal nãos significa que o nível de ferritina dele seja normal. Como muito ferro é perigoso, não recomendo dar ferro sem antes checar o nível de ferritina. Peça a seu pediatra para testá-lo.

Se os níveis de ferro estiverem baixos, abaixo de 35, digamos, fale com seu médico sobre iniciar um suplemento com ferro ou aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro, os quais incluem carne vermelha, peru e frango, crustáceos e feijão. O nível de ferritina deve ser checado em poucos meses.

Cheque os níveis de zinco e de magnésio

Zinco e magnésio são dois outros minerais que têm papel importante no controle dos sintomas do TDAH. Ambos são essenciais para a saúde e um número surpreendente de crianças, com e sem TDAH, não obtém a quantidade suficiente deles. O zinco regula o neurotransmissor dopamina, e pode tornar o metilfenidato mais eficaz, melhorando a resposta do cérebro à dopamina.

O magnésio é também usado para fazer os neurotransmissores envolvidos com a atenção e concentração, e tem efeito calmante sobre o cérebro. Peça ao seu médico para checar o nível de magnésio e do zinco do seu filho, quando fizer o teste da ferritina. Encontrei ao menos 25 por cento de crianças com níveis baixos de zinco.

Embora tenham sido feitos estudos sob os efeitos de ambos os minerais no TDAH, os resultados não são tão esclarecedores como nos estudos sobre o ômega-3 e o ferro.

Elimine os produtos químicos

Vários estudos sugerem que aditivos artificiais tornam as crianças sem TDAH mais hiperativas, e fazem piorar as que têm TDAH. A União Europeia determina um rótulo no pacote de alimento que contenha aditivos: “Este alimento pode ter um efeito adverso sobre a atividade e a atenção em crianças”.  Gatorade, queijinhos e balas são exemplos típicos de alimentos que contêm corantes artificiais e conservantes, mas aditivos e corantes podem ser encontrados em outros alimentos.

O primeiro passo para evitar os aditivos é ler a tabela de ingredientes do alimento, até que você encontre uma ampla  lista de alimentos livres de aditivos. Em muitos casos, alimentos frescos, não processados, são a melhor escolha, porque contêm poucos aditivos.

Entretanto, atualmente, você pode encontrar pão, cereais, biscoitos, pizza e quase tudo o mais feitos sem aditivos. Evite cereais muito coloridos e muito açucarados. Substitua os refrigerantes por sucos naturais.

Preste atenção na alergia a alimentos

Alguns estudos mostraram que muitas crianças com TDAH são sensíveis a certos alimentos da dieta. Essas sensibilidades fazem piorar significativamente os sintomas do TDAH. Em estudo recente, 50 crianças foram submetidas a uma dieta restrita por 5 semanas, e 78 por cento delas tiveram melhora significativas dos seus sintomas!

Em minha experiência, tenho visto melhoras em muitas crianças quando elas param de comer alimentos aos quais são sensíveis. Os culpados mais frequentes são laticínios, trigo e soja.

É importante saber que as crianças com TDAH não necessariamente têm “alergia alimentar” em senso médico, estrito. Os resultados dos testes para alergia a alimentos são geralmente negativos nessas crianças. A única maneira de saber se a sensibilidade a alimentos afeta o seu filho é remover certos alimentos de sua dieta e observar a reação. Uma criança pode ter sensibilidade a alimentos se ela apresenta sintomas de alergia, tais como febre do feno, asma, eczema, ou problemas gastrointestinais. Mas tenho visto crianças sem nenhum destes problemas responderem bem à mudança da dieta.

Se há um ou dois alimentos que você suspeita que podem estar piorando os sintomas de TDAH do seu filho, elimine um deles por duas ou três semanas. Observe os sintomas do TDAH do seu filho durante este tempo. Se você estiver pensando em começar uma dieta restritiva, encontre um profissional para guiá-lo. Você sabe que mudanças na dieta são difíceis de empreender em crianças com TDAH, mas muitas famílias o fizeram com sucesso e estão felizes com os resultados.

Tente ervas benéficas

Várias ervas foram recomendadas para o controle dos sintomas do TDAH, incluindo o ginkgo, a erva de São João, a rhodiola e o ginseng. A maioria não foi testada, com duas exceções.

Em um grande estudo europeu sobre hiperatividade e problemas de sono, uma combinação de valeriana e erva cidreira ajudou a relaxar as crianças com TDAH, por meio da redução da ansiedade. Eu utilizo estas ervas regularmente para crianças que sofram desses problemas. Consulte um médico naturalista para encontrar a dose correta para o seu filho.

Para melhorar a atenção, um novo produto herbário, chamado Nature & Clarity, foi desenvolvido, e cuidadosamente testado por um time de médicos de Israel. As crianças que tomaram tiveram significativa melhora, conforme medida pelo seu desempenho no Test of Variables Attention, que é uma medida computadorizada da atenção. Não faço recomendações definitivas com base em um estudo, mas este produto merece ser avaliado. Você pode ler sobre ele em adhd-clarity.com

Finalmente, o picnogenol, que é um extrato feito da casca do pinheiro marítimo francês, tem sido ligado a melhora dos sintomas do TDAH em um número limitado de pesquisas. Encontrei relatos de que este produto ajuda a melhorar a concentração em algumas crianças.

Um último pensamento: Produtos herbários variam muito em qualidade, e alguns contêm contaminantes. Você deve encontrar um profissional reconhecido que o ajude a identificar fontes  confiáveis de ervas puras e padronizadas. ADDitude 2011.

(Com o devido respeito ao autor, tenho lá minhas dúvidas quanto à metodologia empregada nesses “estudos” que foram citados, sem as devidas referências. Continuo como São Tomé... – Dr. Menegucci)

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