Blog do NOBLAT 01/03/14
É BOM PRESTAR ATENÇÃO
por Zuenir Ventura, O Globo
Dizem os entendidos que só se dará bem neste século quem conseguir resolver dentro de si a luta entre o foco e a desatenção, isto é, entre a capacidade de se concentrar e a dispersão a que estamos sujeitos por causa das “distrações” que nos assediam diariamente através dos vários meios de comunicação.
A velocidade e a insistência dessas mensagens estariam diminuindo nossa capacidade de fixá-las e de refletir sobre o que elas realmente significam. O bombardeio de informações produz entropia, confusão, já que o excesso delas é igual a ruído.
Preocupado com o fenômeno, o psicólogo americano Daniel Goleman escreveu o livro “Foco — A atenção e seu papel fundamental para o sucesso”, que acaba de ser lançado no Brasil, onde a palavra do título virou moda. Já comentamos aqui mesmo que o termo passou a frequentar os mais variados ambientes.
O governo Dilma não perdeu o rumo, “perdeu o foco”. Os partidos de oposição estão “desviando o foco”. A atriz prefere “focar no lado bom das coisas”. Um time venceu não porque jogou melhor, mas porque finalmente “encontrou o foco”.
Por meio de análises, depoimentos e pesquisas, Goleman mostra que essa recorrência é causada pela dificuldade de concentração, que se deve sobretudo à onipresença do celular e da internet em nossas vidas. “A tecnologia captura a nossa atenção e interrompe as nossas conexões”.
Algumas empresas do Vale do Silício chegaram a banir das reuniões laptops, iPads, iPhones e outras ferramentas digitais. Um casal confessou ao autor que teve de fazer um pacto de boa convivência: “Em casa, guardamos os telefones numa gaveta.”
Alguns anos atrás as pessoas ficavam indignadas quando alguém pegava o Blackberry para conversar com outra na nossa presença. “Hoje é a norma.” Estudos cerebrais revelam que a “recompensa neural” desses viciados é parecida com a dos dependentes de álcool e drogas. Um professor universitário admitiu que não consegue ler mais de duas páginas por vez. “Estou perdendo a capacidade de me concentrar em qualquer coisa séria.”
Ainda bem que o mal tem cura. Uma das lições do livro é que a atenção funciona como um músculo mental, que permite acompanhar uma história, concluir uma tarefa, aprender ou criar. “Pouco utilizada, ela definha; bem utilizada, ela melhora e se expande”, o que significa que é possível fortalecê-la e até mesmo reabilitar “cérebros carentes de foco”. Basta treiná-la. Um bom método é o exercício de memorização.
Mas, cuidado, foco não é ideia fixa, obsessão. Use com moderação. É preciso dar uma folga ao cérebro, deixar um tempo livre para a divagação. Muitas descobertas e invenções aconteceram durante momentos de “distração”. O espírito aberto e a imaginação solta permitem a entrada de boas ideias.
Zuenir Ventura é jornalista.
Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
sábado, 1 de março de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
325- TDAH e seu terapeuta. Os bons e os maus sinais
Os bons e os maus sinais
Sinais de aviso de que um terapeuta pode não ser bom para você
• Parece impaciente e/ou distante
• Escuta apenas superficialmente
• Oferece soluções rápidas
• Fala de sua situação/transtorno em generalidades
• Tem noção pré-concebida do tratamento
• Certifica-se de que você sabe da importância dele e de sua experiência no assunto
• Arruína sua autoconfiança
Sinais de que um terapeuta pode ser perfeito para você
• Não tem pressa
• Deixa você confortável
• Ouve você – ouve realmente, e faz bom contato com o olhar
• Dá valor às suas dúvidas
• Interage com você como um ser humano
• Tem ideias às quais você responde
• Dá a você autoconfiança e confiança em suas habilidades
Sinais de aviso de que um terapeuta pode não ser bom para você
• Parece impaciente e/ou distante
• Escuta apenas superficialmente
• Oferece soluções rápidas
• Fala de sua situação/transtorno em generalidades
• Tem noção pré-concebida do tratamento
• Certifica-se de que você sabe da importância dele e de sua experiência no assunto
• Arruína sua autoconfiança
Sinais de que um terapeuta pode ser perfeito para você
• Não tem pressa
• Deixa você confortável
• Ouve você – ouve realmente, e faz bom contato com o olhar
• Dá valor às suas dúvidas
• Interage com você como um ser humano
• Tem ideias às quais você responde
• Dá a você autoconfiança e confiança em suas habilidades
ADDitude
sábado, 8 de fevereiro de 2014
324- Os Efeitos Colaterais Podem Incluir: Humilhação, Julgamento e Estigma - TDAH e "drogas"
Dois recentes encontros na farmácia me convenceram: Se você
não pode gritar "Fogo!" em um teatro lotado, você não deveria gritar
"Droga" quando eu peço remédio para o TDAH.
Por Samantha Hines
O Merriam-Webster
Dictionary define a palavra droga como "uma substância (como cocaína,
heroína ou maconha) que afeta o cérebro e geralmente é perigosa e ilegal".
Se você é pai de uma criança com TDAH, que, depois de consultas minuciosas e
geralmente opressivas com profissionais médicos, foi informado de que seu filho
poderia ser ajudado pelo uso de doses pequenas de medicação estimulante, DROGA (ou
ENTORPECENTE) será uma palavra que você terá de assimilar quando ela for
lançada contra você no local onde você menos esperaria: a farmácia.
O primeiro dessa série de eventos infelizes ocorreu há 1
mês. A farmácia teve dificuldade de obter toda medicação do meu filho. Nós
estávamos esperando por muito tempo, então eu perguntei ao farmacêutico se ele
poderia dar para o meu filho algumas doses da medicação para que ele
melhorasse, enquanto aguardávamos que o restante da medicação chegasse. Isso
não me pareceu ser esquisito. A farmácia já tinha feito isso uma vez, quando
houve problemas com meu remédio para pressão alta. A pessoa a quem eu propus
minha idéia deu um passo para trás, olhou para mim com espanto e falou bem
alto, "Minha senhora, esta medicação é um entorpecente. Não podemos fazer
isso com drogas".
O segundo episódio ocorreu mais recentemente. A medicação do
meu filho precisou de uma pequena alteração, e houve complicações no
preenchimento da receita. Decidi falar com a farmácia antes da hora - e antes
de alguma tempestade de neve intensa - para garantir a quantidade que
precisaríamos ter em estoque. Uma vez mais, fui atingida com a mesma palavra
pela mesma pessoa: "Minha senhora, não podemos dar essa informação sobre
entorpecentes pelo telefone."
Gostaria de acreditar que o uso dessa palavra por essa
pessoa fosse puramente inocente - que talvez a palavra fosse a que ela tenha
sempre usado, que ela não entendesse suas nuances, que ela a usasse no seu
estrito sentido farmacêutico.
Para o leigo, entretanto, a palavra entorpecente, ou droga,
tem conotações - e preconceitos a respeito dela. Até a definição do dicionário
aponta para suas implicações menos simpáticas. Uma pequena leitura mais
aprofundada já revela os fatos mais repelentes: "Entorpecentes são drogas
ilegais. Drogas ilegais são usadas por viciados e criminosos. Assim,
entorpecentes devem ser abomináveis, e os que os utilizam devem ser igualmente
abomináveis."
Isso não é o professor de inglês que está falando ou uma
artífice da palavra dentro de mim que está falando. Não é também a mãe
protetora e defensora. Pergunte a qualquer um o que ele pensa quando ouve a palavra
entorpecente, e eu acho que imagens do meu querido filho e de sua mãe obediente
à lei virão à mente.
Há outros modos de descrever a medicação de que ele precisa:
"estimulantes", sim, mas também "substância controlada", ou,
possivelmente, a mais preferível "a receita do seu filho". Essas
alternativas mais gentis existem não para camuflar a verdade - tenho total
conhecimento dos produtos químicos que meu filho toma e porquê - mas para
mostrar respeito, especialmente para uma pessoa que precisa suportar o que
outros podem não entender completamente.
Para crédito da farmácia, quando eu falei sobre isso com a
gerente, ela foi profissional e cooperativa. Entretanto, pais de crianças com
TDAH, para não mencionar as pessoas com TDAH elas mesmas - embora acostumadas
com julgamentos - não são imunes a isso. Há algo particularmente rude em
descobrir isso na farmácia onde você obtém os itens que tendem a promover a
maioria dos mal entendidos e dos preconceitos.
Meu filho não é um viciado, e eu não sou uma traficante. Ele
é um meigo menino de oito anos com deficiência de dopamina, que foi
diagnosticado como portador de TDAH. Eu sou uma mãe que tem derramado mais
lágrimas do que posso contar em cada etapa do processo de diagnóstico. Trabalho
duro e a medicação que compramos todo mês na farmácia transformaram a vida do
meu filho. Ambos trouxeram a ele a paz e a estabilidade e permitiram que ele
progredisse academicamente e socialmente.
Essa jornada não tem sido fácil -
tremendamente gratificante, sim, mas ainda não é um caminho que eu deseje a
alguém.
Assim, se você me vir na farmácia, comprando a medicação do
meu filho, saiba que essa nossa história é mais complicada do que uma mãe
esgotada comprando alguma "droga" para acalmar seu filho agitado. É
mais complicada do que minhas palavras podem expressar e, portanto, mais
complicada do que a maioria das pessoas poderá imaginar.
ADDitude
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
323- Segredos do TDAH que minha professora deveria saber
Um estudante com déficit de atenção dá algumas dicas à sua
professora para que ambos consigam o melhor em classe. Por Josh e Melinda Boring
Querida professora,
enquanto nos preparamos para
compartilhar mais um dia na escola, podemos fazer uma pequena pausa? Fizemos
uma conferência na minha lista, abrangendo tudo o que eu vou precisar para os
assuntos do dia. Mas, e a sua lista de conferência? Nós dois precisamos nos
sentir bem sucedidos. Como você já me ajudou a entender como você quer que eu
me prepare para a aula, eis aqui a minha lista para você.
Você tem a minha atenção?
É difícil dizer, olhando para mim algumas vezes, porque eu
nem sempre faço contato visual ou me sento direito, mas geralmente estou
escutando o que você está dizendo. Se você não tiver certeza, pergunte-me o que
acabou de dizer, em vez de me pedir para prestar atenção. Se eu responder
corretamente, eu estava prestando atenção. Se eu não conseguir repetir o que
você falou, ganhe primeiro minha atenção antes de repetir o que falou.
Para mim é muito difícil aprender passivamente por longos
períodos de tempo. Algumas vezes eu preciso de repetição para aprender, desde
que você ganhe minha atenção. Quanto mais sentidos você envolver, mais eu
ficarei engajado. Não me diga somente o que fazer, mostre-me como, e então me
faça mostrar que eu entendi.
Sou distraído ou não muito distraído?
Às vezes eu não presto atenção porque estou distraído.
Outras vezes, preciso de uma distração. Um ambiente completamente parado pode
fazer meus ouvidos e os meus olhos procurarem descobrir de onde vêm as
distrações. Se eu tiver algo sutil para me ocupar - dois pequenos objetos para
esfregar um no outro ou um par de fones de ouvido para abafar os sons ou para
ouvir música - eu não ficarei distraído nem procurando distrações. Estarei
relaxado e alerta.
Tenho excesso de energia enquanto ainda estou
sentado?
Minha capacidade de atenção está ligada aos meus níveis de
energia. Sei que se espera que eu faça as tarefas escolares enquanto estou
sentado à minha mesa. Mas como prosseguir se o meu cérebro está sempre em ponto
morto? Se eu não puder me mover enquanto estou pensando, meu motor fica parado.
Se uma atividade chega ao fim, deixe que eu me levante, que
ande, que troque as marchas antes de retomar o novo assunto. Às vezes uma pausa
para movimentação, alguns pulos - podem ligar o meu motor. Isso funciona melhor,
para mim, do que tentar me obrigar a ficar sentado e não ter permissão para andar
um pouco pela sala antes de terminar a tarefa.
Você está me ensinando... ou me interrogando?
O que eu aprendi na escola nem sempre está aparente, mesmo
para mim. Preciso de sua ajuda para mostrar o que aprendi. Quando tenho de fazer
uma pergunta, faça com que a resposta seja uma meta que eu queira alcançar e
que tenha orgulho quando for bem sucedido.
Mas se você me disser que eu não estou me esforçando o
bastante ou que não estou cooperando, minha motivação e minha mente ficarão
como as de um prisioneiro trancado em uma sala de interrogatório. Ser
interrogado não me motiva, mas me desencoraja de querer tentar. Preciso sentir
que você está me guiando para encontrar as respostas.
Dê-me a forma correta de atenção
Preciso de muito mais redirecionamento e de incentivos do
que meus colegas. Às vezes eu atraio a atenção sem querer, quando estou mexendo
com as mãos sem perceber, ou quando estou com o olhar perdido no espaço porque
minha mente está vagando novamente. Preciso do seu encorajamento paciente, não
de comentários que me envergonhem.
Quero ter sucesso. Não estou agindo assim
para lhe importunar ou para ser desrespeitoso. Meu cérebro funciona de modo
diferente, mas ele funciona e posso perceber quando os adultos não gostam de
mim. Se você estiver do meu lado, saberei disso e vou me esforçar muito mais do
que se você estivesse contra mim.
Seu aluno com TDAH.
Josh e Melinda Boring são mãe e filho. Melinda é autora e
especialista em patologia da fala e da linguagem. Josh é escritor de ficção
científica e estudante com TDAH.
ADDitude
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
322- TDAH e TOD: Como lidar com seu filho rebelde (ADHD & ODD)
Os problemas de comportamento no TDAH (ADHD) geralmente são
compartilhados com o Transtorno de Oposição e de Desafio (ODD), fazendo com que
disciplinar seja um desafio. Tente essas estratégias para controlar e tratar
uma criança brava e rebelde.
Mais do que rebeldia
Todo pai de criança com déficit de atenção sabe o que é
lidar com os problemas de comportamento - dizer não aos pedidos ou xingamentos.
Crianças com TDAH e TOD levam o comportamento desafiador e rebelde ao extremo.
Eles têm um padrão de comportamento raivoso, violento e destrutivo em relação
aos pais, cuidadores e outras figuras de autoridade.
TOD e TDAH: estatísticas e fatos
Quarenta por cento das crianças com TDAH também desenvolvem
TOD. Antes da puberdade, o TOD é mais comum em meninos; depois da puberdade, é
igualmente comum em ambos os sexos. Cerca de metade dos pré-escolares
diagnosticados com TOD superam o problema na idade de oito anos. Outras
crianças têm mais dificuldade de se livrar dele.
TOD e TDAH: As ligações
Os comportamentos de oposição de uma criança não são
intencionais. Os especialistas acham que o TOD está ligado a uma impulsividade
intensa. Não ser capaz de controlar os impulsos, combinado com o estresse e a
frustração de tentar vencer os sintomas do TDAH a cada dia, leva algumas
crianças a atacar física e verbalmente.
O diagnóstico do TOD é problemático
Toda criança se expressa e testa os seus limites. Pode ser
difícil saber se uma criança é normalmente desafiadora ou se tem TOD. Consulte
um terapeuta especializado em problemas de comportamento na infância. Ele vai
pesquisar também sobre ansiedade, depressão e transtorno bipolar - cada um dos
quais pode causar comportamento de oposição. Deixar o TOD sem tratamento, pode
fazer com que ele evolua para Transtorno de Conduta, um problema de
comportamento mais grave.
Etapas do tratamento do TOD
O tratamento se inicia com o controle dos sintomas do TDAH.
Quando a hiperatividade, impulsividade e desatenção de uma criança é reduzida,
geralmente há uma melhora nos sintomas do TOD. Os medicamentos estimulantes
demonstraram que reduzem os sintomas do TDAH, assim como os do TOD, em até 50%.
Vá além dos estimulantes
Se uma criança não responde bem aos estimulantes, alguns
médicos receitam um não estimulante, a atomoxetina (nome comercial: Strattera).
Em um estudo, os pesquisadores viram que a medicação reduzia significativamente
os sintomas do TOD e do TDAH. Entretanto, doses mais altas da medicação foram
necessárias para controlar os sintomas.
Mude o comportamento da criança mudando o seu
O tratamento de escolha para o TOD é o treinamento dos pais.
Os pais são ensinados a mudar suas reações ao comportamento da criança - bom ou
mal. O treinamento envolve o uso de incentivos e punições, dando recompensas
bem definidas e elogios quando seu filho coopera, e consequências para seu mal
comportamento. Os terapeutas também trabalham com os pais junto às crianças
para resolver dificuldades específicas.
Disciplina em três passos
Os especialistas em TOD acham que as seguintes estratégias
são eficientes para os pais: Peça calmamente ao seu filho para ele fazer alguma
coisa. Se ele não responder a você em dois minutos, diga a ele, gentilmente,
"Eu vou pedir uma segunda vez. Você sabe o que eu lhe pedi para fazer - e
as consequências se você não fizer? Por favor, tome uma decisão
inteligente." Se você tiver que pedir uma terceira vez, ele sofrerá a
consequência que já foi combinada de antemão - sem TV ou videogame por uma
hora.
Faça todo mundo seguir o mesmo roteiro
Para a terapia de comportamento funcionar, os cuidadores da
criança devem usar as mesmas estratégias de disciplina que você usa. Avós,
professores, babás e ouros adultos que fiquem algum tempo com seu filho devem entender
quais os incentivos e punições que você usa e, acima de tudo, usá-los
consistentemente. Se algum deles facilitar o mau comportamento do seu filho,
isso poderá arruinar seu programa de disciplina.
Não leve o TOD como algo pessoal
É difícil para um pai permanecer calmo quando uma criança
está verbalmente abusando dele, mas não reaja. Fique calmo e emocionalmente
neutro em meio aos desafios do seu filho. Crianças oposicionistas têm um radar
para a hostilidade do adulto. Se elas percebem sua raiva, elas vão reagir
igual.
Dê espaço para o elogio
Ajudar os pais a aprender a elogiar o bom comportamento é um
dos maiores desafios que o terapeuta enfrenta. muitos pais estão tão
focalizados no mal comportamento que eles param de reforçar os comportamentos
positivos. Algumas dicas: Especifique o comportamento merecedor de elogio, seja
entusiasmado, mas sem exagero e, termine com um gesto não verbal - um beijo na
face ou um abraço.
Seja criativo e consistente
Quanto mais criatividade você aplicar no seu programa de
recompensas e punições para as habilidades e necessidades do seu filho, melhor.
As necessidades dele mudam conforme ele cresce. A criatividade é importante,
mas a consistência é vital para o sucesso. Consistência no modo com que você
trata o seu filho - estabelecimento de regras, combinação de expectativas - é a
chave para eliminar os atos de oposição e desafio do seu filho.
ADDitude
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
321- TDAH - Aja contra a distração
Nove estratégias para manter seu olho - e o cérebro TDAH -
no alvo.
Gatilhos da Distração
Pessoas com TDAH são especialmente inclinadas a distrações -
externas e internas. Seja um colaborador que o interrompe quando você está no
limite de um prazo, ou sua mente vagante, ou emoções estressantes, as
distrações atrapalham o que tem de ser feito. Adote essas ações contra as
distrações.
"Veja" a tarefa sendo terminada
Visualize-se terminando a tarefa. Muitos TDAHs são
distraídos quando tentam dividir um trabalho em partes menores. A visualização
do que fazer faz com que essas etapas sejam mais concretas. Veja o produto
final e pergunte, "O que seria a metade?" "Qual seria o primeiro
passo para dar o início?" Os estudos indicam que esse foco aumenta as
chances de terminar o trabalho.
Fale consigo mesmo
Faça declarações positivas sobre coisas que conquistou para
se ligar novamente quando ficar distraído por um trabalho difícil. Diga,
"Fui capaz de terminar o trabalho quando estava escrevendo nesta mesa.
Usei meu boné de baseball e ele me deixou focado. Fui capaz de trabalhar por 20
minutos seguidos". Focalizando em coisas que você já conquistou lhe dá a
confiança para terminar uma tarefa difícil.
Siga seu próprio conselho
Quando você diz a si mesmo as etapas para fazer um trabalho,
seu foco geralmente segue em frente. Se você estiver preenchendo um cheque e
sua atenção se desviar porque você escreveu uma data errada ou uma quantia
errada, faça uma pequena lista de conferência e diga para si mesmo, "OK, a
data é tal. Escreva.""Devo fazer o cheque em nome de fulano. Bom.
Feito". E continue dizendo para si mesmo para fazer uma pequena etapa
depois da outra.
Imponha um limite às suas emoções
Os TDAHs são especialmente distraídos por sentimentos de
desapontamento: "Não fui escolhido para ser promovido" ou "Não
fui aceito na primeira faculdade". Sustentar esses sentimentos pode levar
a um baixo rendimento no trabalho. Analise o fracasso. O fracasso não prova que
você não é bom o suficiente. É somente uma experiência, não uma avaliação do
seu valor como pessoa.
Corte as interrupções no começo
Uma declaração positiva afasta as interrupções
desnecessárias. Coloque um sinal na sua mesa ou em sua casa que diga,
"Gênio trabalhando. Por favor, deixe um recado". É preciso dizer a um
chefe ou a um membro da família quando você precisa de um tempo para pensar,
mesmo que sejam somente 15 minutos. Garanta seu direito por um local
silencioso, protegido e livre de distrações.
Enfrente suas tarefas
Às vezes você tem de fazer a tarefa que menos gosta logo de início,
para tirá-la de sua frente ou de sua mente. Assim, ela não vai distraí-lo das
outras coisas que tem de fazer. Se você odeia lavar a roupa, diga, mas não se
preocupe em esvaziar a máquina de lavar roupas, comece o dia lavando as roupas,
e use as atividades que escolheu como motivação para seguir em frente.
O que você disse?
Muitos TDAHs não obtém indicações claras de seus chefes ou
de seus cônjuges. Ou perdem informação vital quando a tarefa está sendo
explicada devido à fraca capacidade de ouvir. Então eles giram suas rodas em
vez de obter a informação que falta e começam o trabalho. Em vez de se
preocupar em fazer feio perguntando algo que não captou, pergunte o que precisa
para completar o trabalho.
Pare, olhe e escute
Se um trabalho não está indo bem, ajuste um timer para 15 ou
20 minutos e faça uma pausa, em vez de ficar distraído. Quando o timer soar,
pare e diga a si mesmo "Tudo bem. Pessoas espertas podem fazer as coisas
em pouco tempo". Olhe para dentro de sua mente e reveja o que ainda
precisa ser feito. Talvez você decida que já fez o suficiente e volte à tarefa
mais tarde. Não exagere: permita que a lógica, não as suas emoções, comande as
coisas.
Junte uma equipe
Se você se distrai muito, requisite ajuda. A medicação para
o TDAH dá a algumas pessoas a capacidade de parar e pensar se estão sendo
prejudicadas pela distração. Outros contratam um treinador para conversar ou
passar uma mensagem de texto várias vezes ao dia, para ter certeza de que estão
focalizados no que estão fazendo.
ADDitude
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
320- Meu filho tem uma Dificuldade de Aprendizagem? (com ou sem TDAH)
Se o seu filho continua a ter dificuldades acadêmicas, mesmo
com o tratamento para o TDAH, ele pode ser um dos 30 a 50 por cento de
portadores de TDAH que também têm uma Dificuldade de Aprendizagem (DA). Os
sintomas desse questionário relacionam-se principalmente com a escola
elementar, que é onde as DA tendem a ser identificadas.
1- Seu filho tem dificuldade para aprender o alfabeto, rimar
palavras, ou para ligar as letras aos seus sons?
2- Seu filho parece desajeitado, inepto, descoordenado,
desastrado ou vive trombando nas coisas?
3- Seu filho comete muitos erros quando lê em voz alta, e
repete ou faz pausas frequentemente?
4- Seu filho tem dificuldade de contar uma história na ordem
certa (o que aconteceu primeiro, em segundo lugar e em terceiro lugar)?
5- Seu filho não entende o que lê?
6- Seu filho tem dificuldades com botões, ganchos, encaixes
e zíperes? Tem dificuldade em amarrar os cordões dos tênis?
7- Seu filho demorou para aprender a falar e tem vocabulário
limitado?
8- Seu filho tem de fato dificuldade com a soletração,
dificuldade para se lembrar dos sons das letras, ou em perceber pequenas
diferenças entre os sons das palavras?
9- Seu filho tem dificuldade de entender o humor,
trocadilhos, histórias em quadrinhos, charges, expressões idiomáticas e
sarcasmo?
10- Seu filho tem dificuldade para expor idéias por escrito?
11- Seu filho tem dificuldades para entender instruções ou
ordens? Para seguir as ordens?
12- Seu filho tem dificuldade de dizer as horas ou de medir
a passagem do tempo?
13- Seu filho faz confusão com os símbolos matemáticos e lê erradamente
os números?
14- Seu filho pronuncia mal as palavras, ou usa palavras
erradas com sons semelhantes?
15- Se filho tem dificuldade para organizar o que ele quer
dizer ou para encontrar a palavra que precisa quando está escrevendo ou
conversando?
16- Seu filho não segue as regras sociais de conversação,
tais como não esperar sua vez, ou não ficar muito perto do seu interlocutor?
17-Seu filho não sabe como iniciar uma tarefa ou como
seguir em frente depois do início?
18- Seu filho tem uma caligrafia muito ruim ou segura o
lápis de modo muito desajeitado?
[A presença de um ou mais desses sintomas indica a necessidade
de uma avaliação psicopedagógica ou multidisciplinar, mesmo sem a presença do
TDAH.]
[Isso vale para os países nos quais a educação tem qualidade. No Brasil, pela péssima qualidade de nosso sistema educacional, que leva quase 30% dos universitários a não terem capacidade de entender um texto, sem falar nos erros ortográficos e gramaticais, é melhor, antes de procurar esses profissionais, ver se o seu filho não é mais uma vítima da "deficiência de ensinagem".]
[Isso vale para os países nos quais a educação tem qualidade. No Brasil, pela péssima qualidade de nosso sistema educacional, que leva quase 30% dos universitários a não terem capacidade de entender um texto, sem falar nos erros ortográficos e gramaticais, é melhor, antes de procurar esses profissionais, ver se o seu filho não é mais uma vítima da "deficiência de ensinagem".]
ADDitude
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
319- DEZ COISAS QUE TODA CRIANÇA COM AUTISMO GOSTARIA QUE VOCÊ SOUBESSE
Por Ellen Nottohm (tradução livre - Andréa Simon)
1) Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?
2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam despercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não somente é muito brilhante, mas ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não posso fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer). Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não o compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Em vez disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.
1) Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?
2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam despercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não somente é muito brilhante, mas ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não posso fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer). Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não o compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Em vez disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.
4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento
é concreto, não consigo fazer abstrações. Eu interpreto muito pouco o sentido
oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz "não enche o
saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não
diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum a
mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de
fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não
compreendo.
5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado. Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.
6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim. Por favor, me mostre como fazer alguma coisa em vez de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.
7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de "CONSERTO". Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.
8) Por favor, me ajude com interações sociais. Pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: "você esta bem?".
9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle. Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.
10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição. Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor, seja o meu amigo e nós vamos ver até onde eu posso ir. CONTO COM VOCÊ!!!
Retirado do site: http://www.autimismo.com.br/
5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado. Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.
6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim. Por favor, me mostre como fazer alguma coisa em vez de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.
7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de "CONSERTO". Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.
8) Por favor, me ajude com interações sociais. Pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: "você esta bem?".
9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle. Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.
10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição. Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor, seja o meu amigo e nós vamos ver até onde eu posso ir. CONTO COM VOCÊ!!!
Retirado do site: http://www.autimismo.com.br/
“O maior desafio (da educação) é conhecer cada criança como ela realmente é, saber o que ela é capaz de fazer e centrar a educação nas capacidades, forças e interesses dessa criança. O professor é um antropólogo, que observa a criança cuidadosamente, e um orientador, que ajuda a criança a atingir os objetivos que a escola – ou o distrito, ou a nação – estabeleceu". (Howard Gardner)
318- Por que nós, com TDAH, agimos assim: Entendendo o comportamento TDAH.
Por William Dodson, M.D.
Explicações
para a compreensão dos nossos pensamentos e comportamentos - desde a
preferência pela companhia de amigos TDAH até o hiperfoco durante toda a noite,
e a duvidar de nossa capacidade de agir quando os outros querem nossa ação.
A vida
dos TDAHs
A maioria dos TDAHs sempre soube que eles são diferentes. Os
pais, professores, patrões e os amigos sempre disseram que eles não se
ajustavam ao modelo normal. Disseram para que eles aprendessem e se tornassem
iguais às outras pessoas. O principal obstáculo para entender o TDAH é a crença
de que os TDAHs podem e devem ser como o resto das pessoas. Para os
"normais" e para os TDAHs, aqui vai uma explicação do porquê dos
TDAHs fazerem o que fazem.
Por que
não nos damos bem em um mundo linear?
O mundo TDAH é curvo. Passado, presente e futuro nunca são
separados e distintos. Tudo é agora. Os TDAHs vivem um presente permanente e
têm muita dificuldade de aprender do passado ou de olhar para o futuro para ver
as consequências de seus atos. "Agir sem pensar" é a definição de
impulsividade, e uma das razões por que os TDAHs têm dificuldade de aprender
pela experiência.
Problemas
de A a Z
Os TDAHs não são bons em organização - planejar e fazer as
etapas de uma tarefa em ordem certa. Trabalhos no mundo neurotípico
["normal"] têm um começo, um meio e um fim. Os TDAHs não sabem onde e
como começar, porque não conseguem achar o início. Eles vão para o meio de uma
tarefa e agem em todas as direções ao mesmo tempo. A organização se torna uma
tarefa insustentável porque os sistemas organizacionais trabalham com
linearidade, importância e tempo.
Por que
ficamos oprimidos?
Os TDAHs sentem a vida de modo mais intenso do que os
outros. O sistema nervoso do TDAH quer se envolver com algo interessante e
desafiador. Atenção nunca é um déficit. Ela é sempre excessiva, constantemente
ocupada com envolvimentos internos. Quando os TDAHs não estão na zona de
conforto, no hiperfoco, eles têm muitas coisas rondando suas mentes, todas ao
mesmo tempo, e por nenhuma razão aparente, como cinco pessoas falando entre si
ao mesmo tempo. Nada consegue atenção sustentada e não dividida. Nada fica bem
feito.
Por que
sentimos o mundo todo?
Muitos TDAHs não conseguem selecionar os estímulos
sensoriais. Às vezes isso está relacionado somente a um reino sensorial, como a
audição. De fato, o fenômeno é chamado de hiperacusia (audição amplificada),
mesmo quando a atrapalhação vem de um dos cinco outros sentidos. Por exemplo, o
menor barulho na casa impede que pegue no sono. Os TDAHs têm seus mundos
constantemente perturbados por sensações que os neurotípicos não percebem.
Por que
gostamos de uma crise?
Às vezes, um TDAH pode atingir o limite de um prazo e
produzir muito trabalho em pouco tempo. Os "mestres do desastre"
podem lidar facilmente com a crise e perder o controle quando as coisas voltam
a ser rotina. Balançando de crise em crise, entretanto, é uma dura maneira de
viver a vida. Alguns portadores de TDAH usam a raiva para ter a descarga de
adrenalina que precisam para serem produtivos. O preço que pagam por sua
produtividade é tão alto que eles podem ser considerados como portadores de
transtornos de personalidade.
Por que
nem sempre terminamos as coisas?
Os portadores de TDAH
são iludidos e frustrados por sua intermitente habilidade de serem
super-homens quando interessados, e desafiados e incapazes de iniciar e manter
projetos que os aborreçam. Nunca estão confiantes de que podem se engajar
quando for necessário, quando os outros esperam que o façam, quando os outros
dependem de que o façam. Quando os portadores de TDAH se vêm como
independentes, eles começam a duvidar de seus talentos e a sentir vergonha de não
serem confiáveis.
Por que
nossos motores estão sempre ligados?
Quando a maioria dos portadores de TDAH fica adolescente, sua
hiperatividade se esconde. Mas ela está lá e ainda prejudica a capacidade de se
ligar no ato, de ouvir as pessoas e de relaxar o suficiente para dormir. Mesmo
quando tomam suas medicações, podem não ser capazes de fazer uso de seu estado
acalmado. Ainda são acelerados. Na adolescência, muitos portadores de TDAH já
adquiriram as habilidades sociais necessárias para disfarçar que eles não estão
ligados no aqui e agora.
Por que
a organização nos confunde?
A mente do TDAH é uma enorme e desorganizada biblioteca. Ela
contém vasta quantidade de informação, em pedaços, não em livros completos. A
informação existe em muitas formas - como artigos, vídeos, audioclipes, páginas
da internet. Mas não há cartões de catalogação. Cada portador de TDAH tem sua
própria maneira de guardar essa enorme quantidade de material. Itens
importantes (Deus nos acuda, importantes para mais alguém) não têm nenhum lugar
fixo, e podem muito bem estarem invisíveis ou completamente perdidos.
Por que
podemos nos esquecer?
Para o portador de TDAH, a informação e as memórias que
estiverem fora da vista estarão fora da mente. Sua mente é uma memória RAM de
computador, sem nenhum acesso confiável à informação no disco rígido. A mente
do TDAH está cheia de minúcias da vida ("Onde estão minhas chaves?"),
então, há pouco lugar para novos pensamentos e memórias. Algo tem de ser
descartado ou esquecido para dar lugar a informação nova. Geralmente a
informação de que os portadores de TDAH precisam está em sua memória, mas não
está disponível quando solicitada.
Por que
não nos vemos claramente?
Os portadores de TDAH têm pouca autopercepção. Enquanto
podem frequentemente entender bem os outros, para a média dos TDAHs é difícil
saber, de momento a momento, como eles mesmos estão se saindo. Os neurotípicos
interpretam isso de modo errado, como sendo insensibilidade, narcisismo,
descuido ou inaptidão social. A vulnerabilidade dos TDAHs ao feedback negativo
dos outros e a falta de habilidade de se avaliar no momento, pioram as coisas.
Por que
somos desafiados pelo tempo?
Como os portadores de TDAH não têm uma avaliação real do
tempo, tudo acontece agora ou nunca. Junto ao conceito de ordenação (o que deve
ser feito em primeiro lugar; o que vem em segundo lugar) também deve haver o
conceito de tempo. Oitenta e cinco por cento dos meus pacientes com TDAH não
têm ou não usam um relógio de pulso. Para os TDAHs, o tempo é uma abstração sem
significado. Ele é importante para as outras pessoas, mas os TDAHs nunca têm
noção dele.
ADDitude
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
317- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (5a. e última parte)
41- Insista no contato visual.
Quando vocês olham um ao outro nos olhos, sua criança não
pode ignorá-lo e prestará atenção ao que você estiver dizendo. Peça ao seu
filho com TDAH para olhar para você quando for explicar porque um comportamento
é mau ou quando estiver pedindo uma mudança de comportamento, como esperar com
paciência ou arrumar a bagunça.
42- Gastem juntos o tempo não estruturado.
Somente 15 minutos ao dia com seu filho estabelece a base
para uma forte ligação com a criança com TDAH. Quanto mais perto você estiver,
mais provavelmente ele ouvirá você da próxima vez que se comportar mal.
43- Faça seu filho saber quem é o chefe.
Explique à sua criança com TDAH que jogar videogame e ver TV
são privilégios que você concede a ela, não um direito dela. As crianças
precisam saber que o uso do telefone, da TV e do computador tem de ser
conquistado por meio de comportamento positivo e boas maneiras.
44- Explique logo de início as consequências por mau
comportamento.
Ter um plano de ação claro antes de que ocorra um incidente
ajudará a guiá-lo quando o mau comportamento acontecer e não será uma surpresa
para o seu filho. Essas consequências devem incluir a retirada de privilégios.
O realmente mau comportamento, como agredir, deve resultar eu um castigo mai
longo.
45- Mantenha as consequências, não importa o quê.
Discuta o comportamento e certifique-se de que seu filho
entendeu porque está errado. Um pai tem de ser cem por cento consistente na
resolução de um mau comportamento. De outro modo, o comportamento poderá
persistir e até mesmo piorar.
46- Estabeleça regras que você possa fazer valer.
Nunca entre numa batalha em que não possa vencer, e nunca
estabeleça uma regra que não possa fazer valer. "Esteja em casa às 10
horas" é uma regra que pode ser cumprida. "Não gaste seu tempo com
seu amigo Sandy, que sempre o envolve em problemas", não é. Você não pode
sair junto com sua filha e escolher com quem ela vai e encontrar quando sair de
casa.
47- Fique no presente.
Nada é mais contraproducente, quando estiver educando seu
filho, do que trazer de volta problemas passados ou erros cometidos, quando
estiver lidando com uma situação atual. Revolver o passado desvia do problema
atual em causa e leva ao aumento da frustração e das hostilidades. Evite as
longas preleções e o "Eu já lhe falei isso".
48- Deixe seu adolescente desabafar.
A frustração, desapontamento, ou ressentimento do seu
adolescente pode rapidamente se transformar em raiva. Reconheça os sentimentos
rancorosos, mas não os critique se eles estiverem sendo expressados de modo
responsável - verbalmente, sem se tornarem abusivos (nenhum palavrão ou
insulto). Deixe claro que existe uma grande diferença entre sentimentos de
raiva e atos de raiva. Estabeleça limites firmes contra a raiva física contra
pessoas ou propriedade. Se esses limites não forem respeitados, esteja
preparado para chamar a polícia, se necessário. Alguma linhas não podem ser
ultrapassadas.
49- Acalme sua criança antes que ela se comporte mal.
Se a sua criança começa a ficar inconveniente num
restaurante ou no shopping, acalme-a pedindo que ela imagine que tem uma vela
acesa pintada na palma da mão. então, faça ela segurar a mão em frente do rosto
e peça a ela que apague a chama imaginária com o sopro. A respiração profunda
ajusta as crianças fora de controle. Como alternativa, tenha um ou dois balões
de borracha e sua bolsa e peça a ela que sopre para enchê-los.
50- Combinem um plano.
Antes de sair para a mercearia ou para o salão de videogame,
pergunte à sua criança com TDAH o que a acalmaria se ela ficasse agitada. Se
ela tiver mesmo um episódio, você terá um plano porque sua criança já lhe disse
o que fazer. O conhecimento do plano por ela deve garantir que ela vai cooperar
quando você tiver de por o plano em prática.
Fim
ADDitude
316- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (4a. parte)
continuação da 3a. parte (postagem 315)
31- Teste diferentes formas de disciplina.
Fique na linha divisória entre ser muito rigoroso e ser
muito leniente. Faça uso da resolução de problemas e da negociação para dar ao seu
filho estímulo e responsabilidade. Tente uma estratégia, avalie, e reformule
conforme seja necessário.
32- Não fale muito.
Deixe as emoções se acalmarem antes de falar com seu
adolescente. Sempre escute mais e fale menos.
33- Mantenha a comunicação com seu cônjuge.
Os pais devem exercer o mesmo grau de disciplina, e cada um
deve apoiar o outro. Isso evita que o adolescente jogue um contra o outro.
34- Planeje com antecedência.
Saiba quais problemas são mais importantes e não são
passíveis de negociação. Discuta-os e fale das suas expectativas - e estebeleça
as consequências.
35- "Vou pensar nisso".
Se o seu filho disser que tem de comprar um brinquedo antes
de ir para a escola, essas três palavras desviam a discussão do modo
"tenho de dar uma resposta agora".
36- Ignore os problemas menores.
O lar se torna um campo de batalha quando os pais reclamam
de seus filhos a respeito de tudo.
37- Não chute cachorro morto.
Se a sua criança com TDAH já pagou pelo seu delito ou por
sua falha (perdeu sua nova câmara digital, por exemplo) ou foi castigada por um
professor ou pela polícia, pergunte a si mesmo "Será necessária uma nova
consequência, ou eu estou querendo apenas me vingar?".
38- Não encare as brigas pessoalmente.
Ignore os protestos do seu filho do tipo "você não
confia em mim". Monitoramento é uma obrigação dos pais. Espere a reação e
não se magoe com ela.
39- Demonstre seu amor.
Quando seu filho aparece na porta você rosna ou sorri? Você
faz uma crítica ou demonstra seu afeto? Deixe seu olhos se enxerem de luz e
torne suas palavras carinhosas. Deixe os problemas em banho-maria.
40- Não pergunte, fale.
Não comece suas solicitações com "Você se
importaria?" ou termine-as com "OK?". Em vez disso, dê ordens
simples e claras, como "Por favor, pegue seu casaco que está no
chão". Se o seu filho não responder ao seu primeiro pedido, tente dizer de
outra maneira. As crianças respondem de modo diferente às solicitações, assim,
dizer as coisas de maneiras diferentes pode levar a uma resposta melhor da sua
criança com TDAH do que repetir a pergunta várias vezes.
continua na 317
ADDitude
Assinar:
Postagens (Atom)
TDAH 10 coisas para fazer ANTES do início das aulas Um ano letivo bem-sucedido começa em julho (nos Estados Unidos) . Um malsucedi...
-
Atenção a detalhes. Multitarefas. Monotonia. Se você vir essas palavras na descrição de alguma profissão, corra na direção oposta. As car...
-
TDPM, Autismo e TDAH: A comorbidade silenciosa A disforia pré-menstrual (DPM) é uma condição de saúde hormonal que causa problemas g...
-
Por Daniel G. Amen, double-board certified psychiatrist "Um tratamento não serve para todo mundo" Como fundador de seis...