quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

318- Por que nós, com TDAH, agimos assim: Entendendo o comportamento TDAH.


Por William Dodson, M.D. 

Explicações para a compreensão dos nossos pensamentos e comportamentos - desde a preferência pela companhia de amigos TDAH até o hiperfoco durante toda a noite, e a duvidar de nossa capacidade de agir quando os outros querem nossa ação.

A vida dos TDAHs
A maioria dos TDAHs sempre soube que eles são diferentes. Os pais, professores, patrões e os amigos sempre disseram que eles não se ajustavam ao modelo normal. Disseram para que eles aprendessem e se tornassem iguais às outras pessoas. O principal obstáculo para entender o TDAH é a crença de que os TDAHs podem e devem ser como o resto das pessoas. Para os "normais" e para os TDAHs, aqui vai uma explicação do porquê dos TDAHs fazerem o que fazem.

Por que não nos damos bem em um mundo linear?
O mundo TDAH é curvo. Passado, presente e futuro nunca são separados e distintos. Tudo é agora. Os TDAHs vivem um presente permanente e têm muita dificuldade de aprender do passado ou de olhar para o futuro para ver as consequências de seus atos. "Agir sem pensar" é a definição de impulsividade, e uma das razões por que os TDAHs têm dificuldade de aprender pela experiência.

Problemas de A a Z
Os TDAHs não são bons em organização - planejar e fazer as etapas de uma tarefa em ordem certa. Trabalhos no mundo neurotípico ["normal"] têm um começo, um meio e um fim. Os TDAHs não sabem onde e como começar, porque não conseguem achar o início. Eles vão para o meio de uma tarefa e agem em todas as direções ao mesmo tempo. A organização se torna uma tarefa insustentável porque os sistemas organizacionais trabalham com linearidade, importância e tempo.

Por que ficamos oprimidos?
Os TDAHs sentem a vida de modo mais intenso do que os outros. O sistema nervoso do TDAH quer se envolver com algo interessante e desafiador. Atenção nunca é um déficit. Ela é sempre excessiva, constantemente ocupada com envolvimentos internos. Quando os TDAHs não estão na zona de conforto, no hiperfoco, eles têm muitas coisas rondando suas mentes, todas ao mesmo tempo, e por nenhuma razão aparente, como cinco pessoas falando entre si ao mesmo tempo. Nada consegue atenção sustentada e não dividida. Nada fica bem feito.

Por que sentimos o mundo todo?
Muitos TDAHs não conseguem selecionar os estímulos sensoriais. Às vezes isso está relacionado somente a um reino sensorial, como a audição. De fato, o fenômeno é chamado de hiperacusia (audição amplificada), mesmo quando a atrapalhação vem de um dos cinco outros sentidos. Por exemplo, o menor barulho na casa impede que pegue no sono. Os TDAHs têm seus mundos constantemente perturbados por sensações que os neurotípicos não percebem.

Por que gostamos de uma crise?
Às vezes, um TDAH pode atingir o limite de um prazo e produzir muito trabalho em pouco tempo. Os "mestres do desastre" podem lidar facilmente com a crise e perder o controle quando as coisas voltam a ser rotina. Balançando de crise em crise, entretanto, é uma dura maneira de viver a vida. Alguns portadores de TDAH usam a raiva para ter a descarga de adrenalina que precisam para serem produtivos. O preço que pagam por sua produtividade é tão alto que eles podem ser considerados como portadores de transtornos de personalidade.

Por que nem sempre terminamos as coisas?
Os portadores de TDAH  são iludidos e frustrados por sua intermitente habilidade de serem super-homens quando interessados, e desafiados e incapazes de iniciar e manter projetos que os aborreçam. Nunca estão confiantes de que podem se engajar quando for necessário, quando os outros esperam que o façam, quando os outros dependem de que o façam. Quando os portadores de TDAH se vêm como independentes, eles começam a duvidar de seus talentos e a sentir vergonha de não serem confiáveis.

Por que nossos motores estão sempre ligados?
Quando a maioria dos portadores de TDAH fica adolescente, sua hiperatividade se esconde. Mas ela está lá e ainda prejudica a capacidade de se ligar no ato, de ouvir as pessoas e de relaxar o suficiente para dormir. Mesmo quando tomam suas medicações, podem não ser capazes de fazer uso de seu estado acalmado. Ainda são acelerados. Na adolescência, muitos portadores de TDAH já adquiriram as habilidades sociais necessárias para disfarçar que eles não estão ligados no aqui e agora.

Por que a organização nos confunde?
A mente do TDAH é uma enorme e desorganizada biblioteca. Ela contém vasta quantidade de informação, em pedaços, não em livros completos. A informação existe em muitas formas - como artigos, vídeos, audioclipes, páginas da internet. Mas não há cartões de catalogação. Cada portador de TDAH tem sua própria maneira de guardar essa enorme quantidade de material. Itens importantes (Deus nos acuda, importantes para mais alguém) não têm nenhum lugar fixo, e podem muito bem estarem invisíveis ou completamente perdidos.

Por que podemos nos esquecer?
Para o portador de TDAH, a informação e as memórias que estiverem fora da vista estarão fora da mente. Sua mente é uma memória RAM de computador, sem nenhum acesso confiável à informação no disco rígido. A mente do TDAH está cheia de minúcias da vida ("Onde estão minhas chaves?"), então, há pouco lugar para novos pensamentos e memórias. Algo tem de ser descartado ou esquecido para dar lugar a informação nova. Geralmente a informação de que os portadores de TDAH precisam está em sua memória, mas não está disponível quando solicitada.

Por que não nos vemos claramente?
Os portadores de TDAH têm pouca autopercepção. Enquanto podem frequentemente entender bem os outros, para a média dos TDAHs é difícil saber, de momento a momento, como eles mesmos estão se saindo. Os neurotípicos interpretam isso de modo errado, como sendo insensibilidade, narcisismo, descuido ou inaptidão social. A vulnerabilidade dos TDAHs ao feedback negativo dos outros e a falta de habilidade de se avaliar no momento, pioram as coisas.

Por que somos desafiados pelo tempo?
Como os portadores de TDAH não têm uma avaliação real do tempo, tudo acontece agora ou nunca. Junto ao conceito de ordenação (o que deve ser feito em primeiro lugar; o que vem em segundo lugar) também deve haver o conceito de tempo. Oitenta e cinco por cento dos meus pacientes com TDAH não têm ou não usam um relógio de pulso. Para os TDAHs, o tempo é uma abstração sem significado. Ele é importante para as outras pessoas, mas os TDAHs nunca têm noção dele.


ADDitude

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

317- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (5a. e última parte)


41- Insista no contato visual.

Quando vocês olham um ao outro nos olhos, sua criança não pode ignorá-lo e prestará atenção ao que você estiver dizendo. Peça ao seu filho com TDAH para olhar para você quando for explicar porque um comportamento é mau ou quando estiver pedindo uma mudança de comportamento, como esperar com paciência ou arrumar a bagunça.

42- Gastem juntos o tempo não estruturado.

Somente 15 minutos ao dia com seu filho estabelece a base para uma forte ligação com a criança com TDAH. Quanto mais perto você estiver, mais provavelmente ele ouvirá você da próxima vez que se comportar mal.

43- Faça seu filho saber quem é o chefe.

Explique à sua criança com TDAH que jogar videogame e ver TV são privilégios que você concede a ela, não um direito dela. As crianças precisam saber que o uso do telefone, da TV e do computador tem de ser conquistado por meio de comportamento positivo e boas maneiras.

44- Explique logo de início as consequências por mau comportamento.

Ter um plano de ação claro antes de que ocorra um incidente ajudará a guiá-lo quando o mau comportamento acontecer e não será uma surpresa para o seu filho. Essas consequências devem incluir a retirada de privilégios. O realmente mau comportamento, como agredir, deve resultar eu um castigo mai longo.

45- Mantenha as consequências, não importa o quê.

Discuta o comportamento e certifique-se de que seu filho entendeu porque está errado. Um pai tem de ser cem por cento consistente na resolução de um mau comportamento. De outro modo, o comportamento poderá persistir e até mesmo piorar.

46- Estabeleça regras que você possa fazer valer.

Nunca entre numa batalha em que não possa vencer, e nunca estabeleça uma regra que não possa fazer valer. "Esteja em casa às 10 horas" é uma regra que pode ser cumprida. "Não gaste seu tempo com seu amigo Sandy, que sempre o envolve em problemas", não é. Você não pode sair junto com sua filha e escolher com quem ela vai e encontrar quando sair de casa.

47- Fique no presente.

Nada é mais contraproducente, quando estiver educando seu filho, do que trazer de volta problemas passados ou erros cometidos, quando estiver lidando com uma situação atual. Revolver o passado desvia do problema atual em causa e leva ao aumento da frustração e das hostilidades. Evite as longas preleções e o "Eu já lhe falei isso".

48- Deixe seu adolescente desabafar.

A frustração, desapontamento, ou ressentimento do seu adolescente pode rapidamente se transformar em raiva. Reconheça os sentimentos rancorosos, mas não os critique se eles estiverem sendo expressados de modo responsável - verbalmente, sem se tornarem abusivos (nenhum palavrão ou insulto). Deixe claro que existe uma grande diferença entre sentimentos de raiva e atos de raiva. Estabeleça limites firmes contra a raiva física contra pessoas ou propriedade. Se esses limites não forem respeitados, esteja preparado para chamar a polícia, se necessário. Alguma linhas não podem ser ultrapassadas.

49- Acalme sua criança antes que ela se comporte mal.

Se a sua criança começa a ficar inconveniente num restaurante ou no shopping, acalme-a pedindo que ela imagine que tem uma vela acesa pintada na palma da mão. então, faça ela segurar a mão em frente do rosto e peça a ela que apague a chama imaginária com o sopro. A respiração profunda ajusta as crianças fora de controle. Como alternativa, tenha um ou dois balões de borracha e sua bolsa e peça a ela que sopre para enchê-los.

50- Combinem um plano.

Antes de sair para a mercearia ou para o salão de videogame, pergunte à sua criança com TDAH o que a acalmaria se ela ficasse agitada. Se ela tiver mesmo um episódio, você terá um plano porque sua criança já lhe disse o que fazer. O conhecimento do plano por ela deve garantir que ela vai cooperar quando você tiver de por o plano em prática.

Fim


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316- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (4a. parte)

continuação da 3a. parte (postagem 315)

31- Teste diferentes formas de disciplina.

Fique na linha divisória entre ser muito rigoroso e ser muito leniente. Faça uso da resolução de problemas e da negociação para dar ao seu filho estímulo e responsabilidade. Tente uma estratégia, avalie, e reformule conforme seja necessário.

32- Não fale muito.

Deixe as emoções se acalmarem antes de falar com seu adolescente. Sempre escute mais e fale menos.

33- Mantenha a comunicação com seu cônjuge.

Os pais devem exercer o mesmo grau de disciplina, e cada um deve apoiar o outro. Isso evita que o adolescente jogue um contra o outro.

34- Planeje com antecedência.

Saiba quais problemas são mais importantes e não são passíveis de negociação. Discuta-os e fale das suas expectativas - e estebeleça as consequências.

35- "Vou pensar nisso".

Se o seu filho disser que tem de comprar um brinquedo antes de ir para a escola, essas três palavras desviam a discussão do modo "tenho de dar uma resposta agora".

36- Ignore os problemas menores.

O lar se torna um campo de batalha quando os pais reclamam de seus filhos a respeito de tudo.

37- Não chute cachorro morto.

Se a sua criança com TDAH já pagou pelo seu delito ou por sua falha (perdeu sua nova câmara digital, por exemplo) ou foi castigada por um professor ou pela polícia, pergunte a si mesmo "Será necessária uma nova consequência, ou eu estou querendo apenas me vingar?".

38- Não encare as brigas pessoalmente.

Ignore os protestos do seu filho do tipo "você não confia em mim". Monitoramento é uma obrigação dos pais. Espere a reação e não se magoe com ela.

39- Demonstre seu amor.

Quando seu filho aparece na porta você rosna ou sorri? Você faz uma crítica ou demonstra seu afeto? Deixe seu olhos se enxerem de luz e torne suas palavras carinhosas. Deixe os problemas em banho-maria.

40- Não pergunte, fale.


Não comece suas solicitações com "Você se importaria?" ou termine-as com "OK?". Em vez disso, dê ordens simples e claras, como "Por favor, pegue seu casaco que está no chão". Se o seu filho não responder ao seu primeiro pedido, tente dizer de outra maneira. As crianças respondem de modo diferente às solicitações, assim, dizer as coisas de maneiras diferentes pode levar a uma resposta melhor da sua criança com TDAH do que repetir a pergunta várias vezes. 

continua na 317

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315- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (3a. parte)

continuação da 2a. postagem (314)


21- Use a mesma estrutura básica de sentença quando passar uma ordem.

Por exemplo, "Justin, você precisa desligar a televisão", ou "Justin, você precisa por seus sapatos na sua sapateira". Quando os pais fazem isso de modo consistente, a criança logo descobre que sempre que ouvir o nome dela seguido de "você precisa...", ela deve obedecer. Se ela obedecer, ganha um ponto na direção de algum premio. Se a criança não obedecer, ela enfrenta uma consequência negativa. Tipicamente, é um castigo de ficar num canto, ou, para crianças maiores, a perda de alguns privilégios.

22- Tenha certeza de que o castigo seja correto.

Não mais de 60 segundos para cada ano de idade da criança - por exemplo, cinco minutos para uma criança de cinco anos de idade. Geralmente, 30 segundos para cada ano fazem mais sentido. O importante não é quanto tempo dure o castigo, é mostrar à criança que você, o pai, está no controle e que você pode interromper o comportamento impróprio e conquistar a obediência.

23- Encontre meios de limitar a necessidade de castigar a criança.

O assim chamado comportamento impróprio nem sempre é impróprio; ele é impróprio para um determinado local e ocasião. As crianças precisam se expressar por si mesmas, e os pais precisam tornar isso possível para elas. Se a sua criança precisa de algazarra, por exemplo, você pode ter um saco de pancadas em algum local de sua casa. Se o seu filho gosta de desmontar aparelhos, provavelmente não vai adiantar dizer para ele não fazê-lo. Em vez disso, dê a ele uma caixa de aspiradores e tostadeiras velhos, e designe um local da casa ou um espaço onde ele possa desmontá-los.

24- Lidando com a gritaria e os xingamentos.

Sente-se com a criança durante um período de calma e diga, "Sei de um monte de coisas que te deixam brava, mas agora você está fazendo coisas que não podem ser feitas dentro de casa. Então, vamos descobrir coisas que você pode fazer quando estiver zangado". Bem, pode ser que algum palavrão seja aceitável. Todas as crianças ficam com raiva dos seus pais, e as que têm TDAH são mais propensas à raiva e frustração do que as outras crianças. Então, não faz sentido falar para o seu filho não ficar bravo com você. Em vez disso, ajude-o a encontrar maneiras aceitáveis de expressar sua raiva.

25- Negocie incentivos com seu filho.

Crianças com TDAH são lentas para aprender como ajustar suas palavras e ações conforme o ambiente. Um bom meio de dar ajuda é através de um programa de incentivos ou recompensas. Para cada hora que a criança não xingar os outros, ela ganha pontos para uma recompensa. Os pais podem se sentar com sua criança e fazer cupões de recompensa. Os cupões são para alguma coisa que a criança adore fazer - ficar acordada até mais tarde num final de semana, comer pizza, ganhar 5 reais. A chave é motivar a criança a aprender a se controlar.

26- Dê ao seu filhos tarefas concretas a fazer.

Em vez de dizer ao seu filho para parar de se comportar mal, diga-lhe o que fazer. Dar a ele um trabalho específico, e uma oportunidade de ser útil, alivia sua ansiedade. Se você estiver em um restaurante fast-food, diga, "Billy, faça-me um favor e guarde uma mesa para nós perto da janela". "Sally, você poderia pegar sete pacotinhos de ketchup, oito guardanapos e quatro canudinhos?". Então, elogie o trabalho bem feito. As crianças com TDAH adoram ajudar. Requisite-as.

27- Comece a disciplina cedo.

Quanto mais você esperar, mais a criança terá de desaprender. Promova limites consistentes tão cedo quanto possível. Se você esperar até a adolescência, o desafio será muito maior.

28- Como lidar com adolescentes que perdem as coisas.

Adolescentes e estudantes do ensino médio perdem itens como carteiras, chaves, livros, óculos e documentos. Esses contratempos levam ao pânico e à culpa, o que pode tornar o adolescente defensivo. Quanto mais os pais culpam um adolescente por não ter cuidado com suas coisas, menos provável que ele escute aos conselhos dos pais. Para evitar essa cadeia de acontecimentos, espere até que as coisas estejam calmas e amistosas, e ofereça sugestões de um modo não acusador. Diga, "Sei que você tem dificuldade de achar as coisas. Isso deve ser frustrante. Tenho algumas ideias que podem ajudar, se você quiser tentar." Sugira organizar as coisas que ele costuma perder mais frequentemente. Pregue um gancho na parede ou compre um decorativo pendurador de chaves, de modo que ele possa praticar por suas chaves no local certo todas as vezes que chegar em casa.

29- Dê ao seu filho uma escolha, não uma ameaça.

Escolhas dão ao seu filho uma oportunidade de resolver seus próprios problemas. ameaças criam resposta de lute ou fuja que leva ao isolamento ou a uma discussão acalorada. Você nunca ouviu seu filho adolescente dizer, "E daí? Eu não me importo!" quando você o ameaça? Uma ameaça inclui punição como uma das escolhas. "Limpe seu quarto, ou você não poderá usar o carro. A escolha é sua". Um jeito melhor de dizer isso é, "Você precisa limpar seu quarto. Você pode fazer isso agora ou depois do jantar".

30- Desvie a atenção dele.


Você já notou quão intensos nos tornamos quando estamos focalizados no negativo? Em vez disso, mude a energia da conversa para a resolução de um problema. Se o seu filho reclama porque não pode pegar outro biscoito na padaria, mude a atenção dele do seu desejo. "Que tal assarmos uma fornada de biscoitos amanhã, em casa? Vocês, meninos, acham que podem fazer o trabalho de casa amanhã a tempo de assarmos biscoitos de chocolate? Quem quer misturar a massa e lamber a colher?" 

continua na 316

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

314- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (2a. parte)

Continuação da postagem 313

11- Estreite as ligações.

A melhor disciplina combina uma firme expectativa de como se comportar ou agir, com o respeito básico pelo valor e a dignidade do seu filho. A hora de se deitar é construtiva, escute as preocupações dele, simpatize com seus sentimentos e defenda seu filho quando necessário. Isso tudo mostrará que você é mais do que um sargento bravo. Você é um pai amoroso.

12- Reafirme seu amor.

Sempre diga ao seu filho, não importa o que ele tenha feito, o quanto você o ama. Amor e liderança são funções gêmeas dos cuidados paternais - então, torne claro que a disciplina não diminui seu afeto por ele.

13- Use a rotina para evitar as brigas pelo poder.

ÀS vezes os pais e os filhos entram em um padrão no qual as tarefas e as responsabilidades diárias viram batalhas. Em muitos casos, a criança até obedece, mas o conflito deixa todo mundo contrariado e emocionalmente esgotado. Estabeleça rotinas para ajudaras crianças a fazer as tarefas diárias junto com o trabalho de escola e a vida familiar. por exemplo, os pais devem estabelecer e cobrar - com calma e firmeza - temor regulares de estudo para cada criança. Pode levar semanas até que a criança aceite essas rotinas e as siga com consistência.

14- Imponha consequências imediatas.

Seja o caso de estar retirando os privilégios de ver TV, proibir seu filho de ir a uma festa, ou qualquer outra coisa, as consequências funcionarão melhor quando forem impostas tão logo as infrações às regras sejam cometidas. A severidade das consequências devem ser equivalentes às infrações. Exagerar nas consequências encorajará seu filho a se ressentir das regras e de sua autoridade - e gerará mais raiva e rebeldia.

15- Enfrente a desonestidade.

Para as crianças com TDAH, mentir é geralmente um mecanismo de compensação. Uma mentira pode ser um modo de encobrir o esquecimento, para evitar a crítica ou a punição, ou para evitar ter de lidar com sentimentos de culpa e de vergonha por repetidos fracassos. O primeiro passo ao lidar com a desonestidade crônica é encontrar as razões que estão por trás dela. Se o seu filho mente para evitar consequências por comportamento irresponsável, você deve monitorar esses comportamentos mais de perto e castigar qualquer ato de trapaça. Se ele mente para encobrir fracasso ou vergonha, encoraje seu filho a ser honesto - e procure ajuda apropriada de modo que ele possa superar o que seja com que estiver tendo dificuldade.

16- Faça seu filho respeitá-lo.

Deve haver muitas razões pelas quais um filho não respeite você ou suas regras. As regras são claras? Regras importantes precisam ser escritas. A criança se recusa a aceitar as regras porque ela as considera injustas? Nesse caso, as objeções da criança e as razões dos pais garantem mais discussões. Por fim, se você quiser que suas regras sejam seguidas, reforce-as consistentemente. Isso significa não se esquecer delas ou suspendê-las ocasionalmente porque você se sente culpado ou porque sua criança (ou seu cônjuge) pressionou-o a fazê-lo. Se você fizer ameaças vazias, você estará sacrificando sua credibilidade e minando sua autoridade como pai.

17- Castigando uma criança super-reativa.

Embora muitas crianças possam protestar bastante por serem castigadas, crianças com TDAH podem reagir com indignação e raivas muito intensas. Tenha em mente que a super-reação crônica ao castigo - particularmente quando intensos sentimentos de raiva ou de frustração estiverem envolvidos - pode não ser resultante do TDAH. A criança está super-reagindo porque se sente criticada? Não amada? Inadequada? Desamparada? Oprimida? Suas expectativas são muito altas e fora da realidade? Em alguns casos a raiva crônica pode indicar depressão da infância ou transtorno bipolar.

18- Seu filho o deixa descontrolado?

Faça uma auto-avaliação. Você tem sido muito crítico ou negativista em relação ao seu filho? Você se preocupa muito com os problemas e nem tanto com as soluções? As conversas têm se transformado em uma série de aulas, em vez de uma troca? Não importa a idade do seu filho, pode ser útil envolvê-lo em um processo de estabelecimento de regras domésticas e de consequências para a desobediência delas. Uma criança que se sente incluída na feitura das regras da família terá mais chance de respeitá-las.

19- Diga não com um jeito calmo e decidido.

Quando uma criança quer um segundo cone de sorvete e fica fazendo manha, não diga "Por que você tem sempre de fazer manha?". Você está dizendo ao seu filho que você é fraco e vulnerável. Para a criança, parece que há uma chance de obter o que ela quer se ela insistir. As crianças ouvem "Não" e "Talvez" ao mesmo tempo. Em vez disso, os pais de crianças com TDAH deveriam dizer não com um jeito neutro e não emocional. Diga, "Não estou nem aí". Nenhuma aula, nenhuma explicação. Isso significa para o seu filho, "Pode acreditar em mim, porque não vou mudar minha decisão. Você pode pedir 7 mil vezes e a resposta ainda será não".

20- Apague a fogueira emocional.


O que acontece se o seu calmo "não" desencadear uma birra? Fazer manha não funcionou, então é hora de embaraçá-lo na lanchonete com uma grande crise de birra. Tome essa oportunidade para lembrar ao seu filho que ele não vai escolher suas reações. Você sim. Mesmo que se sinta embaraçado, frustrado e ressentido, você não vai misturar a gritaria do seu filho com a sua. Gritar só vai aumentar o confronto. Em vez disso, assuma uma postura calma. Sente-se e cruze as pernas. Faça desenhos coloridos com giz de cor e peça ao seu filho para ajudá-lo nessa atividade. Ficar calmo diz que você está no controle da situação - não ele.

continua na 315

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

313- As Melhores Estratégias de Disciplina para as Crianças com TDAH (1a. parte)

Você falou para o seu filho pegar a roupa suja no chão do quarto dele. Nem uma meia foi posta no cesto de roupa suja. Ele não te escutou ou ele te ignorou? Contrariado, você gritou com ele e, pior, sentiu que estava ficando bravo e à beira de uma luta pelo poder. Então vieram os castigos, não ver TV por uma semana, nenhuma visita aos amigos por um mês e qualquer outra coisa que possa pensar quando está enfurecido.
O incidente custa muito caro para todos: Seu filho se sente enraivecido e desmoralizado, e você se sente tudo menos um pai amoroso. E para quê? Uma pilha de roupa suja precisando de uma máquina de lavar roupas.
Todos os pais querem que seus filhos sejam felizes e bem ajustados. Mas os pais também querem que eles sejam respeitosos e obedientes. Naturalmente, crianças - particularmente as crianças com TDAH - têm suas próprias idéias. Em vez de fazer o que lhe pediram, as crianças com TDAH ignoram suas tarefas de casa, incomodam seus irmão e se esquecem de dar comida para o cachorro. Deixam as toalhas molhadas no chão do banheiro e espalhas os blocos de Lego pela sala de estar. Elas respondem, choramingam, embirram, ou se comportam mal de outro jeito. Todo dia traz um novo caos - e ocasiões para um pai castigar.
Especialistas em educar filhos elaboraram todas as técnicas de disciplina. Aqui você encontrará 50 das melhores, divididas em cinco postagens. Segue a primeira postagem, com 10 estratégias.

1- Descubra um jeito melhor.

Transforme os momentos de disciplina em oportunidades de aprendizado. Lembre ao seu filho que todos nós cometemos erros, então convide-o a imaginar maneiras melhores de lidar com tentações semelhantes ou com o estresse no futuro. Escute as ideias dele e valorize sua contribuição. Não pode ser só do seu jeito ou rua.

2- Discuta por que é errado.

Esteja certo de que seu filho entenda como sua ação - ou omissão - magoou alguém ou vai contra as suas expectativas. Então, pergunte a ele se ele pensa que seria uma boa ideia pedir desculpas, sugerindo que ele provavelmente gostaria da mesma cortesia se seus sentimentos tivesses sido atingidos.

3- Seja razoável quando castigar seu filho.

Se a sua criança ou seu filho adolescente abusa de um privilégio, remova o privilégio - por pouco tempo. Proibir um adolescente de ter um celular por um mês porque ele excedeu seu plano de minutos de uso é exagerado. Ele é seu filho antes de tudo, não um criminoso [No Brasil, até quem está preso tem celular...]. Retirar o privilégio por um curto tempo - e permitir que permitir que seu adolescente o tenha de volta após desenvolver um plano para não exceder a conta da próxima vez - ensina a lição necessária.

4- Experimente contar de um a três.

Cada vez que seu filho fizer algo que não deveria fazer, erga um dedo e diga calmamente "É um". Se o comportamento continuar, erga dois dedos e diga "É dois". Se a criança ainda ignorar seu aviso, erga o terceiro dedo e diga "É três. Cinco minutos de castigo".
A criança, então, vai (ou é levada) para um castigo de cinco minutos em seu quarto. Se a criança não quiser se mexer, saia você da sala: faça uma caminhada rápida ao redor da casa, leia umas poucas páginas de um livro, feche-se no banheiro - mas não converse com sua criança, mesmo se ela tentar segui-lo. Você não grita, adula ou explica. Está claro para sua criança que ela tem uma escolha: ela pode obedecer de uma vez ou sofrer uma consequência.
Terminado o castigo, não comente o episódio nem faça uma preleção sobre ele. Acabou.

5- Combata o exagero de orientações.

Os pais frequentemente caem em um padrão de correções, supervisão e comentários disciplinadores desnecessários. Coisas tais como "Amarre os sapatos!" ou "Vista o casaco!" ou "Mastigue mais devagar". Apesar de suas boas intenções, comentários como esses irritam e rebaixam o seu filho - e prejudicam a habilidade dele de cuidar-se de si mesmo. Há momentos em que ficar longe de problemas é a melhor coisa. Deixe que o mundo grande e mau ensine ao seu filho o que funciona e o que não funciona.

6- Procure oportunidades para elogiar.
"Bom trabalho na prova de soletração, Amy!" ou "Você arrumou muito bem o seu quarto! E eu nem tive de mandar você fazer isso. Uau!" ou "Hoje você se arrumou bem depressa para ir para a escola. Que bom!". De modo ideal, você deveria elogiar seu filho quatro vezes mais do que o critica. Demonstre, com suas palavras e ações, que você acredita que ele pode cuidar-se de si mesmo - e ele provavelmente vai. Disciplina dever ser um problema menor.
7- Diga as coisas de dois modos diferentes.
Crianças diferentes respondem às ordens de modo diferente. Quando der ao seu filho uma tarefa - tal como deixar de lado os joguinhos - fale de dois modos. Diga, "Gostaria que você parasse de deixar seus jogos espalhados pelo quarto. Você pagou caro por eles e quer cuidar deles, correto?" Então, faça a mesma afirmação de um modo positivo: "Por favor, guarde seu joguinhos". É provável que ele entenderá a mensagem.
8- Estabeleça pontos de parada.
Pilotos de corrida periodicamente param seu carros no "pit stop" - para trocar pneus, botar mais combustível e falar sobre as estratégias de corrida com a equipe auxiliar. Faça o mesmo com seu filho quando as coisas ficarem tensas e você sentir vontade de gritar. Diga a ele que você quer ter uma parada no "pit stop" - uma conversa em particular em uma área sossegada da casa, onde ninguém vai interromper - ou, melhor ainda, no seu lugar preferido para tomar café. Estabelecer "pit stops" evitará uma briga feia da qual você se arrependeria mais tarde.
9- Encoraje a repetição.
Quando seu filho fizer besteira, com paciência, repita a situação - fazendo do modo correto. Se ele derruba um copo de refrigerante enquanto faz palhaçada ao redor da mesa, faça com que ele limpe a bagunça e encha outro copo. Aí, peça a ele que ponha o copo em outra posição na mesa e que fique bem comportado.
10- Faça uma pausa.
Conte até 10 antes de abrir sua boca; evitará um monte de grosseria verbal.

continua na 314
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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

312- O Que Aconteceu? Ex-namorado com TDAH.


Postado por MayaL em Couples with one ADHD partner on Dec. 08, 2013 at 2:29pm

Esta grande questão está me incomodando nos últimos 10 meses: "O que aconteceu?"

Namorei esse rapaz com TDAH, e foi perfeito. Estava apaixonada pela primeira vez na minha vida. Ele tomava Adderal e me disse logo no início que tinha TDAH. Nunca notei nada de diferente nele, exceto as ocasionais crises de irritação ou de raiva, o que era muito diferente do seu jeito amoroso habitual .

Um dia, descobri que ele parou de tomar sua medicação de modo repentino. Aparentemente ele estava tomando três vezes mais do que deveria. Mais tarde, no mesmo dia (em que ele parou), ele me mandou um email dizendo que não sentia nada por mim e que eu deveria seguir em frente na minha vida (era uma carta muito doce, mas, mesmo assim, devastadora). Duas semanas depois disso, tivemos uma discussão online sobre o fato dele ter se recusado a me ver quando ele estava na cidade, dizendo que eu era "maluca" e "muito dependente dele".

Depois disso, ele me deletou da rede social. Ainda não falei com ele depois desse dia, e nossas discussões foram todas online.

Ainda fico me perguntando o que aconteceu, o que eu fiz?. Meus amigos e nossos amigos em comum, todos, fazem a mesma pergunta.

Li online e descobri que ele pode ter hiperfocalizado nossa relação no início e, então, mudou o foco para alguma outra coisa.

Também fico me perguntando se isso poderia ser simplesmente por causa do TDAH, ou porque ele parou de tomar sua medicação.

Ou pode ser porque ele só estava sendo infantil.

Apreciaria muito algumas respostas sobre esse assunto, que me ajudaria a tocar a vida para a frente.

PS: Ah, devo acrescentar: ele tem 20 anos de idade e eu tenho 24. Entendo que pode parecer confuso porque eu me refiro a ele como um "menino" (boy). Postado por MayaL on Dec 08, 2013 at 2:37 pm

Resposta 1: YellaRyan, on Dec 09, 2013 at 4:35 am

Ele só está sendo um menino com TDAH. Eles ficam chateados com as coisas, invocados com as coisas até o ponto da paranóia.

Muitas pessoas com TDAH nunca conseguem sustentar relacionamentos de longa duração, como os namoros, empregos, bons relacionamentos familiares. Então, nesse caso, se ele disse "não é com você, é comigo", ele estava absolutamente correto. E, como você pode ver pela acusação de estar sendo muito dependente dele, ele provavelmente teve aquele pensamento algum dia, e você disse algo totalmente inócuo como "senti sua falta", e ele chegou à paranóia. Não há dúvida que ele pensa mal de você, uma vez que cortou toda a comunicação.

Então, sim, é um problema do TDAH e não há nada a ser feito sobre isso. Nem pense em convencê-lo sobre nada, porque ele vai ficar com o cérebro paranóico em chamas. Lamente, perdoe, ele é assim, e siga em frente. E agora você sabe, quando algum rapaz bonito lhe disser que tem TDAH, corra, não ande, na direção oposta. [NT: Putz, que conselho mais egoísta...pra dizer o menos.]

Réplica de MayaL

Obrigado por sua resposta.

É comum que isso aconteça de repente?

Dei a ele muito espaço, porque percebi que ele precisava, mas, então ele me contatou dizendo que tinha sentido minha falta e que tinha comprado uma passagem de avião para me encontrar (fazia dois meses que nos havíamos encontrado). Dois dias depois ele me mandou aquele email.

Você acha que ele ter parado de tomar o remédio no mesmo dia teria algo a ver com tudo, ou ele só ficou chateado comigo no mesmo dia?

Ambos somos artistas, e depois que ele me deletou, continuamos a ter "contato" por meio de suas músicas e minhas poesias. Não com as palavras mais bonitas como antes, e, como você previamente mencionou, isso provavelmente fez sua paranóia. Mas, um dia, depois de fazer uma de suas músicas não tão amáveis a meu respeito, ele me adicionou no facebook novamente. Armistício?

Devo acrescentar que recentemente fui diagnosticada também com TDAH (desatenção), [NT: e não se lembrou de falar isso logo de cara?] mas depois desse rompimento começo a me perguntar se tenho algum traço de personalidade borderline. Tem sido muito difícil tentar entender porque diabos eu não consigo me desligar desse sujeito depois de dez meses. Pensei que eu ficaria cheia dele primeiro, como costuma ser o caso em meus relacionamentos. Mas desde que ele é o único cara por quem eu me apaixonei de verdade, pode ser a velha síndrome do primeiro amor. Não sei.

Agradeço você ter gastado seu tempo para responder ao meu post.

[Mas que menina desligada...]

Resposta 2 : BexIssues on Dec 09 2013 at 11:05 pm

YellaRyan está absolutamente certa, ela explicou perfeitamente, o conselho deve ser aceito e seguir em frente com sua vida. Muita sorte.

Resposta 3: Benevolence on Dec 10, 2013 at 9:20 pm

Para YellaRyan. O conselho de "correr da próxima vez que algum rapaz bonito lhe disser que tem TDAH" ser o que toda pessoa com TDAH quer ouvir. Nunca em sua vida!

Há modos de fazer funcionar os relacionamentos TDAH e para a pessoa com TDAH pode ser muito difícil. Achar que todos os que têm o TDAH têm o equivalente à peste bubônica é muito difícil de engolir.

Acho que o que precisa ser feito é avaliar do ponto de vista adulto, e isso seria:

1- Ele estava tomando o triplo de sua medicação - muito perigoso e essa não é a maneira de tomar a medicação.

2- Ele parou de tomar de repente; o que novamente é errado.

3- Ele parece não ter se educado a respeito de seu próprio TDAH.

4- Ele precisa de ajuda para lidar com o TDAH e a vida.

Tudo foi escolha dele, e só dele. Infelizmente para MayaL ela foi pega pelo hiperfoco do TDAH no início do relacionamento, mas foram as ações dele com o tratamento medicamentoso que realmente causaram o rompimento. Jogar todo mundo com TDAH nessa categoria é ultrajante. Todos nós temos nossos problemas com os relacionamentos, mas isso não significa que eles estão destinados ao fracasso. Com treinamento, educação e entendimento por parte das duas pessoas, pode ser construída uma sólida plataforma de relacionamento. Não estou dizendo que não será difícil e que não haverá alguns tropeços, mas, para a pessoa que aceite o TDAH e encontre as forças dele para usar e suas faltas sejam reconhecidas, então, haverá o potencial.

Enquanto você não tiver de lidar com seu próprio TDAH, mas tiver de lidar com o TDAH de um marido, sua raiva e ou ressentimento em ter de lidar com isso parecem estar encobrindo suas outras palavras de sabedoria. Espero que obtenha ajuda para sua situação. Lamento que você não esteja agindo como você é.

Por favor, não faça com que me sinta no dever de desistir de um relacionamento (eu, um homem solteiro com TDAH), porque sem esse tipo de esperança, o que existe?

Resposta 4: Mygardenispretty on Dec 11, 2013 at 12:05 am

Por favor não pense que todos os TDAHs não possam ter relacionamentos. Sou um TDAH desatento de alto funcionamento. Eu me eduquei a mim mesmo a respeito dessa desordem funcional. Sob o uso de Strattera, me sinto bem. Sou intuitivo e artístico, e me comunico muito bem. Sou curioso. Essas são as coisas positivas do TDAH. Hiperfoco. Um traço muito bom. Aprenda seus positivos, compreenda suas deficiências. Seja honesta sobre si mesma em novos relacionamentos. Você pode ter sucesso nos relacionamentos. Pense em acessar outros com TDAH e em aprender o que eles realmente sabem e fazem com isso. De algumas pessoas normais você deveria mesmo fugir.
Publicado em ADDitude

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

311- Sete Modos de Reduzir o Estresse: Técnicas Calmantes Para Adultos com TDAH


Sete estratégias para se acalmar quando o TDAH desencadeia estresse em casa e no trabalho. Por Nancy Ratey, Ed.M.

"Finalmente, consegui!" Bob, um adulto com transtorno de déficit de atenção, disse para si mesmo, ao sair do trabalho às 17 horas em ponto, para ir se encontrar com sua mulher, para jantar. Pela primeira vez em anos, ele não estava atrasado.

Mais importante ainda, ele estava pronto para aproveitar a noite fora porque se sentia relaxado e com tudo sob controle. Bob não mais ficava até a última hora para completar a lista de relatórios sobre os clientes - um padrão estressante que tinha provocado um grande estrago em sua saúde e em seu casamento.

Como Bob eliminou o estresse no trabalho? Usando um relógio que bipava a cada hora, de modo que ele tivesse certeza de que estava seguindo sua lista de obrigações, um calendário do ano todo com os prazos finais de cada cliente marcados por código de cores, um notebook no qual ele escrevia pensamentos ocasionais durante o dia. O resultado: menos estresse e uma vida mais feliz.

Muitas pessoas com TDAH vivem em constante estado de estresse. Sua neurobiologia faz com que seja difícil eliminar os estímulos que interferem,, prestar atenção e acalmar-se, tudo o que aumenta os níveis de frustração. Ser incapaz de avaliar as expectativas das pessoas ou se sentir culpado por se esquecer de prazos no trabalho cria tensão adicional.
Como o Bob, você pode reduzir o estresse com estratégias que miram seus sintomas de TDAH. Eis aqui algumas para você tentar:

- Reconheça seu TDAH

Pare de se culpar por se esquecer de obrigações ou por perder o prazo de algum trabalho. Reconheça o culpado verdadeiro: o TDAH é neurobiológico e não vai sumir. Obtenha um diagnóstico correto e um tratamento adequado. Matricule-se em um grupo local de apoio para os TDAHs ou entre em um fórum na internet. Só de saber que não está sozinho já pode reduzir o seu estresse.

- Faça exercícios

O exercício é um poderoso redutor do estresse. A atividade física aumenta os níveis de serotonina no cérebro, o que combate o cortisol, hormônio do estresse. Estudos sugerem que uma sessão de exercícios de 30 a 45 minutos pode melhorar o humor e aumenta o relaxamento por 90 a 120 minutos. O exercício, com o tempo, aumenta o seu limiar para o estresse.

- Meça o tempo

Muitas pessoas com TDAH vêem o tempo passar como uma coisa fluida. Para melhor estimar o tempo, compre um relógio de pulso que bipe e ajuste-o para assinalar cada hora. Se você está sempre precisando de "só mais cinco minutos", compre um timer que toque depois de cinco minutos.
Minha cliente, Linda, gastava horas na internet e acabava ficando descabelada no final do dia, para conseguir dar conta dos compromissos. Um timer, ajustado para bipar a cada hora, periodicamente a acorda do seu sonho online.

- Crie limites

Sobrecarregar seu tempo pode aumentar o estresse. Quer seja a causa pura impulsividade ou uma voz interna dizendo "devo fazer isso, aquilo e aquilo outro" o estresse toma conta de sua mente. Pratique dizer NÃO três vezes ao dia. E, toda vez que disser SIM, pergunte a si mesmo, "Estou dizendo não para o quê?" Relaxamento? Escutar música?

- Faça da estrutura uma amiga

Embora muitos adultos com TDAH pareçam "alérgicos" à estrutura, uma rotina confiável pode diminuir o caos. Tente essas dicas. As duas fizeram maravilhas para meus clientes. Antes de ir deitar-se, planeje o seu dia seguinte. Faça uma lista do que vai fazer, quando e como. Você acordará mais centrado. Além disso, vá se deitar todos os dias no mesmo horário. Isso estabilizará seus ritmos biológicos, aumentando as chances de ter um sono reparador.

- Tire um tempo para brincar

Por não fazer interrupções na vida agitada atual, você se programou para o burnout. Programe alegria em sua vida. Faça um jantar ou vá ao cinema com os amigos uma vez por semana. Viaje pelo país ou para a país nos finais de semana. Descubra o que você ama e persiga isso sem culpa.

- Mantenha-se vigilante


Muitos dos meus clientes têm uma falsa sensação de segurança quando obtêm alguns ganhos, e, então, abandonam as estratégias que os ajudaram. Esquecer que tem o TDAH é uma característica da condição. Não baixe a guarda!

ADDitude

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

310- Emoções no TDAH: Como Elas Afetam Sua Vida e Sua Felicidade.


A tempestade emocional do TDAH pode atingir a autoestima, os relacionamentos, e quase tudo mais na vida. O que você deveria saber para controlá-la, a seguir. Por William Dodson, M.D.

A Tempestade Emocional

Você não consegue administrar as dificuldades do TDAH até que entenda como você processa a emoção. Os pesquisadores ignoraram o componente emocional do TDAH porque ele não pode ser medido.
Entretanto, as crises emocionais são o aspecto prejudicial mais importante do TDAH em qualquer idade. Descubra como suas emoções atingem sua vida e sua felicidade, e como você pode ser capaz de administrá-las.

Sensibilidade à Crítica

Quase todo mundo com TDAH responde com um empático sim à questão: "Você sempre é mais sensível do que os outros à rejeição, gozação, crítica, ou sua própria percepção de que fracassou desistiu?" Essa é a definição de uma condição chamada de disforia sensível à rejeição (RSD),  que muitos portadores de TDAH apresentam.

Depressão e RSD

Por muitos anos a RSD tem sido a marca do que é chamado de depressão atípica. A razão pela qual ela não é chamada de depressão "típica" é que ela não é nenhuma depressão, mas uma resposta instantânea do sistema nervoso TDAH ao gatilho da rejeição.

Desaprovação Pelos Outros

A resposta emocional ao fracasso é catastrófica para os que tem a condição. A crítica e a perda do amor e do respeito percebidas são tão devastadoras quanto a coisa real. O termo disforia significa dificuldade de suportar, e muitas pessoas com TDAH relatam que elas dificilmente podem suportar isso. Os TDAHs não são chorões; a desaprovação os machuca muito mais do que às pessoas normais.

Sempre Tensos e no Limite

Muitos TDAHs dizem a mesma coisa quando você pergunta sobre sua vida emocional: "Estou sempre tenso, não consigo relaxar nunca. Não consigo me sentar e assistir a um programa de  TV com o resto da minha família. Como sou sensível às outras pessoas que me desaprovam, tenho medo das interações pessoais." Muitos meninos depois dos 14 anos não têm tanta hiperatividade, mas ela ainda permanece internamente.

Como a Dor se Expressa Por si Mesma

Se a dor emocional é internalizada, um TDAH pode sentir depressão e perda da autoestima em pouco tempo. Se as emoções são externalizadas, a dor pode ser expressada como raiva contra a pessoa ou a situação que provocou o dano. Por sorte, a raiva é expressada verbalmente em vez de fisicamente, e ela passa relativamente rápido.

Emoção do TDAH: Como Afeta a Personalidade

Por causa da sensibilidade à dor emocional dos TDAHs, a pessoa pode se tornar um brincalhão, sempre tendo certeza de que os amigos, colegas e a família o aprovem. "Diga-me o que você quer e eu farei o melhor de mim para realizá-lo. Só não fique bravo comigo." Depois de anos de vigilância constante, o portador de TDAH se torna um camaleão, que perde a noção do que quer para sua própria vida.

Emoção do TDAH: Como ela Afeta o Comportamento

Alguns TDAHs descobrem que a dor do fracasso é tão ruim que eles se recusam a tentar qualquer coisa a não ser que tenham certeza de um sucesso rápido e fácil. Tentar a sorte é um risco emocional muito grande. Suas vidas permanecem vazias e limitadas.

Emoção do TDAH: Como ela Afeta os Relacionamentos

A RSD pode ser um desastre para os relacionamentos. Como as feridas da RSD são quase insuportáveis, a única maneira de lidar com a situação é negar que a pessoa - professor, parente, colaborador ou cônjuge - que está rejeitando, criticando ou fazendo gozação tenha alguma importância para o portador de TDAH. Em vez de que sofrer mais feridas nas mão da figura de autoridade, ele diminui a importância da outra pessoa. Os TDAHs têm de encontrar ocasiões várias vezes ao dia para lembrarem à outra pessoa quão sem valor, estúpidos e mesmo perigosos são eles e suas opiniões.

Tratamento da RSD: Aconselhamento

Os clínicos e os terapeutas precisam ser especialmente vigilantes quanto aos sinais da RSD porque muitos TDAHs aprenderam a esconder esse aspecto de suas vidas. É vital para o diagnóstico correto e a terapia bem sucedida que tanto o terapeuta e o paciente estejam cientes da intensidade emocional que é uma parte muito grande da v ida do paciente. É igualmente importante reconhecer quando um paciente esteja tentando esconder esse componente de sua vida emocional, com medo de ser mais machucado ainda quando a verdade for conhecida.

Tratamento da RSD: Medicação

Até recentemente tudo que as pessoas podiam fazer para sua disforia era esperar que ela se dissipasse com o tempo. A experiência clínica descobriu que até metade das pessoas com RSD podem obter algum alívio por meio dos alfa agonistas, seja a clonidina ou a guanfacina. Fale com seu médico sobre esses medicamentos.


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