TDAH e SEXO – Melissa Orlov (tradução do vídeo do Youtube)
Há várias razões para que isso esteja acontecendo, e eu vou esclarecer algumas delas.
Veja o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=Jdk9pONHEEM
Blog destinado à divulgação dos diversos aspectos do TDAH e do que mais eu quiser. As opiniões são de responsabilidade dos autores e podem não ser compartilhadas por mim (Dr. Menegucci).. Todo mundo é gênio. Mas, se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir numa árvore, ele vai passar a vida toda pensando que é burro..
TDAH e Enxaquecas: A conexão esquecida com as dores de cabeça
Por Sarah Cheyette, M.D. - Atualizado em 23 de setembro de 2022.
Enxaquecas e TDAH são comorbidades – mas poucos médicos levam em conta a dor de cabeça (cefaleia) como uma conexão quando tratam os paciente com TDAH. Os estudos continuam a sondar a ligação subjacente entre as condições, mas os resultados mostram que os sintomas incapacitantes das enxaquecas podem agravar os sintomas do TDAH e que a evolução dos pacientes melhora quando os médicos evitam separar as duas entidades.
Embora poucos conectem as duas coisas, o transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e as enxaquecas podem estar ligados de modo importante. A pesquisa mostra que as pessoas com TDAH têm maior risco de sofrer de dores de cabeça (incluindo a migrânea, um tipo de dor de cabeça primária) quando comparadas às pessoas sem TDAH. Além disso, as dores de cabeça são mais comuns em outras manifestações psiquiátricas, muitas das quais ocorrem junto com o TDAH.
Embora as conexões subjacentes entre o TDAH e as dores de cabeça não estejam completamente entendidas, as dores de cabeça causam dor e estresse indevidos nos pacientes, conforme eles tentam lidar com os sintomas e desafios existentes no TDAH. Mais, a comunidade médica geralmente esquece ou ignora a associação, para a desgraça dos pacientes.
Quando os provedores de cuidados de saúde reconhecem que essas condições estão conectadas – e abordam o tratamento de modo holístico – a qualidade dos cuidados melhora e os pacientes se sentem melhor.
A conexão TDAH - Dor de Cabeça - Enxaqueca
Como o TDAH pode causar dores de cabeça
Crianças com TDAH pode sentir duas vezes mais dores de cabeça do que as crianças sem TDAH. Crianças com TDAH têm também maior risco de enxaqueca do que as crianças sem TDAH e a frequência das dores de cabeça da enxaqueca pode estar diretamente ligada ao risco de TDAH. O problema alcança a idade adulta, também.
Um estudo avalia que a enxaqueca ocorre junto com o TDAH em cerca de 35% em pacientes adultos. As dores de cabeça, incluindo as da enxaqueca, parecem ser desencadeadas pelo TDAH. Os pesquisadores pensam que as dores de cabeça podem estar biologicamente ligadas ao TDAH, e sua coocorrência se origina em parte dos mecanismos patofisiologicamente compartilhados, potencialmente relacionados à disfunção dopaminérgica.
O TDAH em si mesmo, especialmente se não tratado, afeta a qualidade de vida, o que pode criar ambientes e cenários estressantes que desencadeiam dores de cabeça. A seguir, alguns exemplos de como sintomas, desafios e outras características do TDAH podem levar a dores de cabeça:
. Dificuldades no gerenciamento do tempo e da autorregulação podem levar
a problemas para aderir ao ritmo vigília sono. Um padrão irregular de sono
é o maior fator por trás das dores de cabeça.
. A desorganização pode causar hábitos irregulares (má alimentação, pouca
hidratação etc.), que podem desencadear dores de cabeça e enxaquecas.
. O TDAH está ligado a maior risco de concussão e traumatismo de crânio,
que podem causar, também, dores de cabeça. Cefaleias pós-concussão
estão ligadas a problemas cognitivos e de concentração persistentes.
. Cefaleias (dores de cabeça) são efeito comum de medicamentos para o
TDAH. Perda de apetite e dificuldades de sono também são causas por trás
de cefaleias e são, também, comumente relatadas como efeitos colaterais
dos medicamentos.
. O TDAH frequentemente ocorre junto com ansiedade e transtornos do
humor, que são, também, ligados a cefaleias e enxaquecas. Além disso, as
cefaleias tendem a ser mais severas e mais demoradas quando coexistem
com a ansiedade.
. Problemas e transtornos do sono são altamente prevalentes no TDAH, e
também são ligados a cefaleias e migrâneas.
Migrâneas (enxaquecas) e Cefaleias podem agravar os sintomas de TDAH
Dores de cabeça criam obstáculos estressantes e adicionais aos pacientes com TDAH e, geralmente, pioram os sintomas e desafios existentes.
. As dores de cabeça da enxaqueca podem promover faltas à escola ou ao
trabalho, causando problemas com as dificuldades de gerenciamento do
tempo.
. Sonolência é um efeito colateral comum das medicações para cefaleia e
enxaqueca, o que pode prejudicar as funções executivas.
. Enxaquecas aumentam o risco de ansiedade e de transtornos do humor.
. Enxaquecas estão ligadas a baixa qualidade de sono.
TDAH e Cefaleias: Desafios e Diretrizes do Tratamento
Embora mais pesquisas sejam necessárias, as evidências ligam claramente o TDAH e suas comorbidades às cefaleias, incluindo a enxaqueca. Ainda, os médicos frequentemente não foram treinados para considerar a conexão, quando vão tratar os pacientes. O resultado é um cuidado incompleto e inadequado do paciente.
Um paciente com TDAH não diagnosticado e dores de cabeça debilitantes, por exemplo, provavelmente será encaminhado a um neurologista, muitos dos quais não são especializados em TDAH e podem não levar em conta sua conexão com as cefaleias. De modo semelhante, um clínico que trate de TDAH pode não se sentir confortável para tratar de cefaleias, ou mesmo para identificar condições concomitantes, ou outros fatores de complicação.
Conclusão: O melhor cuidado para um paciente virá quando um clínico for capaz de considerar cuidadosamente e manejar todas as comorbidades entre o TDAH e as cefaleias e enxaquecas.
Alívio da Cefaleia e Migrânea com TDAH: Abordagens e Tratamentos Recomendados
. Comece com a condição que veio primeiro.
Se um paciente, com uma longa (mas possivelmente não reconhecida)
história de TDAH, se apresenta com cefaleias, considere tratar primeiro o
TDAH. Se o TDAH não foi tratado adequadamente, é possível que novas
circunstâncias de vida estejam agravando o estresse dele e, assim,
desencadeando as cefaleias. Se há uma longa história de cefaleias e/ou
enxaquecas, e uma repentina agravação ou início de sintomas de TDAH,
considere que o primeiro possa estar piorando o segundo. Em pacientes
com TDAH, pergunte sobre a história familiar de dores de cabeça e
enxaquecas. Em pacientes com dores de cabeça ou enxaquecas, pergunte
sobre TDAH. Isso pode lhe dar uma pista sobre qual o risco biológico do
paciente.
. Determine o que precede as dores de cabeça.
Pergunte aos pacientes sobre o que desencadeia e os padrões das dores
de cabeça, incluindo a frequência, duração e em qual grau interfere com o
desempenho normal. Rotinas e hábitos de vida inconsistentes, por exemplo,
podem desencadear dores de cabeça e enxaquecas. Pergunte aos que
vivem com o paciente, como eles sentem o problema. (O paciente nem
sempre pinta um quadro objetivo.) Alguns gatilhos para as cefaleias, tais
como falta de dormir, ansiedade ou depressão, podem, também,
potencialmente afetar o TDAH.
. Leve em conta os efeitos da medicação.
Tratar o TDAH e, assim, diminuir as complicações que levam a dores de
cabeça, pode ser uma maneira eficaz de reduzir as cefaleias em algumas
pessoas. Entretanto, as medicações podem causar efeitos colaterais (tais
como a sonolência de algumas medicações para cefaleia, ou a falta de
apetite de algumas medicações para TDAH) que podem piorar a outra
condição. Veja quais foram as outras medicações que o paciente já utilizou
e procure por efeitos colaterais. Trocar as formulações e as dosagens, por
exemplo, pode reduzir as cefaleias.
. Procure por outras condições que podem causar cefaleias ou desencadear
migrâneas, tais como transtornos do humor ou transtornos do sono.
. Aconselhe hábitos e estilos de vida saudáveis.
Informe ao paciente sobre a importância de um sono correto, da nutrição e
hidratação, e dos exercícios na redução das cefaleias e enxaquecas e na
melhora de todo o funcionamento do organismo. Faça uma abordagem
individualizada; certos alimentos podem desencadear enxaquecas e alguns
pacientes podem ser beneficiados por exercícios de baixo impacto. Peça
para o paciente fazer um diário de suas dores de cabeça, para ajudar a
entender o que as desencadeia.
. Estimule os pacientes a adotarem técnicas de gerenciamento do estresse e
outras abordagens cognitivo comportamentais. O estresse é um dos mais
comuns desencadeadores de muitos tipos de dor de cabeça. Aprender a
lidar com o estresse, por meio de meditação, relaxamento muscular
progressivo e outras estratégias, pode aliviar a dor e ajudar os pacientes a
lidar antecipadamente e durante as dores de
cabeça.
A disforia pré-menstrual (DPM) é uma condição de saúde hormonal que causa problemas graves de humor e de funcionamento, e afeta desproporcionalmente pessoas com TDAH ou Autismo. Conheça, aqui, os sintomas, causas e tratamentos da DPM.
Por Tori Morales. Atualizado em 30 de agosto de 2022.
Uma paciente preenche os critérios diagnósticos para TDPM se ao menos cinco dos seguintes sintomas forem atendidos, incluindo pelo menos um de cada categoria. Os sintomas devem causar angústia ou interferir nas atividades de vida diária durante a maioria dos ciclos menstruais ao longo do ano anterior:
Categoria A:
Humor instável e facilmente influenciado
Irritabilidade
Humor depressivo ou sem esperança
Ansiedade ou tensão
Categoria B:
Diminuição do interesse em atividades habituais
Dificuldade de concentração
Fadiga
Mudanças de apetite
Dificuldades de sono, insônia ou hipersônia
Sentimento de sobrecarga
Sintomas físicos: sensibilidade mamária, dor articular ou muscular, sensação de inchaço
ou ganho de peso
Embora o TDPM compartilhe sintomas com síndrome pré-menstrual (TPM), o TDPM é menos comum e mais grave. A TPM pode ocorrer em até 48% das pessoas que menstruam, enquanto o TDPM só ocorre em 3 a 9%. Além disso, os sintomas de TDPM interferem no funcionamento diário, e muitas vezes requerem medicação para resolver. Pessoas com TDPM estão em risco de suicídio e tentativas de suicídio, por isso o diagnóstico e o tratamento são vitais. Algumas pessoas que não atendem aos critérios para TDPM podem ter TPM grave e se beneficiar de tratamento semelhante.
Autismo, TDAH e TDPM
O TDPM afeta desproporcionalmente pessoas com TDAH e autismo. Até 92% das mulheres autistas e 46% das mulheres com TDAH sofrem de TDPM, embora as estimativas variem. Não se sabe por que afeta certas populações mais do que outras, embora existam várias teorias. As possíveis explicações incluem:
Genética. O TDPM é altamente herdável, indicando que há uma ligação genética.
Sensibilidade hormonal. Como pessoas com TDAH têm reduzidos níveis de dopamina em todo o cérebro, flutuações hormonais podem ser mais propensas a reduzir a dopamina a níveis criticamente baixos, levando a sentimentos mais severos de exaustão, mau humor e falta de motivação. Além disso, o estrogênio pode afetar as vias celulares que foram implicadas no TDAH.
Sensibilidade sensorial. As pessoas autistas geralmente têm maior sensibilidade sensorial e, portanto, podem ser mais propensas a serem afetadas negativamente pelos sintomas relacionados à menstruação.
O TDPM possui vários tratamentos que vão desde mudanças no estilo de vida até medicamentos.
Antidepressivos. Alguns inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs) têm se mostrado eficazes na redução dos sintomas psiquiátricos do TDPM.
Contraceptivos. Os contraceptivos hormonais regulam os hormônios e podem aliviar os sintomas físicos e psiquiátricos de TDPM.
Mudanças no estilo de vida. Embora a maioria das pessoas com TDPM grave se beneficie da medicação, mudanças no estilo de vida, como melhor alimentação e exercícios, podem melhorar alguns sintomas.
Crescendo com TDAH, eu ficava envergonhada e triste. Levou anos para que eu descobrisse a alegria em minha vida. Aqui estão as coisas que, então, eu queria saber sobre o TDAH. Por Elizabeth Broadbent. ADDITUDE. Atualizado em 23 de junho de 2022.
Fiquei sem um diagnóstico oficial de TDAH até os meus 30 anos. Em toda minha vida, entretanto, todos sabiam que eu não era igual aos meus colegas neurotípicos. Eu estava sempre meio avoada, socialmente mais desajeitada. Meus comportamentos não mudaram muito desde que eu era criança, mas minha atitude em relação a eles com certeza mudou. Aprendi a trabalhar com meu transtorno; aprendi que algumas coisas não eram por minha culpa. Quando penso na criança confusa e desajeitada que eu era, quero me abaixar e me abraçar. É difícil ser uma criança com transtorno de deficit de atenção (TDA ou TDAH). Gostaria de ter sabido de algumas coisas.
1- Não é culpa sua. Você tem um transtorno que pode ser diagnosticado, quantificado, não importa o que Tom Cruise e alguns sabichões digam. Você não é neurotípico: seu cérebro não funciona do mesmo modo que o de outras pessoas. Isso não é algo que você possa controlar. Não é algo que você possa mudar. Você pode trabalhar com isso. Pode obter ajuda para isso. Mas seu TDAH não é culpa sua. Os efeitos dele não deveriam produzir culpa moral ou espiritual. As falhas do TDAH não são uma deficiência de caráter.
2- Só porque tirou um 10, não significa que é o seu melhor. Você pode seguir em frente porque é esperto, e porque um 10 ainda conta como um 10 no seu boletim escolar. Mas você pode fazer melhor. Não dê de ombros só porque conquistou a nota sem se esforçar. Você precisa dar duro como qualquer outra pessoa. Você pode acertar todas as questões, se estudar.
3- Aprenda a estudar e a ler. Você não tem a menor ideia de como estudar. Tudo bem, mas você precisa aprender. Isso lhe dará um 10 em vez de 9 e o ajudará a chegar à faculdade. Você também precisa aprender a ler: ninguém desliza por vastas partes do texto. Você tem de ler palavra por palavra, sem pular para a frente ou para trás. É uma habilidade que leva tempo para desenvolver. Quando for para a universidade, descobrirá que não poderá ler Martin Heidegger deslizando e aos pulos.
4- Não é normal passar a aula de matemática brincando com suas borrachas. Sim, Mr. Unicorn Eraser e Mr. Fairy Eraser podem montar uma casa junto com sua caixa de lápis. Mas isso não o ajudará a aprender a tabuada de multiplicação. Não se desligue somente porque não conseguiu entender. Não se prenda ao que vem fácil e que parece interessante. Você pode precisar de medicação para ajudar a terapia cognitiva comportamental. Está O.K.
5- Não há nada de errado com medicamentos. Você pensava que seu amigo que tomava Prozac era um doido. Se você tomasse Ritalina, não teria de gastar metade do período andando pelos corredores, fingindo ir ao banheiro. A medicação bem conduzida pode ajudá-lo, se os seus pais apoiarem (pode ser que eles não queiram, mas deveriam).
6- Você não é uma cadete espacial. Você já foi chamada de um monte de coisas: cabeça de vento, loira burra, avoada. Você não é nada disso. Você tem um problema em se concentrar nas coisas. Essas coisas incluem pessoas e conversas. Você tem dificuldade de se lembrar de nomes, fisionomias e datas (especialmente para os trabalhos escolares e os compromissos). Isso é um sintoma do seu TDAH. Não é uma falha moral ou um sinal de que você seja burro.
7- Você perderá coisas. No jardim de infância, quando você perdia sua mochila, ela estava nas suas costas. Você esquece das coisas, como o dinheiro para o lanche. Você perde as chaves do armário. Isso é normal, e não vai melhorar. Tudo bem. Você é um “TDAH normal”.
8- Atividade social é difícil. Você tende a dizer alguma coisa sem nada a ver, no meio de uma conversa. Você interrompe as pessoas. Suas contribuições para uma conversa normal podem ser completamente irrelevantes para todos, menos para você. Tudo isso afasta as outras crianças e torna difícil fazer amigos. Você pode descobrir que está fazendo essas coisas e se esforçar para não fazer. Sua vida ficará mais fácil. Mas isso tudo é comportamento normal do TDAH. Não é porque você seja um perdedor inveterado.
9- Estrutura facilita as coisas. Quando você está em uma escola católica, os cadernos de tarefas de casa, o sublinhar trechos, e as regras rígidas de que caneta usar podem ser chatas. Mas manterão a pior parte dos seus sintomas ao largo. Só de escrever sua tarefa de casa em um caderno especificado, já significa que você provavelmente a fará. Colocar os cadernos em determinados locais da sua mesa significa que não irá perdê-los. Pode ser a maneira mais fácil de guardá-los juntos, sem a ajuda dos outros.
10- Tudo ficará mais fácil. Um dia, você crescerá e as pessoas a chamarão carinhosamente de “Mulher Maravilha”, em vez de xingá-la de “Dumbo”. Você terá um diagnóstico psiquiátrico correto e descobrirá adaptações para o seu transtorno. Ainda perderá suas chaves, seu celular, seu cartão de crédito e esquecerá o dia em que o lixeiro passa, e não ouvirá o que seus filhos estão dizendo. Mas, você não verá essas coisas como falha moral. Não desperdiçará energia emocional em vergonha. Saberá que é o seu TDAH. Vai mover seus olhos para cima, incomodada e seguirá em frente.
O que você gostaria que seu filho com TDAH soubesse?
TDAH (ADHD) OU TRANSTORNO BIPOLAR ?
Dr. Willian Dodson, M.D.
Tome cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor
Somente uma em dez crianças com TDAH se livra dos sintomas ao crescer.
Aproximadamente 90% das crianças com TDAH não superam o transtorno quando se tornam adultas, de acordo com uma nova pesquisa. Ela também revelou que o TDAH aumenta e diminui para muitos indivíduos conforme eles envelhecem.
Por Nathaly Pezantez – Agosto/2021
A maioria das crianças com TDAH não se livra do transtorno, de acordo com uma nova pesquisa publicada neste mês no The American Journal of Psychiatry, o que muda a noção amplamente aceita de que os sintomas do TDAH geralmente não persistem na idade adulta..
Os achados do estudo, que seguiu 558 crianças com TDAH do Multimodal Treatment Study od ADHD (MTA) durante 16 anos, mostram que somente 9,1% dos indivíduos se “recuperaram” do TDAH ao final da pesquisa, quando a maioria dos participantes tinha cerca de 25 anos de idade.
A pesquisa também descobriu que os sintomas do TDAH melhoram e pioram ao longo do tempo para muitos indivíduos que continuam a sofrer do transtorno. “Os resultados sugerem que cerca de 90% dos indivíduos com TDAH na infância continuarão a sofrer com os sintomas e deficiências, embora algumas vezes flutuantes, ao menos até o início da vida adulta.”
Os achados, segundo os autores, se afastam da conclusão histórica de que o TDAH da infância persiste na idade adulta em cerca de 50% dos casos. “Esta conclusão é tipicamente baseada em pontos finais únicos, deixando de considerar os padrões longitudinais de expressão do TDAH”, escreveram os autores.
Para a pesquisa, os autores examinaram dados sobre os sintomas do TDAH, nível de deficiência, comorbidades existentes e o tratamento utilizado em oito avaliações a que os participantes se submeteram, como parte do MTA. (A avaliações de acompanhamento foram feitas de 2 a 16 anos após a linha e base.) Os autores identificaram os participantes com remissão completa, com remissão parcial e os com TDAH persistente em cada ponto do tempo. Recuperação completa foi definida como remissão mantida através de múltiplos pontos, até o final do estudo, na ausência de tratamento para o TDAH.
Cerca de 30% dos participantes tiveram remissão completa em algum ponto de estudo, porém, a maioria (60%) sofreu recorrência do TDAH depois da remissão inicial. Somente cerca de 10% dos participantes demonstraram persistência estável do TDAH ao longo dos pontos de avaliação. No geral, cerca de 63% dos participantes tiveram períodos de flutuação de remissão e recorrência, que devem ter sido impactados pelo estado do tratamento na ocasião.
Os autores dizem que os resultados apoiam uma perspectiva mais completa sobre o TDAH, especialmente sua tendência a flutuar na aparência. Os médicos, sugerem os autores, podem falar para as famílias que a maioria dos adolescentes e adultos jovens com TDAH sentirão ao menos algum alívio dos seus sintomas, que poderão ser modulados pelo tratamento e pelas circunstâncias pessoais ou de vida. Os achados também revelam a importância pacientes, mesmo após tratamento bem sucedido.
O
canabidiol (CBD) é um dos principais componentes da planta cannabis
que tem demonstrado efeito contra ataques epilépticos. Após
seu desenvolvimento clínico, foi aprovado pela Agência Europeia de
Medicamentos em setembro de 2019 para o tratamento de convulsões
associadas à síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) e síndrome de Dravet
(SD), em combinação com clobazam. (CLB), em pacientes a partir de
dois anos de idade.
Com
base nestas premissas, um grupo de investigadores do Hospital
Infantil da Universidade Niño Jesús e do Hospital Ruber
International (Madrid), da Clínica Universitária de Navarra e do
Hospital Universitário e Politécnico La Fe (Valência), desenvolveu
um estudo, publicado na Revista
Neurologia,
cujo objetivo foi estabelecer algumas recomendações para o manejo
do CBD derivado da planta altamente purificada acordadas por
especialistas espanhóis no tratamento da epilepsia para seu uso em
pacientes com SD e LGS, com base em sua experiência clínica e
evidência científica.
Os
autores concluem que, para otimizar o tratamento com CBD, um esquema
de escalonamento lento da dose (quatro semanas ou mais) é
recomendado até atingir a dose máxima recomendada ou o efeito
desejado, reduzindo os medicamentos anticonvulsivantes concomitantes
caso surjam efeitos adversos devido às interações e manutenção
do tratamento por pelo menos seis meses, se tolerado. A eficácia
e a segurança do CBD devem ser avaliadas individualmente,
considerando o benefício e o risco para cada paciente.
[Rev Neurol. 2021 10 de setembro; 73 (S01): S1-S8. doi: 10.33588 / rn.73S01.2021250.]JJ García-Peñas, A. Gil Nagel-Rein, R. Sánchez-Carpintero, V. Villanueva.
D. Martín Fernández-Mayoralas , AL Fernández-Perrone , S. López-Arribas , A. Pelaz-Antolín , A. Fernández-Jaén
Introdução. Entende-se
por adoção ou filiação adotiva o ato jurídico pelo qual se cria
um vínculo de parentesco entre duas pessoas, de forma que entre
elas se estabeleça uma relação de paternidade ou
maternidade.
Objetivos.
Tentar expor os problemas derivados da exposição pré-natal ao
álcool e outros fatores de risco, da hipoestimulação durante o
'período crítico' em pacientes institucionalizadas (especialmente
aquelas adotadas em países do Leste Europeu) e sua relação com o
transtorno de Deficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH ) Fazer
uma abordagem para o diagnóstico, prevenção e tratamento desses
problemas.
Desenvolvimento.
Essas crianças têm problemas de relacionamento psicossocial,
problemas de comportamento, atraso no desenvolvimento da linguagem
ou da leitura e, acima de tudo, TDAH. Há uma enorme
dificuldade prática em separar os dois fatores durante a avaliação
de crianças adotadas de países do Leste Europeu em consultas
neurológicas pediátricas. A inter-relação de todos esses
fatores não é bem conhecida.
Conclusões. Existe
uma relação estreita entre a exposição pré-natal ao álcool e as
consequências da adoção. São necessários estudos
randomizados e controlados por placebo, com amostras populacionais
maiores, para verificar o benefício e o perfil dos efeitos
colaterais, tanto com os psicoestimulantes quanto com a atomoxetina
nesse grupo de pacientes.
REV NEUROL 2015; 60 (Suplemento 1): S103-S107]PMID: 25726813DOI: https://doi.org/10.33588/rn.60S01.2014563
REV NEUROL .
O declínio cognitivo da idade não é inevitável? (Alzheimer, Demência, Parkinson)
Batya Swift Yasgur 20 de abril de 2021
Presume-se com frequência que o declínio cognitivo é parte inexorável do envelhecimento, mas um recente estudo com centenários sugere o oposto. Pesquisadores descobriram que, apesar de apresentarem neuropatologias relacionadas com a doença de Alzheimer, muitos centenários mantiveram altos níveis de desempenho cognitivo. "O declínio cognitivo não é inevitável", disse para o Medscape a autora sênior, Dra. Henne Holstege, Ph.D., professora assistente do Amsterdam Alzheimer Centre and Clinical Genetics no Amsterdam Universitair Medische Centar, na Holanda. "Aos 100 anos ou mais pode-se preservar um alto nível de desempenho cognitivo durante muitos anos, mesmo quando as pessoas são expostas a fatores de risco associados ao declínio cognitivo", disse a autora. O estudo foi publicado on-line em 15 de janeiro no periódico JAMA Network Open. Escapar do declínio cognitivo A Dra. Henne disse que seu interesse em pesquisar o envelhecimento e a saúde cognitiva foi inspirado pela "fascinante" história de Hendrikje van Andel Schipper, que morreu aos 115 anos de idade em 2015, "inteiramente sadia em termos cognitivos". Sua mãe, que morreu aos 100 anos, também teve a cognição preservada até o final de sua vida. "Eu queria saber como é possível que algumas pessoas possam escapar completamente de todos os aspectos do declínio cognitivo mesmo chegando a extremos de idades", disse a Dra. Henne. Para descobrir o segredo da saúde cognitiva dos anciãos mais longevos, a Dra. Henne iniciou o 100-Plus Study, feito com uma coorte de centenários plenos. Os pesquisadores fizeram uma grande bateria de testes neuropsicológicos e coletaram amostras de sangue e fezes para examinar "a miríade de fatores que influenciam a saúde física, como a genética, a neuropatologia, os marcadores séricos e o microbioma intestinal, a fim de explorar as constelações moleculares e neuropsicológicas associadas ao escape do declínio cognitivo". O objetivo da pesquisa foi investigar "até que ponto os centenários conseguiram preservar sua saúde cognitiva após a inclusão no estudo, e até que ponto isso estava associado a características genéticas, físicas ou neuropatológicas", disse a pesquisadora. O estudo contou com 330 centenários que completaram uma ou mais avaliações neuropsicológicas. Havia exames neuropatológicos disponíveis para 44 participantes. Para avaliar o desempenho cognitivo ao início do estudo, os pesquisadores fizeram vários testes neurocognitivos, bem como o miniexame do estado mental, a partir dos quais foram calculadas as médias de pontuação z para os domínios cognitivos. Outros fatores considerados na análise foram sexo, idade, estado do gene APOE, reserva cognitiva, saúde física e se os participantes eram autônomos. Na autópsia, foram avaliados os níveis de amiloide ß (Aß), os níveis de acúmulo intracelular da proteína tau fosforilada em emaranhados neurofibrilares e a quantidade de placas neuriticas. Resiliência e reserva cognitiva Ao início do estudo, a mediana de idade dos centenários (N = 330; 72,4% de mulheres) foi de 100,5 anos (intervalo interquartílico de 100,2 a 101,7). Pouco mais da metade (56,7%) vivia com autonomia e a maioria tinha boa visão (65,0%) e audição (56,4%). A maioria (78,8%) caminhava sozinha e 37,9% alcançaram o mais alto nível da International Standard Classification of Education do ensino superior. Os pesquisadores encontraram "graus variados de neuropatologia" nos cérebros de 44 doadores, como Aß, emaranhados neurofibrilares e placas neuríticas. O tempo de acompanhamento da análise das trajetórias cognitivas variou de 0 a 4 anos (mediana de 1,6 anos). As avaliações de todos os domínios cognitivos não apresentaram declínio, com exceção de uma "discreta" diminuição da função da memória (ß - 0,10 desvio padrão, DP, por ano; intervalo de confiança, IC, de 95% de - 0,14 a - 0,05 DP; P < 0,001).
O desempenho cognitivo foi associado a fatores da saúde física ou da reserva cognitiva, por exemplo, maior independência na realização das atividades da cotidianas, avaliados pelo índice de Barthel (ß 0,37 DP por ano; IC 95% de 0,24 a 0,49; P < 0,001) ou escolaridade de nível superior (ß 0,41 DP por ano; IC 95% de 0,29 a 0,53; P < 0,001). Apesar de terem sido encontrados os sinais neuropatológicos "oficiais" da doença de Alzheimer post-mortem nos cérebros dos centenários, estes sinais não comprometeram o desempenho cognitivo nem a velocidade do declínio cognitivo. Os alelos do gene APOE4 ou APOE3 também não foram significativamente associados ao desempenho ou ao declínio cognitivo, sugerindo que os "efeitos dos alelos do gene APOE ocorrem antes dos 100 anos de idade", observaram os autores. "Nossas observações sugerem que, após atingir os 100 anos de idade, o desempenho cognitivo permanece relativamente estável durante os anos subsequentes. Portanto, esses centenários podem ser resilientes ou resistentes a diferentes fatores de risco de declínio cognitivo", escreveram os autores. Os pesquisadores também levantaram a hipótese de a resiliência poder ser atribuível à existência de maior reserva cognitiva. "Nossos dados preliminares indicam que cerca de 60% da chance de chegar aos 100 anos de idade é hereditária, portanto, a fim de obter uma melhor compreensão de quais são os fatores genéticos associados à manutenção da saúde cognitiva, estamos buscando quais variantes genéticas ocorrem mais comumente nos centenários em relação às pessoas mais jovens", disse Dra. Henne. "É claro que é necessário realizar mais pesquisas para compreender melhor como estes elementos genéticos podem manter a saúde cerebral", acrescentou a autora. Divisor de águas Convidado pelo Medscape para comentar o estudo, o médico Dr.Thomas Perls, professor de medicina na Boston University School of Medicine, nos Estados Unidos, disse que o estudo é "um marco" na pesquisa da longevidade excepcional em seres humanos. O Dr. Thomas, que redigiu o editorial que acompanha o estudo e não participou da pesquisa, observou que "não se pode absolutamente presumir um certo nível de deficiência ou risco de doença somente porque uma pessoa chegou a um extremo de idade – na verdade, se for o caso, a sua capacidade de chegar a idades muito mais longevas provavelmente indica resistência ou resiliência aos problemas relacionados com o envelhecimento". Compreender o mecanismo da resiliência pode levar ao tratamento ou à prevenção da doença de Alzheimer, disse o editorialista. "As pessoas precisam ter cuidado com os mitos e as atitudes relacionados com o envelhecimento e não presumir que quanto mais você envelhece, mais doente fica, porque há muita gente mostrando que não é bem assim", advertiu o comentarista.
O estudo foi subsidiado pela Stichting Alzheimer Nederland e pela Stichting VUmc Fonds. A pesquisa do Amsterdam Universitair Medische Centar faz parte do programa de pesquisa de degeneração neural da Amsterdam Neuroscience. Dra. Henne Holstege e o Dr. Thomas Perls informaram não ter nenhum relacionamento financeiro relevante. Os conflitos de interesses dos outros autores estão descritos no artigo original. JAMA Netw Open.
Publicado on-line em 15 de janeiro de 2021. Texto completo, Editorial Siga o Medscape em português no Facebook, no Twitter e no YouTube Medscape Notícias Médicas © 2021 WebMD, LLC Citar este artigo: O declínio cognitivo da idade não é inevitável? - Medscape - 20 de abril de 2021.
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