terça-feira, 8 de julho de 2014

348- TDAH - Como enfrentar seu hiperfoco


O que é hiperfoco? É a habilidade natural dos portadores de TDAH de bloquear todas as distrações e de se concentrar completamente até que a tarefa esteja terminada. Siga as dicas desses especialistas para desfrutar dos benefícios do hiperfoco e para fazer mais coisas com o TDAH do adulto. Pelos editores de ADDitude.

O reverso da distração.

Não é nenhum segredo que os portadores de TDAH têm dificuldade para manter a atenção nas coisas que eles acham chatas. Mas o inverso também é verdadeiro: Nós podemos prestar atenção tão intensamente (focar) em coisas que realmente nos interessam, que ficamos indiferentes ao mundo que nos cerca, por longos períodos de tempo. Esse sintoma comum do TDAH é chamado de hiperfoco, e pode ser um benefício se aprendermos a dirigir nossa atenção de modo produtivo. Leia adiante dicas sobre como fazer isso.

1- O hiperfoco explicado

Do mesmo modo que a distração, o hiperfoco é tido como o resultado de níveis anormalmente baixos de dopamina, um neurotransmissor que é particularmente ativo nos lobos frontais do cérebro. Essa deficiência de dopamina torna difícil "mudar as marchas" para iniciar tarefas chatas porém necessárias.

2- Recompensas instantâneas

Dr. Russel Barkley, Ph.D., famoso especialista em TDAH, diz que "Crianças e adultos com TDAH têm dificuldade de mudar a atenção de uma coisa para outra. Se estão fazendo algo de que gostem ou que achem psicologicamente recompensador, tenderão a permanecer nesse comportamento até muito depois que outras pessoas normalmente já teriam mudado para outras coisas. Os cérebros das pessoas com TDAH são movidos por atividades que dão feedbacks (retornos positivos) imediatos".

3- Quando o hiperfoco é problemático

O foco desenfreado pode ser uma ruindade. Deixado sem controle, pode levar a horas perdidas online, ao fracasso escolar, à baixa
produtividade no trabalho, e a relacionamentos tensos com amigos e em casa. Finalmente, a melhor maneira de lidar com o hiperfoco é não brigar com ele, mas enfrentá-lo.

4- Estabeleça prioridades cuidadosamente

Uma maneira de fazer o hiperfoco trabalhar a seu favor é organizar estrategicamente sua lista de coisas a fazer. Cuide bem das tarefas que sejam sempre importantes (marcar ou confirmar uma reunião, ir buscar seu filho etc.) antes de iniciar um trabalho que você sabe que vai comandar toda sua atenção.

5- Programe um despertador

Para ter mais controle sobre seu hiperfoco, decida, antes do início, quanto tempo você terá de ficar imerso em um trabalho. Então, ajuste um alarme, despertador ou timer de cozinha para tocar quando for a hora de parar.

6- Monte um sistema de apoio

Peça a um membro da família ou a um amigo para ajudá-lo a ficar no controle do seu hiperfoco - quer seja uma ajuda (lembrá-lo de que sua família sentirá sua falta quando você ficar absorvido em um trabalho em casa) ou um gesto (colocar uma mão no seu ombro ou  entre você e a tela do computador, quando você estiver lá já por horas).

7- Estabeleça metas para si mesmo

O hiperfoco tem maior probabilidade de ocorrer quando você estiver engajado em tarefas que sejam desafiadoras, que sejam importantes para você, e nas quais você pode fazer progressos. Tire vantagem disso! Se você tiver uma meta que esteja de acordo com algo que o deixe excitado, você terá mais chance de ficar ligado à tarefa e de terminar o trabalho.

8- Abra-se com os outros


Fale com sua mulher (ou marido) ou outra pessoa importante sobre o hiperfoco. Explique que é parte do seu TDAH e que você não pode ligar e desligar quando quiser. Assegure à sua mulher (ou marido) que seu foco em outras coisas que não ela (ou ele) não é o reflexo do seu interesse nela (ou nele) ou do seu amor por ela (ou ele).

ADDitude

quinta-feira, 3 de julho de 2014

347- São seguros os "feriados" de medicamento para o TDAH?


Você está pensando e dar uma parada na medicação para o TDAH nessas férias? Eis aqui o que você precisa saber sobre os prós e os contras de fazer "feriados" de medicação - e qual a melhor maneira de tentar parar ou fazer uma redução da dose. Por Carl Sherman e os editores de ADDitude.

Dar uma parada na medicação

Para muitos de nós, a medicação para o TDAH é um fato da vida. Assim é, também, parar de tomar a medicação - ou querer parar de tomar. Tomar comprimidos dia sim dia não pode ser uma dificuldade para adultos, pais e filhos - mas assim também é o reaparecimento dos sintomas que frequentemente acompanham uma diminuição ou a parada da medicação para o TDAH. Como você aborda a decisão de fazer feriados de remédio, entretanto, faz toda a diferença no tratamento do seu TDAH. Eis aqui o que você precisa saber.

Por que os pais interrompem a medicação para o TDAH?

Em recente pesquisa de ADDitude, 48% dos pais disseram que planejavam fazer uma pausa na medicação para o TDAH nas férias. As razões eram tão variadas quanto os 200 indivíduos pesquisados, entretanto motivações em comum incluíam:

* 64%: Diminuição do apetite ("Eu esperava que ele melhorasse")
* 60%: Avaliação dos sintomas ("Queria ver se tinha melhorado")
* 58%: Somente para o aprendizado ("Só dou nos dias de aula")
* 52%: Férias escolares ("Sempre paro nas férias")
* 38%: Efeitos colaterais (Meu filho não gosta do jeito que ele fica")

Os "feriados" de medicação para o TDAH funcionam?

Dos 59% de pais que disseram que pararam ou diminuíram os medicamentos para TDAH de seus filhos nas últimas férias, só a metade considerou o "feriado" um sucesso. 41% disseram que uma diminuição na medicação para o TDAH causou mais problemas que soluções; 59% acharam a parada positiva. Muitos pais relataram "problemas com o controle dos impulsos", "falta de foco", "estresse emocional" e um caos na organização do lar que os levaram a abandonar o "feriado de medicação" ou ficar ao menos com uma pequena dose.

Boas experiências com os "feriados de medicação"

Aproximadamente 10% das pessoas pesquisadas disseram que o "feriado de medicação" foi um sucesso tão grande que eles "nem mais se lembraram de medicação até a volta às aulas". Os benefícios citados da parada da medicação incluíam aumento de peso, menos mudanças de humor e menos desafio. Outros pais com crianças diagnosticadas com o tipo desatento do TDAH disseram que, sem o trabalho escolar de casa para ser feito, a medicação não tinha sido necessária nas férias escolares.

Um pequeno teste de descontinuação

Muitas pessoas escolheram parar a medicação porque elas "se sentiam bem". Elas pensavam: Eu me sentirei tão bem se parar a medicação? Não é uma má questão, diz Timothy Wilens, M.D. Mas, há um jeito certo e um jeito errado de parar a medicação. "Eu indico uma tentativa de descontinuação se a pessoa estiver livre de sintomas por vários meses", diz Wilens. "O que você quer saber é se a medicação foi a responsável por toda a melhora, ou se o transtorno melhorou por si".

Eu superei o TDAH

O TDAH é um transtorno neurológico crônico, mas às vezes ele parece que desaparece. Os estudos sugerem que muitas crianças com TDAH superam aspectos do transtorno antes de chegar à idade adulta. Por quê? Alguns pesquisadores teorizam que o processo de maturação do cérebro, que dura décadas, gradualmente repara os circuitos cerebrais errados associados ao TDAH. Outros atribuem a melhora à gradual aquisição de habilidades de adaptação. Se os sintomas são leves, e as habilidades de adaptação também foram aperfeiçoadas, diz Wilens, a medicação se torna desnecessária.

Até logo, efeitos colaterais

Mesmo em casos nos quais a medicação ainda atue, os efeitos colaterais podem ser insuportáveis. Essa é uma razão comum para que tanto crianças quanto adultos com TDAH façam uma parada da medicação quando eles conseguem. "Fiquei livre dos remédios por várias vezes", diz Robert Jergen, Ph.D., 36 anos, professor associado de educação especial na Universidade de Wisconsin, em Oshkosh. "Algumas drogas causavam dor intestinal. Outras faziam meu coração disparar. Uma foi eficaz em reduzir minha hiperatividade, mas eu não conseguia dormir. A última medicação que usei fez com que minha ereção ficasse difícil de surgir e de ser mantida, e provocou tiques vocais".

Como parar a medicação

Se você está pensando em abandonar a medicação, os especialistas alertam que deva fazer isso somente com a aprovação do seu médico. Ele pode lhe dar a luz verde, ou pode lhe sugerir outras opções, tais como associar psicoterapia ou TDAH "coaching" (treinamento) ao seu tratamento medicamentoso. Seu médico pode ser capaz de aliviar suas preocupações por meio do ajuste das doses da medicação ou pela troca por nova medicação. "Um monte de gente não sabe quantas medicações existem para o TDAH", diz Michele Novotni, Ph.D., psicóloga em Pennsylvania.

Dúvida sobre a segurança da medicação

Não pare a medicação do seu filho porque uma notícia de jornal ou no Facebook fala sobre a segurança da medicação. Fale com seu médico sobre as preocupações antes de fazer uma mudança. Dr. Adesman conta sobre o pai de um paciente que queria parar de dar a Ritalina para o seu filho. "O pai estava preocupado por causa de uma notícia que sugeria que as crianças que tomavam Ritalina eram mais propensas a ter câncer", diz Adesman. Esta acusação não foi provada. Depois que Adesman explicou isso, o pai abandonou sua decisão de tirar a medicação do filho, a qual estava sendo muito eficaz.

Adie o julgamento

Não seja muito apressado para declarar o sucesso ou o fracasso. Os estimulantes saem do corpo em horas, mas medicamentos como o Strattera podem continuar a controlar os sintomas por vários dias, talvez semanas, após a última dose. Quando você para a medicação, a hiperatividade volta rapidamente, mas a concentração dificultada e os problemas de organização podem levar até seis meses para se tornarem evidentes. Você pode decidir voltar à medicação. Se for assim, tenha em perspectiva a experiência. Você aprendeu algo valioso.


ADDitude.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

346- TDAH - Dez Erros de Tratamento Que Até Mesmo os Médicos Cometem


Regras de tratamento medicamentoso que seu médico pode não saber - mas que deveria - para diminuir os sintomas e otimizar o plano de tratamento. Por Gina Pera

Informe-se

Muitos adultos ainda encontram profissionais cujo conhecimento do manejo medicamentoso é pontual, incluindo psiquiatras que propagam grande especialização. Seja um consumidor de cuidados de saúde esperto e aprenda tudo o que puder sobre qualquer medicação antes de começar a tomá-la. Ao mesmo tempo, se o seu médico fizer uma das dez declarações seguintes, pode ser que esteja na hora de pular fora e encontrar um novo médico.

1- Meus pacientes adultos com TDAH se dão melhor com este medicamento estimulante.

Médicos que elegem estimulantes "favoritos" não têm uma base comprovada para assim agir, e estão apostando com as suas chances de sucesso. Cada uma das duas principais classes de medicação estimulante (metilfenidato e anfetaminas) pode funcionar para alguns pacientes com TDAH mas não ter efeito em outros. Não há nenhum modo de saber de antemão a que classe de estimulantes você responderá, até que você experimente.

2- Para um adulto do seu peso e altura, começo com esta dosagem.

A dose ótima da medicação não está relacionada com o peso ou a altura da pessoa.

3- Esta é uma dose média de início.

Não há nenhuma dose média de início. A escolha depende de muitos fatores, incluindo sua história de uso de estimulantes, diferenças genéticas, condições coexistentes e a gravidade dos seus sintomas. O cérebro é complexo, e os resultados diferem de pessoa a pessoa.

4- Aumentaremos a dose para 10 mg em duas semanas.

Assim como um profissional não pode prever qual medicação funcionará melhor para você, ou em qual dose de início, ele também não pode prever uma dose ótima final. A dose ótima é identificada por um método chamado titulação: o aumento cuidadoso da dose ao longo do tempo, até que os efeitos colaterais superem os efeitos benéficos, e, então, reduzindo para a dose anterior.

5- Então, como esta medicação está funcionando para você?

Julgar a eficiência da medicação precisa de mais coisas além de perguntar como você está indo. Requer um inventário cuidadoso das mudanças que você está sentindo depois do início da medicação e revisar regularmente o progresso do tratamento, identificando as melhoras ou os efeitos colaterais. Durante a titulação, os especialistas recomendam conversar com o médico semanalmente e marcar consultas a cada três ou quatro semanas.

6- Você vai ter uma grande melhora dos sintomas daqui para a frente.

A pesquisa nos fala muito sobre a eficiência da medicação estimulante, mas não podemos como a medicação afetará cada uma das pessoas. Qualquer efeito positivo não deveria ser exageradamente propagandeado. Na verdade, alguns sintomas podem melhorar dramaticamente em alguns dias, ou até mesmo horas. Mas é importante esperar para julgar o efeito completo, porque leva algum tempo para todos esses dados serem acumulados.

7- Se o estimulante atrapalhar seu sono, teremos que mudar para um não estimulante.

Os problemas de sono entre os pacientes com TDAH são multifacetados e pouco entendidos por muitos médicos. Cada vez mais, a pesquisa aponta para diferenças neurofisiológicas no ritmo circadiano, o relógio biológico interno que nos diz quando dormir. Algumas pessoas com TDAH dormem melhor com estimulantes, que param o "barulho cerebral" e aumentam o foco em ir dormir.

8- Sim, continue a consumir cafeína, se você gosta.

Muitos adultos com TDAH têm uma longa história de amor com a cafeína e com bebidas gasosas cafeinadas. Porém, a cafeína pode exacerbar os efeitos das medicações estimulantes, criando ansiedade e palpitações cardíacas. Você não pode determinar o que está causando esses efeitos - o estimulante ou a cafeína - até que gradualmente diminua a ingestão de cafeína antes de começar a usar os estimulantes.

9- Se você tem pressão alta, você não pode usar estimulantes.

Adultos com TDAH devem passar por um rigoroso exame físico e ter sua pressão arterial aferida antes de começar a usar qualquer medicação nova. Mas a idéia de que a hipertensão impeça a tomada de medicação para o TDAH é um mito. De fato, há medicações para o TDAH que abaixam a pressão arterial - como a guanfacina ou a atensina - e que podem ser usadas como alternativa ou junto com os estimulantes.

10- Se você acha que a medicação estimulante parou de funcionar para você, talvez devamos experimentar outra coisa.

Talvez a medicação  estimulante tenha parado de funcionar por razões neurobiológicas, ou talvez você tenha se  esquecido de como era sua vida antes de começar a usá-la. Depois de algumas semanas de experimentar a novidade da melhora dos sintomas, é fácil se esquecer de onde você veio e onde chegou. Manter anotações do seu progresso é a melhor maneira de saber se a medicação está funcionando.


ADDitude.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

345- Porque as dietas não funcionam: Perca peso do jeito TDAH


Os estudos científicos demonstram uma ligação entre o TDAH e a obesidade. Mas isso não significa que ela não possa ser quebrada - as dicas seguintes o ajudarão a quebrar o ciclo de procurar estimulação, comer por motivos errados e lutar com a frustração ou a baixa autoestima. Por Nancy Ratey e Bob Seay

A Ligação TDAH-Obesidade

A pesquisa médica mostra que os indivíduos obesos têm de cinco a dez vezes mais chance de ter TDAH do que os membros da população em geral. A ligação entre o déficit de atenção e a obesidade é muito real, embora ainda não completamente entendida. Certamente a impulsividade, o planejamento deficiente e a alta intensidade das emoções não ajudam na luta para perder peso, mas deve haver mais coisas em jogo aqui.

Somos Viciados em Dopamina

Como você sabe, uma característica do TDAH são os baixos níveis do neurotransmissor dopamina - uma substância química liberada pelas células nervosas do cérebro. As pessoas com TDAH são "quimicamente ligadas" na procura de mais dopamina, diz John Ratey, M.D., professor de psiquiatria na Harvard Medical School, em Boston. "Comer carboidratos desencadeia uma corrida pela dopamina no cérebro", diz ele. "É o impulso para a sensação de saciedade".

Regule a Sua Dopamina

Para evitar a tentação de regular os seus níveis de dopamina com alimento, pense em mantê-los com o freio de medicação estimulante. Por meio da melhora das funções executivas, os estimulantes ajudam os TDAHs a se tornarem melhores em observar e regular seu comportamento e em evitar o comer compulsivo. Eles também facilitam os TDAHs em seguir em frente com seus planos em relação ao comer e aos exercícios e a serem consistentes.

Belisque Durante o Dia

Para evitar ainda mais o comer excessivo para saciar nosso desejo de dopamina, os adultos com TDAH deveriam fazer o seguinte:

1- Não pule refeições porque está muito atarefado ou distraído. Você terá mais chance de consumir muitas calorias não saudáveis quando atingir o fundo do poço.

2- Lance Levy, M.D., diz que comer várias mini-refeições durante o dia (beliscar) fornece uma fonte de estimulação persistente que pode diminuir as sensações de inquietação nas pessoas com TDAH.

Elimine a Tentação

Mesmo o mais comedido de nós tem dificuldade em resistir aos alimentos doces e salgados quando eles estão de tocaia na copa. Evite o comer compulsivo arrumando um ambiente alimentar que promova a alimentação saudável. Isso significa livrar sua casa de salgadinhos, chocolates e outros tira-gostos que encorajam o comer sem limites, enquanto mantiver alimentos nutritivos e lanches que requeiram pouca preparação. Queijos com pouca gordura, ovos bem cozidos, iogurte, barras de proteína, frutas secas, maçãs, nozes, sementes e laranjas são todos grandes escolhas.

Evite Dietas de Choque

Entenda que as dietas de choque ou os aparelhos para perder peso geralmente produzem um efeito bumerangue que pode levá-lo a pesar mai do que no início. Tente ver sua perda de peso como parte de um grande plano para melhorar toda sua saúde física e mental. Uma perda de peso mantida requer mudanças mantidas tanto em sua dieta quanto em seu comportamento. Você quer mesmo viver comendo só abacaxi ou ovo escaldado para o resto de sua vida? Se não - e quem ia querer? - então você precisa comer refeições equilibradas e fazer mudanças na sua dieta que possa manter ao longo do tempo.

Exercício Libera Dopamina

Você sabia que o exercício pode ajudar a controlar alguns sintomas do TDAH pelo aumento da dopamina e norepinefrina no cérebro? Com atividade física regular, adultos com TDAH podem aumentar os níveis basais de dopamina e norepinefrina pelo desenvolvimento de novos receptores em certas áreas do cérebro, regulando melhor a atenção e reduzindo a tentação de aumentar a dopamina por meio da comida.

Misture Seus Exercícios

Esteiras, máquinas elípticas e bicicletas estacionárias oferecem grande atividade cardiovascular, mas elas também se tornam muito rapidamente chatas. O treino com intervalos é a solução ideal para manter seu interesse. Esse treinamento intercala um curto período de exercícios de alta intensidade com períodos de atividade de baixa intensidade, queimando mais gordura em 20 minutos do que  longos períodos de malhação. Veja como fazer: Aqueça-se por 5 a 10 minutos em uma bicicleta estacionária, esteira ou numa corrida. Então pedale, caminhe e corra tão rápido quanto possa, por 20 a 30 segundos, seguidos por um minuto ou dois de atividade de baixa intensidade. Acelere novamente, então desacelere. Faça isso cinco a seis vezes em 20 minutos.

Seja Realista

Você não engorda 5, 10 ou 15 quilos da noite para o dia, e também não perde tudo isso tão rapidamente. Demora para reverter o efeito de anos de comer demais e de inatividade, então, fale com seu médico a respeito de estabelecer metas realistas de perda de peso. Em relação aos exercícios, muitos adultos com TDAH estabelecem metas que são exageradamente altas - e sem querer preparam o campo para o fracasso. Por exemplo, se você disser que vai fazer exercícios por 30 minutos e fizer somente por 15, você se sentirá tão desencorajado que vai faltar à sua próxima sessão de exercícios.

Estabeleça Metas Viáveis

Primeiro, decida sobre a quantidade mínima de exercício que você acha aceitável - por exemplo, trabalhar por 15 minutos duas vezes por semana. Então, estabeleça uma meta máxima de trabalho fácil, que pode ser, por exemplo, 30 minutos duas vezes por semana. A probabilidade é de que você não terá nenhuma dificuldade de atingir sua meta mínima - e haverá uma boa probabilidade de que você também ultrapassará sua meta máxima.
Atingir suas metas fará com que se sinta bem e o encorajará a aderir aos exercícios. Lembre-se também de aumentar periodicamente suas metas mínimas e máximas, para não cair na rotina.

Monitore Seu Progresso

Pendure um calendário e marque com um X os dias do seu exercício. Faça a coisa simples - não há necessidade de marcar o tempo de exercício, tipo de exercício, voltas, frequência cardíaca etc. Uma vez por mês, reveja o que você conseguiu para ter noção do seu progresso.
Tente usar um aplicativo móvel como MyFitness Pal para facilmente calcular as calorias que você consome a cada dia. Aumentando seu conhecimento do valor calórico dos alimentos comuns pode ajudá-lo a tomar decisões mais coerentes na jornada.

Permaneça Motivado

Perder peso é mais fácil com um companheiro para mantê-lo na rota e dividir suas dores e progressos. Assim, arrume um amigo para seguir em sua jornada de perda de peso. Você pode até querer tornar as coisas mais interessantes com uma aposta sobre quem atingirá a meta primeiro. Dinheiro é um grande motivador, e mesmo o perdedor ganha perdendo peso. Amigos também podem ajudar quando você precisar de um empurrão. Muitos adultos com TDAH começam um programa de exercícios com um tremendo entusiasmo, apenas para perderem o interesse algumas semanas depois. Se isso se aplica a você, escreva para si mesmo uma carta de encorajamento. Dê a carta a um amigo e comece seu programa de exercícios. Peça ao seu amigo que a devolva, quando seu entusiasmo começar a sumir.


ADDitude

quarta-feira, 25 de junho de 2014

344- Níveis de ferro no cérebro podem fornecer informações sobre TDAH


APA - 24/06/2014

Durante anos, o número de diagnósticos de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) aumentou continuamente - por consequência, a prescrição de medicamentos psicoestimulantes também aumentou. Medindo os níveis de ferro no cérebro, cientistas americanos agora esperam ter encontrado uma nova técnica de diagnóstico não invasiva que pode ajudar a prever o transtorno com mais precisão. O estudo foi publicado na revista “Radiology”.
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul (Charleston) examinaram o nível de ferro em 22 crianças com TDAH, assim como em um grupo controle com 27 crianças sadias. Doze dos pacientes com TDAH nunca tomaram nenhuma medicação para tratar o transtorno. Os pesquisadores mediram o nível de ferro usando imagem de correlação de campo magnético, para o qual basta uma amostra de sangue e não é necessário agente de contraste.
Os níveis de ferro no cérebro foram significativamente mais baixos em crianças com TDAH que não estavam em tratamento do que em crianças em tratamento e em sujeitos saudáveis. Entre os dois últimos, os níveis de ferro foram comparáveis, indicando que a terapia medicamentosa pode normalizar os níveis de ferro. Em todos os três grupos, o nível de ferro no resto do organismo estava normal.
O diagnóstico clínico pode melhorar com a ajuda deste biomarcador, principalmente nos casos limite (borderline), disse a autora do estudo Vitria Adisetiyo. Entretanto, os resultados ainda precisam ser confirmados em estudos maiores.
[AVISO IMPORTANTE: NÃO ADIANTA DAR FERRO PARA AS CRIANÇAS. O TRATAMENTO É O TRADICIONAL, COM PSICOESTIMULANTES]

UNIVADIS - MSD

terça-feira, 10 de junho de 2014

343- Dez dicas de produtividade para adultos com TDAH


Use essas dicas para acender o fogo debaixo do seu cérebro e (finalmente) fazer as suas obrigações. Por Stacey Turis

Dicas de produtividade só para os TDAHs

Vamos encarar os fatos. Os TDAHs não são sempre a turma mais produtiva. Planejar o futuro é a nossa kriptonita. Mas isso não significa que não consigamos ter as coisas feitas, só é preciso uma certa maneira de pensar. As seguintes estratégias de produtividade podem não estar no livro de gerenciamento, mas elas funcionam muito bem para nós que temos TDAH.

Seja Realista

Seja realista sobre o tempo necessário para fazer algo - tudo vai demorar ridiculamente mais tempo do que você pensa. Planeje para isso, de modo que você não vai ficar brigando com todo mundo porque perdeu um prazo.

Esqueça a Perfeição

Saiba que você não consegue fazer tudo perfeito. Às vezes, prestando atenção em ser produtivo no trabalho significa que você ou sai para jantar ou a pilha de roupa suja fica enorme. Você é somente um ser humano, então, dê a você mesmo uma folga.

Arrume o Ambiente

Prepare seu próprio ambiente para o foco. Isso significará coisas diferentes para cada um. Para mim, significa ir para meu quarto, fechar a porta, desligar o ventilador de teto, fechar a porta do banheiro, afofar meus travesseiros e deixar as persianas meio abertas de modo que eu ainda possa ver lá fora, mesmo encasulado para hibernar e atacar os itens da minha lista que requerem que eu me sente à frente de um computador.

Reúna Tudo Que Vai Precisar

Apronte-se para o sucesso. Antes de se sentar, faça uma caçada de tudo o que vai precisar e que fique ao alcance de sua mão, de modo que não seja necessário fazer interrupções mais tarde. Creia-me. Você vai adorar arrumar uma desculpa para parar de fazer o que está fazendo - evite essa possibilidade desde o início.

Em Primeiro Lugar as Coisas Divertidas

Faça as coisas divertidas primeiro. Eu sei que isso significa deixar todas as coisas chatas para o final, mas eu tenho uma teoria. Depois que você ganhou aquela dose de dopamina por ter feito as coisas divertidas, seu corpo vai cavar um buraco, procurando o tesouro das coisas boas, e agora tem a motivação para terminar o que não é tão divertido, à procura do que era.

Reserve Tempo Para as Transições

Dê a si mesmo um tempo entre as tarefas - especialmente para os projetos que representem um desafio mental. Marque dez minutos no relógio e saia para uma caminhada, faça ioga, ou beba seu chá preferido. Use esse tempo para se preparar psiquicamente para a próxima tarefa de sua lista.

Divida as Tarefas Maiores

Por causa do risco sempre presente de se distrair, Os TDAHs têm problemas com as tarefas longas, de múltiplas etapas. O segredo de terminar as tarefas maiores é quebrá-las em séries de tarefas menores que possam ser enfrentadas uma de cada vez. As tarefas menores não são tão intimidantes. Se um projeto não pode ser completado em vários dias, mantenha seu pique focalizando somente na etapa seguinte que possa ser feita. Escreva essa etapa em um cartão e o coloque em local visível.

Tire o Lixo do Cérebro

Para muitos TDAHs, a única maneira de manter o controle das coisas que são para serem lembradas é escrevê-las em uma agenda. Cada tarefa deve ser anotada tão logo seja determinada. Se não, ela será deslocada por novos pensamentos, fatos, pedidos ou fofocas. Arrume uma agenda com bastante espaço para anotar suas ideias, assim como seus apontamentos. E nunca saia de casa sem ela. Jamais.

Torne Visível os Prazos

Anote seus prazos onde possa vê-los. Isso vai lembrá-lo de usar seu tempo sabiamente. Tente realçar sua lista de coisas a fazer na sua agenda, cole notas na parede acima de sua mesa, ou crie uma tela de computador que diga algo como: "Julho 31 ou Ferro!"

Nada de Negativo

As palavras negativas que reservamos apenas para nós mesmos são contraproducentes. Você sabia que sua mente inconsciente não computa a negação em linguagem? Isso é certo - o mais profundo recesso da mente não processa a palavra "não". Assim, quando dizemos "Hoje não gastarei o tempo no computador", as palavras são lidas como "Hoje gastarei o tempo no computador".


ADDitude.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

342- Tratando o TDAH Com Um Programa de Exercícios Físicos - Descobertas Iniciais


O exercício pode diminuir os problemas de comportamento e aumentar a cognição em crianças com TDAH?

Os resultados de vários estudos indicam que o exercício alivia as perdas relacionadas com a idade das funções cognitivas e que podem melhorar o funcionamento cognitivo em adultos mais velhos. O exercício também tem sido apontado como um tratamento eficiente para a depressão leve ou moderada.

Embora a pesquisa sobre os efeitos dos exercícios nas funções cognitivas em crianças seja limitada, uma meta-análise, recentemente publicada, de 8 estudos que examinaram os efeitos do exercício no desempenho cognitivo das crianças (veja http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3809922/) concluiu que os exercícios estão associados a melhora da cognição, das realizações acadêmicas, do comportamento e do funcionamento psicossocial das crianças. Entretanto, a pesquisa que suporta essa conclusão é limitada e estudos adicionais são necessários.

E sobre o impacto do exercício físico nas crianças com TDAH? 
Muitos pais cujos filhos têm TDAH relatam que a atividade física é útil, de modo que se pode esperar que esse assunto tenha sido cuidadosamente estudado. Entretanto, embora haja literalmente centenas de estudos sobre o tratamento medicamentoso do TDAH, quase nenhuma pesquisa foi conduzida sobre o exercício como tratamento para o TDAH. Resultados de um pequeno estudo [Medina et al., (2010) - Exercise impact on sustained attention of ADHD children, methylfenidate effects (Impacto do exercício na atenção sustentada de crianças com TDAH, efeitos do metilfenidato). ADHD Attention DEficit and Hyperactivity Disorders, 2, 49-58] mostram significativas melhoras nos testes de atenção computadorizados em seguida a uma atividade física. 

Em um segundo estudo, crianças com TDAH e controles normais mostraram melhora do desempenho na leitura e em matemática, e melhora da atenção, depois de uma sessão de exercícios de 20 minutos [Pontifex et al., (2013). Exercise Improves Behavioral, Neurocognitive, and Scholastic Performance in Children with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (O exercício melhora o desempenho do comportamento, o neurocognitivo e o acadêmico em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Journal of Pediatrics, 162, 543-551].

Embora esses resultados sugiram que o exercício possa ajudar as crianças com TDAH, a utilidade clínica desse trabalho é limitada pela breve duração da sessão de exercícios, isto é, examinar o impacto após uma única sessão de exercícios, e a falta de um seguimento posterior. Vários anos passados, no entanto, resultados de um mais longo teste de atividade física em crianças com TDAH foram publicados [Verret et al. (2011)A physical activity program improves behavior and cognitive functions in children with ADHD: An exploratory studyUm programa de atividade física melhora o comportamento e as funções cognitivas em crianças com TDAH: um estudo exploratório. ]Journal of Attention Disorders, DOI: 10.1777/1087054710379735; esses resultados falam mais diretamente a favor do exercício como tratamento para o TDAH.

O estudo foi feita na França. Os participantes foram 21 crianças de 7 a 12 anos (19 meninos) com TDAH; todos eram diagnosticados com o subtipo combinado ou hiperativo-impulsivo. As crianças encaminhadas para o grupo de tratamento com exercícios eram de uma mesma escola; as crianças de controle foram recrutadas de escolas diversas, em outras áreas. Assim, além do tamanho pequeno da amostra, o estudo não usou a indicação ao acaso,; isso é uma limitação importante.

As crianças no grupo de tratamento completaram o programa de atividade física por 10 semanas em sua escola. O programa consistia em períodos de 45 minutos 3 dias por semana e incluía exercícios aeróbicos, musculares e de habilidades motoras. O objetivo era manter atividade física de moderada a vigorosa durante cada sessão. As crianças de controle participavam da atividade física que era oferecida em suas escolas, mas não tinham nenhum programa especial. Todas as crianças que estavam tomando medicação no início, continuaram a fazê-lo.

Os pais e professores preencheram as escalas de comportamento usando a Child Behavior Checklist (Lista de Avaliação do comportamento da Criança) antes e depois do programa de atividade física. Avaliações objetivas do funcionamento da atenção e da resposta de inibição foram obtidas em intervalos iguais utilizando o Test of Everyday Attention (Teste de Atenção Diária). As escalas e os testes foram obtidos antes e depois da intervenção em 18 dos 21 participantes.

Resultados

Depois de estabelecer as notas de base, as crianças do grupo de exercícios tiveram notas dos pais significativamente mais baixas após os testes para problemas sociais, problemas de atenção , problemas de raciocínio e problemas totais. As notas para a escala de "withdrawn-depression" (isolamento-depressão) eram levemente menores. Entretanto, apesar dos benefícios associados ao exercício, as notas médias para as crianças do grupo de exercícios permaneceram clinicamente elevadas na maioria dos casos. As notas dos professores favoreceram consistentemente as crianças do grupo de exercícios mas eram estatisticamente significantes somente para os graus de ansiedade-depressão e problemas sociais.
Os resultados para o Teste de Atenção Diária indicaram que as crianças do grupo de exercícios mostravam melhora na atenção auditiva sustentada.

Resumo e Implicações

Os resultados desse estudo exploratório fornecem evidência preliminar que o exercício pode reduzir problemas de comportamento e aumentar a atenção em crianças com TDAH. Isso é evidente nas notas apuradas pelos pais e, em menor grau, nas notas dos professores. Também há alguma evidência de melhora da atenção em um teste objetivo. Mesmo assim, entretanto, as notas para crianças do grupo de exercício tendem a permanecer na faixa elevada.
Enquanto esses resultados sejam promissores, o estudo é limitado pelo pequeno tamanho da amostra e pela ausência de escolha ao acaso para os grupos de tratamento e de controle. Além disso, os pais e professores não estavam cegos quanto ao estado das crianças e isso pode ter influenciado as notas das crianças do grupo de exercício.

É interessante que a despeito de milhares de estudos que foram feitos sobre o TDAH, esse é o único teste que eu pude descobrir em que se examina o exercício como uma intervenção. E, pelas razões anotadas acima, essa é uma investigação muito preliminar.

Espera-se que estudos maiores e mais bem controlados do exercício como uma intervenção para o TDAH sejam realizados em futuro bem próximo porque tais estudos certamente já estão atrasados. Nesse ínterim, um programa sistemático de atividade física poderia trazer importantes benefícios para a saúde de todas as crianças, e poderia desempenhar um papel complementar na redução dos problemas de comportamento  e nos problemas cognitivos associados ao TDAH.

Mais uma vez, obrigado por seu contínuo interesse em nosso boletim. Espero que tenha gostado desse artigo e o achado de utilidade.

Sinceramente, Dr. David Rabiner, Ph.D. Research Professor
Dept. of Psychology & Neuroscience - Duke University
Durham, NC 27708 - USA

quarta-feira, 28 de maio de 2014

341- Dentro da mente de um adolescente masculino com TDAH


Quatro maneiras pelas quais os pais podem manter seus filhos com déficit de atenção no colegial e aptos para a admissão à faculdade - mesmo quando eles recusam a ajuda. Por Blythe Grossberg, Psy.D.

Adolescentes masculinos com transtorno de déficit de atenção enfrentam sua cota de obstáculos na escola: Geralmente eles são inquietos em sala de aula, e suas habilidades verbais são menores do que as das meninas. Como resultado, eles podem ficar para trás em relação às jovens mocinhas com TDAH (e das meninas com TDAH) nas notas dos testes padronizados e nas taxas de admissão à faculdade. Isso é especialmente verdadeiro para os meninos com TDA e TDAH.

Enquanto os meninos tipicamente têm maior necessidade de ajuda dos seus pais e professores do que as meninas, eles são menos propensos a aceitá-la devido ao seu espírito independente.

"Adolescentes masculinos com TDAH são seus próprios piores inimigos", diz Judith Levy Cohen, M.Ed., uma especialista graduada, com prática privada em Nova Iorque.

"Eles se recusam a pedir ajuda quando necessitam; em vez disso, seu mantra é: "Quero fazer tudo por mim mesmo!" [No original está "... all my byself!"] Isso não é um erro tipográfico. Dois meninos em minha classe, ambos com TDA, eram tão distraídos que eles trocavam suas palavras e nunca percebiam!"

Aqui estão algumas estratégias que permitirão a você ajudar seu filho sem pisar em ovos.

1- Valorize suas habilidades

"Procure por atividades que um menino goste e em que seja bom", sugere Fiona St. Clair, uma especialista em aprendizagem, de Manhattan, que trabalha com crianças que têm TDA. "É impressionante como esportes, música ou artes podem vencer os problemas de atenção".

Descobrir a atividade preferida de um menino e elogiá-lo por suas realizações pode remover os obstáculos para a solicitação de ajuda.

"Se o seu filho está aprendendo a tocar guitarra, você pode dizer, `Você está fazendo um bom trabalho, dedicando-se a isso. Como poderíamos aplicar sua habilidade em outras áreas, como, digamos, matemática ou ciências?´"?

2- Apresente seu filho a bons exemplos

"Eles podem não dizer, mas muitos meninos com TDA têm a crença de que eles nunca se darão bem nessa vida", diz Michael Riera, Ph.D., chefe da Redwood Day School, em Oakland, Califórnia, e autor de Staying Connected to Your Teenager (Da Capo Press).

Conhecer e se encontrar com pessoas bem sucedidas, que tenham TDA, pode transformar o medo em suas cabeças. Riera aconselha os meninos com TDA a ficar com um adulto com TDA, no trabalho, por um dia, para ver que alguns trabalhos são amigáveis para o TDA. Adultos podem falar sobre o que o TDA fez com eles e como eles lidaram com isso para terem sucesso.

3- Seja paciente com seu progresso

Nos primeiros anos da adolescência, os estudantes recebem uma grande  quantidade de trabalho, mas alguns deles têm falta de habilidades de organização para dar conta do recado. Meninos com TDA tendem a ficar para trás dos outros nas funções executivas - a habilidade de planejar, dar prioridade e organizar seu trabalho.

"A cultura empurra os meninos para serem mais independentes do que as meninas, mas se eles tiverem problemas com as funções executivas, eles não estarão aptos a serem", diz St. Clair. "Então, eles podem se tornar difíceis de se alcançar".

Os especialistas recomendam  que os pais sejam pacientes. "Meninos geralmente fazem a virada entre os 15 e 16 anos", diz St. Clair. "Nessa época, eles estão se acostumando a assumir trabalho independente".

Em sua adolescência, muitos meninos com TDA começam a dominar técnicas que ajudam os estudantes do colegial a ter o trabalho feito, tais como dividir o trabalho em tarefas menores e mais manejáveis.

"Os pais devem lembrar-se de que um menino não precisa dominar tudo ao final do colegial", diz Riera.

4- Deixe que ele tome suas próprias decisões

Riera aconselha os pais a deixar que seus filhos adolescentes tomem suas próprias decisões, dentro e fora da escola.

"Da escola elementar em diante, as atividades acadêmicas são selecionadas e empacotadas para as crianças, e a escola empurra os alunos, em detrimento de sua vida social", ele diz. "Quando as crianças vão para a faculdade, elas podem estar academicamente adiantadas, mas provavelmente não terão se desenvolvido social e moralmente".

Riera sugere que "os pais dêem aos filhos a oportunidade de testar sua tomada de decisão, permitindo que eles façam más escolhas". Ele acredita que cometer erros dá aos meninos com TDA alguma vantagem sobre os colegas não TDA quando entrarem na faculdade [Pois é "ele" acredita nisso. Eu, ... tenho lá minhas dúvidas. Tenho filhos com TDA.]

Riera fala aos meninos com diferenças de aprendizagem e TDA, "A boa notícia é que, quando você se formar na faculdade, você vai saber como trabalhar em meio à batalha. Para mim, isso é a chave do sucesso".


ADDitude

terça-feira, 27 de maio de 2014

340- Questionário: Pode ser Transtorno Bipolar, não TDAH?


Você acha que suas mudanças de humor, irritabilidade e depressão são sinais de transtorno bipolar e não de TDAH? Responda a esse questionário para ajudá-lo a determinar se deve procurar um profissional de saúde mental para diagnóstico e tratamento de transtorno bipolar.

1- Às vezes fico mais tagarela que o usual.

2- Às vezes fico muito mais ativo e faço muito mais coisas que o usual.

3- Tenho estados de humor em que me sinto muito ativo ou agitado.

4- Às vezes me sinto tanto muito feliz quanto muito deprimido, ao mesmo tempo.

5- Às vezes fico muito mais interessado em sexo que o usual.

6- Minha autoconfiança varia de grande insegurança a super-confiança.

7- Tem havido uma grande diferença na quantidade ou na qualidade do meu        trabalho.

8- Sem razão aparente, às vezes fico extremamente bravo ou hostil.

9- Há períodos em que tenho lentidão mental e outros períodos de imensa          criatividade de pensamento.

10- Às vezes sou muito social e outras vezes quero ficar isolado.

11- Vou de períodos de grande otimismo a períodos de grande pessimismo.

12- Vou de períodos de grande tristeza  a períodos em que dou risadas e              fico muito brincalhão.


ADDitude.

  TDAH 10 coisas para fazer ANTES do início das aulas Um ano letivo bem-sucedido começa em julho (nos Estados Unidos) . Um malsucedi...