quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 

TDPM, Autismo e TDAH: A comorbidade silenciosa


A disforia pré-menstrual (DPM) é uma condição de saúde hormonal que causa problemas graves de humor e de funcionamento, e afeta desproporcionalmente pessoas com TDAH ou Autismo. Conheça, aqui, os sintomas, causas e tratamentos da DPM.

Por Tori Morales. Atualizado em 30 de agosto de 2022.


O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição de saúde hormonal que causa depressão clinica significante e incapacitante, ansiedade, mudanças de humor e sintomas físicos desconfortáveis na semana que antecede a menstruação, o início de um período. Os sintomas de TDPM melhoram após a menstruação e são mínimos, se não ausentes, nas semanas seguintes. O TDPM afeta desproporcionalmente pessoas com autismo e TDAH. Vários medicamentos podem ajudar a controlar os sintomas da PMDD.

Sintomas do TDPM

Uma paciente preenche os critérios diagnósticos para TDPM se ao menos cinco dos seguintes sintomas forem atendidos, incluindo pelo menos um de cada categoria. Os sintomas devem causar angústia ou interferir nas atividades de vida diária durante a maioria dos ciclos menstruais ao longo do ano anterior:


    Categoria A:

    • Humor instável e facilmente influenciado

    • Irritabilidade

    • Humor depressivo ou sem esperança

    • Ansiedade ou tensão

    Categoria B:

    • Diminuição do interesse em atividades habituais

    • Dificuldade de concentração

    • Fadiga

    • Mudanças de apetite

    • Dificuldades de sono, insônia ou hipersônia

    • Sentimento de sobrecarga

    • Sintomas físicos: sensibilidade mamária, dor articular ou muscular, sensação de inchaço

      ou ganho de peso

TDPM vs TPM

Embora o TDPM compartilhe sintomas com síndrome pré-menstrual (TPM), o TDPM é menos comum e mais grave. A TPM pode ocorrer em até 48% das pessoas que menstruam, enquanto o TDPM só ocorre em 3 a 9%. Além disso, os sintomas de TDPM interferem no funcionamento diário, e muitas vezes requerem medicação para resolver. Pessoas com TDPM estão em risco de suicídio e tentativas de suicídio, por isso o diagnóstico e o tratamento são vitais. Algumas pessoas que não atendem aos critérios para TDPM podem ter TPM grave e se beneficiar de tratamento semelhante.

Autismo, TDAH e TDPM

O TDPM afeta desproporcionalmente pessoas com TDAH e autismo. Até 92% das mulheres autistas e 46% das mulheres com TDAH sofrem de TDPM, embora as estimativas variem. Não se sabe por que afeta certas populações mais do que outras, embora existam várias teorias. As possíveis explicações incluem:

  • Genética. O TDPM é altamente herdável, indicando que há uma ligação genética.

  • Sensibilidade hormonal. Como pessoas com TDAH têm reduzidos níveis de dopamina em todo o cérebro, flutuações hormonais podem ser mais propensas a reduzir a dopamina a níveis criticamente baixos, levando a sentimentos mais severos de exaustão, mau humor e falta de motivação. Além disso, o estrogênio pode afetar as vias celulares que foram implicadas no TDAH.

  • Sensibilidade sensorial. As pessoas autistas geralmente têm maior sensibilidade sensorial e, portanto, podem ser mais propensas a serem afetadas negativamente pelos sintomas relacionados à menstruação.

Tratamento do TDPM

O TDPM possui vários tratamentos que vão desde mudanças no estilo de vida até medicamentos.

  • Antidepressivos. Alguns inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs) têm se mostrado eficazes na redução dos sintomas psiquiátricos do TDPM.

  • Contraceptivos. Os contraceptivos hormonais regulam os hormônios e podem aliviar os sintomas físicos e psiquiátricos de TDPM.

  • Mudanças no estilo de vida. Embora a maioria das pessoas com TDPM grave se beneficie da medicação, mudanças no estilo de vida, como melhor alimentação e exercícios, podem melhorar alguns sintomas.


domingo, 4 de setembro de 2022

TDAH - ADHD - Dez coisas que eu queria ter sabido quando era criança com TDAH

 

Crescendo com TDAH, eu ficava envergonhada e triste. Levou anos para que eu descobrisse a alegria em minha vida. Aqui estão as coisas que, então, eu queria saber sobre o TDAH. Por Elizabeth Broadbent. ADDITUDE. Atualizado em 23 de junho de 2022.


Fiquei sem um diagnóstico oficial de TDAH até os meus 30 anos. Em toda minha vida, entretanto, todos sabiam que eu não era igual aos meus colegas neurotípicos. Eu estava sempre meio avoada, socialmente mais desajeitada. Meus comportamentos não mudaram muito desde que eu era criança, mas minha atitude em relação a eles com certeza mudou. Aprendi a trabalhar com meu transtorno; aprendi que algumas coisas não eram por minha culpa. Quando penso na criança confusa e desajeitada que eu era, quero me abaixar e me abraçar. É difícil ser uma criança com transtorno de deficit de atenção (TDA ou TDAH). Gostaria de ter sabido de algumas coisas.


1- Não é culpa sua. Você tem um transtorno que pode ser diagnosticado, quantificado, não importa o que Tom Cruise e alguns sabichões digam. Você não é neurotípico: seu cérebro não funciona do mesmo modo que o de outras pessoas. Isso não é algo que você possa controlar. Não é algo que você possa mudar. Você pode trabalhar com isso. Pode obter ajuda para isso. Mas seu TDAH não é culpa sua. Os efeitos dele não deveriam produzir culpa moral ou espiritual. As falhas do TDAH não são uma deficiência de caráter.


2- Só porque tirou um 10, não significa que é o seu melhor. Você pode seguir em frente porque é esperto, e porque um 10 ainda conta como um 10 no seu boletim escolar. Mas você pode fazer melhor. Não dê de ombros só porque conquistou a nota sem se esforçar. Você precisa dar duro como qualquer outra pessoa. Você pode acertar todas as questões, se estudar.


3- Aprenda a estudar e a ler. Você não tem a menor ideia de como estudar. Tudo bem, mas você precisa aprender. Isso lhe dará um 10 em vez de 9 e o ajudará a chegar à faculdade. Você também precisa aprender a ler: ninguém desliza por vastas partes do texto. Você tem de ler palavra por palavra, sem pular para a frente ou para trás. É uma habilidade que leva tempo para desenvolver. Quando for para a universidade, descobrirá que não poderá ler Martin Heidegger deslizando e aos pulos.


4- Não é normal passar a aula de matemática brincando com suas borrachas. Sim, Mr. Unicorn Eraser e Mr. Fairy Eraser podem montar uma casa junto com sua caixa de lápis. Mas isso não o ajudará a aprender a tabuada de multiplicação. Não se desligue somente porque não conseguiu entender. Não se prenda ao que vem fácil e que parece interessante. Você pode precisar de medicação para ajudar a terapia cognitiva comportamental. Está O.K.


5- Não há nada de errado com medicamentos. Você pensava que seu amigo que tomava Prozac era um doido. Se você tomasse Ritalina, não teria de gastar metade do período andando pelos corredores, fingindo ir ao banheiro. A medicação bem conduzida pode ajudá-lo, se os seus pais apoiarem (pode ser que eles não queiram, mas deveriam).


6- Você não é uma cadete espacial. Você já foi chamada de um monte de coisas: cabeça de vento, loira burra, avoada. Você não é nada disso. Você tem um problema em se concentrar nas coisas. Essas coisas incluem pessoas e conversas. Você tem dificuldade de se lembrar de nomes, fisionomias e datas (especialmente para os trabalhos escolares e os compromissos). Isso é um sintoma do seu TDAH. Não é uma falha moral ou um sinal de que você seja burro.


7- Você perderá coisas. No jardim de infância, quando você perdia sua mochila, ela estava nas suas costas. Você esquece das coisas, como o dinheiro para o lanche. Você perde as chaves do armário. Isso é normal, e não vai melhorar. Tudo bem. Você é um “TDAH normal”.


8- Atividade social é difícil. Você tende a dizer alguma coisa sem nada a ver, no meio de uma conversa. Você interrompe as pessoas. Suas contribuições para uma conversa normal podem ser completamente irrelevantes para todos, menos para você. Tudo isso afasta as outras crianças e torna difícil fazer amigos. Você pode descobrir que está fazendo essas coisas e se esforçar para não fazer. Sua vida ficará mais fácil. Mas isso tudo é comportamento normal do TDAH. Não é porque você seja um perdedor inveterado.


9- Estrutura facilita as coisas. Quando você está em uma escola católica, os cadernos de tarefas de casa, o sublinhar trechos, e as regras rígidas de que caneta usar podem ser chatas. Mas manterão a pior parte dos seus sintomas ao largo. Só de escrever sua tarefa de casa em um caderno especificado, já significa que você provavelmente a fará. Colocar os cadernos em determinados locais da sua mesa significa que não irá perdê-los. Pode ser a maneira mais fácil de guardá-los juntos, sem a ajuda dos outros.


10- Tudo ficará mais fácil. Um dia, você crescerá e as pessoas a chamarão carinhosamente de “Mulher Maravilha”, em vez de xingá-la de “Dumbo”. Você terá um diagnóstico psiquiátrico correto e descobrirá adaptações para o seu transtorno. Ainda perderá suas chaves, seu celular, seu cartão de crédito e esquecerá o dia em que o lixeiro passa, e não ouvirá o que seus filhos estão dizendo. Mas, você não verá essas coisas como falha moral. Não desperdiçará energia emocional em vergonha. Saberá que é o seu TDAH. Vai mover seus olhos para cima, incomodada e seguirá em frente.

O que você gostaria que seu filho com TDAH soubesse?

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

TDAH (ADHD) OU TRANSTORNO BIPOLAR ?

 Dr. Willian Dodson, M.D.

Tome cuidado! Os médicos confundem TDAH com Transtorno Bipolar do Humor


Para os médicos que são treinados em transtornos do humor, os sintomas do TDAH podem se parecer com Transtorno bipolar. Não deixe que seu médico erre o seu diagnóstico.

As pessoas com o sistema nervoso do tipo TDAH são passionais. Elas sentem as coisas mais intensamente que as pessoas com sistema neurológico normal. Elas tendem a reagir exageradamente a pessoas e a acontecimentos em suas vidas, especialmente quando percebem que alguém as está rejeitando e retirando amor, aprovação ou respeito.

Os médicos veem o que estão treinados a ver. Se eles veem “oscilações de humor” somente em termos de transtornos de humor, eles mais provavelmente diagnosticarão um transtorno de humor. Se eles são treinados a interpretar a excessiva energia e o pensamento veloz em termos de mania, isso é o que eles provavelmente diagnosticarão.

De acordo com dados do National Comorbidity Survey Replication (NCS-R), todos os adultos com TDAH foram diagnosticados como tendo transtorno bipolar do humor (TBH). O TDAH não foi uma opção. Quando a maioria deles obteve o diagnóstico correto, eles já tinham se consultado com 2,3 médicos, em média, e fracassado em 6,6 tipos de tratamento com antidepressivos e estabilizadores do humor.

Antes de que um médico faça o diagnóstico, os pacientes precisam saber que as doenças do humor:

- Não são desencadeadas por eventos da vida diária; elas “caem do céu”
- São independentes do que está acontecendo com a vida da pessoa
(quando coisas boas acontecem, eles ainda se sentem “miseráveis”);
- Têm início lento, durante semanas ou meses;
- Duram semanas ou meses, a não ser que tratados.

Os pacientes também precisam saber que as oscilações de humor do TDAH:

- São uma resposta a algo que está acontecendo na vida da pessoa;
- Combinam com o que a pessoa percebe como fator desencadeante;
- Mudam instantaneamente;
- Desaparecem rapidamente, geralmente quando a pessoa diagnosticada com TDAH se engaja em algo novo e interessante.


Se você não consegue que seu médico veja essas distinções importantes, a probabilidade é de que você será mal diagnosticado e não receberá o tratamento adequado. 

 

Somente uma em dez crianças com TDAH se livra dos sintomas ao crescer.


Aproximadamente 90% das crianças com TDAH não superam o transtorno quando se tornam adultas, de acordo com uma nova pesquisa. Ela também revelou que o TDAH aumenta e diminui para muitos indivíduos conforme eles envelhecem.


Por Nathaly Pezantez – Agosto/2021


A maioria das crianças com TDAH não se livra do transtorno, de acordo com uma nova pesquisa publicada neste mês no The American Journal of Psychiatry, o que muda a noção amplamente aceita de que os sintomas do TDAH geralmente não persistem na idade adulta..


Os achados do estudo, que seguiu 558 crianças com TDAH do Multimodal Treatment Study od ADHD (MTA) durante 16 anos, mostram que somente 9,1% dos indivíduos se “recuperaram” do TDAH ao final da pesquisa, quando a maioria dos participantes tinha cerca de 25 anos de idade.


A pesquisa também descobriu que os sintomas do TDAH melhoram e pioram ao longo do tempo para muitos indivíduos que continuam a sofrer do transtorno. “Os resultados sugerem que cerca de 90% dos indivíduos com TDAH na infância continuarão a sofrer com os sintomas e deficiências, embora algumas vezes flutuantes, ao menos até o início da vida adulta.”


Os achados, segundo os autores, se afastam da conclusão histórica de que o TDAH da infância persiste na idade adulta em cerca de 50% dos casos. “Esta conclusão é tipicamente baseada em pontos finais únicos, deixando de considerar os padrões longitudinais de expressão do TDAH”, escreveram os autores.


Para a pesquisa, os autores examinaram dados sobre os sintomas do TDAH, nível de deficiência, comorbidades existentes e o tratamento utilizado em oito avaliações a que os participantes se submeteram, como parte do MTA. (A avaliações de acompanhamento foram feitas de 2 a 16 anos após a linha e base.) Os autores identificaram os participantes com remissão completa, com remissão parcial e os com TDAH persistente em cada ponto do tempo. Recuperação completa foi definida como remissão mantida através de múltiplos pontos, até o final do estudo, na ausência de tratamento para o TDAH.


Cerca de 30% dos participantes tiveram remissão completa em algum ponto de estudo, porém, a maioria (60%) sofreu recorrência do TDAH depois da remissão inicial. Somente cerca de 10% dos participantes demonstraram persistência estável do TDAH ao longo dos pontos de avaliação. No geral, cerca de 63% dos participantes tiveram períodos de flutuação de remissão e recorrência, que devem ter sido impactados pelo estado do tratamento na ocasião.


Os autores dizem que os resultados apoiam uma perspectiva mais completa sobre o TDAH, especialmente sua tendência a flutuar na aparência. Os médicos, sugerem os autores, podem falar para as famílias que a maioria dos adolescentes e adultos jovens com TDAH sentirão ao menos algum alívio dos seus sintomas, que poderão ser modulados pelo tratamento e pelas circunstâncias pessoais ou de vida. Os achados também revelam a importância pacientes, mesmo após tratamento bem sucedido.


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

 

Canabidiol para o tratamento da síndrome de Lennox-Gastaut e síndrome de Dravet: recomendações de especialistas sobre seu uso na prática clínica na Espanha

30/09/2021

O canabidiol (CBD) é um dos principais componentes da planta cannabis que tem demonstrado efeito contra ataques epilépticos. Após seu desenvolvimento clínico, foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos em setembro de 2019 para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) e síndrome de Dravet (SD), em combinação com clobazam. (CLB), em pacientes a partir de dois anos de idade.

Com base nestas premissas, um grupo de investigadores do Hospital Infantil da Universidade Niño Jesús e do Hospital Ruber International (Madrid), da Clínica Universitária de Navarra e do Hospital Universitário e Politécnico La Fe (Valência), desenvolveu um estudo, publicado na Revista Neurologia, cujo objetivo foi estabelecer algumas recomendações para o manejo do CBD derivado da planta altamente purificada acordadas por especialistas espanhóis no tratamento da epilepsia para seu uso em pacientes com SD e LGS, com base em sua experiência clínica e evidência científica.

Os autores concluem que, para otimizar o tratamento com CBD, um esquema de escalonamento lento da dose (quatro semanas ou mais) é recomendado até atingir a dose máxima recomendada ou o efeito desejado, reduzindo os medicamentos anticonvulsivantes concomitantes caso surjam efeitos adversos devido às interações e manutenção do tratamento por pelo menos seis meses, se tolerado. A eficácia e a segurança do CBD devem ser avaliadas individualmente, considerando o benefício e o risco para cada paciente.


[Rev Neurol. 2021 10 de setembro; 73 (S01): S1-S8. doi: 10.33588 / rn.73S01.2021250.]JJ García-Peñas, A. Gil Nagel-Rein, R. Sánchez-Carpintero, V. Villanueva.

 

Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade e adoção

D. Martín Fernández-Mayoralas , AL Fernández-Perrone , S. López-Arribas , A. Pelaz-Antolín , A. Fernández-Jaén  

Introdução. Entende-se por adoção ou filiação adotiva o ato jurídico pelo qual se cria um vínculo de parentesco entre duas pessoas, de forma que entre elas se estabeleça uma relação de paternidade ou maternidade.

Objetivos. Tentar expor os problemas derivados da exposição pré-natal ao álcool e outros fatores de risco, da hipoestimulação durante o 'período crítico' em pacientes institucionalizadas (especialmente aquelas adotadas em países do Leste Europeu) e sua relação com o transtorno de Deficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH ) Fazer uma abordagem para o diagnóstico, prevenção e tratamento desses problemas.

Desenvolvimento. Essas crianças têm problemas de relacionamento psicossocial, problemas de comportamento, atraso no desenvolvimento da linguagem ou da leitura e, acima de tudo, TDAH. Há uma enorme dificuldade prática em separar os dois fatores durante a avaliação de crianças adotadas de países do Leste Europeu em consultas neurológicas pediátricas. A inter-relação de todos esses fatores não é bem conhecida.

Conclusões. Existe uma relação estreita entre a exposição pré-natal ao álcool e as consequências da adoção. São necessários estudos randomizados e controlados por placebo, com amostras populacionais maiores, para verificar o benefício e o perfil dos efeitos colaterais, tanto com os psicoestimulantes quanto com a atomoxetina nesse grupo de pacientes.


REV NEUROL 2015; 60 (Suplemento 1): S103-S107]PMID: 25726813DOI: https://doi.org/10.33588/rn.60S01.2014563

REV NEUROL .


quarta-feira, 21 de abril de 2021

 

O declínio cognitivo da idade não é inevitável? (Alzheimer, Demência, Parkinson)

Batya Swift Yasgur 20 de abril de 2021

Presume-se com frequência que o declínio cognitivo é parte inexorável do envelhecimento, mas um recente estudo com centenários sugere o oposto. Pesquisadores descobriram que, apesar de apresentarem neuropatologias relacionadas com a doença de Alzheimer, muitos centenários mantiveram altos níveis de desempenho cognitivo. "O declínio cognitivo não é inevitável", disse para o Medscape a autora sênior, Dra. Henne Holstege, Ph.D., professora assistente do Amsterdam Alzheimer Centre and Clinical Genetics no Amsterdam Universitair Medische Centar, na Holanda. "Aos 100 anos ou mais pode-se preservar um alto nível de desempenho cognitivo durante muitos anos, mesmo quando as pessoas são expostas a fatores de risco associados ao declínio cognitivo", disse a autora. O estudo foi publicado on-line em 15 de janeiro no periódico JAMA Network Open. Escapar do declínio cognitivo A Dra. Henne disse que seu interesse em pesquisar o envelhecimento e a saúde cognitiva foi inspirado pela "fascinante" história de Hendrikje van Andel Schipper, que morreu aos 115 anos de idade em 2015, "inteiramente sadia em termos cognitivos". Sua mãe, que morreu aos 100 anos, também teve a cognição preservada até o final de sua vida. "Eu queria saber como é possível que algumas pessoas possam escapar completamente de todos os aspectos do declínio cognitivo mesmo chegando a extremos de idades", disse a Dra. Henne. Para descobrir o segredo da saúde cognitiva dos anciãos mais longevos, a Dra. Henne iniciou o 100-Plus Study, feito com uma coorte de centenários plenos. Os pesquisadores fizeram uma grande bateria de testes neuropsicológicos e coletaram amostras de sangue e fezes para examinar "a miríade de fatores que influenciam a saúde física, como a genética, a neuropatologia, os marcadores séricos e o microbioma intestinal, a fim de explorar as constelações moleculares e neuropsicológicas associadas ao escape do declínio cognitivo". O objetivo da pesquisa foi investigar "até que ponto os centenários conseguiram preservar sua saúde cognitiva após a inclusão no estudo, e até que ponto isso estava associado a características genéticas, físicas ou neuropatológicas", disse a pesquisadora. O estudo contou com 330 centenários que completaram uma ou mais avaliações neuropsicológicas. Havia exames neuropatológicos disponíveis para 44 participantes. Para avaliar o desempenho cognitivo ao início do estudo, os pesquisadores fizeram vários testes neurocognitivos, bem como o miniexame do estado mental, a partir dos quais foram calculadas as médias de pontuação z para os domínios cognitivos. Outros fatores considerados na análise foram sexo, idade, estado do gene APOE, reserva cognitiva, saúde física e se os participantes eram autônomos. Na autópsia, foram avaliados os níveis de amiloide ß (Aß), os níveis de acúmulo intracelular da proteína tau fosforilada em emaranhados neurofibrilares e a quantidade de placas neuriticas. Resiliência e reserva cognitiva Ao início do estudo, a mediana de idade dos centenários (N = 330; 72,4% de mulheres) foi de 100,5 anos (intervalo interquartílico de 100,2 a 101,7). Pouco mais da metade (56,7%) vivia com autonomia e a maioria tinha boa visão (65,0%) e audição (56,4%). A maioria (78,8%) caminhava sozinha e 37,9% alcançaram o mais alto nível da International Standard Classification of Education do ensino superior. Os pesquisadores encontraram "graus variados de neuropatologia" nos cérebros de 44 doadores, como Aß, emaranhados neurofibrilares e placas neuríticas. O tempo de acompanhamento da análise das trajetórias cognitivas variou de 0 a 4 anos (mediana de 1,6 anos). As avaliações de todos os domínios cognitivos não apresentaram declínio, com exceção de uma "discreta" diminuição da função da memória (ß - 0,10 desvio padrão, DP, por ano; intervalo de confiança, IC, de 95% de - 0,14 a - 0,05 DP; P < 0,001).

O desempenho cognitivo foi associado a fatores da saúde física ou da reserva cognitiva, por exemplo, maior independência na realização das atividades da cotidianas, avaliados pelo índice de Barthel (ß 0,37 DP por ano; IC 95% de 0,24 a 0,49; P < 0,001) ou escolaridade de nível superior (ß 0,41 DP por ano; IC 95% de 0,29 a 0,53; P < 0,001). Apesar de terem sido encontrados os sinais neuropatológicos "oficiais" da doença de Alzheimer post-mortem nos cérebros dos centenários, estes sinais não comprometeram o desempenho cognitivo nem a velocidade do declínio cognitivo. Os alelos do gene APOE4 ou APOE3 também não foram significativamente associados ao desempenho ou ao declínio cognitivo, sugerindo que os "efeitos dos alelos do gene APOE ocorrem antes dos 100 anos de idade", observaram os autores. "Nossas observações sugerem que, após atingir os 100 anos de idade, o desempenho cognitivo permanece relativamente estável durante os anos subsequentes. Portanto, esses centenários podem ser resilientes ou resistentes a diferentes fatores de risco de declínio cognitivo", escreveram os autores. Os pesquisadores também levantaram a hipótese de a resiliência poder ser atribuível à existência de maior reserva cognitiva. "Nossos dados preliminares indicam que cerca de 60% da chance de chegar aos 100 anos de idade é hereditária, portanto, a fim de obter uma melhor compreensão de quais são os fatores genéticos associados à manutenção da saúde cognitiva, estamos buscando quais variantes genéticas ocorrem mais comumente nos centenários em relação às pessoas mais jovens", disse Dra. Henne. "É claro que é necessário realizar mais pesquisas para compreender melhor como estes elementos genéticos podem manter a saúde cerebral", acrescentou a autora. Divisor de águas Convidado pelo Medscape para comentar o estudo, o médico Dr.Thomas Perls, professor de medicina na Boston University School of Medicine, nos Estados Unidos, disse que o estudo é "um marco" na pesquisa da longevidade excepcional em seres humanos. O Dr. Thomas, que redigiu o editorial que acompanha o estudo e não participou da pesquisa, observou que "não se pode absolutamente presumir um certo nível de deficiência ou risco de doença somente porque uma pessoa chegou a um extremo de idade – na verdade, se for o caso, a sua capacidade de chegar a idades muito mais longevas provavelmente indica resistência ou resiliência aos problemas relacionados com o envelhecimento". Compreender o mecanismo da resiliência pode levar ao tratamento ou à prevenção da doença de Alzheimer, disse o editorialista. "As pessoas precisam ter cuidado com os mitos e as atitudes relacionados com o envelhecimento e não presumir que quanto mais você envelhece, mais doente fica, porque há muita gente mostrando que não é bem assim", advertiu o comentarista.

O estudo foi subsidiado pela Stichting Alzheimer Nederland e pela Stichting VUmc Fonds. A pesquisa do Amsterdam Universitair Medische Centar faz parte do programa de pesquisa de degeneração neural da Amsterdam Neuroscience. Dra. Henne Holstege e o Dr. Thomas Perls informaram não ter nenhum relacionamento financeiro relevante. Os conflitos de interesses dos outros autores estão descritos no artigo original. JAMA Netw Open.

Publicado on-line em 15 de janeiro de 2021. Texto completo, Editorial Siga o Medscape em português no Facebook, no Twitter e no YouTube Medscape Notícias Médicas © 2021 WebMD, LLC Citar este artigo: O declínio cognitivo da idade não é inevitável? - Medscape - 20 de abril de 2021.

sexta-feira, 5 de junho de 2020


TDAH  ADHD  QUARENTENA  
Por que os cérebros TDAH não conseguem fazer nada na quarentena?

05/06/2020 Polyvagal Theory: (a tradução é do Google tradutor...)

Adultos com TDAH ESTRESSE E ANSIEDADE não conseguem fazer nada? Por que cérebros de TDAH ficam paralisados em quarentena? No início, as encomendas em casa pareciam uma oportunidade para enfrentar esses projetos de back-burner e itens de fazer. Mas como a pandemia global se desgasta, nos sentimos drenados. Não conseguimos fazer nada e ainda estamos cansados o tempo todo. Conceitos em neurociência e psicologia, no entanto, podem decodificar nossos comportamentos e apontar o caminho de volta para a produtividade. POR MICHELLE FRANK, PSY.D.

O país ainda está em grande parte congelado - ou desacelerando o descongelamento - mas, ironicamente, estamos vendo mais mensagens em torno da produtividade e mais pessoas medindo seu valor com base na realização durante o tempo do nada. Achamos que devemos ser capazes de conquistar todos esses projetos persistentes bagunçando nossas casas e nossas mentes. Mas no final do dia, estamos sobrecarregados com cansaço e sentimentos de indiferença. Agravar tudo isso é uma vergonha de produtividade fora de controle — algo que indivíduos com TDAH e, especialmente, mulheres, sabem muito bem. Nossas listas de tarefas parecem estar crescendo, e ficamos nos batendo, perguntando: "O que realmente está acontecendo comigo?" O cansaço que você está sentindo agora é real. Decorre do estresse, que afeta o estado de alerta e as vias de excitação da mente; aspectos únicos do cérebro do TDAH prejudicam ainda mais nossa capacidade de regular esses canais. Mecanismos básicos, porém eficazes, no entanto, podem nos ajudar a recuperar alguma base durante este tempo. Por que você não consegue fazer nada agora:
Nem todos experimentam TDAH e estresse de forma única. O caos e a intensidade dessa pandemia global são estimulantes para alguns. Outros sentem que mal estão pisando na água - trabalhando duro apenas para se manter à tona. Mulheres com TDAH e outros grupos marginalizados, acostumadas a enfrentar pressões e demandas sociais bem antes dessa pandemia, estão em grande parte no último grupo. Estas são apenas algumas características do cérebro TDAH que ajudam a definir a cena para nossas respostas a esta pandemia: O cérebro do TDAH luta contra a regulação emocional. Pessoas com TDAH são facilmente inundadas, tendem a ser altamente emocionais, e têm uma baixa tolerância à frustração. Neste período de emoções elevadas, não é de admirar que a faceta emocional de nossos cérebros faça o enfrentamento se sentir desconfortável e avassalador. Cérebros de TDAH lutam para regular estados de excitação. Exames cerebrais mostram que as mentes do TDAH às vezes podem ser "hiperexcitadas" ou "hipodespertadas". Isso explica por que as pessoas dormem quando estão subestimuladas - não se trata de fadiga em tudo - ou congelam quando superestimuladas. Nossos estados de excitação também são drasticamente impactados pelo estresse. Mentes com TDAH têm uma tendência a vagar. Em cérebros neurotípicos, a rede de modo padrão — o fundo, a conversa de fluxo de consciência — desliga quando se envolve em uma tarefa. Para cérebros de TDAH, esse interruptor não acontece tão bem, então nossas mentes podem ficar presas vagando. Quando estamos em um espaço de ansiedade, podemos ficar ruminativos, especialmente sobre algo que está nos causando estresse. Para entender melhor por que os estressores recentes estão particularmente paralisando as mentes do TDAH em quarentena, podemos recorrer a conceitos relativamente novos nos campos da neurociência comportamental e da psicologia. [Leitura Essencial: Catástrofe do TDAH em tempos de crise — o que fazer quando o medo espira] Um Modelo Integrado: As Teorias Polivagal e Janela de Tolerância. A "Janela de Tolerância" e as teorias polivagais afirmam, em parte, que todos nós habitamos espaços neutros em que sentimos que estamos presentes, contentes, capazes de se envolver e ser nossos melhores eus. Em tantos termos, estamos "ligados" neste estado ideal, o que também exige que sintamos algum nível de segurança e conforto. Na linguagem da teoria polivagal, esta janela é chamada de "estado vagal ventral". O vagal refere-se ao nervo vago, que vai do tronco cerebral ao intestino. Em cada extremidade desta janela de tolerância estão as zonas de hiperarousal e hipoarousal. Quando experimentamos estresse, como estamos agora em resposta a esta pandemia, vamos para a zona hiperasourosa. É aqui que nosso sistema nervoso simpático é ativado, e nossas respostas de luta ou voo são acionadas. Nesta zona, nos sentimos ansiosos, reativos, irritáveis e, acima de tudo, ameaçados. Quando passamos mais tempo neste estado elevado e não conseguimos escapar de nossos estressores, como está acontecendo agora, entramos em sobrecarga — é quando entramos na zona de hipoarousal, ou o "estado de congelamento vagal dorsal". Podemos olhar para esta zona como um caminho protetor de último recurso. Ficamos dormentes, nos sentimos dissociados, e somos incapazes de agir. Nós efetivamente fechamos. O cérebro de TDAH, mesmo sem uma pandemia global, parece saltar frequentemente entre as duas zonas. Tendemos a gravitar para o espaço hiperarousal porque satisfaz desejos de estímulo e por causa de nossas lutas com regulação emocional. Muitas vezes somos capazes de voltar à janela neutra, e fazemos o nosso melhor para evitar a zona de hipoarourosa. Mas diante desse trauma coletivo e contínuo - o ciclo de notícias pandemias, empregos perdidos, entes queridos doentes, lamentando os que perdemos, a educação remota, o trabalho e muito mais - vivemos em um estado hiperarosouroso por tanto tempo que passamos por ele e nos fundimos quase semipermanentemente no hipoarosouroso. Tudo o que podemos fazer neste estado é sentar no sofá, olhar para o espaço, e pensar, "Eu não posso." Encontrando o caminho de volta à sua janela de tolerância
Podemos mudar nossas respostas de estresse de volta para nossa janela de tolerância desenvolvendo um conjunto significativo de habilidades de enfrentamento. Os seguintes mecanismos, embora simples e potentes, são meras sugestões — eles aparecem em nenhuma ordem particular, parecem diferentes na prática de indivíduo para indivíduo e não representam todas as ferramentas que podem ajudar. Nesta pausa sem precedentes, não queremos que a cura se torne mais uma corrida de ratos em direção a uma maior produtividade. Segure-se com compaixão e validação no processo de cura, e entenda que não há uma maneira perfeita de lidar com isso — em nosso benefício. Quando deixamos as dificuldades nos impactarem, é quando podemos nos tornar mais fortes e aprender a confiar em nós mesmos.
Pausa e Aviso
Outro nome para pausar e notar é mindfulness, o que não significa necessariamente meditação. Tara Brach, psicóloga e autora, disse isso sobre a atenção plena em seu livro Radical Acceptance: "Mindfulness is a pause. É o espaço entre estímulo e resposta. É aí que está a escolha." O cérebro de TDAH, como sabemos, não se dá automaticamente bem em colocar os freios. Mas quando praticamos a pausa, somos capazes de criar espaço para regular e raciocinar contra estressores.
Criar segurança
Nos sentimos mais seguros em nossas janelas de tolerância, então criar uma sensação de segurança mesmo quando resistir à tempestade pode ajudar nossas mentes a recuperar algum senso de controle. Há três áreas para se concentrar quando se pensa em segurança: Segurança emocional e mental: Assim como na pausa, criar segurança emocional e mental significa literalmente tomar tempo e espaço para regular. Por exemplo, leva cerca de meia hora, em média, para que nosso sistema nervoso desça e "drene a inundação", por isso é crucial trabalhar em nossos dias fragmentos de tempo para nós mesmos - ainda mais quando a incerteza e a imprevisibilidade estão em jogo. Segurança ambiental: Isso significa mudar fisicamente seu espaço. Isso pode estar fazendo um "tempo limite" para si mesmo em casa, ou estabelecendo limites em torno das mídias sociais e notícias. Pode estar fugindo do estresse em casa, sob o pretexto de fazer uma missão, e sentar em um banco do parque ou em um estacionamento. Segurança relacional: Precisamos criar tempo e espaço para nós mesmos sem estarmos ligados aos nossos lhos, colegas de quarto, cônjuges ou outros. Fazer isso é difícil, especialmente para as mulheres, pois somos socializados para ser pessoas que agradam e manter a paz quando as coisas ficam difíceis. Mas deve ser feito. Diga aos seus filhos, parceiros e outros que quando você está criando espaço para si mesmo, você não está se afastando deles, mas ajudando a si mesmo e seu relacionamento com eles. Regular sua mente e corpo As seguintes atividades mente-corpo são baseadas em experiências somáticas, ou sensações corporais, que são comprovadas para tirar a resposta ao estresse de volta. Tome um banho frio Faça uma tomografia do corpo — prestando atenção em como seu corpo se sente movendo-se em seções dos pés para a cabeça
Respiração profunda — queremos estimular o nervo vago, por isso concentre-se em exalações fortes. Segure-os pelo maior tempo possível; 7 a 10 contagens, se possível. Aterrar-se fazendo atividades sensoriais estimulantes como embrulhar-se em um cobertor ponderado ou andar descalço na grama. Pratique movimentos suaves como dançar, esticar, caminhar. Busque estimulação positiva através da culinária, jardinagem, pintura e afins. Para o TDAH em particular, é essencial manter a dopamina fluindo
[Leia a seguir: Como reconstruir uma vida — 7 ferramentas de enquadramento para mentes com TDAH emergindo da quarentena] Este artigo é baseado no webinar ADDitude de Michelle Frank, "'Pensei que seria mais produtivo!' Why Women with ADHD Are Fighting While Staying at Home", que foi transmitido ao vivo em 13 de maio de 2020. ESTE ARTIGO FAZ PARTE DA COBERTURA PANDÊMICA GRATUITA DA ADDITUDE Para apoiar nossa equipe, pois busca conteúdo útil e oportuno ao longo desta pandemia, junte-se a nós como assinante. Seus leitores e suporte ajudam a tornar isso possível. Obrigado. Atualizado em 27 de maio de 2020 05/06/2020 Polyvagal Theory: Why ADHD Brains Can’t Get Anything Done in Quarantine https://www.additudemag.com/polyvagal-theory-adhd-brain-cant-get-anything-done/?utm_source=eletter&utm_medium=email&utm_campaign=a… 5/5 VIEW COMMENTS Copyright © 1998 - 2020 New Hope Media LLC. All rights reserved. Your use of this site is governed by our Terms of Use and Privacy Policy. ADDitude does not provide medical advice, diagnosis, or treatment. The material on this web site is provided for educational purposes only

sexta-feira, 6 de março de 2020

TDAH – Dez pensamentos corrosivos que estão te prendendo.- 449


TDAH – Dez pensamentos corrosivos que estão te prendendo.

Somos os nossos maiores críticos. E as conversas internas negativas podem levar a graves consequências, de modo que devem ser interrompidas. Aqui estão dez dos mais “corrosivos pensamentos” que lhe estão sabotando, e o que você pode fazer para se livrar deles.
Pelos editores de ADDitude.

1- Você está desgastando o seu cérebro?
Todos temos uma culpa por transformar uma pequena bola de neve em uma avalanche de pensamentos autodepreciativos e negativos. Geralmente somos nossos críticos mais severos, e isso pode levar a sérios problemas de saúde e de autoestima, se não aprendermos a interromper pensamentos negativos.
Se você se culpa persistentemente ou se torna obsessivamente culpado por esses dez pensamentos corrosivos, continue lendo para aprender como eles podem machucá-lo ao longo do tempo e como você pode reorganizar seu pensamento em uma maneira mais positiva e produtiva.

2- “Eu sou burro”.
Depois de anos, pode ser até a vida toda, as derrotas acadêmicas, as interrupções da carreira, os recomeços, e os embaraçosos erros sociais, é fácil começar a acreditar nas coisas terríveis que os outros às vezes lhe dizem. Mas você não é burro, e ficar se envergonhando sem parar pelos seus tropeços nunca mudará o passado!
Em vez disso, faça uma lista das suas fraquezas e das suas forças, e descubra o que você pode melhorar. OK! Então você não é bom em matemática. E daí? Foque no fato de que você pode ser um excelente cozinheiro, ou um cativante orador público, ou um carinhoso ouvinte cheio de empatia. Focar muito em suas deficiências solapará suas energias e você precisa brilhar no que você é realmente bom.

3- “Se eu fizer tudo direitinho, serei feliz”
Este pensamento é perigoso por duas razões: Tentar ser perfeito geralmente faz com que as pessoas com TDAH fiquem “paralisadas”, apavoradas com o pensamento de que, se seguirem em frente, ainda cometerão outro erro. Além disso, sua ideia de “perfeição” geralmente se baseia não no que você quer para si mesmo, mas no que você acha que os outros querem de você.
Deixar de lado uma mentalidade “perfeccionista” o beneficiará em ambos os sentidos: Você descobrirá que “bom o suficiente” é somente – bom o suficiente – fazendo com que você seja mais capaz de reconhecer seus próprios sucessos. E mais, sua ideia de sucesso vai se alinhar mais de perto com o que você realmente quer – tornando tudo mais agradável quando você, finalmente, alcançá-lo.

4- “Eu deveria ter feito aquilo”.
Particularmente se você for diagnosticado mais tarde em sua vida, será fácil pensar “como poderia ter sido” - especialmente o que você poderia ter feito de modo diferente ou o que você poderia ter realizado com melhor tratamento e conhecimento. Não se atormente com suas escolhas e ações passadas. Certas ou erradas, elas já aconteceram e acabaram – e só vão afear seu futuro se você permitir. Se você quer fazer mudanças positivas, olhe para a frente e não para trás – e pense em como você pode fazer as coisas de outro modo, agora.

5- “Vou começar amanhã”.
Como Shakespeare escreveu uma vez, “Amanhã e amanhã e amanhã, rastejar nesta mesquinha toada.” A procrastinação é a derrota de muitos adultos com TDAH. Continuamos deixando as coisas para amanhã, quando, em realidade, há milhões de amanhãs. Há somente um “hoje”, e só você pode fazer com que ele valha a pena. Se você puder fazer qualquer progresso em direção a uma meta – não importa quão pequena – faça hoje. Seu estresse diminuirá conforme sua autoestima aumente.
6- “Ninguém me entende”.
Quando você se afasta dos outros, assumindo que eles “nunca o entenderão”, você fecha um dos caminhos mais poderosos para alívio e apoio: amizade. Sentir-se eternamente mal compreendido pode torná-lo na defensiva, afastando as pessoas de você quando você mais precisa delas.
Em vez disso, de o benefício da dúvida em relação ao seu melhor amigo. Se os seus amigos e familiares parecem que não o entendam, pense que eles estão tentando o melhor que podem. Pergunte a eles o que eles não entendem, e tente se explicar de uma maneira diferente. Em muitos casos, essas pessoas não querem magoá-lo – elas só não descobriram ainda o que você precisa. Ajude-as sempre que puder e aceite o fato de que nenhum relacionamento será sempre perfeito.

7- “Meu TDAH é o culpado pela minha infelicidade”.
Seu TDAH não é o que você é. Ele é simplesmente uma parte da sua personalidade complexa e multifacetada. Se você culpar todos os seus infortúnios por essa pequena parte do quebra-cabeça, você limitará seu senso de autovalorização e suas metas pessoais. A relva não TDAH pode parecer mais verde, mas lembre-se: Mesmo as pessoas neurotípicas (= normais) têm facetas de que elas não gostam. Aprenda a amar o seu jardim e assuma a responsabilidade por seu próprio futuro.

8- “Sou um perdedor”
Frequentemente, adultos com TDAH se vêem como perpétuos perdedores – vagabundos inadequados que nunca aprenderão com os erros passados, para progredirem na vida. Mas essa é uma profecia auto-realizável – se você nunca acha que vai ter sucesso, nunca vai ter! Mesmo que você não tenha tido ainda o sucesso que estiver procurando, não creia que nunca o terá. Somente os que desistiram completamente de si mesmos e de seu futuro podem, por direito, serem chamados de “perdedores”.

9- “Nunca consigo o que quero”.
Isso é o mesmo que dizer, “Bem, nada que eu faça dá certo, então eu não vou nem tentar!” - o que tira toda a responsabilidade das suas costas e o livra de desistir quando as coisas se tornam um pouco difíceis. Em vez de deixar que o mundo passe por você, assuma um papel ativo na sua própria felicidade. O que desejar, que seja um relacionamento mais forte, um emprego mais recompensador, ou uma mudança de cenário, assuma a sua responsabilidade para conquistar tudo isso. Se você quiser, peça a ajuda de um amigo ou de um coach, ou reparta sua meta em passos mais curtos. Mas nunca diga nunca – ou nunca será.

10- “Meu TDAH torna isso impossível”.
O TDAH pode tornar as coisas mais difíceis, é verdade. Mas acreditar que os obstáculos que ele cria sejam impossíveis de serem superados o colocam em uma perpétua desvantagem. Em vez de desistir de um desafio que se torne mais difícil por causa do seu TDAH, assuma-o. Faça um acordo com ele. Se precisar de ajuda, procure por ela. Se precisar de acomodações, peça por elas. Com o apoio e o tratamento corretos, você pode alcançar todos os tipos de grandeza. Veja os exemplos de alguns famosos artistas e profissionais portadores de TDAH que se deram muito bem na vida!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

TDAH - Facilmente distraído? Como controlar as distrações e o foco na escola.  -  448


Crianças com TDAH possuem um nível mais baixo de alerta cerebral, o que significa serem mais facilmente distraídas por estímulos internos e externos. Utilize estas estratégias, na escola e em casa, para melhorar o foco e a compreensão.
Por ADHD EDITORIAL BOARD. Revisado pelo ADDitude´s Medical Review Panel. Updated = 23 de Agosto de 2019.

O problema: “Meu filho é facilmente distraído; ele não presta atenção nem escuta.”

Não focalizado na aprendizagem? Facilmente distraído na escola e na tarefa de casa? Um estudante com Transtorno de Deficit de Atenção (TDAH ou TDA) pode não parecer escutar ou prestar atenção na matéria de classe. Ele pode estar divagando, olhando pela janela, ou focalizado em ruídos irrelevantes ou outros estímulos. Como resultado, ele perde as lições, instruções e orientações.

A causa: TDAH não é somente uma incapacidade de prestar atenção – é uma incapacidade de controlar a atenção. Crianças com TDAH têm um nível mais baixo de despertar cerebral, o que por sua vez diminui sua habilidade de descartar distrações como ruídos no corredor, movimentos lá fora, ou mesmo seus pensamentos e sentimentos internos. Crianças com TDAH têm uma dificuldade especial em controlar a distração quando uma atividade não é suficientemente estimulante. Elas perdem o foco.

Os obstáculos: Crianças com TDAH lutam para se manter focalizadas em leituras ou qualquer tarefa que requeira esforço mental sustentado. Às vezes, essa distração pode parecer intencional e irritante – o que funciona contra os estudantes com TDAH para obter a ajuda de que precisam. Advertências tais como “Volte para a Terra, Maria!” ou “Por que você nunca escuta?” não corrigem esse deficit de atenção. Se as crianças pudessem prestar mais atenção, elas o fariam.

Continue lendo para descobrir as soluções para a distração em sala de aula e em casa e para auxiliar seu filho a prestar atenção em seu trabalho escolar.

SOLUÇÕES PARA PRESTAR ATENÇÃO EM SALA DE AULA

Escolha com sabedoria o lugar de se sentar. Manter crianças com TDAH perto do professor e longe de portas ou janelas ajuda a minimizar as potenciais distrações e promovem melhor resultado em “estar focalizado”.

Permita que os estudantes utilizem bloqueadores de distração. Para não prejudicar crianças com TDAH, deixe que elas tentem separadores individuais, fones de ouvido, ou tampões auriculares para bloquear as distrações durante os trabalhos sentados ou nas provas.

Torne as coisas interessantes. Alterne entre atividades com alto e baixo interesse e, quando possível, mantenha os períodos de ensinamento curtos ou varie o ritmo de uma lição para a próxima.

Adapte-se aos diferentes estilos de aprendizagem: Utilize uma variedade de estratégias e de técnicas de ensino para adaptar-se aos vários estilos na sala de aula, de modo que todos os alunos tenham a oportunidade de abordar as lições da melhor maneira que eles aprendem.

Inclua aspectos visuais auditivos e cinéticos a todas as lições. Também, dê aos estudantes a oportunidade de trabalhar em cooperação, individualmente e com o grupo.
Redirecione em vez de reprimir. Em vez de repreender um aluno que se distrai, redirecione-o de um modo que não lhe cause embaraçamento. Às vezes, fazer uma pergunta a uma criança com TDAH, que você sabe que ele pode dar a resposta, ou dar dicas não verbais, tais como ficar perto dela, ou tocar de leve em seu ombro, pode trazer a criança de volta ao foco.

SOLUÇÕES PARA PRESTAR ATENÇÃO EM CASA

Estabeleça uma rotina diária de tarefas da escola. Algumas crianças precisam de uma pausa entre a escola e as tarefas ou podem precisar de frequentes pausas entre as tarefas. Descubra o que funciona melhor para seu filho a fim de auxiliá-lo a evitar as distrações e as procrastinações (deixar para depois).

Auxilie seu filho com TDAH a se ligar em ambiente livre de distrações. Às vezes, o melhor ambiente de aprendizagem pode ser realmente a mesa da cozinha, com música tocando ao fundo. Experimente até que descubra o lugar ideal de aprendizagem.

Dê a partida para ele. Sente-se com seu filho e assegure-se de que ele entende o que é necessário para cada tarefa.

Supervisione conforme for necessário. A maioria das crianças com TDAH precisa de significativa supervisão do adulto par manter-se em ação. Conforme a situação melhore e a criança amadureça, você pode sair de uma supervisão constante para frequentes checagens, para certificar-se de que seu filho mantém-se na tarefa.

Permita pequenas interrupções entre as tarefas. Faça seu filho alongar-se ou comer um lanche após o final de uma tarefa. Isso pode ajudar a fazer o trabalho dele mais fácil de administrar.

Divida tarefas muito longas. Dividir longas tarefas em pedaços, cada um com um objetivo bem definido. Se o seu filho perceber como uma tarefa pode ser mais bem manejada, ele terá menos tendência a se tornar distraído.

Updated on August 23, 2019 ADDitude. New Hope Media LLC. All rights reserved.



quinta-feira, 18 de abril de 2019

TDAH E TEMPO DE TELA (SMARTPHONE, TABLET, COMPUTADOR) 447


TDAH - Mais tempo de tela = Mais problemas de comportamento em pré-escolares
 Por: Amy Orciari Herman        -       Editado por Richard Saitz, MD. MPH. 
Quanto mais tempo por de tela por dia têm os pré-escolares, maior a chance de que apresentem problemas de comportamento, de acordo com uma pesquisa em PLOS One.
Pesquisadores no Canadá estudaram 2.400 crianças cujos pais completaram questionários sobre o tempo que as crianças gastavam vendo tela quando tinham entre 3 e 5 anos de idade, assim como as avaliações de comportamento na idade de 5 anos.
No total, 1,2% das crianças apresentaram problemas exteriorizados com a idade de 5 anos (por exemplo: desatenção, agressividade) e 2,5% tiveram problemas internalizados (por exemplo: ansiedade, depressão). Em comparação com as crianças que obtiveram menos de 30 minutos de exposição à telas diariamente, as que tiveram mais de 2 horas de exposição apresentaram riscos significativamente maiores de problemas externalizados, internalizados e de todos os problemas de comportamento. Em particular, crianças que tiveram exposição maior do que 2 horas por dia eram 6 vezes mais propensas a apresentarem transtornos de desatenção. O tempo excessivo de exposição a telas também estava associado a aumento de quase 8 vezes de significativos sintomas de TDAH.
Foi observado que maior atividade física parecia proteger contra os problemas de comportamento.

sábado, 24 de novembro de 2018

MACONHA. Óleo de CANABIDIOL para o TDAH? Parece que não. 446

CBD Oil for ADHD?

The Facts About This Popular Natural Treatment
BY DEVON JACKSON

These days, it’s tough to nd an online community or social media group not singing the praises of cannabidiol (CBD) oil. This helps to explain why so many people are exploring its benets for diseases and disorders ranging from Alzheimer’s and Parkinsons to PTSD and, yes, attention decit disorder (ADHD or ADD). Though research suggests that CBD oil may benet patients with epilepsy and other disorders, any such claims around ADHD are only that: claims. What Is CBD? Does It Help ADHD? CBD is a product of the marijuana (cannabis) plant with the high-inducing THC (tetrahydrocannabinol) compound removed, which means it is not psychoactive. CBD — often in the form of an oil, a tincture, or an edible — has been rumored to reduce anxiety, a common symptom among those diagnosed with ADHD. No one, though — not even the drug’s most hardcore advocates — claims CBD is a treatment for ADHD. According to Mitch Earleywine, professor of psychology at SUNY-Albany and an advisory-board member of the National Organization for the Reform of Marijuana Laws (NORML), there is “no published data, let alone randomized clinical trials, [that] support the use of CBD for ADHD.” Even so, word of CBD’s potential benets — proven or otherwise — are often enough to compel some patients with ADHD to experiment. Dr. John Mitchell of the Duke University ADHD Program says that one of his patients, an adult woman with ADHD, tried CBD. Twice. On her own. Without his approval or supervision. “I bought one vial for $50 that contained 30 gel tablets, and I took all of them over a few weeks,” says Mitchell’s patient, who preferred to remain anonymous. “I’d never tried CBD or any type of cannabis before, and I felt no changes. But I didn’t have any adverse eects, either.” Anecdotally, this outcome appears common for half of those trying CBD on their own — regardless of the quantity, quality, or type used. The other half claim some positives with regard to CBD and ADHD: “I was able to relax” or “I felt less manic” are common refrains. The problem, as Dr. Mitchell and the broader community of ADHD and CBD researchers point out, is a dearth of studies around CBD. No single research team has yet studied the possible eects — good or bad — of CBD oil for ADHD symptoms specically. “There are anecdotes that CBD may help with ADHD,” says Dr. Robert Carson, an assistant professor of neurology and pediatrics at Vanderbilt University who co-authored a 2018 study on the ecacy of CBD on epilepsy, “but this is true for many other symptoms or diseases. Thus, there may be patients whose ADHD symptoms improve after adding CBD, but we cannot generalize that anecdote more broadly. Secondly, the cases we’re most likely to hear about are the one where somebody had a great response — not the 10 who did not. “I am not aware of any scientic or clinical data that would speak to the safety or ecacy of using CBD in the treatment of ADHD,” says Ryan Vandrey, Ph.D., a member of John Hopkins University School of Medicine’s Behavioral Pharmacology Research Unit. “There is no scientic basis from which CBD should be recommended for use as a treatment for ADHD, nor is there any data that could speak to which product or dose would be appropriate.” Is CBD Legal? Is It Safe? To date, 33 states and the District of Columbia have passed laws broadly legalizing marijuana in some form; 10 other states and Washington, D.C., have adopted laws legalizing marijuana for recreational use. Even so, the U.S. Drug Enforcement Administration considers CBD, like all cannabinoids, a schedule 1 drug — making it as illegal as heroin and ecstasy. Despite this, one cannabis industry expert predicts that CBD products alone will comprise a nearly $3 billion market by 2021. With all that prot on the horizon, why so few studies? At least partially to blame is the legality of CBD; it’s dicult to attain a federal grant to study a federally illegal drug. Politics also come into play, as do lingering public perceptions of cannabis as a gateway drug that may lead to schizophrenia, lethargy, or both. Nevertheless, Dr. Mitchell feels that “The perception that [CBD] can have a negative eect has gone down because it’s becoming more available.” This is not a perception shared by all of Dr. Mitchell’s peers, who note professional resentment and stigma regarding funding for cannabis research. “There’s a lot of political opposition coming from the business and scientic communities,” asserts Dr. Jacob Vigil, director of the University of New Mexico’s Medical Cannabis Research Fund. “It’s still highly stigmatized, and we need more studies.” The studies done on CBD and ADHD to date amount to… practically nothing. One 2011 study showed that, among a group of 24 people with social anxiety disorder, the half who’d taken CBD were able to speak in front of a large audience. In 2015, researchers in Germany examined the relationship between cannabis (CBD and THC) and ADD in 30 patients, all of whom said they experienced better sleep, better concentration, and reduced impulsivity while using the cannabis products. Finally, a 2017 study looking at CBD oil and ADHD in adults found that the oil improved some symptoms, but that more studies were needed to conrm its ndings. [Symptom Self-Tests for Adults] The Dangers of Experimenting with CBD for ADHD The Netherlands’ self-professed “cannabis myth buster,” Arno Hazekamp stated in a recent paper, “While new CBD products keep entering the market virtually unchecked, eective regulatory control of these products has stayed far behind. As a result, unknown risks about long-term eects remain unaddressed, especially in vulnerable groups such as children.” “During [a person’s] development, I worry about cannabinoids, both CBD and THC,” says UCLA’s Evans. “There are adenosine receptors (and CB2 receptors) on the microglia that are critical for brain development, and CBD inhibits adenosine uptake. This may be a benecial factor for epilepsy and autoimmune and inammatory diseases, but who knows for ADHD.” And while CBD may potentially benet some patients with ADHD, “One is doing an experiment on oneself by taking CBD for ADHD,” Evans adds. “CBD is anti-inammatory and I’m not sure there is good 24/11/2018 CBD Oil for ADHD: Can Cannabis Treat ADD Symptoms? https://www.additudemag.com/cbd-oil-adhd-symptoms-natural-treatment/?utm_source=eletter&utm_medium=email&utm_campaign=best_novem… 3/4 evidence mechanistically that for ADHD it might be helpful.” It’s also unknown how CBD may interact with other medications. “CBD in any form is a drug, and thus has a potential for side eects or interactions with other drugs, specically those metabolized through the liver [CBD is metabolized by the same enzyme in the liver that metabolizes many other medicines and supplements],” Carson says. “And with other ADHD medications that have sedating qualities, such as guanfacine or clonidine, there may be additive eects that may not be benecial.” Also potentially harmful is the non-standard and wildly uctuating amount of CBD in most CBD products, even those labeled as “pure CBD oil.” Some such products may also contain other ingredients — pesticides, additives, herbs, and even THC. “CBD alone has multiple actions on the cells in the brain and we don’t know which ones are clearly responsible for its known benets,” Carson says. “It gets more complicated when we have less puried products that also include THC and CBDV [cannabidivarin].” Dangers may also exist in the method of delivery. CBD is packaged and consumed in oils, tinctures, or edibles — each one absorbed dierently by a person’s body. “The labeling in this industry,” says Vigil of UNM, “is horric.” ‘Natural’ Doesn’t Necessarily Mean ‘Safe’ Once CBD enters the body, no one yet knows how it works. Its long-term eects are a mystery. Exactly how does CBD work — in the brain and over many years? As Dr. Carson bluntly puts it: “We don’t know and we don’t know.” None of this will stop some people from self-medicating with CBD or trying it on their children. “Apparently there are products oering about 30mg of CBD per dose,” Earleywine says. “I rarely see published work with humans that shows much of an eect below 300mg, which… would get quite expensive… So it’s probably a waste of time and money.” “The bottom line,” Evans says, “is that there is a dearth of research on all cannabinoid actions — because of its schedule 1 classication — and no clear scientic evidence I can nd to endorse or not endorse CBD use for ADHD.” Perhaps because researchers have documented no negative links between CBD and ADHD, some “patients go through trial and error with CBD,” Vigil says. “First they go on the Internet, where they start with an isolate CBD. Then they try the vanilla products — only to nd they get more benets when they add THC. “They do that because cannabis is so variable that patients are forced to experiment. Also because clinical trials can’t really tell you anything about the decisions that patients actually make in the real world. And nally because there’s not going to be a uniform solution for everybody.” “Families need to think very hard about potential risks versus benets for treating other disorders, including ADHD,” Carson advises. “So please discuss what you are thinking about doing with your child’s physician. In the absence of good data, a dose of 1 milligram per kilogram of body weight per day is where most patients start when using CBD for epilepsy — and this seems to be well tolerated. But if the side eects from any medication are worse than the problem was to begin with, that patient might be on too much. “I like to remind families,” Carson adds, “that just because something is natural does not mean it is safe.”


[Read This: The Case for Holistic ADHD Treatment] 24/11/2018 CBD Oil for ADHD: Can Cannabis Treat ADD Symptoms? https://www.additudemag.com/cbd-oil-adhd-symptoms-natural-treatment/?utm_source=eletter&utm_medium=email&utm_campaign=best_novem… 4/4 Copyright © 1998 - 2018 New Hope Media LLC. All rights reserved. Your use of this site is governed by our Terms of Use and Privacy Policy. ADDitude does not provide medical advice, diagnosis, or treatment. The material on this web site is provided for educational purposes only.

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