Pessoas com TDAH têm inteligência acima da média, conforme foi revelado por recentes pesquisas. Poucas condições psicológicas têm gerado tanta discussão nos últimos anos como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA e TDAH). Mesmo assim, as pessoas continuam a alimentar muitas crenças erradas sobre o TDAH. Leia para saber a verdade.
Mito
#1:
O TDAH não é uma doença médica de verdade
VERDADE:
O
TDAH foi reconhecido como um diagnóstico legítimo pelas maiores organizações
médicas, psicológicas e educacionais, incluindo o National Institutes of Health
e o U.S. Department of Education. A American Psychiatric Society reconhece o
TDAH como um transtorno médico em seu Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders (DSM) – a “bíblia” oficial sobre saúde mental, usada pelos
psicólogos e pelos psiquiatras.
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (também
conhecido como transtorno de déficit de atenção) ´tem base biológica. A
pesquisa demonstra que é o resultado de um desequilíbrio de mensageiros
químicos, ou neurotransmissores, no cérebro. Seus sintomas principais são
desatenção, impulsividade e, algumas vezes, hiperatividade.
Pessoas com TDAH tipicamente têm uma grande dificuldade com
os aspectos da vida diária, incluindo o gerenciamento do tempo e as habilidades
de organização.
Mito #2:
Crianças
que recebem acomodações especiais por causa do TDAH estão obtendo vantagem
desleal.
VERDADE:
Nos
Estados Unidos, o Federal Individuals With Disabilities Education Act (IDEA)
exige que todas as escolas públicas atendam às necessidades de todas as crianças
com dificuldades, incluindo as crianças com TDAH. Acomodações especiais, tais
como um tempo a mais para fazer as provas, apenas igualam as condições de
competição, permitindo que as crianças com TDAH possam aprender com tanto
sucesso quanto os colegas de classe sem TDAH.
Mito
#3:
Crianças com TDAH mais cedo ou mais tarde se livram dele
VERDADE:
Mais
de 70% dos indivíduos que têm TDAH na infância continuam a tê-lo na
adolescência. Até 50% continuarão a tê-lo na vida adulta.
Embora se avalie que 6% da população adulta tenha TDAH, a
maioria desses adultos permanece sem diagnóstico, e somente um em cada quatro
procura tratamento. Assim, sem ajuda, adultos com TDAH são altamente
vulneráveis a depressão, ansiedade e abuso de drogas. Frequentemente têm dificuldades
em suas carreiras, têm problemas de ordem legal e financeira, e relacionamentos
pessoais problemáticos.
Mito
#4: O
TDAH atinge apenas os meninos.
VERDADE:
As
meninas são atingidas tanto quanto os meninos e o sexo não faz nenhuma
diferença nos sintomas causados pelo transtorno. Porém, como o mito persiste,
meninos são mais diagnosticados do que as meninas.
Mito
#5: O
TDAH é resultado de falta de cuidados dos pais.
VERDADE:
Quando
uma criança com TDAH diz coisas impróprias ou sai de sua cadeira em classe, não
é porque ela não recebeu ensinamento de que esses comportamentos são errados. É
porque ela não consegue controlar seus impulsos. O problema tem raiz na química
cerebral, não na disciplina. De fato, educação muito rígida, que pode envolver
punição da criança por coisas que ela não pode controlar, pode fazer piorar os
sintomas do TDAH. Intervenções profissionais, tais como terapêutica
medicamentosa, psicoterapia e terapia de modificação do comportamento, são
geralmente requeridas.
Mito
#6: Crianças
com TDAH que tomam remédios são mais propensas ao uso de drogas quando se
tornam adolescentes.
VERDADE:
Pois
é justamente o oposto. Não tratar o TDAH aumenta o risco de um indivíduo usar
drogas ou álcool. O risco diminui com tratamento correto.
As medicações usadas para o tratamento do TDAH têm-se
revelado seguras e eficientes em mais de 50 anos de uso. Essas drogas não curam
o TDAH, mas são altamente eficientes no alívio dos sintomas do transtorno. Os
medicamentos não viciam nem tornam “zumbis” as crianças.
Mito
#7: Pessoas
que têm TDAH são burras ou preguiçosas – nunca conquistam nada.
VERDADE:
Pessoas
com TDAH têm inteligência acima da média, conforme mostram pesquisas recentes.
Certamente que não são preguiçosas. De fato, muitos indivíduos afamados, com
carreiras de sucesso, ao longo do tempo, são sabidamente portadores de TDAH,
incluindo Mozart, Benjamin Franklin, Abraham Lincoln, George Bernard Shaw e
Salvador Dali. A lista de portadores de TDAH bem sucedidos nos negócios,
atualmente, inclui executivos de ponta, tais como David Neeleman, fundador da
Jet Blue Airways, e Paul Orfalea, fundador da Kinkos.
ADDitude Magazine